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Plano de aula 2

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Plano de aula 2
1 – R: Não há nulidade no caso. Com o advento da Lei nº 11.690/2008, que alterou dispositivos do Código de Processo Penal, o artigo 159 passou a ter a seguinte redação:“O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.”
A inovação legislativa dispensou a antiga exigência de dois peritos no mínimo para a produção do laudo pericial, pois, com a alteração na redação do art. 159, caput, basta agora que a perícia seja realizada por "perito oficial". 
Tendo sido a expressão empregada no singular, resta clara a intenção do legislador de se contentar, de agora em diante, com a perícia realizada por apenas um perito. Nesse contexto, passa a ser regra o que era exceção.
 2 - R: E
Doutrina 
O perito criminalístico possui inúmeras atribuições, entretanto, pode-se dizer que este exerce a função principal de fornecedor de dados instrutórios de natureza material destinados à descoberta da verdade, se dedicando à apuração de fatos supostamente considerados delitivos, ou seja, examinando situações fáticas, no mínimo, aparentemente criminosas. 
Atualmente, de acordo com a legislação em vigor, exige-se que o perito oficial tenha diploma de curso superior, de acordo com a nova redação dada ao artigo 159 do Código de Processo Penal Brasileiro pela Lei n. 11.690/08, todavia, os peritos que ingressaram sem a exigência de curso superior até a data da entrada em vigência da Lei n. 11.690/08, poderão continuar a exercerem seu ofício, exclusivamente, nas respectivas áreas para as quais foram habilitados, ressalvados, os peritos médicos, conforme o artigo 2º, da Lei n. 11.690/08.
O perito oficial que quando foi empossado em seu cargo já assumiu seu compromisso, não será compromissado pela autoridade, uma vez que a assunção do compromisso se deu quando do ato de sua posse. Por outro lado, os peritos não-oficiais deverão prestar seu compromisso de fielmente desenvolver suas atribuições, através de um juramento (artigo 159, parágrafo 2º do Código de Processo Penal Brasileiro). Contudo, frente à ausência do compromisso de juramento, ocorrerá mera irregularidade, que não terá o condão de macular o laudo pericial.
A redação anterior do artigo 159 do Código de Processo Penal Brasileiro preconizava que a perícia deveria ser realizada por dois peritos oficiais, onde, na falta destes, por duas pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior e com habilitação técnica relacionada à natureza do exame pericial necessário. Com o advento da Lei n. 11.690/08, proporcionou-se uma nova redação ao caput do mencionado artigo, passando a exigir apenas um perito oficial e que este portasse diploma superior. Entretanto, em se tratando de uma perícia complexa a ser realizada, em decorrência de abranger mais de uma área de conhecimento especializado, o magistrado poderá nomear mais de um perito oficial, e a parte possui a faculdade de indicar mais de um assistente técnico.  (artigo 159, parágrafos 1º e 7º, do Código de Processo Penal Brasileiro).
A Lei n. 11.690/08 disponibiliza as partes, ao Ministério Público, ao querelante, ao assistente de acusação, e, também ao acusado a prerrogativa de elaborarem quesitos e indicarem assistente técnico, sendo que este passará a atuar a partir de sua admissão pelo magistrado, e, somente após a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelo perito oficial, com intimação das partes (artigo 159, parágrafos 3º e 4º, do Código de Processo Penal Brasileiro).
Salienta-se que todas as provas devem ser submetidas ao contraditório, devendo também ser produzidas diante do juiz, na instrução. Todavia, em algumas ocasiões se faz necessário a imediata produção da prova pericial, antes do encerramento da fase de investigação, afim de comprovar-se cabalmente a materialidade do delito e identificação de sua autoria. Em virtude disso, quando da realização das provas de natureza cautelar não será possível a participação da defesa, sob o risco de ser inviabilizada a persecução penal.
Nesse sentido, quando da produção da prova pericial, o contraditório somente será realizado em juízo (artigo 155, caput do Código de Processo Penal Brasileiro), limitando-se ao exame acerca da idoneidade do profissional responsável pela perícia, e, também, das conclusões alcançadas, quando já perecido o material periciado. Em consequência disso, o objeto da prova, na maioria das vezes, será a qualidade técnica do laudo, e, especialmente, o cumprimento das normas legais a ele pertinentes, por exemplo, a exigência de motivação, de coerência, de atualidade e idoneidade dos métodos, dentre outros.
Jurisprudência 
Pesquisa de Jurisprudência
Acórdãos
HC 71531 / SC - SANTA CATARINA
HABEAS CORPUS
Relator(a):  Min. SEPÚLVEDA PERTENCE
Julgamento:  06/09/1994           Órgão Julgador:  Primeira Turma
Publicação
DJ 27-10-1994 PP-29164 EMENT VOL-01764-02 PP-00222
Parte(s)
PACIENTE: EVARISTO FERREIRA BOA VISTA IMPETRANTE: JAYME BOA VISTA COATOR: TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
Ementa 
E M E N T A: Exame de corpo de delito: perito único, mas oficial: validade do laudo, segundo a jurisprudência do STF, firmada, malgrado a Sum. 361, a luz do direito anterior a L. 8.862/94: questão, de qualquer forma, sem pertinência com a espécie. 1. Embora sem cancelar formalmente a Sum. 361, mas contra a orientação dos acórdãos que a embasaram, a jurisprudência do STF se firmara em restringir o alcance da nulidade nela declarada a hipótese de laudo firmado por perito único não oficial. 2. A L. 8.862/94 voltou a doutrina da Sum. 361, reclamando explicitamente que o exame seja realizado por dois peritos oficiais; mas e inaplicável ao caso, porque posterior ao laudo questionado e a própria condenação do paciente. 3. De qualquer sorte, a eventual nulidade do laudo não afetaria no caso a validade da condenação: a caracterização do estupro fundou-se, a luz da prova, na afirmação da violência física que não deixou marcas na vítima e na grave ameaça a ela infligida pelo agente.
Decisão
A Turma indeferiu o pedido de habeas corpus. Unânime. 1ª. Turma, 06.09.94.
Indexação
PP1425, PROVA PERICIAL CRIMINAL, PERITO OFICIAL, PERITO ÚNICO, LAUDO,,, VALIDADE, LEI POSTERIOR, INAPLICAÇÃO
Legislação
LEG-FED DEL-003689 ANO-1941 ART-00159 PAR-00001 CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL LEG-FED LEI-008862 ANO-1994 LEG-FED SUMSTF-000361 SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF
Observação
VEJA : HC-38966, RTJ-24/211, HC-39920, RTJ-128/122. Número de páginas: (14). ANALISE:(LMS). REVISÃO:(BAB/NCS). INCLUSAO : 10.11.94, (LA ). Alteração: 07/07/2011, DCR.

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