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Cultura e Comunicação, a Linguagem. Cinema puc minas

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Cultura e Comunicação – a Linguagem
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É praticamente o sinônimo de civilização, entendida como o conjunto das tradições, técnicas e instituições que caracterizam um grupo humano.
Vista dessa forma, a cultura é normativa e adquirida pelo indivíduo, desde a infância, pelos processos de aculturação.
Por isso, mesmo comportamentos naturais como comer ou dormir variam de uma cultura para outra.
No âmbito do indívíduo, o termo cultura evoca o conjunto de aquisições intelectuais, sobretudo literárias e artísticas, que a personalidade consegue integrar.
Fonte: Dicionário de Filosofia – Gérard Durozoi/ André Roussel
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Desde o século XIX veicula-se a existência de duas formas de cultura no campo da comunicação:
Cultura de classe: sublinha a parcela ideológica que a apreensão intelectual do aprendizado implica.
Cultura de massa: por um lado designa (de maneira ambígua) a esperança de proporcionar a toda uma população (em que pesem suas diferenças econômicas) o acesso às obras passadas e contemporâneas; e por outro, a degradação que a cultura autêntica sofreria quando divulgada pelos meios de comunicação de massa. 
Fonte: Dicionário de Filosofia – Gérard Durozoi/ André Roussel
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Segundo Alberto Manguel, no livro “A Cidade das palavras”, a linguagem é nosso denominador comum.
Citando Alfred Döblin, um dos grandes romancistas do séc. XX (Berlin Alexanderplatz, 1929), Manguel lembra que para o autor escrever era um processo que nos levava do presente ao futuro, um fluxo constante de linguagem que permitia que as palavras dessem forma e nome a uma realidade sempre em processo de formação.
Segundo Döblin, a linguagem é um ser vivo, que não “reconta”, mas “representa” o nosso passado.
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Segundo Döblin, a linguagem “força a realidade a se manifestar, ela escava suas profundezas e traz à tona situações fundamentais da condição humana, sejam elas grandiosas ou mesquinhas”.
A linguagem nos dá a ver por que, afinal, vivemos juntos.
A maioria de nossas funções humanas é singular: respirar, andar, comer ou dormir.
Mas precisamos dos outros para falar, para que nos devolvam o que dissemos.
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Ela surgiu na pré-história remota, há cerca de 50 mil anos, como um método de comunicação baseado na representação convencional do mundo capaz de garantir a um grupo de homens e mulheres a convicção, por incerta que fosse, de que seus pontos de referência eram os mesmos e de que suas expressões traduziam uma realidade percebida de modo semelhante.
Quando a escrita foi inventada, cerca de 5 mil anos atrás, a decifração de signos escritos produziu no cérebro humano uma percepção auditiva do texto, de forma que as palavras lidas ingressavam em nossa consciência como presenças físicas.
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Então a linguagem não se limita a nomear, ela também confere existência à realidade.
Ela é um ato de evocação, por meio de palavras e por meio das versões dos acontecimentos reais que chamamos de histórias.
As histórias, então, são modos de registrar nossa experiência do mundo, de nós mesmos e dos outros.
E ler é uma operação da memória por meio da qual as histórias nos permitem desfrutar da experiência passada e alheia como se fosse a nossa própria.
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Se um homem, que mantém uma crença que lhe foi ensinada na infância ou imposta mais tarde, rejeita e afasta quaisquer dúvidas que surjam em sua mente sobre ela, propositadamente evita a leitura de livros e a companhia de homens que a questionam ou discutem e encara como ímpias as perguntas que irão perturbá-la – a vida desse homem é um longo pecado contra a humanidade.
Fonte: Willian Clifford, matemático de Cambridge, que viveu no século XIX; citado por Simon Blackburn, no livro “Verdade: um guia para os perplexos”, Ed. Civilização Brasileira, p. 33.

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