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06 – SISTEMAS DE MASSA ATIVA 06.08 – CONCRETO PROTENDIDO A: Conceitos iniciais Definição • Protensão – Introdução de um esforço inicial na estrutura, com o objetivo de combater outro esforço interno solicitante. • A estrutura é ativada! – Como introduzir esse estado de tensões iniciais? • Através de armaduras especiais que são tracionadas e, posteriormente, ancoradas no concreto, transmitindo-lhe um esforço de compressão. Pfeil, 1991 • A protensão é um processo pelo qual se introduz um estado prévio de tensões em uma estrutura, com a finalidade de melhorar sua resistência ou seu comportamento sob diversas condições de carga. – Aumenta a resistência da estrutura e não do material! Barril de madeira • Os anéis são pré- tracionados através de inserção de cunhas. • Eles comprimem os gomos de madeira. • Diminui a tração provocada pelo líquido. • A compressão nas juntas garante sua estanqueidade. A roda de carroça • O aro metálico é aquecido. • As peças de madeira são encaixadas no aro aquecido. • Após o resfriamento ela comprime as peças, solidarizando- as. A roda da bicicleta • Sem os raios, a roda se ovalizaria pela ação das cargas concentradas. • Os raios pré-tensionadas introduzem um estado de tensões na roda, comprimindo-a. • Essa pré-compressão minimiza o efeito de flexão. Ginásio de Esportes Rolândia Ginásio de Esportes Rolândia Ginásio de Esportes Rolândia A Pilha de livros A força de compressão cria uma resistência por atrito na interface, impedindo que os livros deslizem um contra o outro. Pontes em aduelas B: Histórico Histórico • A primeira aplicação da protensão do concreto se atribui ao engenheiro norte-americano P. A. Jackson, cuja patente foi registrada em 1872. Tratava-se de um sistema de passar hastes de ferro através de blocos e de apertá-los com porcas. • No final do século 19, houve diversas tentativas de se criar métodos de protensão, porém sem êxito, uma vez que a retração e a fluência do concreto ainda eram desconhecidas e causavam a perda da protensão. Histórico • Foi no início do século XX que Koenen e Mörsch perceberam que a retração e a deformação lenta do concreto eram os fatores responsáveis pela perda do efeito da protensão em casos diversos já ensaiados. • Foi somente em 1928 que surgiu o primeiro trabalho consistente sobre concreto protendido, quando foi realizada a introdução do aço de alta resistência na execução de protensões, pelo engenheiro francês Eugene Freyssinet. Eugene Freyssinet A primeira obra oficialmente realizada com concreto protendido foi projetada por Freyssinet, em 1941 – a ponte sobre o rio Marne em Luzancy, cuja construção terminou em 1945. Histórico • No Brasil, a primeira obra em concreto protendido foi a Ponte do Galeão, executada em 1948, no Rio de Janeiro (ligando a Ilha do Governador à Ilha do Fundão), com 380 m de comprimento – na época a mais extensa do mundo. Todos os materiais e equipamentos para a protensão do concreto foram importados da França, na ocasião. Os cabos de protensão eram fios lisos envolvidos por duas ou três camadas de papel Kraft. Os fios e o papel eram pintados com betume e a técnica representava o que conhecemos atualmente como a protensão “sem aderência”. Histórico • Durante muitos anos no Brasil o mercado foi dominado por 4 empresas que empregavam somente protensão aderente. C: A protensão no concreto Exemplo 50 KN/m 10.00 625,00 Mq Tensões 2 2,2,1 2,2,1 /93,2 6 8020 500.62 6 cmKN bh M W M MqMq qq MqMq 625,00 2,93 KN/cm2 2,93 KN/cm2 0.20 0.80 2,Mq 1,Mq 625,00 Força de protensão necessária para anular tensões de tração KNbhN p 688.42 802086,5 2 max 625,00 2,93 KN/cm2 2,93 KN/cm2 625,00 5,86 KN/cm2 Np 2,93 KN/cm2 2,93 KN/cm2 Np 2,Mq 1,Mq 2,Np 1,Np 2 1 + = Força de protensão com excentricidade de 35 cm 625,00 Np 0.35 2 1 0.20 0.80 625,00 Np 0.35 Força de protensão com excentricidade de 35 cm 625,00 Np 0.35 2 1 625,00 2,93 KN/cm2 2,93 KN/cm2 Mp Np + 2,Np 1,Np 2,Mp 1,Mp += Força de protensão com excentricidade de 35 cm KNN N N bh h N bh N bh N bh N A N W M MMMNMM p p p p p pppr pqrppq 293.1 080 6 35500.62 0 6 6 6 35500.62 0 6 35500.62 ;35;500.62 221 21 Força de protensão com excentricidade de 35 cm 2 22 22 /616,1 8020 293.1 6 8020 )35293.1500.62( 0 6 )35500.62( cmKN bh N bh N A N W M pppr 625,00 Np 0.35 1 = 1,616 KN/cm2 Aplicando 50% da força de protensão bh N bh N A N W M bh N bh N A N W M pppr pppr 6 )35500.62( 6 )35500.62( 22 21 625,00 650,00 0.35 2 1 0.20 0.80 625,00 650,0 0.35 Aplicando 50% da força de protensão 2 2 22 2 1 21 /457,1 8020 00,650 6 8020 )3500,650500.62( /270,2 8020 00,650 6 8020 )3500,650500.62( cmKN cmKN D: Classificação quanto ao posicionamento do cabo Protensão centrada • A força de protensão pode anular toda tração no concreto. • São necessárias forças de protensão muito altas!!! Protensão excêntrica • É mais eficiente que a protensão centrada • Problemas nas extremidades Diagramas Flexão negativa nas extremidades Isolamento de extremidades Isolar extremidades Protensão concordante • É o sistema mais eficiente! • Pode anular o momento ao longo de toda viga. • Situação final: compressão simples ao longo de toda a viga Exemplos de cabos concordantes Exemplo de cabos concordantes Notas de aula: Instituto Militar de Engenharia Professor Eduardo Thomaz Momentos hiperestáticos de protensão Cabos concordantes E: Classificação quanto ao momento da aplicação da força de protensão Pré-tensão • Pré-Tensão – Típica de pré-moldados – Protensão em pista – Cabos retos – Cabos excêntricos. – Economiza ancoragens Fabricação de lajes alveolares Fabricação de lajes alveolares Pista de protensão de Vigas W Pista auto-portante Pós-tensão • Pós-Tensão – Típica de moldados in-loco. – Maior gasto com ancoragens. – Cabos concordantes. – Maior eficiência Pós-tensão F: Classificação quanto à forma de aderência Aderência • Protensão com aderência inicial. – Caso de pré-tensão. • Protensão com aderência posterior. – Pós-tensão. – Uso de bainhas e injeção de nata de cimento; • Protensão sem aderência – Cordoalhas engraxadas. Aderência inicial Aderência posterior Viga de ponte pré-moldada. 6 cabos de protensão Sem aderência Cordoalhas engraxadas plastificadas Sem aderência Pós-tensão com cordoalha engraxada G: Ancoragens para pós- tensão Cabos com várias cordoalhas Cabos com várias cordoalhas Cabos com várias cordoalhas Cabos com várias cordoalhas Cabos para lajes Cabos monocordoalhas H: Aços para concreto protendido NBR 7482 - Fios Fios de baixa relaxação NBR 7483 - Cordoalhas Cordoalhas RB de 3 fios Cordoalhas RB de sete fios Diagrama tensão X deformação pykpyd ptk ptd ptkpyk ff f f ff 9,0 15,1 9,0 1% é o valor de referência a ser observado no ensaio. No diagrama de cálculo é fpyk/Es. Aço CP190 2 2 /000.21 000.210 /000.20 000.200 cmKNE MPaE cmKNE MPaE s s p p Valores limites para força de protensão 2 2 /4,145 /3,146 cmKN cmKN pi pi tensãoPré :CP190RB 2 2 /2,140 /6,140 cmKN cmKN pi pi tensãoPós :CP190RB I: Perdas da força de protensão NBR 6118 – 9.6.3 Perdas de protensão • Perdas imediatas – Cravação da ancoragem – Deformação do concreto – Atrito • Perdas diferidas – Deformação lenta do concreto – Relaxação do aço – Retração do concreto
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