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TRABALHO DE DRENAGEM LINFÁTICA

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RESUMO
O corpo humano é composto por sistemas que trabalham em conjunto para garantir o seu correto funcionamento, bem como a total utilização em diversas tarefas diárias. Neste trabalho focamos no sistema linfático que faz parte do sistema imunológico. Este sistema possui inúmeras funções, entre as quais destacam-se: remoção dos fluidos dos tecidos corporais, absorção dos ácidos graxos e produção de células imunes, tais como: linfócitos, monócitos e plasmócitos. Para o melhor funcionamento deste sistema e a otimização de suas atividades é possível a utilização de técnicas manuais. A técnica manual mais popular é a drenagem linfática que é uma técnica de massagem composta por manobras suaves, lentas, monótonas e rítmicas, feita com as mãos, que obedecem ao trajeto do sistema linfático superficial e que tem por objetivos a redução de edemas e linfedemas. Neste trabalho apresentamos um estudo sobre a técnica de drenagem linfática e os efeitos sistêmicos causados pela mesma. Através deste estudo é possível concluir que a utilização de drenagem linfática é capaz de promover recuperação clínicas com menos complicações e mais rápida se aplicada a diferentes pacientes. 
Palavras-chave: Sistema Linfático; Drenagem Linfática; Sistema Imunológico.
ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES
5Figura 1 - Fonte: http://esteticangelaseixas.blogspot.com.br/2011/01/sistema-linfatico.html Ilustração do sistema linfático	�
7Figura 2- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo liso.	�
7Figura 3- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo estriado.	�
7Figura 4- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo cardíaco.	�
8Figura 5- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo cardíaco ou miocárdio.	�
9Figura 6- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do O sistema muscular esquelético.	�
11Figura 7- Fonte: http://www.uff.br/ Ilustração do Circulação capilar.	�
11Figura 8- Fonte: http://www.uff.br/ Ilustração do Sistema Cardiovascular.	�
12Figura 9- Fonte: http://www.uff.br/. Ilustração do Sistema Arterial.	�
14Figura 10- Fonte: http://www.uff.br/. Ilustração do Sistema Venoso.	�
18Figura 11- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração da Circulação Linfática.	�
19Figura 12- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração do Sistema Linfático.	�
20Figura 13- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração dos Orgãos Linfático.	�
23Figura 14- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração Torsilas palatinas.	�
25Figura 15– Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ilustração LINFONODOS SUPERFICIAIS E VASOS LINFÁTICOS DA CABEÇA E DO PESCOÇO.	�
26Figura 16– Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ilustração VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DA FARINGE.	�
26Figura 17– Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.Ilustração VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DA FARINGE.	�
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SUMÁRIO
31.	INTRODUÇÃO	�
52.	SISTEMA MUSCULAR	�
93.	SISTEMA CIRCULATÓRIO	�
154.	SISTEMA LINFÁTICO	�
265.	SISTEMA IMUNOLÓGICO	�
296.	DRENAGEM LINFÁTICA	�
327.	CONCLUSÃO	�
18.	REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Diferentes sistemas existentes no corpo humano são responsáveis por regular as funções vitais do organismo. O bom funcionamento individual de cada sistema, assim como o seu funcionamento em conjunto é essencial para a realização das mais simples atividades na qual o corpo humano possa ser submetido. Dentre estes sistemas existentes, destaca-se o sistema imunológico, que como o próprio nome já explica, é responsável pela imunização do organismo. De forma genérica, as células que compõem o sistema imunológico podem ser vistas como um exército, dado que cada tipo de célula é responsável por exercer uma determinada função para proteger e imunizar o organismo. 
Um dos principais componentes do sistema imunológico é o sistema linfático que é o sistema de drenagem do organismo. O sistema linfático exerce as seguintes funções: remover fluidos dos tecidos corporais, absorver ácidos graxos e levá-los para o sistema respiratório e produzir células imunes. Para exercer estas importantes funções o sistema linfático é formado por órgãos linfáticos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, linfoides, capilares linfáticos e vasos linfáticos. Cada uma das partes que forma o sistema linfático é responsável por diferentes tarefas que visam exercer a drenagem e a manter o organismo regulado. A Figura 1 apresenta o sistema linfático. 
Drenagem é uma palavra de origem inglesa e pertence ao léxico da hidrologia: consiste em evacuar um pântano do seu excesso de água por meio de caneletas que desembocam em um poço ou em um curso de água. A analogia é clara. Na drenagem linfática manual, as manobras são suaves e superficiais, não necessitando comprimir os músculos, e sim mobilizar uma corrente de líquido que está dentro de um vazo linfático em nível superficial e acima da aponeurose (GODOY, BELCZAK, GODOY, 2005, 110). 
Figura 1 - Fonte: http://esteticangelaseixas.blogspot.com.br/2011/01/sistema-linfatico.html Ilustração do sistema linfático
 
Dentro das fundamentações gerais sobre a drenagem linfática manual, para a aplicação desse recurso de maneira adequada, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linfático, além da integridade dos tecidos superficiais. Para tanto, a drenagem linfática manual precisa ser realizada de forma suave, lenta e rítmica, sem causar dor, danos ou lesões aos tecidos do paciente (TACANI & TACANI, 2008). Para Godoy (2004), o objetivo da drenagem linfática é criar diferenciais de pressão para promover o deslocamento da linfa e do fluido intersticial, visando à sua recolocação na corrente sanguínea. Segundo Soares et al (2005), o efeito sistêmico da drenagem linfática pode ser observado em um pós-operatório em que os sintomas podem ser reduzidos pelo atendimento da fisioterapia através da drenagem linfática manual ou mecânica. Observa-se rapidamente diminuição do edema e hematomas, com favorecimento da neoformação vascular e nervosa, além de prevenir ou minimizar a formação de cicatrizes hipertróficas, retrações e queloides. Fonseca et al (2009), cita como principais benefícios da drenagem linfática manual e atividade física, conjunta ou isolada, em mulheres no terceiro trimestre de gravidez a melhora da circulação, alívio da dor, diminuição de edemas, melhora da postura, melhora da autoestima, diminuição de ganho de peso corporal extra, melhor disposição e relaxamento. Fisioterapia tem um papel importante no manejo do sea21linfedema, tanto na prevenção quanto no tratamento (MARUCCI, 2004). A importância da Fisioterapia Dermato-Funcional na prevenção e reabilitação funcional, como bem citado por Borges (2006,) descreve a Fisioterapia DermatoFuncional como a área que tem o objetivo de prover a recuperação físico- funcional dos distúrbios endócrino/ metabólitos, dermatológicos e músculo-esqueléticos.
SISTEMA MUSCULAR
O sistema muscular é um conjunto de órgãos (músculos) que lhes permite moverem-se, tanto externa, como internamente.
O sistema muscular dos vertebrados é formado por três tipos de músculo: cardíaco, estriado e liso. Os músculos estriados são controlados pela vontade do homem, e por serem ligados aos ossos permitem a movimentação do corpo. Os músculos lisos são involuntários e trabalham para movimentar os órgãos internos (exemplo: movimentos do esófago). O músculo cardíaco é um músculo estriado, que move o coração; no entanto, possui como característica não estar sobre qualquer controlo voluntário, sendo por isso colocado à parte.
O movimento dos músculos é controlado pelo sistema nervoso.Existem mais de 650 músculos no corpo humano.
O sistema nervoso recebe as informações do corpo e reage de acordo com elas. Facilmente se percebe que qualquer problema ou alteração existente no corpo afecta o sistema nervoso.
Músculo liso: o músculo involuntário localiza-se na pele, órgãos internos, aparelho reprodutor, grandes vasos sanguíneos e aparelho excretor. O estímulo para a contracção dos músculos lisos é mediado pelo sistema nervoso vegetativo.
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Figura 2- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo liso.
Músculo estriado: é enervado pelo sistema nervoso central e, como este se encontra em parte sobre um controlo consciente, chama-se músculo voluntário. As contracções do músculo estriado permitem os movimentos dos diversos ossos e cartilagens do esqueleto.
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Figura 3- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo estriado.
Músculo cardíaco: este tipo de tecido muscular forma a maior parte do coração dos vertebrados. O músculo cardíaco precisa de controlo voluntário. É enervado pelo sistema nervoso vegetativo.
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Figura 4- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo cardíaco.
Músculo cardíaco ou miocárdio: Forma as paredes do coração, não está sujeito ao controle da vontade, tem aspecto estriado. Suas fibras se dispõem juntas para formar uma rede contínua e ramificada. Portanto, o miocárdio pode contrair-se em massa. O coração responde a um estímulo do tipo " tudo ou nada", daí que se classifique como unitário simples. O músculo cardíaco contrai-se ritmicamente 60 a 80 vezes por minuto.
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Figura 5- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do Músculo cardíaco ou miocárdio.
O sistema muscular esquelético: constitui a maior parte da musculatura do corpo, formando o que se chama popularmente de carne. Essa musculatura recobre totalmente o esqueleto e está presa aos ossos, sendo responsável pela movimentação corporal.
Os músculos esqueléticos estão revestidos por uma lâmina delgada de tecido conjuntivo, o perimísio, que manda septos para o interior do músculo, septos dos quais se derivam divisões sempre mais delgadas. O músculo fica assim dividido em feixes (primários, secundários, terciários). O revestimento dos feixes menores (primários), chamado endomísio, manda para o interior do músculo membranas delgadíssimas que envolvem cada uma das fibras musculares. A fibra muscular é uma célula cilíndrica ou prismática, longa, de 3 a 12 centímetros; o seu diâmetro é infinitamente menor, variando de 20 a 100 mícrones (milésimos de milímetro), tendo um aspecto de filamento fusiforme. No seu interior notam-se muitos núcleos, de modo que se tem a ideia de ser a fibra constituída por várias células que perderam os seus limites, fundindo-se umas com as outras. Dessa forma, podemos dizer que um músculo-esquelético é um pacote formado por longas fibras, que percorrem o músculo de ponta a ponta.
Figura 6- Fonte: http://mcvcorpohumano.blogspot.com.br/p/sistema-muscular.html Ilustração do O sistema muscular esquelético.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
O sistema circulatório do mamífero consiste em um órgão central de impulsão, dividido em quatro compartimentos, o coração, e em um sistema de vasos para a circulação do sangue. Os vasos que levam sangue do coração para os órgãos são chamados artérias e aqueles que trazem sangue dos órgãos para o coração, veias. Outro sistema recolhe parte do fluído tissular, que constitui a linfa, e o transporta em direção às veias, são os vasos linfáticos.
	
Estruturas: Coração: é um órgão musculoso oco, em forma de cone, cuja base se prende a outras estruturas torácicas por meio das grandes artérias, e cujo ápice se encontra inteiramente livre. É constituído pelo lado direito e esquerdo. Cada uma dessas porções é formada pelo átrio e pelo ventrículo que se comunicam por uma abertura átrio-ventricular. O volume do átrio é cerca de dois terços do volume do ventrículo. Ao átrio direito chegam às veias cava cranial e caudal e a veia coronária. Do ventrículo direito sai à artéria pulmonar. Ao átrio esquerdo chegam às veias pulmonares. Do ventrículo esquerdo sai à artéria aorta. Vasos: os vasos sanguíneos lembram as ramificações de uma árvore. As artérias se dividem em ramos menores, as arteríolas que por sua vez se dividem em ramos menores, os capilares. Estes se unem para formar as vênulas, que por sua vez formam as veias que desembocam no átrio direito do coração. Artérias: são estruturas tubulares que levam sangue do coração para os órgãos. As maiores artérias são conhecidas como artérias elásticas porque uma grande porção de sua parede se compõe de tecido elástico. As artérias menores contêm maior quantidade de músculo liso em suas paredes, o que controla o calibre dos vasos. Capilares: são tubos de diâmetro minúsculo, compostos quase que exclusivamente de endotélio. A parede do capilar atua como uma membrana semipermeável permitindo que água, oxigênio e nutrientes deixem a corrente sanguínea. Veias: os capilares se unem para formar vênulas, que por sua vez, formam veias cada vez maiores. As veias apresentam um diâmetro interno maior do que as artérias que acompanham, tendo paredes mais finas, com apenas pequena quantidade de tecido muscular.
Tipos de sistemas circulatórios: Dependendo da classe animal o sistema circulatório pode ser aberto ou fechado. 
ABERTO: está presente nos invertebrados (Moluscos e Artrópodes). Esse tipo de sistema circulatório consta de um grande vaso dorsal mostrando diversos estrangulamentos (lacunas) que se apresentam como dilatações contrácteis. Nesse tipo de circulação, o sangue é conduzido pelas dilatações contrácteis até a parte anterior do animal de onde é derramado entrando em contato direto com as células, pois nesses animais não existem vasos sangüíneos. Este sangue, após as trocas metabólicas com as células, é coletado na parte posterior do organismo pelo mesmo grande vaso dorsal reiniciando o ciclo. 
FECHADO: está presente desde anelídeos até vertebrados, sendo melhor desenvolvido nesses últimos. Caracteriza-se por uma circulação que ocorre no interior de vasos definidos com pressão arterial relativamente alta e constante nos vertebrados superiores. Isso ocorre graças à poderosa contração elástica dos ventrículos e aurículas presentes no coração que é bem definido nesses animais superiores. Os vasos sangüíneos, nos vertebrados superiores, responsáveis por essa distribuição são denominados: artérias, arteríolas, capilares, vênulas e veias (fig.7).
Figura 7- Fonte: http://www.uff.br/ Ilustração do Circulação capilar.
Figura 8- Fonte: http://www.uff.br/ Ilustração do Sistema Cardiovascular.
Figura 9- Fonte: http://www.uff.br/. Ilustração do Sistema Arterial.
As artérias são de grosso calibre com uma espessa camada de fibras elásticas, devido à alta pressão de bombeamento do sangue, e são responsáveis pela distribuição do sangue oxigenado pelo corpo através de vasos que são as arteríolas, de calibre menor, e os capilares, de parede composta por uma fina camada de células que permitem as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos dos órgãos. Por isso as artérias são vasos aferentes em relação ao coração. A função das vênulas é conduzir o sangue venoso, rico em CO2, para as veias de onde o mesmo é transportado de volta para o coração; mais especificamente entrando no átrio direito reiniciando o ciclo. Por esse motivo as veias são consideradas eferentes em relação ao coração. Os vertebrados podem apresentar dois tipos de circulação fechada: Simples ou Dupla. 
SIMPLES: ocorre nos vertebrados de respiração branquial. Nesse tipo de circulação só passa um tipo de sangue pelo coração, o venoso. O sangue venoso que sai do coração é levado às brânquias onde é oxigenado e daí distribuído pelas artérias para todo o corpo, retornando, a seguir, pelo sistema venoso ao coração reiniciando o ciclo. 
DUPLA:ocorre nos vertebrados de respiração pulmonar. Nesse sistema passam pelo coração dois tipos de sangue, o venoso e o arterial, fazendo dois ciclos pelo organismo, um pelo pulmão e outro pelo corpo. Na circulação pulmonar ou circulação pequena, o sangue venoso vai do ventrículo direito para a artéria pulmonar passando pelos pulmões e fazendo as trocas gasosas através das delgadas membranas dos alvéolos pulmonares e, em seguida, retorna através das veias pulmonares, como sangue arterial, entrando no átrio esquerdo. Na grande circulação ou circulação sistêmica, o sangue arterial vai do ventrículo esquerdo para artéria aorta sendo distribuído por todo o corpo fazendo a troca de metabólitos e oxigênio e, em seguida retorna, pela circulação venosa, através da veia cava superior e inferior para o átrio direito, reiniciando o ciclo. Ver desenho esquemático na figura 8.
Figura 10- Fonte: http://www.uff.br/. Ilustração do Sistema Venoso.
A circulação dupla pode ser completa ou incompleta. Nos Anfíbios e nos Répteis é incompleta, porque a anatomia do coração permite a mistura do sangue venoso com o arterial. Nas aves e nos mamíferos, a circulação é completa, porque o coração é completamente dividido em duas metades (a direita, onde passa o sangue venoso, e a esquerda, onde passa o sangue arterial). No homem, as artérias situam-se mais internamente do que as veias. Os principais vasos estão esquematizados nas figuras 9 (artérias) e 10 (veias).
Patologia 
Controle da Ritmicidade: – O marcapasso do coração é conhecido como Nodo Sinoatrial(SA). É ele quem produz os impulsos para a contração dos átrios (Sístole). Esse nodo se localiza na parede superior do átrio direito, perto do ponto de entrada da veia cava superior. 
Visto que o nodo sinoatrial tem frequência mais elevada do que qualquer região do coração, os impulsos originados por ele são propagados para os átrios e ventrículos, estimulando essas regiões tão rapidamente que nunca conseguem ficar lentas até seus rítmos naturais. Sendo assim, ele passa a ser responsável pelo rítmo de todo o coração.
Após se ter originado no nodo SA, o impulso é propagado primeiro para os átrios, provocando sua contração. Poucos centésimos de segundo depois de ter saído do nodo SA, o impulso atinge então outro nodo, o Nodo Atrio-venticular. O nodo AV, também está situado na parede do átrio direito, mas localizado na parte inferior, próximo ao centro do coração. Bom, o Nodo AV retarda o impulso por poucos centésimos de segundo, antes de permitir a sua passagem para o ventrículo. Esse retardamento permite que os átrios forneçam sangue para os ventrículos, antes do início da contração ventricular. Após esse retardo o impulso é propagado com muita rapidez pelo sistema de Purkinje dos ventriculos, fazendo com que os dois ventrículos contraiam com força máxima dentro de poucos centésimos de segundo.
Controle Nervoso:
– Estimulação simpática,  que ↑  a velocidade do fluxo sangúineo, ↑ a frêquencia cardíaca, ↑ a força de contração.
– Estimulação Parassimpática, ↓ o metabolismo, ↓ Diminui a frequência cardíaca, ↓ a força de contração.
Débito Cardíaco:
– É o volume de sangue bombeado do coração.
– É o sistema autonômico, o tônus vascular e a frequência do impulso nervoso.
Pressão Arterial:
– Caracterizado pela força que o sangue exerce na parede do vaso.
Se:
↑ Pressão,  pode ocorrer o rompimento dos vasos sanguíneos.
↓ Pressão, baixa o fluxo sanguíneo, havendo uma deficiência de O2 e nutrientes para os tecidos.
Pressão Alta:
-Sistema Barorreceptor: Ocorre a dilatação das grandes artérias que contém receptores que enviam IN (impulso nervoso) para o centro vasomotor, que é inibido e ativa o sistema parassimpático, que reduz a atividade cardíaca, diminuindo assim a PA (pressão arterial).
Edema Pulmonar: É causado devido o má funcionamento do lado esquerdo do coração, ocorrendo o bloqueio da passagem sanguínea, acumulando sangue,  impedindo as trocas gasosas,  forçando a saída de líquidos para os pulmões em direção aos alvéolos.
Edema Tecidual: É a disfunção do lado direito do coração, causando um acúmulo de  sangue nos tecidos.
SISTEMA LINFÁTICO
O sistema linfático é uma rede complexa de órgãos linfoides, linfonodos, ductos linfáticos, tecidos linfáticos, capilares linfáticos e vasos linfáticos que produzem e transportam o fluido linfático (linfa) dos tecidos para o sistema circulatório, ou seja, é constituído por uma vasta rede de vasos semelhantes às veias (vasos linfáticos), que se distribuem por todo o corpo e recolhem o líquido tissular que não retornou aos capilares sanguíneos, filtrando-o e reconduzindo-o à circulação sanguínea. O sistema linfático também é um importante componente do sistema imunológico, pois colabora com glóbulos brancos para proteção contra bactérias e vírus invasores. O estudo do sistema linfático na sala de dissecação não é muito satisfatória porque a tenuidade das paredes dos vasos e seu pequeno tamanho fazem com que sejam indistinguíveis dos tecidos vizinhos.
A maior parte da informação sobre o sistema linfático tem sido obtida por estudos em laboratórios, com injeção de massa corada dentro de vasos muito pequenos. A injeção em grandes vasos não apresenta resultado satisfatório para estudo do sistema linfático devido a presença de numerosas válvulas.
Possui três Funções Inter-relacionadas:
Remoção dos fluidos em excesso dos tecidos corporais;
 Absorção dos ácidos graxos e transporte subsequente da gordura para o sistema circulatório;
 Produção de células imunes (como linfócitos, monócitos e células produtoras de anticorpos conhecidas como plasmócitos).
Os Vasos Linfáticos têm a função de drenar o excesso de líquido que sai do sangue e banha as células. Esse excesso de líquido, que circula nos vasos linfáticos e é devolvido ao sangue, chama-se linfa.
Linfa:
É um líquido transparente, esbranquiçado (algumas vezes amarelado ou rosado), alcalino e de sabor salgado, que circula pelos vasos linfáticos. Cerca de 2/3 de toda a linfa derivam do fígado e do intestino. Sua composição é semelhante à do sangue, mas não possui hemácias, apesar de conter glóbulos brancos dos quais 99% são linfócitos. No sangue os linfócitos representam cerca de 50% do total de glóbulos brancos. A linfa é transportada pelos vasos linfáticos em sentido unidirecional e filtrada nos linfonodos (também conhecidos como nódulos linfáticos ou gânglios linfáticos). Após a filtragem, é lançada no sangue, desembocando nas grandes veias torácicas.
Circulação Linfática
A circulação linfática é responsável pela absorção de detritos e macromoléculas que as células produzem durante seu metabolismo, ou que não conseguem ser captadas pelo sistema sanguíneo.
O sistema linfático coleta a linfa, por difusão, através dos capilares linfáticos, e a conduz para dentro do sistema linfático. Uma vez dentro do sistema, o fluido é chamado de linfa, e tem sempre a mesma composição do que o fluido intersticial.
Figura 11- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração da Circulação Linfática.
A linfa percorre o sistema linfático graças a débeis contrações dos músculos, da pulsação das artérias próximas e do movimento das extremidades. Todos os vasos linfáticos têm válvulas unidirecionadas que impedem o refluxo, como no sistema venoso da circulação sanguínea. Se um vaso sofre uma obstrução, o líquido se acumula na zona afetada, produzindo-se um inchaço denominado edema.
Pode conter microrganismos que, ao passar pelo filtros dos linfonodos (gânglios linfáticos) e baço são eliminados. Por isso, durante certas infecções pode-se sentir dor e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço, axila ou virilha, conhecidos popularmente como “íngua”.
O Sistema Linfático Humano
Ao contrário do sangue, que é impulsionado através dos vasos pela força do coração, o sistema linfático não é um sistema fechado e não tem uma bomba central. A linfa depende exclusivamente da ação de agentes externos para poder circular.A linfa move-se lentamente e sob baixa pressão devido principalmente à compressão provocada pelos movimentos dos músculos esqueléticos que pressiona o fluido através dele. A contração rítmica das paredes dos vasos também ajuda o fluido através dos capilares linfáticos. Este fluido é então transportado progressivamente para vasos linfáticos maiores acumulando-se no ducto linfático direito (para a linfa da parte direita superior do corpo) e no duto torácico (para o resto do corpo); estes ductos desembocam no sistema circulatório na veia subclávia esquerda e direita. 
Figura 12- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração do Sistema Linfático.
Ducto Linfático Direito
Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado.
Ducto Torácico
Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda.
Órgãos Linfáticos:
Figura 13- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração dos Orgãos Linfático.
O baço, os linfonodos (nódulos linfáticos), as tonsilas palatinas (amígdalas), a tonsila faríngea (adenoides) e o timo (tecido conjuntivo reticular linfoide rico em linfócitos) são órgãos do sistema linfático. Alguns autores consideram a medula óssea pertencente ao sistema sistema linfático por produzirem os linfócitos. Estes órgãos contém uma armação que suporta a circulação dos linfócitos A e B e outras células imunológicas tais como os macrófagos e células dendríticas. Quando micro-organismos invadem o corpo ou o mesmo encontra outro antígeno (tal como o pólen), os antígenos são transportados do tecido para a linfa. A linfa é conduzida pelos vasos linfáticos para o linfonodo regional. No linfonodo, os macrófagos e células dendríticas fagocitam os antígenos, processando-os, e apresentando os antígenos para os linfócitos, os quais podem então iniciar a produção de anticorpos ou servir como células de memória para reconhecer o antígeno novamente no futuro.
Baço:
O baço está situado na região do hipocôndrio esquerdo, porém sua extremidade cranial se estende na região epigástrica. Ele está situado entre o fundo do estômago e o diafragma. Ele é mole, de consistência muito friável, altamente vascularizado e de uma coloração púrpura escura. O tamanho e peso do baço varia muito, no adulto tem cerca de 12 cm de comprimento, 7 cm de largura e 3 cm de espessura.
O baço é um órgão linfoide apesar de não filtrar linfa. É um órgão excluído da circulação linfática porém interposto na circulação sanguínea e cuja drenagem venosa passa, obrigatoriamente, pelo fígado. Possui grande quantidade de macrófagos que, através da fagocitose, destroem micróbios, restos de tecidos, substâncias estranhas, células do sangue em circulação já desgastadas como eritrócitos, leucócitos e plaquetas. Dessa forma, o baço “limpa” o sangue, funcionando como um filtro desse fluído tão essencial. O baço também tem participação na resposta imune, reagindo a agentes infecciosos. Inclusive, é considerado por alguns cientistas, um grande nódulo linfático.
Suas principais funções são as de reserva de sangue, para o caso de uma hemorragia intensa, destruição dos glóbulos vermelhos do sangue e preparação de uma nova hemoglobina a partir do ferro liberado da destruição dos glóbulos vermelhos.
Linfonodos (Nódulos Linfáticos):
São pequenos órgãos em forma de feijões localizados ao longo do canal do sistema linfático. São os órgãos linfáticos mais numerosos do organismo. Armazenam células brancas (linfócitos) que tem efeito bactericida, ou seja, são células que combatem infecções e doenças. Quando ocorre uma infecção, podem aumentar de tamanho e ficar doloridos enquanto estão reagindo aos microrganismos invasores. Eles também liberam os linfócitos para a corrente sanguínea. Possuem estrutura e função muito semelhantes às do baço. Distribuem-se em cadeias ganglionares (ex: cervicais, axilares, inguinais etc). O termo popular “íngua” refere-se ao aparecimento de um nódulo doloroso.
Os linfonodos tendem a se aglomerar em grupos (axilas, pescoço e virilha). Quando uma parte do corpo fica infeccionada ou inflamada, os linfonodos mais próximos se tornam dilatados e sensíveis. Existem cerca de 400 gânglios no homem, dos quais 160, encontram-se na região do pescoço.
Macrófagos: Eles tem capacidade de fagocitose, podendo ingerir até 100 bactérias antes deles mesmos morrerem, o que os tornam também, importantes na eliminação de tecidos necrosados.
Linfócitos: Um tipo de glóbulo branco do sangue. 99% dos glóbulos brancos presentes na linfa são linfócitos. Produzem anticorpos para defender o organismo de infecções. Tal como outros tipos de células sanguíneas, os linfócitos se desenvolvem na medula óssea e se deslocam no sistema linfático.
Células T – Eles começam a viver como células imaturas chamadas de células-tronco. Ainda na infância, alguns linfócitos migram para o timo, onde amadurecem e se transformam em células T. Em condições normais, a maioria dos linfócitos em circulação no corpo são células T. Sua função é a de reconhecer e destruir células anormais do corpo (por exemplo, as células infectadas por vírus). Os linfócitos T aprendem como diferenciar o que é próprio do organismo do que não é ainda no timo. Os linfócitos T maduros deixam o timo e entram no sistema linfático, onde eles atuam como parte do sistema imune de vigilância.
Células B – Permanecem na medula óssea e amadurecem transformando-se em células B. As células B reconhecem células e materiais ‘estranhos’ (como bactérias que invadiram o corpo). Quando essas células entram em contato com uma proteína estranha (por exemplo, na superfície das bactérias), elas produzem anticorpos que ‘aderem’ à superfície da célula estranha e provocam sua destruição. Derivados de uma célula-tronco (célula-mãe) da medula óssea e amadurecem até transformarem-se em plasmócitos, os quais secretam anticorpos.
Ambos os linfócitos T e B desempenham papel importante no reconhecimento e destruição de organismos infecciosos como bactérias e vírus. As células assassinas naturais, discretamente maiores que os linfócitos T e B, são assim denominadas por matarem determinados micróbios e células cancerosas. O “natural” de seu nome indica que elas estão prontas para destruir uma variedade de células-alvo assim que são formadas, em vez de exigirem a maturação e o processo educativo que os linfócitos B e T necessitam. As células assassinas naturais também produzem algumas citocinas, substâncias mensageiras que regulam algumas das funções dos linfócitos T, dos linfócitos B e dos macrófagos.
Figura 14- Fonte: http://www.auladeanatomia.com/. Ilustração Torsilas palatinas.
Tonsilas Palatinas (Amígdalas):
A tonsila palatina encontra-se na parede lateral da parte oral da faringe, entre os dois arcos palatinos. Produzem linfócitos.
Tonsila Faríngea (Adenoides):
É uma saliência produzida por tecido linfático encontrada na parede posterior da parte nasal da faringe. Esta, durante a infância, em geral se hipertrofia em uma massa considerável conhecida como adenoide.
Timo:
O timo de uma criança é um órgão proeminente na porção anterior do mediastino superior, enquanto o timo de adulto de idadeavançada mal pode ser reconhecido, devido as alterações atróficas. Durante seu período de crescimento ele se aproxima muito de uma glândula, quanto ao aspecto e estrutura.
O timo consiste de dois lobos laterais mantidos em estreito contato por meio de tecido conjuntivo, o qual também forma uma cápsula distinta para o órgão todo. Ele situa-se parcialmente no tórax e no pescoço, estendendo-se desde a quarta cartilagem costal até o bordo inferior da glândula tireóidea. Os dois lobos geralmente variam em tamanho e forma, o direito geralmente se sobrepõe ao esquerdo. Ele apresenta uma coloração cinzenta rosada, mole e lobulado, medindo aproximadamente 5 cm de comprimento, 4 cm de largura e 6 mm de espessura.
Considerado um órgão linfático por ser composto por um grande número de linfócitos e por sua única função conhecida que é de produzir linfócitos. Órgão linfático mais desenvolvido no período pré-natal, involui desde o nascimento até a puberdade.
Ducto Linfático Direito
Esse ducto corre ao longo da borda medial do músculo escaleno anterior na base do pescoço e termina na junção da veia subclávia direita com a veia jugular interna direita. Seu orifício é guarnecido por duas válvulas semilunares, que evitam a passagem de sangue venoso para o ducto. Esse ducto conduz a linfa para circulação sanguínea nas seguintes regiões do corpo: lado direito da cabeça, do pescoço e do tórax, do membro superior direito, do pulmão direito, do lado direito do coração e da face diafragmática do fígado.
Ducto Torácico
Conduz a linfa da maior parte do corpo para o sangue. É o tronco comum a todos os vasos linfáticos, exceto os vasos citados acima (ducto linfático direito). Se estende da segunda vértebra lombar para a base do pescoço. Ele começa no abdome por uma dilatação, a cisterna do quilo, entra no tórax através do hiato aórtico do diafragma e sobe entre a aorta e a veia ázigos. Termina por desembocar no ângulo formado pela junção da veia subclávia esquerda com a veia jugular interna esquerda.
Figura 15– Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ilustração LINFONODOS SUPERFICIAIS E VASOS LINFÁTICOS DA CABEÇA E DO PESCOÇO.
Figura 16– Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Ilustração VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DA FARINGE.
Figura 17– Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.Ilustração VASOS LINFÁTICOS E LINFONODOS DA FARINGE.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico, também chamado de imune ou imunitário, é o conjunto de células, tecidos, órgãos e moléculas responsáveis pela retirada de agentes ou moléculas estranhas do organismo de todos os seres vivos, com a finalidade de manter a homeostasia dinâmica do organismo. O funcionamento do sistema imune consiste na resposta coletiva e coordenada das células e moléculas diante dos agentes estranhos; isto caracteriza a resposta imune.
O sistema imune é dividido em dois tipos de imunidade que caracterizam dois tipos de respostas: a imunidade inata ou natural (resposta imune inata) e a imunidade adquirida ou adaptativa (resposta imune adquirida). 
Imunidade inata
A imunidade inata é a primeira linha de defesa do organismo, com a qual ele já nasce. É uma resposta rápida, não específica e limitada aos estímulos estranhos ao corpo. É representada por barreiras físicas, químicas e biológicas, células e moléculas, presentes em todos os indivíduos.
Os principais componentes da imunidade inata são:
Barreiras físicas e mecânicas: Retardam/impedem a entrada de moléculas e agentes infecciosos (pele, trato respiratório, membranas, mucosas, fluidos corporais, tosse, espirro).
Barreiras fisiológicas: Inibem/eliminam o crescimento de microrganismos patogênicos devido à temperatura corporal e à acidez do trato gastrointestinal; rompem as paredes celulares e lisam (rompem) células patogênicas através de mediadores químicos (lisozimas, interferon, sistema complemento);
Barreiras celulares: Endocitam/fagocitam as partículas e microrganismos estranhos, eliminando-os (linfócitos natural killer e leucócitos fagocíticos – neutrófilos, monócitos emacrófagos);
Barreira inflamatória: Reação a infecções com danos tecidulares; induzem células fagocitárias para a área afetada.
A resposta imune inata é capaz de prevenir e controlar diversas infecções, e ainda pode otimizar as respostas imunes adaptativas contra diferentes tipos de microrganismos. É a imunidade inata que avisa sobre a presença de uma infecção, acionando assim os mecanismos de imunidade adaptativa contra os microrganismos causadores de doenças que conseguem ultrapassar as defesas imunitárias inatas.
Imunidade adquirida
A imunidade adquirida ou adaptativa é ativada pelo contato com agentes infecciosos e sua resposta à infecção aumenta em magnitude a cada exposição sucessiva ao mesmo invasor. Existem dois tipos de imunidade adquirida: a imunidade humoral e a imunidade celular. A imunidade humoral gera uma resposta mediada por moléculas no sangue e nas secreções da mucosa, chamadas de anticorpos, produzidos pelos linfócitos B, sendo o principal mecanismo de defesa contra microrganismos extracelulares e suas toxinas. Os anticorpos reconhecem os antígenos (qualquer partícula estranha ao corpo), neutralizam a infecção e eliminam estes antígenos por variados mecanismos efetores. Por sua vez, a imunidade celular gera resposta mediada pelos linfócitos T. Quando microrganismos intracelulares, como os vírus e algumas bactérias, sobrevivem e proliferam dentro das células hospedeiras, estando inacessíveis para os anticorpos circulantes, as células T promovem a destruição do microrganismo ou a morte das células infectadas, para eliminar a infecção.
A imunidade adquirida ainda pode ser classificada em imunidade ativa e imunidade passiva. A imunidade ativa é aquela que é induzida pela exposição a um antígeno. Assim, o indivíduo imunizado tem um papel ativo na resposta ao antígeno. A imunidade ativa pode ser natural, quando adquirida através de doença, ou passiva, quando adquirida por meio de vacinas. A imunidade passiva é aimunização por meio da transferência de anticorpos específicos de um indivíduo imunizado para um não-imunizado. A imunidade passiva é chamada de natural, quando acontece, por exemplo, através da transferência de anticorpos maternais para o feto; é artificial quando há a passagem de anticorpos prontos, como num soro anti-ofídico (contra veneno de serpentes).
A resposta imune adquirida, mediada pelos linfócitos B e T, apresenta uma série de propriedades que administram a resposta destes. São elas:
Especificidade: o sistema imunológico reconhece os diversos antígenos e produz uma resposta imunológica específica para cada um deles.
Diversidade: o sistema imune é capaz de reconhecer milhares de antígenos diferentes e produzir uma resposta adequada para cada um deles.
Memória imunológica: a exposição do sistema imunológico a antígenos faz aumentar sua habilidade em responder a esse mesmo antígeno novamente. As respostas subsequentes ao mesmo antígeno são normalmente mais rápidas, maiores e qualitativamente diferentes da primeira. Uma vez produzidas, as células de memória têm vida longa e são capazes de reconhecer esse antígeno por anos.
Especialização: o sistema imune responde por vias distintas a diferentes antígenos, maximizando a eficiência dos mecanismos de defesa. Assim, os linfócitos B e T se especializam entre as diferentes classes de microrganismos ou pelos diferentes estágios da infecção do mesmo microrganismo.
Discriminação ou Auto-tolerância: capacidade de reagir que os linfócitos B e T apresentam contra moléculas estranhas, mas não apresentam contra suas próprias moléculas.
Auto-limitação da resposta: as células B e T ativadas produzem moléculas que auxiliam o término da resposta imune. Para B são as imunoglobulinas G4 (IgG4) e para T são as interleucinas 4 e 10 (IL-4 e IL-10).
Órgãos do sistema imunológicoPrimários: nestes órgãos ocorre a linfopoese (produção de linfócitos), ou seja, as células se diferenciam das células tronco, proliferam e amadurecem tornando-se linfócitos funcionais. Encaixam-se aqui o timo, a medula óssea, fígado fetal, bursa de Fabricius (aves), placa de Peyer íleo-cecais (ruminantes).
Secundários: nestes órgãos é iniciada a resposta imune adquirida, por isso possuem aglomerados de células. São o baço e os linfonodos.
Células do sistema imunológico
As células do sistema imune procedem de precursores da medula óssea e estão divididas entre células da linhagem mieloide e as células da linhagem linfoide. O progenitor mieloide é o precursor dos granulócitos (eosinófilos, neutrófilos e basófilos), fagócitos mononucleares (monócitos e macrófagos), células dendríticas e mastócitos do sistema imune. O progenitor linfoide dá origem aos linfócitos B e T e as células natural killer.
Os macrófagos são as células fagocitárias mais relevantes, sendo a forma diferenciada dos monócitos sanguíneos. São células de migração lenta e estão dispersos pelos tecidos do corpo. As funções dos macrófagos se caracterizam pela neutralização, ingestão (fagocitose) e destruição de antígenos, além de processar e apresentar antígenos para os linfócitos T. Secretam várias proteínas citotóxicas que ajudam a eliminar os patógenos. Os monócitos também responsáveis pela fagocitose de antígenos, circulam no sangue e migram continuamente nos tecidos, onde se diferenciam.
As células dendríticas quando imaturas migram através da corrente sanguínea para entrarem nos tecidos. Entre suas funções estão a fagocitose e a micropinocitose, ingestão continua de grandes quantidades de fluído extracelular e seu conteúdo. Após o encontro com um patógeno, maturam rapidamente e migram para os nódulos linfáticos, onde realizam a apresentação de antígenos para os linfócitos T.
Os granulócitos recebem essa denominação por possuírem grânulos em seu citoplasma. São também chamados de leucócitos polimorfonucleares, devido às formas de seus núcleos. Possuem tempo de vida relativamente curto e são produzidos em grande número durante as respostas inflamatórias. Os neutrófilos, importantes na resposta inata, são células fagocíticas, muito numerosos e de migração rápida. Os eosinófilos são células fagocíticas e degranulam na presença do antígeno; responsáveis pela resposta às infecções parasitárias e processos alérgicos. A função dos basófilos é semelhante e complementar a dos eosinófilos e mastócitos. Os mastócitos se diferenciam ao chegar aos tecidos. Eles se localizam principalmente à margem dos vasos sanguíneos e degranulam liberando mediadores quando em contato com alérgenos.
Os linfócitos B, quando ativados, proliferam e se diferenciam em células plasmáticas ou plasmócitos, que são as células efetoras da linhagem B, cuja função principal é a secreção de anticorpos. Os linfócitos T, se apresentam em duas classes principais. A primeira se diferencia, quando ativada, em células T CD8+ ou citotóxicas, que matam as células infectadas; a segunda classe de células T, as T CD4+ ou auxiliares, atuam na ativação de outras células, como os linfócitos B e os macrófagos, além de coordenar a resposta imune.
As células natural killer possuem citoplasma granular distinto e são capazes de reconhecer e matar algumas células anormais, como células tumorais e células infectadas com o vírus herpes.
DRENAGEM LINFÁTICA
Na década de sessenta a drenagem linfática começou a ser empregada com a intenção de melhorar os resultados cosméticos de cirurgias. Desde então, já eram observados os benefícios da drenagem linfática manual no tratamento e prevenção de algumas complicações no pós-cirúrgico. Sendo que a execução de manobras no pós-operatório imediato apresenta grandes benefícios para a prevenção e tratamento das sequelas procedente do ato cirúrgico. A drenagem linfática manual aplicada com movimentos rítmicos atua de forma eficaz na drenagem do edema proveniente do ato cirúrgico (GUIRRO e GUIRRO, 2002). 
Drenagem é uma palavra de origem inglesa e pertencente ao léxico da hidrologia: consiste em evacuar um pântano do seu excesso de água por meio de caneletas que desembocam em um poço ou em um curso de água. A analogia é clara. Na drenagem linfática manual, as manobras são suaves e superficiais, não necessitando comprimir os músculos, e sim mobilizar uma corrente de líquido que está dentro de 5 um vaso linfático em nível superficial e acima da aponeurose (GODOY, BELCZAK, GODOY, 2005:110). 
Dentro das fundamentações gerais sobre a drenagem linfática manual, para a aplicação desse recurso de maneira adequada, deve-se respeitar a anatomia e a fisiologia do sistema linfático, além da integridade dos tecidos superficiais. Para tanto, a drenagem linfática manual precisa ser realizada de forma suave, lenta e rítmica, sem causar dor, danos ou lesões aos tecidos do paciente (TACANI e TACANI, 2008). Ultimamente, a drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas, a de Leduc e a de Vodder. Ambas são baseadas nos trajetos dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente três categorias de manobras: - manobra de captação: é realizada sobre os segmentos edemaciados, visando aumentar a captação da linfa pelos linfo capilares; - manobra de reabsorção: as manobras se dão nos pré-coletores linfáticos, os quais transportarão a linfa capitada pelos linfo capilares; - manobra de evacuação: o processo de evacuação ocorre nos linfonodos que recebem a confluência dos coletores linfáticos. Segundo Guirro e Guirro (2002), a diferença entre elas está apenas no local da aplicação. Leduc indicou a utilização de cinco movimentos que, combinados entre si, constituem seu sistema de massagem: drenagem dos linfonodos, círculos com os dedos, círculos com o polegar, movimentos combinados (polegar e dedos), pressão em bracelete. Enquanto as manobras de drenagem proposta por Vodder distinguem-se quatro tipos de movimentos: círculos fixos, movimentos de bombeamento, movimento do doador, movimento giratório ou de rotação. De acordo com os mesmos autores a drenagem linfática é um método que mobiliza a linfa, retirando o acúmulo de líquidos de determinadas regiões corporais que resultam na melhor oxigenação local e sua circulação, acelerando o processo de cicatrização, aumentando a capacidade de absorção de hematomas e equimoses e melhorando no retorno da sensibilidade. Souza (2009) afirma que a drenagem linfática manual é de grande importância para estimular a circulação linfática, eliminar toxinas e nutrir tecidos, melhora a defesa e ação antiinflamatória fazendo com que o período de recuperação do pós-operatório seja muito mais rápido, evitando longas limitações. Soares; Soares; Soares (2005) ressaltam que quanto mais precocemente ser iniciada, menor será a probabilidade de acúmulo de líquidos no local e mais rápida a recuperação dessas pacientes, ajudando na penetração do líquido excedente nos capilares sanguíneos e linfáticos intactos da região adjacente à lesão (RIBEIRO, 2003). 
Indicação e contra-indicações da drenagem linfática 
Macedo e Oliveira (2010), afirmam que a indicação da drenagem linfática em cirurgia plástica é necessariamente para a remoção do edema excessivo localizado no interstício. Mas, só ocorrerá a diminuição deste edema quando houver redução da secreção de cortisol, que é liberado durante o processo de inflamação e reparo e no término da formação do tecido cicatricial, em torno de 20 a 42 dias. 
Para Camargo e Marx (2000) o edema é o acúmulo anormal de líquido intersticial, com característica predominantemente aquosa e não possui alta concentração proteica.
Camargo e Marx apud Coutinho et al.(2006) afirmam que a técnica de drenagem linfática manual vem sendo defendida para ser começada no primeiro dia pós-operatório com a emprego de manobras de evacuação e captação nas redes ganglionares e vias linfáticas, porém somente realizadas nas áreas afastadas da zona edematosa como uma maneirade estimular as anastomoses linfáticas. 
A drenagem linfática atua sobre o edema e hematoma pós-lesão. Mas, além dessa função, auxilia na reparação de ferimentos, pois o fibrinogênio da linfa é o elemento responsável pela formação de coágulos, que darão origem à barreira protetora das lesões. O trauma agudo ou a inflamação crônica no processo de cicatrização dependem inteiramente da eficiência da circulação sanguínea e linfática (BORGES, 2006). 
De acordo com Guirro e Guirro (2002), as manobras de drenagem linfática manual são indicadas na prevenção e/ou tratamento de: 
- Edemas; 
- Linfedemas; 
- Fibro edema gelóide; 
- Queimaduras; 
- Enxertos; 
- Acne. 
A drenagem linfática manual vai estimular a circulação linfática proporcionando a diminuição do linfedema e a regeneração do sistema linfático, sendo assim, a drenagem linfática não apresenta risco algum para o paciente de pós-operatório de cirurgias plásticas, apenas se for mal aplicada concentrando muita força, rapidez excessiva, ou direção errada (BORGES, 2006). 
Guirro e Guirro (2002), afirma que a drenagem linfática manual é contraindicada na presença de: 
- Processos infecciosos; 
- Neoplasias; 
- Trombose venosa profunda; 
- Erisipela. 
É de suma importância que o fisioterapeuta tenha todo o domínio sobre processos patológicos e o estágio em que eles se encontram, assim como o tratamento ao qual foi submetido. (BORGES, 2006). Afirma Fritz (2002) que um profissional deve ser capaz de identificar as indicações e contraindicações, que uma indicação é benéfica ao paciente e que acentue a saúde. Há contraindicação quando a prática se torna perniciosa, trazendo malefícios aos pacientes submetidos à técnica proposta.
CONCLUSÃO 
Através deste estudo, vimos que o sistema imunológico e o sistema linfático possuem papel importantíssimo no organismos humano. Por isso, manter o bom funcionamento do sistema linfático é uma tarefa muito importante para a garantia do bem estar. A técnica manual mais eficaz no auxílio das função do sistema linfático é a drenagem Linfática. A drenagem linfática é um recursos bastante utilizado na fisioterapia em uma série de patologias, pois tem efeitos, por exemplo, relaxante, analgésico, redução de edemas. A literatura é vasta 11 quanto ao uso da Drenagem Linfática Manual, explorando seus benefícios no tratamento pós operatório de cirurgias plástica, doenças do sistema linfático, gravidez, podendo ser usada unicamente ou associada ao exercício físico, por exemplo. A fisioterapia dermato-funcional, através da drenagem linfática, pode promover ao paciente uma recuperação com menos complicações e mais rápida, uma diminuição do quadro álgico. Sendo assim, a drenagem linfática é uma área com muitas possibilidades para estudos futuro.
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REFERÊNCIAS
 Cunningham, J. G. Tratado de Fisiologia Veterinária. Edit. Guanabara Koogan, 2 ed. 1999. 527p. 
Gurtler, H. Ketz, H. A., Schroder, L. et al. Fisiologia Veterinária. Edit. Guanabara. 4 ed. 1987. 611p. Swenson, 
M. J., Reece, W. O. Dukes, Fisiologia dos Animais Domésticos. Edit. Guanabara Koogan. 11ed. 1996. 856p.
LEDUC, A,; LEDUC, O. Drenagem linfática: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Manole, 2000. 66 p.
SPENCE, A. Anatomia Humana Básica. 2. ed. São Paulo: Manole, 1991. 713 p.
Leduc A, Leduc O. Drenagem linfática: teoria e prática. 3ª ed. São Paulo: Manole, 2007
MANG, Werner L.; tradução Pedro Bins Ely, Débora Lessa da Silva Nora. Manual de cirurgia Estética. Porto Alegre; Artmed, 2006.2v.(316;316p.): 28cm+DVD-ROM.
Pereira, J. M. S. Imunologia. Disponível em: <http://cloud.fciencias.com/wp-content/uploads/2014/11/Imunologia-SEBENTA.pdf
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