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O QUE É O QUE É? 1) São princípios do Direito Processual brasileiro: (A) o princípio do juiz natural e o princípio do devido processo legal. (B) o princípio da investidura e o princípio da isonomia. (C) o princípio da moralidade administrativa e o princípio do contraditório. (D) o princípio da isonomia e o princípio da reserva legal. (E) o princípio da motivação das decisões judiciais e o princípio da afastabilidade do controle jurisdicional. 2) Tecnicamente, quando se pode considerar o juiz imparcial? Como a lei procura garantir a imparcialidade do juiz? 3) As normas processuais são consideradas de natureza cogente ou dispositiva? Por quê? 4) Quais são os meios alternativos de pacificação social conhecidos e admitidos juridicamente? Qual a importância de sua existência no sistema jurídico de uma nação? 6) O que vem a ser o direito processual constitucional? 7) Diferencie norma material de norma processual. 8) Explique como se comporta o direito processual brasileiro no tempo e no espaço. 9) Explique interpretação declaratória, restritiva e ab-rogante. 10) Considerando o direito como um sistema fechado, em que o julgador deve valer-se da integração para preencher as aparentes, mas não reais, lacunas, explique o método de integração analógico. 11) Que princípio regula a eficácia da norma processual no espaço? 12) Há possibilidade de uma norma processual ter validade apenas em uma parcela dos Estados?Justifique atentando para o critério de abrangência dessas normas. 13) O que se entende pela teoria dos atos isolados na esfera processual e qual sua importância no que se refere a vigência de lei nova? 14) Como segue um processo que iniciou-se com uma lei processual e em seu curso, nova lei foi publicada? 15) Qual princípio rege a lei processual no tempo? 1ª PARTE – QUESTÕES OBJETIVAS QUESTÃO N. 1 – A intervenção do Ministério Público como “custos legis” é obrigatória na hipótese: A) na declaração de ausência; B) no divórcio; C) na interdição; D) em todas as acima especificadas; E) em nenhuma das hipóteses acima. Gab. “D”. O legislador prevê casos em que, embora não haja legitimidade para propor a demanda, o Ministério Público deve intervir no processo para zelar pelo correto cumprimento das normas jurídicas, participando, assim, do procedimento em contraditório na defesa dos interesses da sociedade. O Código de Processo Civil exige a presença do Ministério Público nas situações previstas no art. 82 QUESTÃO N. 2 – “Na verdade o ilícito penal não se difere substancialmente do ilícito civil, pois a distinção existe apenas quanto à sanção. A ilicitude penal é um mero agravamento de uma preexistente ilicitude civil, destinada a reforçar as consequências da violação de dados valores especialmente protegidos pelo Estado”. Sobre o tema, entre os exemplos abaixo, qual não caracteriza ponto de contato entre o direito civil e o direito penal? A) quando alguém pratica um furto haverá duas consequências: a) obrigação de restituir o objeto furtado (natureza civil); e b) sujeição às penas do art. 155 do Código Penal. B) quem contrai novo casamento, sendo casado, o direito impõe duas consequências: a) a nulidade do segundo casamento – CC, art. 183, VI (sanção civil); e b) sujeição à pena de bigamia (CP, art. 235). C) ação civil ex delito: na própria sentença penal, o juiz poderá atribuir um valor para a reparação do dano civil causado, tornando certa a obrigação de reparação (título judicial). D) ação popular: ocorre em casos de crimes ambientais, por exemplo, autorizando qualquer pessoa a procurar as autoridades públicas para responsabilizar o infrator, tanto na esfera cível quanto na penal. E) prova emprestada: o direito brasileiro permite a produção de prova em um processo e utilização em outro, desde que não surpreenda a pessoa que não fora parte no primeiro processo. Gab. “D”. A ação popular não tem repercussão penal. Embora não tenha sido estudada nas aulas de TGP, bastava ficar atento com as hipóteses de contato mencionadas em sala, já que a ação popular sequer foi mencionada. QUESTÃO N. 3 – Sobre o conceito de jurisdição, aponte a assertiva incorreta: A) Uma das funções do Estado para buscar a pacificação dos conflitos com imparcialidade e justiça, utilizando-se do direito processual (Ada Pellegrine e Araújo Cintra). B) Jurisdição é o papel da soberania em dizer a cada um o que é seu, não possuindo qualquer dependência ou relação com ação ou processo. C) Um poder que toca ao Estado, entre as suas atividades soberanas, de formular e fazer atuar praticamente a regra jurídica (Humberto Theodoro Jr.). D) Uma função exercida pelo Estado para compor processualmente conflitos litigiosos, dando a cada um o que é seu, segundo o direito objetivo (José Frederico Marques). E) Jurisdição é um ato de soberania (poder-dever), que através do Poder Judiciário, declara o direito, aplicando a lei aos casos concretos. É ao mesmo tempo poder, função e atividade. Gab. “B”. A jurisdição, juntamente com a ação e o processo formam a chamada trilogia do direito processual. QUESTÃO N. 4 – A Constituição Federal do Brasil assegurou, como uma de suas inovações, a criação da Defensoria Pública, que tem entre suas funções A) prestar consultoria e assessoria jurídica ao Poder Executivo. [procuradorias] B) controlar a atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário. [relacionado à tripartição dos poderes] C) prestar a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados. D) promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei. [função do MP] E) executar os títulos da dívida ativa em favor do Estado. [procuradorias da fazenda] Gab. “C”. Essa é a função constitucional da Defensorias. QUESTÃO N. 5 – Tendo em vista as Funções Essenciais à Justiça, assinale a alternativa correta: A) ao Ministério Público não é aplicável o princípio da indivisibilidade, pois ele se divide em Ministério Público da União e do Estados. B) o Advogado-Geral da União deve ser nomeado pelo Presidente da República, dentre integrantes da carreira, aprovados previamente em concurso público de provas de títulos. [é de livre nomeação] C) não é assegurada às Defensorias Públicas Estaduais a autonomia funcional e administrativa. D) o Ministério Público tem como princípios institucionais a independência funcional e a unidade. E) as procuradorias municipais fazem parte do Ministério Público dos Estados. Gab. “D”. Também são princípios institucionais: promotor natural; e indivisibilidade; QUESTÃO N. 6 – Assinale o item incorreto: A) a competência em razão da matéria é relativa, pois caso um juiz trabalhista absolva um réu em matéria criminal, essa decisão não poderá ser modificada. B) a competência em razão da pessoa dependerá de quem esteja envolvido na demanda, pois a constituição prevê casos de prerrogativa de foro. C) o conceito de domicílio está estampado no Código Civil, podendo ser voluntário ou legal. D) se o domicílio do réu for incerto ou desconhecido, a demanda poderá ser proposta no local onde ele for encontrado ou no domicílio do autor. E) a competência em razão da matéria é absoluta, pois caso um juiz trabalhista condene um réu em matéria criminal, essa decisão poderá ser modificada. Gab. “A”. Competência ratione materiae: a competência será absoluta. Ex.: tribunal do júri; justiça eleitoral; previdenciária; família; sucessões; justiça do trabalho etc. A alternativa “E” reproduz exemplo dado em sala, que na prática dificilmente ocorrerá. Lembre-se que transitando em julgado a sentença absolutória, ainda que proferida por juiz materialmente incompetente, o único interessado em propor a revisão criminal será o absolvido, já que não existe revisão em favor da sociedade. QUESTÃO N. 7 – Ocorre a representação processual legal: A) Sempre que aqueles que têm capacidade para ser parte não possuírem capacidade processual para o ingresso em juízo; B) Assim é chamado o mandato conferido aoadvogado em razão da capacidade postulatória; C) Sempre que no instrumento de mandato houver esse tipo de convenção entre o outorgante e o outorgado; [convencional] D) Nos casos dos incapazes sempre que não tenham curador especial; E) Nos casos em que os advogados substabelecem seus mandatos a outros advogados, ainda que sem consentimento do outorgante. [convencional] Gab. “A”. A representação legal é sempre exercida no interesse do representado, enquanto que a representação convencional realiza-se no interesse do próprio representante. Tem-se a disciplina por poder familiar (ex.: pátrio-poder), da tutela e da curatela, além de outros instituto estabelecidos em legislação especial. Esse ponto foi estudado durante as aulas sobre o advogado e MP. QUESTÃO N. 8 – A jurisdição contenciosa caracteriza-se pela: A) Ausência de substitutividade. B) Presença de interessados e de um procedimento. C) Presença de um conflito de interesses qualificado por uma pretensão resistida – lide. D) Homologação da vontade dos interessados. E) Nenhuma está correta. Gab. “C” QUESTÃO N. 9 – O princípio dispositivo, também denominado de Princípio da Inércia da jurisdição, significa que: A) Nenhum Juiz prestará a tutela jurisdicional senão quando a parte ou o interessado a requerer, nos casos e formas legais. B) Caberá ao Juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias. C) O Juiz conhecerá de ofício, a qualquer tempo e grau de jurisdição, enquanto não proferida sentença de mérito, das questões de ordem pública. D) Cabe ao réu manifestar-se precisamente sobre os fatos narrados na petição inicial. E) Tal princípio não tem aplicação no CPC (Código de Processo Civil). Gab. “A”. QUESTÃO N. 10 – Jurisdição se confunde com soberania. Logo, cada Estado dita suas normas internas. Cada soberania tem poder jurisdicional nos limites de seu território (no processo penal é assim). São exceções a essa regra, EXCETO: A) conveniência para a paz social. B) soberania de outros Estados. C) respeito às convenções internacionais. D) razões de interesse do próprio Estado. E) razões de interesses exclusivamente privados. Gab. “E” QUESTÃO N. 11 – “Em verdade, os atos da chamada jurisdição voluntária nada têm de jurisdicionais: não tem como escopo a atuação do direito, mas a constituição de situações jurídicas novas”. São características da jurisdição voluntária, EXCETO: A) inexistência de controvérsia. [correto] B) existência de processo. [errado, pois há procedimento] C) inexistência de coisa julgada. [correto] D) existência de interessados. [correto] E) inexistência de partes. [correto] Gab. “B”. Questionou-se a anulação da referida questão durante a prova. Contudo, não há falar em anulação, pois o enunciado não possui qualquer vício. Basta observar a tabela dobre o tema apresentado em sala. QUESTÃO N. 12 – Sabe-se que a estrutura judiciária pátria se assenta nos seguintes pontos fundamentais, EXCETO: A) existência de órgãos jurisdicionais isolados, no ápice da pirâmide judiciária e, portanto, acima de todos os outros (STJ e STF). B) existência de diversos organismos jurisdicionais autônomos entre si (as diversas “Justiças”). C) existência, em cada “Justiça”, de órgãos judiciários superiores e órgãos inferiores (para cumprir o duplo grau de jurisdição). D) a divisão judiciária, com distribuição de órgãos judiciários por todo o território nacional (comarcas, seções judiciárias). E) instituição de juízes substitutos ou auxiliares, com competência aumentada, o que diminui os conflitos de atribuições. Gab. “E”. A competência deve ser reduzida e não aumentada como mencionada na assertiva. QUESTÕES DISCURSIVAS QUESTÃO N. 1 – Discorra sobre as competências absoluta e relativa Competência absoluta: É aquela improrrogável, predominando o interesse público. No CPC, poderá ser revista dentro de 2 anos após o trânsito em julgado com a Ação Rescisória. No CPP, quando condenatória, poderá ser revista a qualquer tempo pela Revisão Criminal ou HC. Competência relativa: permite a prorrogação, pois estão em jogo interesses privados. QUESTÃO N. 2 – Imagine as seguintes situações: (1) Um Diplomata Inglês acreditado pelo Brasil, durante férias em Brasília, encontra a Presidenta Dilma e efetua contra ela dois tiros, ocasionando a morte da Presidenta. (2) Um Cônsul Boliviano, durante um passeio na Capital Mato-grossense, decide realizar pequenos furtos. Considerando as hipóteses acima, é possível afirmar que em ambas a jurisdição brasileira não sofrerá qualquer limitação para ser aplicada? Por quê? A imunidade diplomática é instituto de direito público internacional de que desfrutam: a) Chefes de Governo ou de Estado estrangeiros e sua família e membros de sua comitiva. b) Embaixador e sua família. c) Funcionários do corpo diplomático e família d) Funcionários das organizações internacionais quando em serviço. Esta imunidade tem natureza absoluta: não importa o crime. Ficam imunes às consequências da lei brasileira, ficando sujeitos às leis dos seus países de origem. Os privilégios e imunidades do Chefe de Estado são extensivos a sua família e comitiva, inclusive em viagens particulares ou de férias. Abrangem também ex-Chefes de Estado, com o intuito de permitir que essas autoridades possam exercer suas funções oficiais sem receio de qualquer forma de vingança posterior. A imunidade diplomática não diz que ele não deve respeito à nossa lei. Mas se desrespeitar, não sofrerá as consequências no Brasil, mas no seu país. Contudo, esse tratamento não é atribuído ao Cônsul quando cometer crimes no Brasil alheios a sua função. Logo, responderá pela lei brasileira. Agora, o diplomata acreditado, não responderá pelo crime cometido no Brasil, salvo se houver renúncia pelo Estado acreditante. QUESTÃO N. 3 – explique o que é a trilogia do direito processual 1 . Resp. Ação, processo e jurisdição Anúncios
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