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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS AULAS 1 E 2

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GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS (LOGÍSTICA)
AULA 1
EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA:
A evolução das atividades humanas até 06 de junho de 1944.
A evolução histórica da logística em cinco fases: 3 e 4
1) Logística no local de trabalho: o enfoque era a otimização do fluxo de materiais nos locais de trabalho. O objetivo era definir formas de trabalho que harmonizassem os movimentos das unidades de trabalho ao longo das linhas de montagem (1950);
2) Logística nas instalações: a ênfase está na otimização do fluxo de materiais entre os locais de trabalho, dentro de instalações como fábricas, armazéns e centros de distribuição. Também conhecida como Administração de Materiais, nesta fase surgiram diversas técnicas de dimensionamento de lotes e de controle de estoques (1960);
3) Logística corporativa: com a criação de novos métodos de gestão inspirados na visão sistêmica, em conjunto com o desenvolvimento das tecnologias de informação, as empresas passaram a se reestruturar em funções, em vez de departamentos. A logística passou a ser vista como um processo que tem como objetivo gerir o fluxo de materiais e informações ao longo das instalações da organização para atender seus clientes (1970);
4) Cadeias de suprimento: a ênfase deixa de ser a integração dos processos internos da empresa e passa a ser a integração dos processos interorganizacionais. As empresas perceberam que a integração de processos entre fornecedores, fabricantes, distribuidores e até mesmo clientes pode oferecer uma grande oportunidade de diferenciação (1980);
5) Logística Global: a globalização, em conjunto com as novas tecnologias de comunicação, sobretudo a internet, permitiram às empresas conectar fornecedores, fabricantes e clientes em uma rede mundial. Isso trouxe novos desafios relacionados à localização de instalações, planejamento global de operações e distribuição internacional de produtos (1990).
DEFINIÇÕES: 1
“Um conjunto de atividades funcionais que se repetem inúmeras vezes ao longo do canal pelo qual matérias-primas vão sendo convertidas em produtos acabados, aos quais se agrega valor ao consumidor”. (Ballou)
“O esforço de coordenação nos canais de distribuição, através da integração de processos de negócios que interligam seus diversos participantes”. (Fleury)
DESENHO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Esboçar um desenho esquemático.
INTERESSANTE SABER...... 
Custos logísticos da soja no Brasil e EUA
O Brasil e os Estados Unidos são os dois maiores produtores de soja no mundo. Enquanto o Brasil responde por 31% de toda a produção mundial, os EUA vêm logo atrás, com 30%. De acordo com o relatório do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), os custos de produção por hectare nos EUA são de US$ 580 dólares, sendo mais altos que no Brasil, onde os custos são de aproximadamente US$ 400 dólares, em valores de 2004 (PINAZZA, 2007). No entanto, apesar de os custos de
produção no Brasil serem mais baixos, a cadeia de distribuição como um todo é muito
ineficiente. De acordo com Ikeda et al. (2011), nos EUA, cerca de 84% da soja é transportada usando os modais hidroviário e ferroviário, que são muito mais baratos que o modal rodoviário. O Brasil, por sua vez, transporta 60% de toda sua produção usando
o modal rodoviário, mais caro. Por isso, os custos de transporte até o porto de exporta-
ção, no Brasil, são de R$ 226,20 por tonelada, ao passo que nos EUA esse custo é de
apenas R$ 58,52. Consequentemente, os custos totais da cadeia de soja nos EUA são
menores, tornando-a mais competitiva.
DISCUSSÃO
A competição atingiu um novo patamar. Produzir produtos de qualidade, com bons projetos e com produção eficiente não são diferenciais competitivos e passaram a ser apenas aspectos qualificadores. Empresas que não conseguem fazer ao menos isso estarão fora da competição. O novo fator de sucesso passou a ser a Cadeia de Suprimentos em que essas empresas estão inseridas. Na perspectiva do cliente o que importa é ter um produto de boa qualidade disponível para compra a um custo aceitável. As empresas dependem cada vez mais de suas redes de distribuição para serem bem sucedidas, e não apenas de suas operações internas.
O gerenciamento de uma Cadeia de Suprimentos deve se pautar na maximização do valor gerado para a cadeia como um todo. 
A única fonte de receita da cadeia é o cliente, que compra o produto na ponta do consumidor final. 
A receita originada por esse cliente flui a montante entre os elos da cadeia. 
Maximizar os ganhos da cadeia significa configurar todas as suas operações de forma a utilizar de melhor maneira essa receita.
NÍVEL DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS AULA 2 04/08
O atual aponta para o desafio de fazer com que diversas empresas atuem conjuntamente para vencer cadeias concorrentes.
Deve-se avaliar o fornecedor com base no desempenho logístico dos vários aspectos. 
Ballou em suas diversas obras salienta que os aspectos de serviço ao cliente podem ser subdivididos em três grupos:
• Elementos de pré-transação: são aspectos avaliados antes da realização da transação de compra, propiciando segurança e compromisso total com o cliente quanto aos prazos de entrega, serviços, etc;
• Elementos de transação: são os aspectos que possibilitam a entrega do produto ao cliente, tais como níveis de estoque, seleção de modais de transporte e método de processamento de pedidos. Um bom desempenho nesses aspectos reflete no tempo de entrega, assim como na exatidão das especificações encomendadas; e
• Elementos de pós-transação: englobam serviços e facilidades oferecidas pelo fornecedor após a entrega do produto, tais como manutenção, facilidade de devolução, realização de trocas e processamento de reclamações.
Não é economicamente viável ser excelente em todos os aspectos. 
Cada nível de serviço tem seu custo e receita potencial
Desenvolver trade off (Ex. manter estoque?).
A empresa deve desenvolver uma política organizacional de forma estratégica.
ELEMENTOS DE UMA CADEIA DE SUPRIMENTOS
FÁBRICA DE PAPEL – GRÁFICA/EDITORA – DISTRIBUIDORA DE LIVROS – LOJAS – CLIENTES 
Fluxos: Informação – produtos – financeiro.
Instalações.
Estoques.
Transporte.
Ballou considera que as estratégias de estoques, transporte e localização das instalações são as principais áreas da logística que influenciam o serviço ao cliente.
A atividade de processamento de pedidos é onde começa o processo logístico, por esta razão a informação é tão importante.
INTERESSANTE SABER....
Para termos uma melhor ideia de quão importante é o transporte para os
custos logísticos, em 2012 o total de gastos com logística no Brasil foi de R$
507 bilhões de reais, o que representou 11,5% do PIB daquele ano. Desse total,
R$ 312,4 bilhões foram gastos com transportes, ou seja, 7,1% do PIB. É por essa razão que grandes oportunidades de redução nos custos estão na otimização dos transportes, assim como na melhoria na infraestrutura de transporte do país. Como base de comparação os custos logísticos totais nos Estados Unidos correspondem a 8,7% do PIB. O melhor desempenho dos EUA em logística é decorrente de uma melhor infraestrutura de transportes, que possibilita o uso de modais mais baratos.

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