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Resumo de Ciência Politica - 2 º semestre

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Síntese de Ciência Politica – 2º Semestre
Estado e Governo:
Estado Moderno e Democracia: 
	A ideia moderna de um Estado democrático implica a afirmação de certos valores fundamentais da pessoa humana, bem como a exigência de organização e funcionamento do Estado, em busca de proteger esses valores. 
 A ideia de democracia moderna foi influenciada pelo ideal utilizado na Grécia Antiga, considerando o aspecto “povo”, porém existe uma divergência fundamental quanto a noção do povo que deveria governar, isso porque poucos cidadãos possuíam esse privilégio, isto porque a virtude politica, que é a sabedoria para mandar e oferecer, só era oferecida àqueles homens que não tem a necessidade de trabalhar para viver. 
	O Estado Democrático moderno nasceu das lutas contra o absolutismo, sobretudo através da afirmação dos direitos naturais da pessoa humana. Daí a grande influência dos jusnaturalistas, como LOCKE e ROUSSEAU. Embora estes não tivessem chegado a propor a adoção de governos democráticos, suas ideias contratualistas tiveram grande influência, visto que a ausência de Estado (Estado de Natureza) faz com que os indivíduos não possuam limites ao agir, e ao instituir o pacto politico, surge por consequência a problemática da limitação do poder. Quando o poder fica concentrado, coloca-se em risco a liberdade e os direitos do homem.
Análise histórica:
Aristóteles: Em seu livro, Aristóteles faz a classificação dos governos, afirmando que os homens livres estão submetidos a três formas puras, sendo o governo que cabe a um só indivíduo (realeza), pode englobar uma minoria “cidadão modelo” (oligarquia), ou que o governo pertença a todo o povo (republica ou democracia). A preocupação do filósofo é referente ao perigo de um poder concentrado, já que o indivíduo pode se esquecer dos interesses do povo e passar a vincular seu cargo aos seus interesses pessoais. Em suma, Aristóteles considera injusto e perigoso atribuir-se a um só individuo o exercício do poder, havendo também problemas com a execução de sua eficiência, quando menciona a impossibilidade prática de que um só homem previsse tudo o que nem a lei pode especificar. 
Marcílio de Pádua: Realiza uma separação entre Legislativo e Executivo, porém afirma que o povo é o primeiro legislador, e que, portanto, é o dono da soberania popular. 
Maquiavel: Maquiavel não está preocupado com a soberania popular, mas sim com a soberania do príncipe, porém reconhece a desconcentração do poder. Na obra “o Príncipe”, já se encontravam três poderes distintos, o Legislativo (Parlamento), o Executivo (o rei) e um Judiciário independente. Essa forma de organização dá mais liberdade ao rei, visto que, Agindo em nome próprio o Judiciário poderia proteger os mais fracos, poupando o rei da necessidade de interferir nas disputas e de enfrentar o desagrado dos que não tivessem suas razões escolhidas. 
John Locke: Influencia fortemente a Revolução Inglesa. Ele realiza uma divisão de funções, onde existem dois poderes: parlamentarismo (que tem como função legislar, fazer as leis) e a monarquia (que tem como função executar as imposições do parlamento); ou seja, acredita na supremacia do poder legislativo, que pode ser exercido por vários órgãos, mas sempre sujeito ao povo. 
Montesquieu: A teoria da separação de poderes, que através da obra de Montesquieu se incorporou ao constitucionalismo, foi concebida para assegurar a liberdade dos indivíduos. Quando no mesmo corpo de magistratura o Poder Legislativo está reunido ao Poder Executivo, não há liberdade, pois se pode esperar que esse monarca ou esse senado façam leis tirânicas para executá-las. 
Apesar dessa separação de poderes, o Estado é uno e indivisível. É comum que haja muitos órgãos exercendo o poder soberano do Estado, mas a unidade do poder não se quebra por tal circunstância. Outro aspecto importante a considerar é que existe uma relação muito estreita entre as ideias de poder e de função do Estado, considerando que quando se pretende desconcentrar o poder, atribuindo o seu exercício a vários órgãos, a preocupação maior é a defesa da liberdade dos indivíduos, pois, quanto maior for a concentração do poder, maior será o risco de um governo ditatorial. Diferentemente, quando se ignora o aspecto do poder para se cuidar das funções, o que se procura é aumentar a eficiência do Estado, organizando-o da maneira mais adequada para o desempenho de suas atribuições. 
Para Montesquieu, o Estado não possui qualquer atribuição interna, a não ser o poder de julgar e punir. Assim, as leis, elaboradas pelo legislativo, deveriam ser cumpridas pelos indivíduos, e só haveria interferência do executivo para punir quem não as cumprisse. 
Rousseau: Teve grande influência na Revolução Francesa, junto aos princípios expressos na Declaração da independência americana.
 A declaração da Independência Americana (rev. Americana) proclama: “Consideramos verdades evidentes que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis entre os quais a Vida, a Liberdade e a Felicidade, e que para proteger tais direitos são instituídos os governos entre os homens, de acordo com seus consentimentos, e os governados ao perceber algo destrutivo, podem alterar ou abolir tal governo e instituir um novo, fundamentado em seus princípios”. 
O sistema de separação de poderes, consagrado nas Constituições de quase todo o mundo, foi associado à ideia de Estado Democrático e deu origem a teoria do SISTEMA DE FREIOS E CONTRAPESOS:
Democracia Direta, Semidireta, Participativa e Representativa:
	Sendo um Estado Democrático, existem muitos problemas em externar a vontade do povo. Sobretudo, pois os colégios eleitorais são numerosos e as decisões de interesses públicos muito frequentes, exigindo uma grande atividade legislativa, o que torna difícil pensar na hipótese de constantes manifestações do povo, para que se saiba rapidamente qual é sua vontade. Por esse motivo, existem alguns institutos classificados como expressões de democracia direta:
Referendum (referendo): Consiste na consulta à opinião pública para a introdução de uma emenda constitucional ou de uma lei ordinária, quando uma dessas afetar um interesse público relevante. Uma peculiaridade do referendo é que ele consiste numa consulta que se faz à opinião pública depois de tomada uma decisão, para que está seja ou não confirmada. Tem certo caráter confirmatório, pois não deixa dúvida de que seu objetivo é perguntar ao povo se ele confirma ou não uma decisão já tomada. É utilizado no Brasil.
Plebiscito: Consiste numa consulta prévia à opinião popular. Dependendo do resultado do plebiscito é que se irão adotar providências legislativas, se necessário; ou seja, é uma consulta prévia a população. (A problemática do plebiscito afirma, de forma generalizada, de que o povo é mal representado nos Parlamentos, pois em muitos casos tem ficado evidente que os mandatários se orientam por interesses que não são os do povo ou que, mais grave ainda, são contrários aos legítimos e autênticos interesses do povo). É utilizado no Brasil.
Iniciativa Popular: Confere a certo número de eleitores o direito de propor uma emenda constitucional ou um projeto de lei; ou seja, permite que um determinado número de eleitores apresente um projeto de lei para ser debatido, discutido e possivelmente julgado. É utilizado no Brasil.
Veto Popular: Pelo veto popular, dá-se aos eleitores, após a aprovação de um projeto pelo Legislativo, um prazo, geralmente de 69 dias, para que requeiram a aprovação popular e a lei não entra em vigor antes de decorrido esse prazo, ou seja, o conjunto de cidadãos tem o poder de vetar a decisão de um projeto de lei, 
Recall: Instituto que tem poder para revogar a eleição de um legislador ou funcionário eletivo OU para reformar decisão judicial sobre constitucionalidade da lei, convocando certo número de eleitores para consultar referente à manutenção ou revogação do mandato conferido a alguém; sendo assim, um grupo de eleitores vai solicitaro recall, explicando o motivo do mesmo, e se o tribunal julgar a causa procedente ocorrerá uma nova eleição. 
Mandato Politico: 
	Para a compreensão das características do mandato politica é indispensável aceitar-se sua completa desvinculação da origem privada. É precisamente a existência de características peculiares que dá autonomia ao instituto, permitindo e exigindo que ele seja examinado à luz de princípios publicísticos. Além disso, é preciso ter-se em conta que o mandato politica é uma das mais importantes expressões da conjugação do politico e do jurídico, o que também influi em suas características mais importantes, que são os seguintes: 
O mandatário, apesar de eleito por uma parte do povo, expressa a vontade de todo o povo, ou pelo menos, de toda a circunscrição eleitoral onde foi candidato, podendo tomar decisões em nome de todos os cidadãos da circunscrição, ou mesmo de todo o povo do Estado se tiver sido eleito para um órgão de governo do Estado.
Embora o mandato seja obtido mediante certo número de votos, ele não está vinculado a determinados eleitores, não se podendo dizer qual o mandato conferido por certo cidadãos.
O mandatário, não obstante decidir em nome do povo, tem absoluta autonomia é independência, não havendo necessidade de ratificação das decisões, além do que as decisões obrigam mesmo os eleitores que se oponham a elas. 
O mandato é de caráter geral, conferindo poderes para a prática de todos os atos compreendidos na esfera de competências do cargo para o qual alguém é eleito.
O mandatário é irresponsável, não sendo obrigado a explicar os motivos pelos quais optou por uma ou por outra orientação.
Em regra, o mandato é irrevogável, sendo conferido por prazo determinado. Exceção desseprincipio é o recall, que dá possibilidade à revogação do mandato por motivos exclusivamente políticos. Esse instituto, entretanto, só existe em alguns Estados da federação norte-americana, e é de alcance muito restrito, não chegando a desfigurar o principio geral da irrevogabilidade. 
Iniciativa popular de projetos de lei: 
	Uma forma de participação popular que já era praticada por alguns Estados é a iniciativa popular de projetos de lei, como uma democracia participativa. Propostas como a criação de Conselhos especializados para atuar em certo setor das atividades sociais, como saúde, educação e etc.
Representação Política:
	A necessidade de governar por meio de representantes deixa para o povo o problema da escolha desses representantes. Cada indivíduo tem suas aspirações, seus interesses e, mesmo que de maneira indefinida e imprecisa, suas preferências a respeito das características dos governantes. E quando se põe concretamente o problema da escolha é natural à formação de grupos de opinião, cada um pretendendo prevalecer sobre os demais. 
Partidos Políticos:
	Como instrumentos eficazes da opinião pública, dando condições para que as tendências preponderantes no Estado influam sobre o governo, os partidos políticos, se impuseram como o veículo nat6ural da representação politica. Em consequência, multiplicaram-se vertiginosamente os partidos, apresentando as mais variadas características. 
Quanto à organização interna dos partidos:
Partidos de quadros: mais preocupados com a qualidade de seus membros do que com a quantidade deles, não buscam reunir o maior número possível de integrantes, preferindo atrais as figuras mais notáveis, capazes de influir positivamente no prestígio do partido ou dispostos a oferecer contribuição econômico-financeira.
Partidos de massas: Além de buscarem o maior número possível de adeptos, sem qualquer espécie de discriminação, procuram servir de instrumento para que indivíduos de condição econômica inferior possam aspirar às posições de governo. 
Quanto á organização externa dos partidos:
Sistema de partido único (unipartidário): Caracterizados pela existência de um só partido no Estado. Em tais sistemas pretende-se que os debates políticos sejam travados dentro do partido, não havendo, assim, um caráter necessariamente antidemocrático nos sistemas unipartidários; ou seja,é um sistema partidário próprio dos regimes autoritários em que um único partido político é legal, confundindo-se com o próprio Estado, sendo que legalmente não podem existir outros partidos. Às vezes o termo unipartidarismo é utilizado para descrever um sistema de partido dominante, em que existem outros partidos, mais as leis impedem a oposição de obter legalmente poder.
Bipartidários: Se caracterizam pela existência de dois grandes partidos que se alternam no governo do Estado. Não se excluem outros partidos, os quais, porém, por motivos diversos e sem qualquer interferência do Estado, permanecem pouco expressivos, embora possam ganhar maior significação sob o impacto de algum novo fator social. A predominância de dois grandes partidos, sem exclusão de outros, em segundo, a autenticidade do sistema, que deve decorrer de circunstâncias históricas, em função das quais a maioria do eleitorado se concentra em duas grandes correntes de opinião. 
Sistemas Pluripartidários: Que é maioria, caracterizando-se pela existência de vários partidos igualmente dotados da possibilidade de predominar sobre os demais, ou seja, é um sistema politico no qual três ou mais partidos políticos podem assumir o controle de um governo, de maneira independente, ou numa coalizão.
Quanto ao âmbito de atuação:
Partidos de vocação universal: Quando pretendem atuar além das fronteiras dos Estados, baseando-se a solidariedade entre seus membros numa teoria politica de caráter universal. 
Partidos nacionais: Quando têm adeptos em número considerável em todo o território do Estado. Não é necessário que haja a distribuição uniforme do eleitorado por todo o território do Estado, podendo ocorrer, que determinado partido seja fortemente predominante em algumas regiões e pouco expressivo em outras. 
Partidos regionais: São aqueles cujo âmbito de atuação se limita a determinada região do Estado, satisfazendo-se os seus líderes e adeptos com a conquista do poder politico nessa região.
Partidos locais: São os de âmbito municipal, que orientam sua atuação exclusivamente por interesses locais, em função dos quais almejam a obtenção do poder politico municipal. 
Existem diversas criticas aos partidos políticos e suas representações, indicando aspectos favoráveis e negativos:
Positivos: 
A favor dos partidos: Argumenta-se com a necessidade e as vantagens do agrupamento das opiniões convergentes, criando-se uma força grupal capaz de superar obstáculos e de conquistar o poder politico. 
Facilita a identificação das correntes de opinião, servindo para orientar o povo e os próprios governantes. 
Negativos: 
Argumenta-se que o povo, mesmo quando o nível geral de cultura é razoavelmente elevado, não tem condições para se orientar em função de ideias e não se sensibiliza por debates em torno de opções abstratas. A par disso, os partidos são acusados de se ter convertido em meros instrumentos condiz fielmente com os ideais enunciados no programa partidário.
Os partidos, ao invés de orientar o povo, tiram-lhe a capacidade de seleção, pois os eleitores são obrigados a escolher entre os candidatos apontados pelos partidos, isto é, feito em função do grupo dominante em cada partido. 
Sufrágio/ Voto:
	Vários foram os critérios utilizados através dos tempos para a escolha de governantes, desde força física, usado nas sociedades primitivas, até sorteios, sucessão hereditária e, finalmente, o de ELEIÇÃO, que é o característico do Estado Democrático. Por mais imperfeito que o seja, o sistema eleitoral, a escolha por eleição é a que mais se aproxima da expressão direta da vontade popular, além do que é sempre mais justo que os próprios governados escolham livremente quem irá governa-los. Se o povo atuar como corpo eleitoral efetivo, se transforma em um verdadeiro órgão do Estado. 
	Nós deveríamos nos autogovernar, mas para cuidar de nossas próprias vidas, damos essa escolha para o governo, votamos em escolherum grupo de pessoas para atender nossas expectativas. Esse voto é o direito politico mais importante, pois inicia a cidadania. 
Sufrágio Restrito: É a restrição do sufrágio, ou direito de voto, em oposição ao chamado sufrágio universal. O sufrágio é restrito quando o poder de participação se confere somente àqueles que preenchem certos requisitos econômicos, sociais e culturais.
Sufrágio Universal: A conquista do sufrágio universal foi um dos objetivos da Revolução Francesa e constou dos programas e todos os movimentos políticos do século. A pretensão da época, era abrir caminho para a participação politica dos que, não sendo nobres, não tinham qualquer posição assegurada por direito de nascimento. Consiste na extensão do direito ao voto, a todos os indivíduos considerados intelectualmente “maduros”.
Em principio, todos os cidadãos devem ter o direito de participar da escolha de seus governantes,mas, por vários motivos, alguns geralmente considerados justos e outros reconhecidamente alegados em atitude conservadora; todas as condições estabelecem algumas restrições: 
Por motivo de idade: É pacifico o entendimento de que o individuo só adquire maturidade suficiente para agir consciente na vida pública depois de certa idade. É vigente no Brasil.
Por motivo de ordem econômica: As restrições de base econômica, que ainda contam com alguns adeptos, já figuraram expressamente nas legislações, tendo sido aos poucos eliminadas e chegando, em muitos casos, a serem proibidas, visto que elas atentam contra a igualdade jurídica dos indivíduos. Não é vigente no Brasil.
Por motivo de sexo: O direito ao voto, assim que introduzido, não englobava as mulheres. A conquista desse direito pelas mulheres demandou um longo tempo, durante o qual muitas lutas foram travadas, até a obtenção da concessão do direito. Ainda existem países que possuem esse tipo de restrição, porém se resumem em meios de meia dúzia no mundo atual. Não é vigente no Brasil.
Por deficiência de instrução: Considerando a necessidade de um grau mínimo de instrução para o exercício consciente do direito de voto, é comum fazerem-se exigências a esse respeito. O problema dessa restrição ocorre, por exemplo, em países que apresentam menor nível de desenvolvimento, apresentando um grande número de analfabetos. Quanto mais analfabetos, menos eleitores, e por consequência o país volta a ser governado por uma minoria, não sendo capaz de enxergar a realidade. É vigente no Brasil.
Por deficiência física ou mental: A exigência de que o eleitor tenha consciência da significação do ato de votar exclui, desde logo, os deficientes mentais. Por outro lado, estando consagrada a exigência de que o voto seja pessoal e secreto, para assegurar a independência dos eleitores, ficam excluídos aqueles que, por deficiência física, não têm condições para votar obedecendo a essas circunstâncias. É vigente no Brasil.
Por condenação criminal: Aquele que comete um crime e que tem reconhecida sua responsabilidade por sentença judicial, recebendo a imposição de uma pesa, deve ter suspenso os seus direitos políticos enquanto durarem os efeitos da sentença. Isto porque se pressupõe que a pena, tendo por finalidade a reeducação do delinquente, terá sido fixada de acordo com o tempo que se supõe necessário para que se complete o processo educativo. É vigente no Brasil.
Por engajamento no serviço militar: A restrição ao direito de voto dos militares visa impedir que a politica penetrasse nos quartéis, provocando divisões entre os que deverão agir em conjunto e dentro da mais estrita disciplina em qualquer grava emergência. É vigente no Brasil.
O eleitor deve ter a possibilidade de agir livremente no momento de votar, ou seja, não pode ocorrer qualquer fator de coação, direta ou indireta; e o eleitor deve ter consciência da significação de seu ato, possuindo noções fundamentais da organização do Estado e das competências que atribuem aos eleitos, para que assim, votem com responsabilidade. 
Sistemas Eleitorais: 
A procura de meios eficazes para assegurar a autenticidade eleitoral e a necessidade de atender às características de cada colégio eleitoral tem determinado uma grande variedade desses sistemas eleitorais. Sendo assim, pode-se indicar em termos bem gerais as espécies de sistemas, analisando-se as características gerais de cada uma: 
Sistema de Representação Majoritária: Por esse sistema, só o grupo majoritário é que elege representantes. Não importa o número de partidos, nem a amplitude da superioridade eleitoral, desde que determinado grupo obtenha a maioria, ainda que de um único voto, conquiste o cargo de governo objeto da disputa eleitoral; ou seja, o vitorioso surge por maioria relativa. Exige a maioria absoluta dos votos, portanto, a "metade mais um",e não havendo no primeiro turno a obtenção da maioria absoluta dos votos válidos, haverá 2º turno com os dois candidatos mais votados.
Esse sistema não tem por objetivo um parlamento que reflita a distribuição dos votos, mas a formação de um governo homogêneo. Observe-se que só o partido que obtiver a maioria dos votos elegerão representantes, por isso diz-se sistema majoritário.
O principal argumento usado pelos que defendem o sistema de representação majoritária é que ele define as responsabilidades pela politica adotada, criando um vinculo mais estreito entre o representante e os representados, pois sempre se saberá quem foi o responsável por determinada orientação governamental. Em contrapartida, a mais dura critica feita a esse sistema é relacionada com a artificialidade da maioria e a sufocação das minorias, pois somente as duas correntes mais numerosas é que podem disputar o governo. 
Sistema de Representação Majoritária: Por esse sistema, todos os partidos têm direito a representação, estabelecendo-se uma proporção entre o número dos votos recebidos pelo partido e o número de cargos que ele obtém. Sendo assim, cada partido define internamente quem serão os candidatos que disputarão as vagas de deputados federal, estadual e vereadores. Dessa forma, contarão quantos votos cada partido obteve, sendo atribuídas cadeiras a esses partidos, proporcionalmente ao número de votos; e os mais votados, ocuparão o número de cadeiras atribuídas ao seu partido, sendo consequentemente eleitos.
A favor desse sistema, observe-se que nesse tipo de sistema os grupos minoritários participam do governo, equivalendo-se o número de representados e o número de representantes. Dessa forma, o sistema de governo será verdadeiramente democrático, uma vez que, não ficam sujeitos a ser governados apenas pela maioria, e podem participar do governo não apenas na ficção. Contra o sistema de representação existe a acusação de provocar diluição de responsabilidades e por consequência, redução da eficácia do governo, visto que, o mesmo não é responsável pela manutenção de uma linha politica definida. 
Sistema de Distritos Eleitorais: Por esse sistema, o colégio eleitoral é dividido em distritos, devendo o eleitor votar apenas no candidato de seu respectivo distrito. O exame do sistema distrital revela, no entanto, que ele tem sido aplicado de maneiras muito diversas, havendo como único ponto uniforme a proibição de que o eleitor vote em candidato de outro distrito que não o seu, ou seja, para que haja maior obediência ao princípio da proporcionalidade, busca-se dividir o país ou o estado em distritos eleitorais, que são regiões com aproximadamente a mesma população. Cada distrito elegerá um deputado do seu distrito, completando assim as vagas no parlamento e nas câmaras estaduais.
O grande problema a ser enfrentado na adoção do sistema de distritos é o mesmo que tornam insatisfatórios todos os demais sistemas, a representação de minorias. Para contornar essa dificuldade, há quem pense na adoção de um sistema distrital misto. . Tal sistema supõe que uma parte dos deputados será eleita pelo voto distrital, e as demais vagas serão ocupadas por deputados eleitos pelo sistema proporcional, os quais podem ser votados em todo o país.O Estado Constitucional: 
	O Estado Constitucional, no sentido de Estado enquadrado num sistema normativo fundamental, é uma criação moderna, tendo surgido paralelamente ao Estado Democrático, parte, sob influência dos mesmos princípios.
	No século XVIII, surgem vários fatores que iriam determinar o aparecimento das Constituições, dando-lhes suas características fundamentais. A constituição passa a afirmar a superioridade do individuo, dotado de direitos naturais inalienáveis que deveriam receber a proteção do Estado, contra o absolutismo dos monarcas. 
	Quando se busca a identificação da Constituição através do seu conteúdo material deve-se procurar sua própria substância, aquilo que está consagrado nela como expressão dos valores e convivência e dos fatos prováveis do povo a que ela se liga. 
	Quando se trata da Constituição em sentido formal, tem-se a lei fundamental de um povo, ou o conjunto de regras jurídicas dotadas de máxima eficácia, junto à organização e ao funcionamento do Estado. 
	Como própria noção de Constituição, resultante da conjugação dos sentidos material e formal, decorre o titular do poder constituinte é sempre o povo. É nele que encontra - se os valores fundamentais que informam os comportamentos sociais, sendo, portanto, ilegítima a Constituição que reflete os valores e as aspirações de um indivíduo ou de um grupo e não do povo a que a Constituição se vincula.
	As normas constitucionais, em qualquer sistema regular, são as que têm o máximo de eficácia, não sendo admissível a existência, no mesmo Estado, de normas que com elas concorram em eficácia ou que lhes sejam superiores. 
Governo Democrático: 
	O tema é a relação entre a construção, a finalidade e o papel que o governo deve exercer para atingir esses aspectos da sociedade. 
Sociedade Brasileira: Exigiam valores de pessoas que construíram a nossa sociedade para que pensassem em como fazer com que a vida em sociedade garantisse a existência permanente a esses valores.
Valores fundamentais para a sociedade moderna:
Liberdade
Livre ação
Livre iniciativa e nacionalidade 
Funciona como uma orientação. Os homens livres agem sempre em função de seus interesses em meio adequado para atingir uma finalidade. Sendo assim, é preciso questionar porque se tenta resgatar esses valores? Visto que todos os homens são livres para escolher uma finalidade, todos os homens são dotados de racionalidade, o que proporciona a busca pelo conhecimento. Essa relação civilizada é capaz de proporcionar a instituição dessa finalidade. 
Limitações quanto ao governo:
Cuidar do exercício comum sem deixar que o interesse particular interfira (incongruência entre particular e geral)
Somos muitos em questão de volume, e a essa quantidade exorbitante de pessoas não consegue fazer parte de modo concreto no governo; sendo assim, é preciso atentar-se para que não ocorra uma “crise de representação”, onde o governo não representa a sociedade em sua totalidade, busca preferencias particulares e cria privilégios. 
Mecanismo: É preciso verificar-se como ocorre a representação, forma de impor o governo. A condição é o voto, o sufrágio, visto que a partir dele se reafirma os valores da sociedade (exercício de direito, por meio do poder do povo).
Problema politico: O pacto é legitimo? É preciso analisar se os valores são falsos ou verdadeiros, pois se assim forem considerados, o pacto também o será. 
As Declarações de Direitos e as Normas de Direitos Humanos: 
Histórico: 
Foi na América, na ainda colônia de Virgínia, que surgiu a primeira Declaração de Direitos, segundo a qual a sociedade não poderia privar os homens dos meios de adquirir e possuir propriedades e perseguir e obter felicidade e segurança. 
Em 26 de Agosto de 1789, a Assembleia Nacional francesa aprovou a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, e que, concluía nos art. II e XVI os seguintes dizeres: “O fim de toda associação politica é a conservação dos direitos e imprescritíveis do homem. Esses direitos são a liberdade, a propriedade, a segurança, e a resistência á opressão” e “Toda sociedade na qual a garantia dos direitos não está assegurada, nem a separação dos poderes determinada, não tem constituição.”
Durante a Segunda Guerra Mundial, os aliados adotaram as Quatro Liberdades: liberdade da palavra e da livre expressão, liberdade de religião, liberdade por necessidades e liberdade de viver livre do medo. A Carta das Nações Unidas reafirmou a fé nos direitos humanos, na dignidade e nos valores humanos das pessoas e convocou a todos seus estados-membros a promover respeito universal e observância dos direitos humanos e liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião. Quando as atrocidades cometidas pela Alemanha nazista tornaram-se conhecidas depois da Segunda Guerra, o consenso entre a comunidade mundial era de que a Carta das Nações Unidas não tinham definido suficientemente os direitos a que se referia. Uma declaração universal que especificasse os direitos individuais era necessária para dar efeito aos direitos humanos.
	É importante assinalar a crescente importância das Organizações Não Governamentais (ONG´s), entidades privadas que atuam de muitas formas, denunciando violações graves de Direitos Humanos, fazendo a divulgação dos documentos internacionais relacionados com esses direitos, promovendo estudos e pesquisas visando o aperfeiçoamento de sua proteção; o que auxilia o cumprimento dos termos vigentes na Declaração dos Direitos Humanos. 
	Por fim, conclui-se que a proclamação dos Direitos Humanos, objetivando a certeza e a segurança dos direitos, sem deixar de exigir que todos os seres humanos tenham a possibilidade de aquisição e gozo dos direitos fundamentais, representou um progresso; mas sua efetiva aplicação ainda não foi conseguida, apesar de geral reconhecimento de que só o respeito a todas as suas normas poderá conduzir a um mundo de paz e de justiça social. 
Formas de Governo: 
	Trata-se de estudar os órgãos de governo, através de sua estrutura fundamental e da maneira como estão relacionados. Como se pode facilmente perceber, mesmo pela observação superficial dos Estados, as formas de governo são extremamente variáveis, não havendo um só Estado que não apresente em seu governo uma peculiaridade exclusiva. 
	Por esse motivo a classificação das formas de governo só pode ser feita em termos gerais, pela identificação de certas características básicas, encontradas em grande numero de Estados. Essa classificação é possível porque inúmeras vezes, tendo em vista o êxito alcançado por um Estado com a adoção de uma forma de governo, outros Estados passam a segui-lo, adotando as mesmas linhas fundamentais. 
Formas Normais de Governo: 
Realeza: Quando é um só individuo quem governa.
Aristocracia/Oligarquia: Que é o governo exercido por um grupo, relativamente reduzido em relação ao todo.
Democracia/República:Que é o governo exercido pela própria multidão no interesse geral.
	Cada uma dessas formas de governo pode sofrer uma degeneração, quando quem governa deixa de se orientar pelo interesse geral e passa a decidir segundo as conveniências particulares; então aquelas formas puras são substituídas por formas impuras. 
Ciclos de Governo: O ponto de partida é um Estado anárquico, que teria caracterizado o inicio da vida humana em sociedade. Para se defenderem melhor os homens escolheram o mais robusto e valoroso para obedecerem, no entanto, logo deram preferência ao mais justo e sensato. Essa monarquia eletiva converteu-se depois em hereditária, e algum tempo depois os herdeiros começaram a degenerar, surgindo a tirania. Para coibir os seus males, os que tinham mais riqueza organizaram conspirações e se apoderaram do governo, instaurando-se a aristocracia, orientada para o bem comum. Entretanto, os descendentes dos governantes aristocratas, que não haviam sofrido os males da tirania e não estavam preocupados com o bem comum, passaram a utilizar o governo em seu proveito próprio, convertendoa aristocracia em oligarquia. O povo, não suportando mais os descalabros da oligarquia, mas ao mesmo tempo, lembrando-se dos males da tirania, destituiu os oligarcas e resolveu governar a si mesmo, surgindo o governo popular ou democrático. Mas o próprio povo, quando passou a ser governante, sofreu um processo de degeneração, e cada um passou a utilizar em proveito pessoal a condição de participante no governo, Isso gerou a anarquia, voltando ao estágio inicial. 
Ainda hoje, a monarquia e a república são as formas fundamentais de governo, sendo necessário, portanto, fazer a fixação das características de cada uma e o exame dos principais argumentos favoráveis e contrários a elas: 
Monarquia: Monarquia é uma forma de governo em que o chefe de Estado se mantém no cargo até a morte ou a abdicação, sendo normalmente um regime hereditário. O chefe de Estado dessa forma degoverno recebe o nome de monarca(Normalmente com o título de Rei ouRainha) e pode também muitas vezes ser ochefe do governo. A ele, o ofício real de governo, é sobre tudo o de reger e coordenar a administração da nação, em vista do bem comum em harmonia social.
	Característica da Monarquia
	Função
	Prós
	Contras
	
VITALICIEDADE
	O monarca não governa por um tempo certo e limitado
	Está acima das disputas políticas, podendo assim intervir com grande autoridade em crises políticas. 
	A monarquia é essencialmente antidemocrática, uma vez que não assegura ao povo o direito de escolher seu governante.
	
HEREDITARIEDADE
	A escolha do monarca se faz pela simples verificação da linha de sucessão
	O monarca recebe desde seu nascimento uma educação especial, preparando – se para governar, não deixando lugar para os despreparados. 
	Não se pode deixar o Estado à sorte de um indivíduo e de sua família. Mesmo com educação especial, nem sempre os monarcas possuirão a liderança e eficiência que se exigem de um governante.
	
IRRESPONSABILIDADE 
	O monarca não tem responsabilidade política, isto é, não deve explicações ao povo ou a qualquer órgão sobre os motivos pelos quais adotou certa orientação política
	O monarca assegura a estabilidade das instituições. 
	A unidade do Estado e a estabilidade das instituições não podem depender de um fator pessoal.
República: A República é uma forma de governo na qual o chefe do Estado é eleito pelo povo ou seus representantes, tendo a sua chefia uma duração limitada. A eleição do chefe de Estado, por regra, chamado presidente da república, é normalmente realizada através do voto livre e secreto. Dependendo do sistema de governo, o presidente da república pode ou não acumular o poder executivopermanecendo por quatro anos.
	Característica da República
	Função
	
TEMPORIEDADE
	O chefe do Governo recebe um mandato, com o prazo de duração predeterminado. 
	
ELETIVIDADE
	Na República, o Chefe do Governo é eleito pelo povo, não se admitindo à sucessão hereditária ou por qualquer forma que impeça o povo de participar da escolha. 
	
RESPONSABILIDADE 
	O Chefe do Governo é politicamente responsável, o que quer dizer que ele deve prestar contas de sua orientação política, ou ao povo diretamente ou a um órgão de representação popular. 
Parlamentarismo:
Esse sistema é usado tanto em monarquias quanto em repúblicas. Nele, o chefe do Estado, seja ele rei ou presidente, não é o chefe do governo e por isso não tem responsabilidades políticas. Ao invés dele, o chefe de governo é o Primeiro Ministro, o qual é indicado pelo chefe de Estado. A aprovação do Primeiro Ministro e do seu Conselho de ministros pela Câmara dos Deputados se faz pela aprovação de um plano de governo a eles apresentado. A Câmara ficará encarregada de empenhar-se pelo cumprimento desse plano perante o povo.
Possibilidade de Dissolução do Parlamento: É a possibilidade de ser dissolvido o parlamento, considerando-se extinto o mandato dos membros da Câmara dos Comuns antes do prazo normal. Isso pode ocorrer quando o Primeiro – Ministro percebe que só conta com uma maioria e acredita que a realização de eleitores gerais irá resultar numa ampliação dessa maioria. 
Presidencialismo:
Os poderes Executivo e Legislativo mantêm uma relação muito estreita, pois suas áreas de atuação têm muitos pontos de interseção. Para tanto, existem sistemas de governo diferenciados. Os dois principais são o parlamentarismo e o presidencialismo. 
Esse tipo de sistema de governo só é utilizado em república. Nele, o Presidente da República é chefe de estado e também chefe de governo, portanto tem plena responsabilidade política e muitas atribuições. O mesmo é eleito pelo povo de maneira direta ou indireta.
Tem mandato temporário, previsto na Constituição. O Presidente é pessoa jurídica de direito público externo, isto é, em relação a Países estrangeiros. É ainda o chefe da Administração pública, ou seja, pessoa jurídica de direito público interno, ou seja, em relação ao próprio país. Ele não depende da confiança do Poder Legislativo.
O poder executivo é exercido, nesse caso, pelo Presidente da República, auxiliado pelos ministros de estado que são escolhidos pelo próprio presidente. Esse tipo de sistema é adotado, por exemplo, no Brasil, nos EUA e no México.
Como características básicas do governo presidencial, podem ser indicadas as seguintes: 
O presidente da República é Chefe do Estado e Chefe do Governo -> O mesmo órgão unipessoal acumula as duas atribuições, exercendo o papel de vinculo moral do Estado e desempenhando as funções de representação, ao mesmo tempo em que exerce a chefia do poder executivo, ou seja, o presidente se destaca nas funções executivas, ele desempenha atribuições políticas de grande relevância, etc. 
A chefia do executivo é unipessoal -> A responsabilidade pela fixação das diretrizes do poder executivo cabe exclusivamente ao Presidente da República. Por motivos de ordem prática, ele se apóia num corpo de auxiliares diretos, de sua inteira confiança, para obter conselhos e informações. 
O presidente da República é escolhido pelo povo -> Consulta – se o povo sobre os candidatos à presidência. Apesar de a eleição ser realizada pelo colégio eleitoral, mas, na prática, a votação popular tem importância fundamental. 
O presidente da República é escolhido por um prazo determinado -> Para assegurar o caráter democrático do governo foi estabelecida a escolha por eleições, no entanto, pouco adiantaria a adoção desse processo se o presidente, uma vez eleito, pudesse permanecer sem tempo determinado no poder. Para que isso não aconteça, o chefe do executivo, no regime presidencial, é eleito por um prazo fixo predeterminado, findo o qual o povo é novamente chamado a escolher um novo governante. 
O presidente da República tem poder de veto ->Foi concedido ao chefe do executivo á condição de mero executor automático das leis, dando a possibilidade de interferir no processo legislativo através do veto. Se considerar o projeto inconstitucional ou inconveniente, o presidente veta-o, negando – lhe a sanção e comunicando o veto ao legislativo. 
Capítulo 5
Problemas do Estado Contemporâneo 
O Estado na Ordem Internacional
	Para o jurista, o Estado é uma pessoa jurídica de direito público internacional, quando participa da sociedade mundial; mas na realidade, o que se exige é que a sociedade politica tenha condições de assegurar o máximo de eficácia para sua ordenação num determinado território e que isso ocorra de maneira permanente. Assim, o que diferencia o Estado das demais pessoas jurídicas de direito internacional público é a circunstancia de que só ele tem soberania. 
Ocorre a corrida imperialista no Séc. XX e as disputas entre as grandes potências provocaram a I Guerra Mundial, que ao terminar, originou a primeira tentativa para a constituição de uma organização mundial de Estados, que falasse em nome de todos e assim pudesse opor barreiras ao egoísmo dos países mais fortes, entretanto essa tentativa fracassou e surgiu a II Guerra Mundial, e em consequência de seutérmino, multiplicaram-se as organizações de Estados. 
No final do Séc. XX, após a extinção da URSS, os mais poderosos grupos econômicos e financeiros sediados no mundo capitalista expandiram suas atividades para outras partes do mundo, dando a essa expansão o nome de GLOBALIZAÇÃO. Isso, entretanto, não alterou a soberania como poder jurídicos dos Estados, nem diminuiu o papel do direito internacional como fundamento das relações internacionais, registrando – se apenas o aumento das pressões econômico – financeiras sobre as relações sociais, inclusive com alguns efeitos negativos, como o uso da força econômica para interferis nas decisões politicas dos Estados. 
Uma inovação importantíssima para a humanidade e que teve inicio com o fim da Guerra Fria foi o reordenamento das relações jurídicas internacionais e a valorização dos tratados e convenções. O surgimento de novas alianças e da recuperação dos ideais de alianças regionais, vem ocorrendo o aumento da autoridade efetiva das normas internacionais de afirmação e proteção dos Direitos Humanos, intensificando o cumprimento das exigências das obrigações internacionais assumidas pelos Estados, tendo por objetivo a proteção da dignidade da pessoa humana. 
Globalização e a Crise do Estado (Séc XVIII)
No século XVIII, existia uma sociedade majoritariamente rural e focada na agricultura, que apesar de possuir uma ordem jurídica em que todos se integram, não têm um órgão superior de poder, a que todos se submetam. Nos séculos seguintes, as sociedades tornaram – se urbanas e industriais.
O Estado Moderno nasceu absolutista e durante alguns séculos todos os efeitos e virtudes do monarca absoluto foram confundidos com as qualidades do Estado. Ao mesmo tempo, a burguesia enriquecida, preconizava a intervenção mínima do Estado na vida social, considerando a liberdade contratual um direito natural dos indivíduos. Sob influência do jusnaturalismo, outros direitos naturais foram sendo proclamados, como a propriedade, liberdade, igualdade, entre outros. 
O novo Estado nasceu na origem de nossa sociedade (Séc. XVIII) com a ideia de homem jusnaturalista, ou seja, o homem se torna livre e igual perante a lei, de modo que a liberdade e a igualdade transformam-se em valores fundamentais. Assim, foi gerada a organização do Estado, de forma a conter o poder e prezar por esses princípios. 
Entretanto os indivíduos possuem opiniões diferenciadas, e enquanto alguns clamam por liberdade jurídica, outros exigem igualdade social. Apesar de grupos e opiniões divergentes, é necessário que haja uma representação no governo, e essas decisões do Estado em relação a sociedade se tornam cada vez mais difíceis, a medida que o governo vem sendo mais exigidos, menos resoluções para as respostas, visto que não há a interesse de conflitos. (Como a luta de classes se apresenta para o Estado) 
A organização do Estado promove a soberania popular e estabelece entendimentos entre as partes por meio de CONTRATOS.
Conflitos do Estado Contemporâneo
Durante o século XIX a aspiração ao Estado Democrático vai-se definindo, até se transformar, já no século XX, num ideal político de toda a Humanidade, fazendo com que os regimes políticos mais variados e até contraditórios entre si afirmem ser melhores do que os demais por corresponderem mais adequadamente às exigências do Estado Democrático. Examinando-se as construções doutrinárias e as manifestações práticas tendentes à fixação das características fundamentais do Estado Democrático, vamos encontrar os seguintes pontos de conflito:
Problema da supremacia da vontade do povo: 
	Durante o século XVIII surgiu a República, simbolizando o governo popular. No século seguinte,surge o problema da representação, já que existe uma preferencia em concentrar-se nos corpos legislativos, como garantia contra os governos absolutos. De início as dificuldades foram menores e por isso as divergências não atingiam pontos fundamentais da organização social, como o regime de produção e o uso da propriedade, mas o individualismo promoveu a concentração de grandes massas de trabalhadores em núcleos urbanos, e os exageros do capitalismo individualista levaram essas massas ao desespero, forçando-as a uma ação política para conquistar ou ao menos participar do poder. 
E o grande problema do sistema representativo no século XX acaba sendo o encontro de uma fórmula adequada para a integração política das massas operária, visto que, os tradicionais representantes eram economicamente superiores e por isso utilizavam métodos de trabalho, linguagem e ideias diferentes dos das classes trabalhadoras, o que gera diversos conflitos, já que ambos precisam conviver nos partidos políticos e nos parlamentos. 
A consequência foi o descrédito do próprio sistema representativo, pois os conflitos frequentes e profundos tornaram o processo legislativo demasiado lento e tecnicamente imperfeito, isto porque, o povo é incapaz de compreender os problemas do Estado e de escolher bons governantes; e sendo assim, a participação do povo é tida como inconveniente, pois a exclusão (não participação) do povo acabar tornando o processo politico antidemocrático. 
Dilema entre a supremacia da liberdade ou da igualdade: 
No final do século XVIII consagrou-se a liberdade como o valor supremo do indivíduo, afirmando-se que se ela fosse amplamente assegurada todos os valores estariam protegidos, inclusive a igualdade. O que se considerava indispensável era que não houvesse qualquer interferência do Estado, deixando-se todos os indivíduos igualmente livres para cuidarem de seus próprios interesses, entretanto a experiência demonstrou que tal regime, na realidade, só assegurava a liberdade para os que participassem do poder econômico e os que dependiam do próprio trabalho para viver foram ficando cada vez mais distanciados dos poucos que detinham o capital, sem a mínima possibilidade de progredir econômica e socialmente, apenas sobrevivendo com muito trabalho; ou seja, sacrificando a liberdade em troca do ganho financeiro.
Surgiu então uma corrente doutrinária e política manifestando a convicção de que a liberdade como valor supremo era a causa inevitável da desigualdade, por isso, era indispensável um sistema de controle social que assegurasse a igualdade de todos os indivíduos. Era possível verificar uma classe cheia de privilégios, enquanto de outro lado, uma classe desprovida de qualquer proteção e sem possibilidade de exercer os direitos que formalmente possuía; essa classe, portanto, não era tratada com igualdade.
Chegou-se por essa via a um impasse: ou dar prioridade à liberdade, sabendo de antemão que isso iria gerar desigualdades muitas vezes injustas, ou assegurar a igualdade de todos mediante uma organização rígida e coativa, sacrificando a liberdade. 
Problemas decorrentes da identificação de determinada forma de Estado Democrático com uma forma de governo:
Concluiu-se que só haveria Estado Democrático onde houvesse a existência de um controle formal do poder, que aparentasse ser enfraquecido, não assegurando o caráter democrático do Estado, porém essa forma, aceita como um pressuposto de que o Estado era democrático, passou a ser utilizada para ocultar o totalitarismo, que se vestia com a capa do Estado Democrático.
Por outro lado, entretanto, havia a certeza de que a eliminação desses mecanismos de controle e enfraquecimento do poder político representaria, fatalmente, a eliminação da democracia. Daí outro impasse: manter o Estado Democrático preso a uma forma, sabendo que isso poderia servir como um disfarce muito conveniente para a ditadura, ou eliminar a exigência de determinada forma, abolindo com isso o controle e favorecendo a concentração do poder e sua utilização arbitrária.
Tudo isso gerou a crise do Estado Democrático, trazendo a tona questionamentos sobre a capacidade do povo em julgar candidatos, a restrição da liberdade visando que a mesma exista na medida em que se respeite o bem da ordem e da paz social, além da igualdade,por sua vez, não poderia ser aceita, pois os governantes, que sabem mais do que o povo e trabalham para ele, devem gozar de todos os privilégios, como reconhecimento por seus méritos e sua dedicação. Mas, evidentemente, a aceitação desses argumentos representa a rejeição da democracia e a aceitação da ditadura. 
 É inegável que há dificuldades a superar e que a experiência não tem sido muito animadora, porém, como ressaltado, as dificuldades têm decorrido, basicamente, da inadequação das concepções do homem do século XX. O Estado Democrático é um ideal possível de ser atingido, desde que seus valores e sua organização sejam concebidos adequadamente. Para atingi-lo, é imprescindível que sejam atendidos os seguintes pressupostos:
Intervenção do Estado na Sociedade
	A doutrina apresenta três objeções fundamentais à interferência do governo:
Ninguém é mais capaz de realizar qualquer negócio ou determinar como ou por que deva ser realizado do que aquele que está diretamente interessado, sendo assim, é mais provável que os indivíduos façam melhor trabalho do que o governo.
Mesmo que os indivíduos não realizem tão bem o que se tem em vista, como o fariam os agentes do governo, é melhor ainda que o indivíduo o faça, como elemento da própria educação mental. 
Cada função que se acrescenta às que o governo já exerce, provoca maior difusão da influência que lhe cabe sobre as esperanças e temores, convertendo, cada vez mais, a parte ativa e ambiciosa do público em parasitas do poder público, ou seja, acrescenta o poder sem necessidade.
O Estado liberal, com um mínimo de interferência na vida social, trouxe, de inicio, alguns inegáveis benefícios:
Houve um progresso econômico acentuado, criando condições para a revolução industrial.
O individuo foi valorizado, despertando a consciência para a importância da liberdade humana.
Desenvolveram-se as técnicas de poder, surgindo e importando-se a ideia do poder legal em lugar do poder pessoal.
Entretanto, essa interferência do Estado liberal também teve resultados contrários: 
Os valores econômicos foram colocados acima de todos os demais; o que fez com que os homens, apenas preocupados com o rápido aumento de suas riquezas, passassem a ter o domínio da Sociedade. Além disso, outra consequência grave foi a formação do proletariado, em decorrência da formação de grandes aglomerados urbanos, consequência da revolução industrial, onde havia excesso de oferta de mão de obra e o estimulo de péssimas condições de trabalho com pequena remuneração. 
O Estado liberal criou condições para a valorização do individuo, que chegou ao ultraindividualismo, ignorando a natureza associativa do homem e dando margem a um comportamento egoísta, altamente vantajoso para os mais hábeis, mais audaciosos ou menos escrupulosos. 
A concepção individualista da liberdade impediu o Estado de proteger os menos afortunados, o que originou uma crescente injustiça social, pois concedendo a todos o direito de ser livre, não se assegurava a ninguém o poder de ser livre. 
A burguesia, que despontara na vida politica como força revolucionária, transformara-se em conservadora e não admitia que o Estado interferisse para alterar a situação estabelecida e corrigir as injustiças sociais. Foi isso que estimulou os movimentos socialistas.
	Em decorrência desses movimentos, que já não poderiam ser contidos, renasce uma politica de liberalismo, chamada de neoliberalismo, onde o Estado liberal há de ser concebido como protetor de direitos iguais, dispensando a justiça entre os indivíduos; procurando proteger os homens contra a arbitrariedade, e não dirigi-los arbitrariamente. 
	Recentemente, em decorrência de um intenso esforço competitivo entre os grandes Estados, desencadeou – se um novo processo intervencionista que muda radicalmente os termos do problema. A participação do Estado nas atividades econômicas e sociais era vista como um fator de restrição à liberdade, entretanto, essa participação acabou por se revelar altamente benéfica para os detentores de capital e dirigentes de empresas, pois o Estado passou a ser um grande financiador e um dos principais consumidores, associando – se com frequência aos maiores e mais custosos empreendimentos. O Estado passa a exercer a função de agente negociador e poderoso apoiador dos grupos econômicos e financeiros privados, abrindo mercados para exportação, patrocinando acordos econômicos e, em alguns casos, estabelecendo barreiras protecionistas.

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