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COMPETÊNCIA ABSOLUTA X COMPETÊNCIA RELATIVA

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ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
COMPETÊNCIA
ABSOLUTA
COMPETÊNCIA
RELATIVA
São critérios FIXADOS EM RAZÃO DO
INTERESSE DAS PARTES, (interesse particular).
É passível de modificação, seja por vontade das
partes, seja por prorrogação, como nos casos de
conexão ou continência.
É relativa à competência em razão do VALOR DA
CAUSA e do TERRITÓRIO.
ORDEM PÚBLICA - “de ofício” INTERESSE PARTICULAR
CRITÉRIO
MATERIAL
HIERARQUIA
CIVIL, PENAL,
ELEITORAL...
CRITÉRIO
TERRITORIAL
VALOR DA CAUSA
“a toda causa será atribuído um valor certo, ainda que não
tenha conteúdo econômico imediato”. (art. 258/CPC)
REGRA GERAL:
DOMICÍLIO DO RÉU
ATOS DECISÓRIOS TORNAM-SE NULOS ATOS DECISÓRIOS CONTINUAM VALENDO
ALEGAÇÃO PODE SER FEITA SOMENTE NA
CONTESTAÇÃO, ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE
INCOMPETÊNCIA
SOMENTE O RÉU
PODE ALEGAR
NÃO PODE SER MODIFICADA
www.entendeudireito.com.br
CRITÉRIO
FUNCIONAL
O JUIZ TEM O DEVER DE ALEGAR
AS PARTES PODEM ALEGAR
DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA INCOMPETÊNCIA RELATIVA
PODE SER ALEGADA EM QUALQUER MOMENTO DO
PROCESSO, ASSIM QUE VERIFICAR-SE A
INCOMPETÊNCIA, NÃO SENDO NECESSÁRIO
AGUARDAR MOMENTO ADEQUADO.
É CAUSA DE NULIDADE DO PROCESSO
ATUALMENTE OS AUTOS SÃO ENVIADOS AO JUIZ
COMPETENTE PODENDO, CONFORME O CASO, APROVEITAR
OS ATOS ATÉ O MOMENTO DA DECRETAÇÃO DA NULIDADE.
ANTES O AUTOR DEVERIA ENTRAR COM OUTRA AÇÃO E
COMEÇAR TUDO DO ZERO.
EVIDENTE QUE A SENTENÇA E OUTRAS DECISÕES NÃO
PODEM SER APROVEITADAS MAS COLETA E PRODUÇÃO DE
PROVAS SÃO ADMISSÍVEIS PELO PRINCÍPIO DA ECONOMIA
PROCESSUAL.
PODE SER ALEGADA APENAS PELO RÉU.
UMA VEZ ACEITA PELO JUIZ, OS AUTOS SERÃO
REMETIDOS AO JUIZO COMPETENTE, LEMBRANDO QUE
TODOS OS ATOS ANTERIORES CONTINUAM VÁLIDOS.
A DECLARAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA PODE SER FEITA
APENAS NA HORA DA DEFESA (CONTESTAÇÃO), OU SEJA,
EXISTE UM MOMENTO ADEQUADO.
É ALEGADA EM AUTOS APARTADOS DO PROCESSO
PRINCIPAL, ATRAVÉS DE EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA.
É CAUSA DE ANULABILIDADE DO PROCESSO
São critérios de competência determinadas
através de interesse público, não podendo as
partes convencionar de forma distinta.
É considerada absoluta, a princípio, quando
fixada em razão da MATÉRIA, da PESSOA ou pelo
CRITÉRIO FUNCIONAL.
Ex: Juiz do trabalho não pode julgar MATÉRIA penal.
IMAGENS: www.clipartof.com
ALEGAÇÃO PODE SER FEITA PELAS PARTES A
QUALQUER MOMENTO E EM QUALQUER GRAU DE
JURISDIÇÃO, ATRAVÉS DE SIMPLES PETIÇÃO, CASO O
JUIZ NÃO DECLARE DE OFÍCIO.
A EXCEÇÃO é um incidente, processado
em separado, em autos apartados, que
serve para acusar a incompetência
relativa do juiz, bem como sua
suspeição ou impedimento (art. 304).
O JUIZ DEVE, DE OFÍCIO, DECLARAR-SE INCOMPETENTE À
CAUSA E REMETÊ-LA AO JUIZ COMPETENTE.
Caso o juiz não faça isso, as partes podem fazê-lo em
QUALQUER MOMENTO DO PROCESSO.
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
COMPETÊNCIA é o critério de distribuição entre os vários órgãos do Poder Judiciário das atividades 
relativas ao desempenho da jurisdição, ou seja, competência nada mais é que a medida da jurisdição. Todo 
juiz tem jurisdição, entretanto, só pode exercitá-la em determinadas matérias e em determinados espaços, 
segundo sua competência. 
 
COMPETÊNCIA ABSOLUTA 
A competência é considerada absoluta, em princípio, quando fixada em razão da matéria, em razão da 
pessoa ou pelo critério funcional. A competência absoluta é inderrogável, não podendo ser modificada. 
A incompetência absoluta deve ser declara de ofício e pode ser alegada em qualquer tempo e grau de 
jurisdição, independentemente de exceção (art. 113, CPC). 
Via de regra, ela (incompetência absoluta) é arguida como preliminar da contestação (art. 301, II, CPC). 
Declarada a incompetência absoluta, os atos decisórios serão nulos, remetendo-se os autos ao juízo 
competente (art. 113, § 2º, CPC). 
 
COMPETÊNCIA RELATIVA 
Considera-se competência relativa quando fixada em razão do território ou em razão do valor da causa. 
A incompetência relativa é arguida por meio de exceção. Caso o réu não o faça, no momento oportuno (art. 
297, CPC), dar-se-á a prorrogação da competência e o juiz que era incompetente passa a ser competente, 
embora pudesse ter sido afastado (art. 114, CPC). 
O juiz não pode declarar a incompetência relativa de ofício, pois não pode ele conhecer de questões 
suscitadas, a cujo respeito à lei exige a iniciativa da parte (art. 128, CPC). 
A exceção é um incidente, processado em separado, em autos apartados, que serve para acusar a 
incompetência relativa do juiz, bem como sua suspeição ou impedimento (art. 304). 
 
INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA E RELATIVA 
A incompetência relativa não é causa de nulidade do processo e sim de anulabilidade. Não pode ser 
decretada pelo juiz sem a parte solicitar. Se a parte não solicitar a anulação do processo na ocasião 
apropriada o processo será válido. Ocorre mais em questão de qual local a causa deve ser proposta. Ex: A 
causa é cível, sendo competente a Justiça Estadual do Rio Grande do Sul, o réu reside em Porto Alegre. O 
autor move ação em Viamão um tanto longe do Município do réu o que lhe causa certo ônus de ter um 
deslocamento maior para Viamão para as audiências e também arrumar advogados em Viamão ou ter 
maiores despesas com advogados de Porto Alegre que tem de se deslocar para o foro de Viamão. Não 
proposta a exceção de incompetência na ocasião apropriada não mais poderá o ser no futuro. 
Quanto a incompetência absoluta por ser mais grave esta deve ser decretada de ofício pelo juiz. Sem 
necessidade de nenhuma das partes alegá-la. E pode ser decretada a qualquer tempo. Um exemplo é 
incompetência em razão da matéria. Como ocorre em ação de divórcio. Competente é a Justiça Estadual, 
Vara de Família. Se a parte propõe ação em Vara da Justiça Federal ou Justiça do Trabalho nulo é o 
processo visto à competência em razão da matéria ser somente da Justiça Estadual. 
Enquanto a incompetência relativa deve ser alegada em autos apartados do processo principal, na chamada 
exceção de incompetência, a absoluta deve ser alegada na contestação como preliminar de mérito. Isto quer 
dizer, a parte a quem interessa a decretação da nulidade na contestação alega primeiro a incompetência 
absoluta e após ela ataca o mérito da questão, ou seja, o direito alegado pelo autor, negando-o ou provando 
que não é da forma que o autor entende que o direito é. O juiz decretando a nulidade, nem precisa analisar o 
mérito. 
Num caso como noutro, atualmente os autos são enviados ao juiz competente, podendoconforme o caso ser 
aproveitados os atos até a decretação da nulidade. Antes o autor devia entrar com outra ação e começar tudo 
do zero. Evidente que sentença e outras decisões, não podem ser aproveitadas no caso de envio dos autos ao 
juiz competente. Mas coleta e produção de provas para embasar a decisão judicial são admissíveis por 
questão de economia processual. 
 
Eldo Luis Andrade 
 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
A reprodução deste material é condicionada a autorização, sendo terminantemente proibido o seu uso para fins comerciais. A violação do direito autoral é crime, punido com prisão e 
multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
 
A competência é a medida da jurisdição, o que delimita onde determinado órgão pode ou não exercer suas 
atribuições. Assim, podemos dizer que a jurisdição é uma e indivisível e que materializa-se pela 
competência, que nada mais é que a atribuição legal a qual um órgão estatal é investido para o exercício da 
jurisdição no caso concreto. 
Segundo Liebman, chama-se competência a quantidade de jurisdição cujo exercício é atribuído a cada órgão 
ou grupo de órgãos. 
Existem ações para as quais o juiz brasileiro tem jurisdição. Outras há, no entanto, que fogem ao âmbito da 
justiça brasileira. Dinamarco enumera três razões para que sejam estabelecidas regras de competência 
internacional, excluindo-se a jurisdição nacional para a apreciação de determinadas causas: 
1 - a impossibilidade ou grande dificuldade para cumprir em território estrangeiro certas decisões dos juízes 
nacionais; 
2 - a irrelevância de muitos conflitos em face dos interesses que ao Estado compete preservar. 
3 - a conveniência política de manter certos padrões de recíproco respeito em relação a outros estados. 
 
A competência internacional é tratada nos artigos 88 a 90 do CPC; o artigo 88 trata da competência 
concorrente, ou seja, hipóteses em que a jurisdição civil brasileira poderá atuar sem prejuízos da 
competência as jurisdições estrangeiras; assim, há competência concorrente sempre que o réu for 
domiciliado no Brasil (independente de nacionalidade) no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação, bem 
como na hipótese da ação se originar de fato ocorrido ou de ato praticado no Brasil. O artigo 89 trata da 
competência exclusiva, ou seja, em que a autoridade judiciária brasileira é a única competente para apreciar 
e julgar as lides; a competência é exclusiva quando a ação versar sobre imóveis situados no Brasil, bem 
como proceder a inventário e partilha de bens, situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja 
estrangeiro e tenha residido fora do território nacional. 
A competência absoluta é a competência que não pode jamais ser modificada, é determinada segundo o 
interesse público (pelos critérios material, pessoal ou funcional), não podendo ser modificada pela vontade 
das partes em foro de eleição, nem por circunstâncias processuais. A incompetência absoluta deve ser 
declarada de ofício, independente da arguição da parte e pode ser alegada em qualquer fase do processo 
tanto pelo juiz como pelas partes (art. 113, CPC), o seu não cumprimento da norma gera nulidade absoluta. 
Na competência relativa, ao contrário da absoluta, o interesse privado prevalece, é fixada pelos critérios: 
territorial ou econômico; exceto no caso do CPC, artigo 95; a competência de juízo é sempre absoluta, como 
também a funcional e a territorial estabelecida com fundamento no artigo 95 (ações que versam direito real 
sobre bem imóvel). A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício, pois, trata-se de nulidade 
relativa, ou seja, que depende de arguição do réu que deverá alegá-la por meio de exceção (exceção de 
incompetência), no prazo de resposta. Se o réu não arguir a incompetência relativa no momento oportuno, 
ou seja, no prazo de resposta, prorroga-se a competência, de modo que o juízo tornar-se competente para o 
julgamento da lide. 
Assim, absoluta é competência improrrogável (que não comporta modificação alguma) e relativa é a 
competência prorrogável (que, dentro de certos limites, pode ser modificada). E a locução prorrogação da 
competência, de uso comum na doutrina e na lei, dá a ideia da ampliação da esfera de competência de um 
órgão judiciário, o qual recebe um processo para a qual não seria normalmente competente. 
 
CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO 
A competência é definida pela lei, e por isto, sua fixação baseia-se em determinados critérios que são 
critérios determinativos da competência. Esses critérios determinam qual será o juízo competente para julgar 
a questão judicial. 
São cinco os critérios para fixação da competência: material, pessoal, funcional, territorial e econômico. 
Critério Material (Ratione materiale) 
A competência é fixada em razão da natureza da causa, ou seja, em razão da matéria que está sendo 
discutida no processo. Em decorrência desse critério surgem varas especializadas como varas criminais, 
cíveis, de família, de acidente do trabalho, etc. Por esse critério temos também as justiças especializadas: 
justiça eleitoral, militar, do trabalho, etc. 
ENTENDEU DIREITO OU QUER QUE DESENHE? 
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multa, sem prejuízo da busca e apreensão do material e indenizações patrimoniais e morais cabíveis. Inscrição no INPI: 905146603 para Classe 41 (educação) e 905146573 para Classe 
16 (livros didáticos e congêneres) - Biblioteca Nacional: n° 2012/RJ/19521 - 641.675, livro 1.233 folha 417- Website protegido por leis de direitos autorais. 
Assessoria Jurídica: Tiago Koutchin - OAB/MS 14.707 - contato: tiagok.rosavitoriano@hotmail.com 
Critério Pessoal (Ratione personae) 
A competência é fixada em razão da condição ou da qualidade das pessoas do processo, pois determinadas 
pessoas têm o privilégio de serem julgadas por juízes especializados. Este privilégio não se dá por uma 
característica pessoal da parte e sim pelo interesse público que os agentes representam. Aqui não interessa a 
matéria, importa quem seja parte. 
Critério territorial (Ratione Loci) 
A competência é fixada em razão da circunscrição territorial ou do território. É o critério que indica em qual 
a comarca ou a seção judiciária deverá ser ajuizada a ação. O foro comum é o do domicílio do réu, conforme 
art. 94, CPC. Os artigos 95 a 101, CPC estabelecem os foros especiais. 
Critério Funcional 
A competência é fixada em razão da atividade ou função do órgão julgador. 
Critério econômico 
A competência é fixada em razão do valor da causa, valor este que é atribuído na petição inicial. 
 
MODIFICAÇÃO DA COMPETÊNCIA 
Existem situações em que a competência é modificada (competência relativa), dentre as maneiras de operar-
se este fenômeno temos a conexão e a continência. A primeira, prevista no artigo 103 do CPC, diz respeito à 
relação que se estabelece entre duas ou mais demandas. As ações têm três elementos identificadores: as 
partes, o pedido e a causa de pedir. Haverá conexão entre elas quanto tiverem o mesmo pedido ou causas de 
pedir (basta que as duas ações tenham em comum um dos dois elementos). Assim, para que não haja 
sentenças conflitantes reúnem-se as causas conexas, porém a reunião das causas é uma faculdade do juiz. O 
juiz pode de ofício ou a requerimentode qualquer das partes, determiná-la para que a decisão seja proferida 
simultaneamente. 
A continência, prevista no artigo 104 do CPC, também diz respeito a uma relação entre duas ou mais 
demandas, contudo, exige dois elementos comuns: partes iguais e causas de pedir, onde os pedidos sejam 
diferentes (do contrário haveria litispendência) onde um é mais abrangente que o de outro. Tal como ocorre 
com a conexão, na continência pode o juiz, de ofício ou a requerimento das partes, determinar a reunião das 
ações propostas separadamente; para que a decisão seja proferida simultaneamente. 
 
ÓRGÃO COMPETENTE PARA JULGAR CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
Quando a competência for absoluta, o juiz a examinará de ofício, naquilo que os alemães denominam 
“competência da competência”. Se ele verifica que não é competente para a demanda, determina a remessa 
dos autos ao foro ou juízo apropriados, sanando-se o vício. O mesmo não acontece com a incompetência 
relativa, porque o juiz não pode conhecê-la de ofício, mas apenas quando arguida pelo réu, em exceção, sob 
pena de prorrogação. 
Assim, o conflito de competência ocorre quando dois ou mais juízes dão-se por competentes ou consideram-
se incompetentes para uma determinada demanda. No primeiro caso haverá conflito positivo, e, no segundo, 
o negativo. De acordo com o artigo 116 do CPC, eles podem ser suscitados, por meio de petição instruída 
com os documentos pertinentes à prova do conflito em questão, por qualquer das partes, pelo MP ou pelo 
próprio juiz. O órgão competente para julgá-lo é o tribunal hierarquicamente superior aos dos juízes que se 
declararam competentes ou incompetentes para apreciação da lide. Se o conflito ocorrer entre o tribunal ou 
entre juízes de justiças diferentes ou entre juízes de grau inferior ao Superior Tribunal de Justiça será o 
órgão competente para julgamento do conflito. 
Uma vez suscitado o conflito de competência o andamento do processo será suspenso e somente serão 
resolvidas as medidas urgentes. 
Após decisão do conflito, os autos do processo serão remetidos para o juízo declarado competente pelo 
Tribunal. 
 
http://jcmoraes.wordpress.com/2011/04/24/resumo-competencia-2/

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