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relatorio antraquinonas e taninos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS
DISCIPLINA DE FARMACOGNOSIA
RELATÓRIO DE PRÁTICA DE EXTRAÇÃO, ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DE TANINOS E ANTRAQUINONAS
Rebeca Mie Menezes Imori
Matrícula 21551540
Manaus – AM
2017
INTRODUÇÃO
Os compostos antraquinônicos são substâncias fenólicas obtidas a partir da dicetona do antraceno, sendo solúveis em solução aquosa a quente ou álcool diluído. Em fármacos, uma molécula de açúcar pode apresentar ligação O ou C-glicosídica, nas mais variadas posições quando a antraquinona estiver na forma de glicosídeo, mas ela também pode ser observada na sua forma livre. Um teste comumente empregado para detecção de antraquinonas livres é o de reação de Borntrager que ocorre em meio alcalino com formação de coloração rósea, vermelha ou violeta. Possuem propriedades laxativas e catárticas por ação no intestino grosso em que potencializa a motilidade intestinal e, dessa forma, induz a redução da reabsorção líquido. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA)
Já os taninos, são formados por moléculas polifenóis solúveis em água, de variada massa molar e com capacidade de formar precipitados com proteínas, sendo esta uma característica marcante deste composto. Podem ser achados em folhas, cascas e frutas das plantas pteridófitas, angiospermas e gimnospermas. São classificados em dois grupos principais: taninos condensados e taninos hidrolisáveis. Os primeiros são formados por grupos flavonoides que apresentam graus de condensação variável, mostrando possuir também, resistência à degradação microbiológica e ter relação com os pigmentos flavonoides. Os segundos são constituídos por grupamentos de ácido gálico/ elágico com um núcleo de açúcar que hidrolisam à elevada temperatura e podem ser hidrolisados à temperatura baixa por ação microbiana ou enzimática (Figura 1) (SAXENA; SHARMILA; SINGH, 1995).
Figura 1. Esquerda: Molécula de tanino condensado; Direita: Molécula de tanino hidrolisado. 
OBJETIVOS
Geral: Extração, isolamento e identificação de taninos e antraquinonas a partir de droga vegetal.
Específicos: 
Detectar presença de taninos e antraquinonas por testes diretos;
Observar e identificar as reações do processo extrativo.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O teste direto de Borntrager para a droga vegetal da Cáscara Sagrada indicou reação positiva para antraquinonas, com a formação da coloração vermelha após adição de aproximadamente 7 mL de hidróxido de amônio (NH4OH a 10%) na amostra. A exposição do vegetal em meio alcalino forma fenolatos, que devido ao deslocamento para um comprimento de onda maior da banda de absorção (deslocamento batocrômico), exibem a coloração vermelha (Figura 2) (SOUZA, 2016).
Figura 2. Esquerda: Teste rápido para detecção de antraquinona; Direita: Equação da reação da antraquinona em meio alcalino.
As antraquinonas normalmente são solúveis em soluções alcóolicas diluídas, e por isso, para o teste seguinte da reação de Borntrager com prévia hidrólise ácida, foi usado adicionado inicialmente 75 mL de etanol à amostra para decocção durante 3 minutos. Após filtrado, foi então realizada a hidrólise ácida com ácido sulfúrico concentrado (H2SO4), com volume correspondente a 10% (20 mL) do total da soma de todos os extratos usados (200 mL) para formação de sais das antraquinonas livres, tornando-as solúveis em água. Depois de retirado do refluxo, onde ficou por volta de 35 minutos, e filtrado, houve acréscimo de 25 mL de água e 30 mL de benzeno. A fase benzênica foi usada como intermediária na extração, e sabendo da insolubilidade dos heterósidos nesse solvente, esperava-se que houvesse antraquinonas livres para que a reação fosse positiva (SOUZA, 2016). Em 2 mL da fase benzênica, foi colocado hidróxido de amônio que formam sais de amônio e adquirem coloração vermelha na fase aquosa, onde estão solúveis os compostos antraquinôninos totais (Figura 2).
 
Figura 3. Detecção de antraquinonas após teste da reação de Borntrager com hidrólise ácida prévia.
A droga vegetal utilizada para a extração, isolamento e identificação de taninos foi a Espinheira Santa, levada à decocção com água (50 mL) por 3 minutos. O filtrado foi distribuído em 4 tubos de ensaio, com volume aproximado de 2 mL em cada um deles, para a realização de testes diretos. Foram depositados nos tubos os reagentes de solução de quinina 1,5% (1 mL no tubo 1), ácido etanoico e acetato de chumbo (1 mL de cada no tubo 2) e cloreto férrico (5 gotas no tubo 3), sendo o tubo 4 correspondente ao branco (Figura 4 - esquerda). 
Os taninos são solúveis em água, mas têm relativa estabilidade de acordo com o grau de polimerização do composto. A proposição descrita na literatura, afirma que soluções em que há presença de taninos ocorre precipitação com metais pesados, alcalóides, glicosídeos e gelatina e que em sais férricos, pode ser feita a diferenciação de taninos condensáveis e taninos hidrolisáveis. (EVANS, 1996) A observação de precipitado no tubo 1, na reação com o alcaloide quinina, mostra um teste positivo para presença de taninos, bem como aconteceu com o tubo 2. Assim como os outros fenóis, esse composto reage com cloreto férrico (FeCl3), formando o precipitado marrom-esverdeado no tubo 3, indicando presença de taninos condensados. (Curso de Taninos, 2016)
Ao restante da solução filtrada, adicionou-se 10 mL de ácido sulfúrico (H2SO4 concentrado), e logo esta solução foi submetida ao refluxo por um tempo de 30 minutos. A partir disso, a solução obtida foi filtrada, e obteve-se o seguinte (Figura 3 - direita):
 
Figura 4. Esquerda: teste rápido para reação de identificação de taninos; Direita: Filtro: flobafeno e ao lado a sua estrutura molecular; bécker: solução ácida.
Em meio ácido, a quente, é possível distinguir tanino condensado do hidrolisável, com base na quebra da ligação interflavânica na presença de taninos condensados, e que em contato com o ar, forma um antocianidol (CURSO DE TANINOS, 2016). Um bom nucleófilo é usado para detectar e precipitar os polímeros insolúveis, resultantes da polimerização e de oxidação de ânions fenolatos de taninos que formam intermediários envolvidos na transformação de modelos simples de moléculas polifenoicas a modelos mais complexos de moléculas, de coloração intensa e vermelha, conhecidos como flobafenos (QUIDEAU et al., 2011). Esses ficaram retidos no filtro, e para caracterização desses compostos foi realizada a reação com sais férricos (FeCl3) tanto no flobafeno (confirmação para taninos condensados) quanto no lavado (confirmação para taninos hidrolisáveis). (Figura 4). Dos resultados obtidos desse processo, a reação foi positiva para taninos condensados e negativa para taninos hidrolisáveis. (CURSO DE TANINOS, 2016). As plantas costumam apresentar uma relação inversa para os tipos de taninos, onde se uma apresentar alto teor para taninos condensados, provavelmente possuirá baixo teor para os hidrolisáveis. (JORDAAN, 2013).
 
CONCLUSÃO
O teste direto de reação de Borntrager para detecção de antraquinonas se demonstrou eficaz na identificação do composto, sendo confirmado posteriormente pelo método extrativo da reação de Borntrager com realização de hidrólise ácida prévia, efetivada sem indícios de interferentes. 
Os testes diretos realizados para taninos também demonstraram os resultados esperados. No entanto, a estabilidade variável de taninos em solução aquosa, devido ao grau de polimerização do composto, pode estar relacionado ao resultado negativo obtido para taninos condensados ao fim do processo de extração e isolamento, onde não houve reação do lavado com os sais de ferro, mas havendo a confirmação para a presença de taninos condensados pela formação do flobafeno e sua reação positiva com o cloreto férrico. 
REFERÊNCIAS
COSTA, P. R.; Curso de Taninos. Revisão: Gabriel Oliveira de Souza. Universidade Federal do Amazonas: Manaus, 2016.
EVANS, W. C.Phenols and Phenolic Glycosides. In: ______. Trease and Evan’sPharmacognosy. 14. ed. London: WB Sauders Company, 1996, p. 227.
JOORDAN, M. The Analysis of Natural and Sulfited Commercial Quebracho (Schinopsis Lorentzii) and Acacia (Acacia Mearnsii) Proathocyanidin Extracts with Electrospray Ionisation Mass Spectrometry, 2013.
QUIDEAU, S. et al. Plant Polyphenols: Chemical Properties, Biological Activities, and Synthesis, 2011.
SAXENA, R. K; SHARMILA, P; SINGH, V. P. Microbial Degradation of Tannins, 1995.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE FARMACOGNOSIA. Antraquinonas – Disciplina de Farmacognosia I da UFPR. Disponível em: <http://www.sbfgnosia.org.br/Ensino/antraquinonas.html> Acesso em: 10/01/2017. 
SOUZA, G. O.; Curso de Derivados Antraquinônicos. Universidade Federal do Amazonas: Manaus, 2016.

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