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curso 40687 aula 13 v1

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Aula 13
Gestão Pública p/ TCE-SP (Agente da Fiscalização -Administração) VUNESP - C/
videoaulas (Pós-Edital)
Professor: Rodrigo Rennó
Gestão Pública p/ TCE-SP - 2017 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó ± Aula 13 
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Aula 13: LAI 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens do curso: 
¾ Legislação: Lei de Acesso à Informação (Lei Federal nº 
12.527/2011). 
Espero que gostem da aula! 
 
 
 
 
 
 
 
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Teoria e exercícios comentados 
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Sumário 
Lei e Decreto de Acesso à Informação (Decreto nº 7.724/2012 e Lei nº 12.527/2011). ....... 3 
Restrições de Acesso ........................................................................... 5 
Abrangência da LAI ............................................................................ 8 
Sanções e Responsabilidades ................................................................. 12 
Acesso às Informações ....................................................................... 13 
Possibilidade de Cobrança ................................................................. 16 
Recursos ....................................................................................... 16 
Acesso às Remunerações ± debate ........................................................... 16 
Resumo ........................................................................................... 18 
Questões Comentadas ........................................................................... 22 
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 46 
Gabarito .......................................................................................... 56 
Bibliografia ...................................................................................... 56 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei e Decreto de Acesso à Informação (Decreto nº 7.724/2012 e 
Lei nº 12.527/2011). 
 
O acesso à informação pública está sendo uma revolução dentro da 
relação entre o Estado e o cidadão. Naturalmente, o Estado só será um dia 
³FRQWURODGR´�SHORV�FLGDGmRV�QR�PRPHQWR�HP�TXH�HVWHV�WLYHUHP�HP�PmRV�
informações corretas e atuais sobre as atividades governamentais e seu 
processo decisório. 
O conceito republica postula que os cidadãos devem ter 
informações sobre o funcionamento do Estado para poderem, 
assim, fiscalizá-lo. E com esta fiscalização, irão cobrar mais e melhorar 
a atuação deste Estado na promoção das políticas públicas. 
A Lei de Acesso à Informação veio, portanto, dar uma ferramenta 
a mais para que os cidadãos fiquem bem informados sobre as ações e 
decisões tomadas no âmbito estatal. 
Este movimento para alterar a condição do cidadão veio assegurar 
e possibilitar o controle social estabelecido pela Constituição Federal 
em 1988. De acordo com a CF/88, em seu artigo n° 5, 
³Todos têm direito a receber dos órgãos 
públicos informações de seu interesse 
particular, ou de interesse coletivo ou geral, 
que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de 
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo 
seja imprescindível à segurança da sociedade e do 
(VWDGR��´ 
Dessa maneira, a nova lei veio instrumentalizar um direito que já 
estava expresso na Constituição Federal. De acordo com Abrucio1, 
³A nova legislação não caiu do céu. A Lei de 
Acesso à Informação é resultado de um 
processo histórico, cujo marco inicial foi a 
Constituição de 1988. A partir dela, novas 
instituições e direitos dos cidadãos foram 
incorporados, nos últimos 20 anos, à vida política 
brasileira. De forma gradual, órgãos de controle, 
como Ministério Público, Tribunal de Contas da 
União (TCU), Controladoria-Geral da União (CGU) 
e, mais recentemente, uma Polícia Federal 
renovada e autônoma, tornaram-se instrumentos 
poderosos de fiscalizDomR�GR�SRGHU�S~EOLFR��´ 
 
1 (Abrucio, 2012) 
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Entretanto, esta lei ainda deverá encontrar muitas barreiras e 
resistências dentro da máquina estatal, pois deixará as claras as 
deficiências do setor público na geração de informação e na tomada de 
decisão. 
Um dos problemas que ainda são enfrentados é a falta de informações 
consolidadas sobre diversos aspectos das políticas públicas, que são geridas 
por entes subnacionais (os estados e os municípios). 
Os estados mais pobres e, principalmente, os municípios não 
contam com uma burocracia capacitada e qualificada para lidar com 
estas novas demandas por informação que virão dos cidadãos. 
Além disso, outra barreira importante será a falta de sistemas de 
informação nestes entes para tratar, proteger e disponibilizar os dados 
demandados pelos cidadãos de maneira rápida e eficiente. 
Sem um sistema capacitado para tratar os dados, será muito 
trabalhoso e lento o processo de disponibilizar as informações sobre o 
funcionamento da máquina pública. 
Mas este é um passo fundamental para que o relacionamento entre 
o cidadão e o Estado passe para um plano superior e que a própria noção 
de cidadania seja alterada em nossa sociedade. De acordo com Abrucio, 
³O objetivo mais nobre da Lei de Acesso à 
Informação: ser uma escola de cidadania para 
a sociedade brasileira. Isso ocorrerá, em 
primeiro lugar, com a abertura de um canal mais 
eficaz para conhecer o que os governos fazem. Um 
dos grandes problemas para controlar os 
governantes, e depois exercer o mecanismo de 
avaliação contido no voto, é que sabemos menos 
do que deveríamos sobre a gestão das 
políticas públicas´� 
Assim, espera-se que o normativo avance na descoberta pela 
população de como efetivamente funciona o Estado e como ele pode ser 
melhorado. 
Com a entrada em vigor do Decreto 7.724/2012, já existe 
regulamentação para a lei 12.527/2011, a LAI. Assim, os órgãos não 
podem mais afirmar que não estão cumprindo a lei por falta de 
regulamentação específica. 
A regra é, portanto, de que a informação deve ser pública e 
aberta a todos. A lei busca alterar a cultura do sigilo que é predominante 
em muitas áreas do setor público. 
Em uma cultura de segredo, a gestão pública é pautada pelo 
princípio de que a circulação de informações representa riscos. Isto 
==68b3a==
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favorece a criação de obstáculos para que as informações sejam 
disponibilizadas, devido a percepções incorretas do tipo2: 
¾ O cidadão só pode solicitar informações que lhe digam respeito 
direto; 
¾ Os dados podem ser utilizados indevidamente por grupos de 
interesse; 
¾ A demanda do cidadão é um problema: sobrecarrega os 
servidores e compromete outras atividades; 
¾ Cabe sempre à chefia decidir pela liberação ou não da 
informação; 
¾ Os cidadãos não estão preparados para exercer o direito de 
acesso à informação.
Mas as informações devem ser públicas. Com isto, devem estar 
disponíveis nos meios mais acessíveis ao cidadão normal e em 
linguagem simples, de modo que sirva para incrementar o controle 
social. O novo paradigma deve ser o da cultura do acesso. 
Em uma cultura do acesso, os agentes públicos têm consciência de 
que a informação pública pertence ao cidadão e que cabe ao Estado provê-
la de forma tempestiva e compreensível e atender eficazmente às 
demandas da sociedade. Forma-se um círculo virtuoso3: 
¾ A demanda do cidadão é vista como legítima; 
¾ O cidadão pode solicitar a informação pública sem 
necessidade de justificativa; 
¾ São criados canais eficientes de comunicação entre 
governo e sociedade; 
¾ São estabelecidas regras claras e procedimentos para a 
gestão das informações; 
 
Restrições de Acesso 
 
Mas existem exceções, naturalmente. A Lei de Acesso a Informações 
no Brasil prevê como exceções à regra de acesso os dados pessoais e as 
informações classificadas por autoridades como sigilosas4. 
De acordo com a lei, os dados pessoais podem ser classificados 
como restritos por até 100 anos, a contar de sua data de produção. 
 
2 (Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011) 
3 (Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011) 
4 Fonte: CGU 
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Estes dados seriam relacionados com a vida privada e a intimidade de 
um indivíduo identificado ou identificável. Os dados sobre o pagamento de 
pensões alimentícias, por exemplo, seria um caso de informação que deve 
ser restrita. 
Estes dados poderiam sempre ser acessadas pelos próprios 
indivíduos, naturalmente. Além disso, os dados pessoais poderiam ser 
acessados por terceiros, mas apenas nos casos excepcionais previstos na 
Lei. 
Já as informações sigilosas são aquelas em que a lei previu alguma 
restrição de acesso, mediante classificação por autoridade competente, 
visto que são consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade 
(à vida, segurança ou saúde da população) ou do Estado (soberania 
nacional, relações internacionais, atividades de inteligência). 
O artigo n° 23 da LAI enumera as situações consideradas passíveis 
de sofrer restrição: 
Situações passíveis de sofrer restrição de acesso 
Pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional; 
Prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as 
que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por outros Estados e organismos internacionais; 
Pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população; 
Oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País; 
Prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das Forças Armadas; 
Prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim 
como a sistemas, bens, instalações ou áreas de interesse estratégico nacional; 
Pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus 
familiares; 
Comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, 
relacionadas com a prevenção ou repressão de infrações. 
 
De acordo com a Lei de Acesso às Informações, estes prazos de 
restrição serão os seguintes: 
 
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Figura 1. Prazos estipulados nos tipos de informações 
Vejam que a própria lei estabelece que a informação sigilosa fique 
neste estado por um tempo limitado. Deste modo, o estado natural da 
informação pública é aberto e franqueado a todos os que desejem ter 
acesso. 
Além disso, a informação deve ter qualidade e ter sido coletada, 
sempre que possível, na fonte. O órgão público tem um prazo para 
responder ao pedido do cidadão. A resposta deve ser dada 
imediatamente, se estiver disponível, ou em até 20 dias, 
prorrogáveis por mais 10 dias5. 
Além disso, o pedido do cidadão não precisa ser justificado, 
apenas deve conter a identificação do requerente e a especificação da 
informação solicitada. O serviço de busca e fornecimento das informações 
deve ser gratuito, a não ser que inclua cópias de documentos, que podem 
ser cobradas. 
Cabe lembrar que os órgãos públicos devem não só garantir o acesso 
à informação, mas garantir que a informação não se perca e que mantenha 
sua integridade. Além disso, deve garantir que as informações sigilosas 
e pessoais sejam mantidas protegidas. 
Um dos exemplos de iniciativas de disponibilização de informações 
governamentais é a Carta de Serviços ao Cidadão, que tem como 
 
5 (Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011) 
Tipo de Informação
Ultrassecreta
Secreta
Reservada
Prazo
25 anos, renovável uma 
única vez
15 anos
5 anos
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objetivo estabelecer compromissos e padrões de qualidade de atendimento 
ao público, pelos órgãos e entidades do Poder Executivo Federal6. 
 
Abrangência da LAI 
 
A LAI é uma lei de normas gerais, com caráter nacional. Portanto, 
incide sobre a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios. 
Conforme o parágrafo único do artigo primeiro da LAI, todos os 
órgãos da administração direta dos três Poderes (Executivo, 
Legislativo e Judiciário), o Ministério Público, assim como a entidades 
da Administração Indireta se submeterão ao disposto nesta Lei. 
E, um pouco mais a frente, no artigo segundo, o rol de abrangência 
aumenta, pois inclui também as entidades sem fins lucrativos, que 
recebem recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante 
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, 
acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres. 
Aqui cabe apenas uma atenção: essas entidades citadas no parágrafo 
anterior devem atentar à publicidade exigida pela Lei apenas no que toca 
a parcela dos recursos públicos recebidos e nas prestações de contas a que 
estejam legalmente obrigadas, ok? 
Abrangência da LAI 
Órgãos da Administração Direta de todos os poderes 
Entidades da Administração Indireta, incluindo empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundações e autarquias 
Entidades privadas sem fins lucrativos que recebam repasse de recursos 
públicos 
 
Vamos praticar agora? 
(CESPE ± TJ-RO ± ANALISTA) Com relação às disposições da Lei 
n.º 12.527/2011, julgue o item. 
Essa lei, que regula o acesso a informações, não se aplica às 
empresas públicas e às sociedades de economia mista 
controladas indiretamente pelos estados. 
 
6 (Brasil, Controladoria-Geral da União, 2011) 
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Negativo! A Lei de Acesso à Informação tem caráter nacional e 
incide sim sobre as entidades da Administração Indireta de todos os 
entes, como as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
O gabarito é mesmo questão errada. 
 
 
Vocês devem se perguntar sobre os municípios com pouca população. 
Quais as suas obrigações referentes a este tema de divulgação imposta por 
lei? Pois bem, o artigo 8o da LAI que trata sobre o dever dos órgãos e 
entidades em
divulgar as informações de interesses gerais, dispõe o 
seguinte no quarto parágrafo: 
³$UW���o (...) 
(...) 
§4o Os Municípios com população de até 10.000 
(dez mil) habitantes ficam dispensados da 
divulgação obrigatória na internet a que se refere o 
§ 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação, em 
tempo real, de informações relativas à execução 
orçamentária e financeira, nos critérios e prazos 
previstos no art. 73-B da Lei Complementar no 101, 
de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade 
)LVFDO��´� 
Dessa forma, os municípios com população de até 10.000 
habitantes não precisam divulgar na internet, isto é, em páginas 
oficiais dos órgãos ou entidades da rede mundial de computadores, 
informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou 
custodiadas. 
No entanto, continua obrigatório que se promova a divulgação de 
informações relativas à execução orçamentária e financeira que a Lei de 
Responsabilidade Fiscal impõe. 
Logo, com a finalidade de garantir a transparência na gestão fiscal, 
fica mantida a divulgação dos seguintes instrumentos, para os municípios 
com até 50.000 (cinquenta mil) habitantes: 
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Figura 2. Instrumentos de transparência na Gestão Fiscal 
Pessoal, enfatizei, aqui, que essa obrigação seria para municípios de 
até 50.000 mil habitantes porque estamos nos referindo a essa margem, 
mas não se esqueçam de que tais imposições servem para os pequenos e 
para os grandes municípios, ok? 
Continuando a nossa aula, vocês devem ter em mente que essa LAI 
também vincula seu comando aos princípios básicos da Administração 
Pública: Legalidade, Impessoalidade, Publicidade e Eficiência. Mas não só 
isso, pois a Lei impõe observância às seguintes diretrizes: 
Relatório de Gestão Fiscal ʹ RGF.
Relatório Resumido de Execução Orçamentária ʹ RREO;
Prestação de Contas e respectivo parecer prévio;
Planos, Orçamentos e Lei de Diretrizes Orçamentárias;
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Figura 3. Diretrizes impostas pela LAI 
Outro ponto observado na LAI é que a gestão transparente da 
informação, assim como a garantia de sua disponibilidade e autenticidade 
devem ser protegidas pelos órgãos e entidades do poder público. Da 
mesma forma, os dados sigilosos e as informações pessoais devem ser 
resguardados, com a garantia da integridade e autenticidade. 
Vamos insistir um pouco mais sobre o tema do controle de dados 
sigilosos? Quando o tema tratado for referente a projetos de pesquisa e 
desenvolvimento científicos ou tecnológicos, cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, o acesso a esse tipo 
de informação fica restringido. 
Agora, se for autorizado apenas acesso parcial à informação pelo fato 
de ela ser considerada como parcialmente sigilosa, essa parte não 
guardada pelo sigilo poderá ser acessada por meio de certidão, extrato ou 
cópia, ocultando, claro, a parte sob sigilo. 
Os órgãos e entidades podem negar o acesso a informações 
solicitadas, desde que a negativa seja fundamentada e que se trate de 
informações sigilosas ou parcialmente sigilosas. Uma vez que é direito do 
requerente obter o inteiro teor de decisão de negativa de acesso, por 
certidão ou cópia. 
Caso contrário, isto é, se recusar fornecer informações ou retardar 
propositalmente o fornecimento delas ou ainda fornecê-las 
Publicidade como regra 
geral e o sigilo como 
exceção; 
Divulgação de 
informações de 
interesse público, 
mesmo que não seja 
solicitado;
Uso de meios de 
comunicação 
viabilizados pela 
tecnologia da 
informação; 
Incentivo à cultura de 
transparência na 
administração pública; 
Desenvolvimento do 
controle social da 
administração pública. 
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intencionalmente de forma incorreta, o responsável ficará submetido a 
medidas disciplinares. 
 
Sanções e Responsabilidades 
 
Existem diversas infrações e sanções administrativas previstas pelo 
não cumprimento das normas da Lei de Acesso à Informação. De acordo 
com a LAI, no seu artigo n° 32, constituem condutas ilícitas que ensejam 
responsabilidade do agente público ou militar: 
I - recusar-se a fornecer informação requerida nos termos desta Lei, retardar 
deliberadamente o seu fornecimento ou fornecê-la intencionalmente de forma incorreta, 
incompleta ou imprecisa; 
II - utilizar indevidamente, bem como subtrair, destruir, inutilizar, desfigurar, alterar ou 
ocultar, total ou parcialmente, informação que se encontre sob sua guarda ou a que tenha 
acesso ou conhecimento em razão do exercício das atribuições de cargo, emprego ou função 
pública; 
III - agir com dolo ou má-fé na análise das solicitações de acesso à informação; 
IV - divulgar ou permitir a divulgação ou acessar ou permitir acesso indevido à informação 
sigilosa ou informação pessoal; 
V - impor sigilo à informação para obter proveito pessoal ou de terceiros, ou para fins de 
ocultação de ato ilegal cometido por si ou por outrem; 
VI - ocultar da revisão de autoridade superior competente informação sigilosa para 
beneficiar a si ou a outrem, ou em prejuízo de terceiros; e 
VII - destruir ou subtrair, por qualquer meio, documentos concernentes a possíveis violações 
de direitos humanos por parte de agentes do Estado. 
 
Os servidores públicos regidos pela lei 8112/90, as condutas acima 
estão equivalentes a infrações administrativas e estão sujeitas a, no 
mínimo, a pena de suspensão. 
Já para os servidores militares as condutas são consideradas 
transgressões militares médias ou graves. Em ambos os casos, os 
servidores civis ou militares podem responder por improbidade 
administrativa. 
Já a pessoa física ou entidade privada que detiver informações em 
virtude de vínculo de qualquer natureza com o poder público e deixar de 
observar o disposto nesta Lei estará sujeita às seguintes sanções: 
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I - advertência; 
II - multa; 
III - rescisão do vínculo com o poder público; 
IV - suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a 
administração pública por prazo não superior a 2 (dois) anos; e 
V - Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a administração pública, até 
que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade. 
 
Lembrem-se de que não é permitido negar informação necessária à 
tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. Entretanto, o 
que se pode fazer é negar informações protegidas por segredo de justiça 
ou hipóteses de segredo industrial decorrentes da exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado ou por pessoa física ou entidade privada 
que tenha qualquer vínculo com o poder público. 
 
Acesso às Informações 
 
A LAI estabelece um direito à informação muito amplo, englobando 
todos os registros ou documentos produzidos ou custodiados pelos órgãos 
ou entidades do poder público. 
Como exemplos, podemos ver a lista abaixo: 
 
Exemplos de Informação que pode ser obtida 
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local 
onde poderá ser encontrada ou obtida
a informação almejada; 
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus 
órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos; 
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade privada decorrente 
de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha 
cessado; 
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada; 
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à 
sua política, organização e serviços; 
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VI - informação pertinente à administração do patrimônio público, utilização de recursos 
públicos, licitação, contratos administrativos; e 
VII - informação relativa: 
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos 
órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores propostos; 
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos 
órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas relativas a exercícios 
anteriores. 
 
O sistema de informação criado pela LAI envolve tanto um 
instrumento de transparência ativa quanto um instrumento de 
transparência passiva. 
Através do seu artigo n° 8, a LAI diz que é dever dos órgãos e 
entidades públicas promover, independentemente de requerimentos, 
a divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de 
informações de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou 
custodiadas. Seria a transparência ativa. 
A lei estabelece que os órgãos devem disponibilizar, no mínimo, as 
seguintes informações: 
Informações que os órgãos devem obrigatoriamente fornecer 
I - Registro das competências e estrutura organizacional, endereços e telefones das 
respectivas unidades e horários de atendimento ao público; 
II - Registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos financeiros; 
III - Registros das despesas; 
IV - Informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os respectivos editais 
e resultados, bem como a todos os contratos celebrados; 
V - Dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos e obras de órgãos 
e entidades; e 
VI - Respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 
Já a transparência passiva trata do direito de solicitar o acesso à 
informação. 
O artigo décimo da LAI dispõe que qualquer interessado poderá 
apresentar pedido de acesso a informações. No entanto, o pedido deve 
ser feito por meio legítimo e deve apresentar a identificação do 
requerente, assim como a especificação da informação requerida. 
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Pessoal, é fato que o requerente deve ser identificado, entretanto 
esta identificação não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação. 
E, também, fica proibido que se exija algo relativo aos motivos (chamados 
motivos determinantes) da solicitação de informações que sejam de 
interesse público. 
Quando uma informação for solicitada, o órgão ou entidade pública 
deverá autorizar ou conceder o acesso imediato à informação. No 
entanto, todos sabem que, às vezes, o acesso imediato é impraticável. 
 Caso isso ocorra, o responsável terá um prazo de até vinte dias 
(prorrogável por mais dez dias, conforme justificativa expressa) para 
informar um dos três caminhos a serem percorridos: 
¾ Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, 
efetuar a reprodução ou obter a certidão; 
¾ Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou 
parcial, do acesso pretendido; ou 
¾ Comunicar que não possui a informação, indicar, se for do 
seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, 
ainda, remeter o requerimento a esse órgão ou entidade, 
cientificando o interessado da remessa de seu pedido de 
informação. 
Como estamos na era digital, a informação dada pelo órgão ou 
entidade poderá também ser armazenada neste formato. Caso isso venha 
a ocorrer, o requerente, se concordar, poderá receber a informação 
solicitada por este meio. 
Outra alternativa de resposta é a do órgão informar ao solicitante que 
a informação já está disponível em algum local de acesso universal, como 
jornais ou algum sitio da internet. 
Nestes casos, o órgão deve responder por escrito ao solicitante, 
indicando lugar e a forma pela qual se poderá consultar, obter ou reproduzir 
a referida informação. 
Existem algumas formas de se assegurar o acesso a informações 
públicas, como a criação de serviços de informações ao cidadão e a 
realização de audiências ou consultas públicas, com incentivo à participação 
popular. 
Os serviços de informações devem ocorrer em locais bem adaptados 
para atender e orientar o público. Devem, também, possuir meios 
adequados para protocolizar documentos e requerimentos de acesso a 
informações, bem como para informar adequadamente sobre a tramitação 
de documentos. 
 
 
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Possibilidade de Cobrança 
 
Um ponto importante a ser lembrado é que o serviço de fornecimento 
da informação deve ser gratuito. Só é permitido a cobrança pelo órgão 
público do valor correspondente ao ressarcimento do custo dos serviços e 
materiais utilizados. 
Entretanto, se a condição econômica do solicitante não lhe permitir 
arcar com esse custo, ele poderá ser isento do pagamento mediante uma 
declaração de que esse valor o impede de sustentar a si próprio ou sua 
família. 
 
Recursos 
 
Nos casos em que o órgão negar o acesso à informação ou de não 
fornecimento das razões da negativa do acesso, o solicitante poderá entrar 
com recurso contra a decisão do órgão. 
De acordo com o artigo n° 11 da LAI, 
³4XDQGR�QmR�IRU�DXWRUL]DGR�R�DFHVVR�SRU�VH�WUDWDU�
de informação total ou parcialmente sigilosa, o 
requerente deverá ser informado sobre a 
possibilidade de recurso, prazos e condições 
para sua interposição, devendo, ainda, ser-lhe 
indicada a autoridade competente para sua 
apreciação��´ 
O interessado terá 10 dias (a partir da sua ciência) para entrar com 
o recurso para a autoridade superior hierarquicamente ao que exarou a 
decisão impugnada. Já essa autoridade superior terá cinco dias para se 
manifestar. 
No caso de decisões ocorridas no Poder Executivo Federal, o 
solicitante poderá ainda recorrer a Controladoria-Geral da União (CGU), que 
terá cinco dias para decidir sobre o pedido. 
 
 
Acesso às Remunerações ± debate 
 
Dentre os exemplos de informação que já estão disponíveis, temos 
as informações relativas aos salários e vantagens recebidas pelos 
servidores públicos. 
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O Governo Federal passou a disponibilizar, por exemplo, no Portal 
da Transparência as informações relativas às remunerações dos 
servidores do Poder Executivo Federal7. 
As únicas exceções são os descontos de caráter pessoal, incidentes 
sobre a remuneração, como pagamento de pensões e de empréstimos 
consignados. 
Estes dados não são exibidos por serem considerados informações de 
natureza privada e, por isso, estarem protegidos de divulgação, de acordo 
com a Lei de Acesso à Informação. 
O acesso aos dados
chegou a ser contestado por diversos sindicatos 
e indivíduos na justiça, conseguindo inclusive algumas liminares. Mas o 
Supremo Tribunal Federal tem entendido que a lei deve ser cumprida e o 
próprio Poder Judiciário tem cumprido a lei, disponibilizando os valores 
remuneratórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 Fonte: CGU 
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Resumo 
 
Memorex 
Lei de Acesso a Informações (Lei nº 12.527/2011) 
Abrangência 
9 Os órgãos e as entidades do Poder Executivo federal 
9 Os órgãos públicos integrantes da administração 
direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as 
Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público; 
9 As autarquias, as fundações públicas, as empresas 
públicas, as sociedades de economia mista e demais 
entidades controladas direta ou indiretamente pela 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
9 As entidades privadas sem fins lucrativos que 
recebam, para realização de ações de interesse 
público, recursos públicos diretamente do orçamento 
ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, 
termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou 
outros instrumentos congêneres. 
Vinculação aos 
princípios básicos 
da Administração 
Pública 
9 Legalidade; 
9 Impessoalidade; 
9 Moralidade; 
9 Publicidade e 
9 Eficiência. 
Observância às 
seguintes 
diretrizes do 
órgão controlador 
9 Publicidade como regra geral e o sigilo como exceção; 
9 Divulgação de informações de interesse público, 
mesmo que não seja solicitado; 
9 Uso de meios de comunicação viabilizados pela 
tecnologia da informação; 
9 Incentivo à cultura de transparência na administração 
pública; 
9 Desenvolvimento do controle social da administração 
pública. 
Características 
observáveis 
9 Gestão transparente; 
9 Proteção da informação; 
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9 Garantia da disponibilidade, autenticidade e 
integridade da informação devem ser protegidas 
pelos órgãos e entidades do poder público. 
9 Proteção da informação sigilosa e da informação 
pessoal deve ser resguardada. 
Informações Pessoais 
Principais 
Características 
9 Devem ser tratadas de forma transparente e com 
respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem 
das pessoas, bem como às liberdades e garantias 
individuais 
9 Podem ser classificadas como restritos por até 100 
anos, a contar da data de produção. 
Acesso aos dados 
pessoais 
9 Pode sempre ser acessados pelos próprios indivíduos. 
9 Esses os dados poderão ter autorizada sua divulgação 
ou acesso por terceiros diante de previsão legal ou 
consentimento expresso da pessoa a que elas se 
referirem. 
Não se exige o 
consentimento de 
acesso quando as 
informações 
forem necessárias 
9 à prevenção e diagnóstico médico, quando a pessoa 
estiver física ou legalmente incapaz, e para utilização 
única e exclusivamente para o tratamento médico; 
9 à realização de estatísticas e pesquisas científicas de 
evidente interesse público ou geral, previstos em lei, 
sendo vedada a identificação da pessoa a que as 
informações se referirem; 
9 ao cumprimento de ordem judicial; 
9 à defesa de direitos humanos; ou 
9 à proteção do interesse público e geral preponderante 
Informação Sigilosa 
Conceito 
9 É aquela submetida temporariamente à restrição de 
acesso público em razão de sua imprescindibilidade 
para segurança da sociedade e do Estado. 
Características 9 Consideradas imprescindíveis à segurança da 
sociedade (à vida, segurança ou saúde da população) 
6
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ou do Estado (soberania nacional, relações 
internacionais, atividades de inteligência). 
Responsabilidade 
dos órgãos 
públicos 
9 Os órgãos públicos devem não só garantir o acesso à 
informação, mas assegurar que a informação não se 
perca e que mantenha sua integridade, 
disponibilidade, autenticidade e eventual restrição de 
acesso. 
9 Devem assegurar que as informações sigilosas e 
pessoais sejam mantidas protegidas. 
Classificação da Informação 
Informações que 
são passíveis de 
classificação 
Informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam: 
9 pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a 
integridade do território nacional; 
9 prejudicar ou pôr em risco a condução de 
negociações ou as relações internacionais do País, ou 
as que tenham sido fornecidas em caráter sigiloso por 
outros Estados e organismos internacionais; 
9 pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da 
população; 
9 oferecer elevado risco à estabilidade financeira, 
econômica ou monetária do País; 
9 prejudicar ou causar risco a planos ou operações 
estratégicos das Forças Armadas; 
9 prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e 
desenvolvimento científico ou tecnológico, assim 
como a sistemas, bens, instalações ou áreas de 
interesse estratégico nacional; 
9 pôr em risco a segurança de instituições ou de altas 
autoridades nacionais ou estrangeiras e seus 
familiares; ou 
9 comprometer atividades de inteligência, bem como 
de investigação ou fiscalização em andamento, 
relacionadas com a prevenção ou repressão de 
infrações. 
Tipos e prazos de 
Informação 
9 Ultrassecreta: 25 anos, renovável uma única vez; 
9 Secreta: 15 anos; 
9 Reservada: 5 anos. 
8
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Acesso à Informação 
Principais 
Características 
9 A informação deve ter qualidade e ter sido coletada, 
sempre que possível, na fonte. 
9 O órgão público tem um prazo para responder ao 
pedido do cidadão: em até 20 dias, prorrogáveis por 
mais 10 dias. 
9 A resposta deve ser dada imediatamente, se estiver 
disponível. 
Pedido de acesso 
a informações 
9 O pedido do cidadão não precisa ser justificado, 
apenas deve conter a identificação do requerente e a 
especificação da informação solicitada. 
9 Qualquer interessado poderá apresentar pedido de 
acesso a informações. 
9 O pedido deve ser feito por meio legítimo e deve 
apresentar a identificação do requerente, assim como 
a especificação da informação requerida. 
9 O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou 
conceder o acesso imediato à informação. 
Caminhos a serem 
percorridos pelo 
responsável a 
responder ao 
pedido de acesso 
a uma informação. 
9 Comunicar a data, o local e o modo para se realizar a 
consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão ou; 
9 Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total 
ou parcial, do acesso pretendido; ou 
9 Comunicar que não possui a informação, indicar, se for 
do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a 
detém, ou, ainda, remeter o requerimento a esse 
órgão ou entidade, cientificando o interessado da 
remessa de seu pedido de informação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
b
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Questões Comentadas 
 
1. (VUNESP ± PREF. S.P. ± APPGG ± 2015) Assinale a alternativa 
correta a respeito da Lei de Acesso à Informação ± LAI (Lei no 
12.527/2011). 
(A) Os prazos para respostas às demandas são definidos pelas 
próprias organizações. 
(B) O solicitante de informações públicas deve justificar o motivo 
da solicitação. 
(C) Estão submetidas à LAI as organizações não governamentais 
que receberem recursos públicos. 
(D) A Lei foi criada estritamente para as organizações do Poder 
Executivo. 
(E) O Tribunal de Contas da União é responsável por monitorar a 
implementação da Lei nas organizações. 
 
Os prazos para respostas às demandas são definidos na LAI e não 
pela própria organização. A preferência inicial é que o órgão ou entidade 
pública autorize ou conceda o acesso imediato à informação disponível. Não 
sendo possível, a Lei concede um prazo que é prorrogável mediante 
justificativa expressa. Letra A, portanto, errada. 
$�OHWUD�%�HVWi�HUUDGD��SRLV�FRQIRUPH�R�†�ž�GR�DUWLJR����GD�/HL��³Vão 
vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da 
solicitação de informações de interesse público�� ´� /RJR�� QmR� VH� GHYH�
justificar o motivo da solicitação. 
A letra C está correta, pois as entidades privadas sem fins lucrativos 
que recebam, para realização de ações de interesse público, recursos 
públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, 
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros 
instrumentos congêneres submetem-se aos dispositivos da Lei. 
Subordinam-se aos dispositivos da Lei, os órgãos públicos integrantes 
da administração direta dos Poderes Executivo, Legislativo, incluindo as 
Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério Público. Portanto, a 
letra D está errada, pois a Lei não foi criada estritamente para o Poder 
Executivo. 
A letra E está errada, pois, de acordo com a Lei, o dirigente máximo 
de cada órgão ou entidade da administração pública federal direta e indireta 
designará autoridade que lhe seja diretamente subordinada para, no 
âmbito do respectivo órgão ou entidade, monitorar a implementação da Lei 
e apresentar relatórios periódicos sobre o seu cumprimento. Gabarito, 
portanto, letra C. 
 
3
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2. (VUNESP ± TJ-SP ± ESTATÍSTICO ± 2015) Nos termos do que 
dispõe a Lei n° 12.527/2011, promover a divulgação em local de 
fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações de 
interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas 
a) é dever dos órgãos e entidades públicas, independentemente 
de requerimentos. 
b) é facultada a todos os órgãos públicos, entidades públicas e 
entidades privadas. 
c) é dever de todos os órgãos, entidades públicas e privadas. 
d) depende de requerimentos para ser implementada pelos 
órgãos públicos. 
e) é prática que poderá ser adotada pelos órgãos e entidades 
públicos, se entenderem que possibilitará mais transparência de 
sua gestão. 
 
A letra A está perfeita e é o gabarito da banca. Já a letra B está 
negando a afirmação contida na letra A e está incorreta. A letra C tem um 
equívoco, pois as entidades privadas não estão todas obrigadas a seguir a 
LAI. 
Apenas as entidades sem fins lucrativos, que recebem recursos 
públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, 
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros 
instrumentos congêneres, devem observam os comandos desta Lei, apenas 
no que toca a parcela dos recursos públicos recebidos e nas prestações de 
contas a que estejam legalmente obrigadas. 
A letra D está também equivocada, pois a implementação dos 
instrumentos para o cumprimento da Lei não depende de requerimentos. 
E, finalmente, a lei não faculta, mas obriga, os órgãos e entidades a seu 
cumprimento. O gabarito é mesmo a letra A. 
 
3. (VUNESP ± DESENVOLVE-SP ± CONTADOR ± 2014) Assinale a 
alternativa que apresenta a Lei que representa um dos principais 
avanços éticos recentes na Administração Pública brasileira. 
a) Lei n.º 11.819/10, de igualdade entre gêneros. 
b) Lei n.º 12.884/12, de Direitos Humanos. 
c) Lei n.º 11.923/11, de meritocracia. 
d) Lei n.º 12.527/11, de acesso à informação. 
e) Lei n.º 12.158/12, da isonomia trabalhista. 
 
a
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Questão bem tranquila, não é mesmo? Cabe ressaltar que as demais 
OHLV�IRUDP�VLPSOHVPHQWH�³LQYHQWDGDV´�SHOD�EDQFD��$�~QLFD�OHL�GHVWDV�FLWDGDV�
que existe é mesmo a LAI. O gabarito é letra D. 
 
4. (VUNESP ± MPE-SP ± AUXILIAR ± 2014) Em relação ao que 
dispõe a Lei n.º 12.527/2011, assinale a alternativa correta. 
a) Subordina-se ao regime da Lei de Acesso à Informação o 
Ministério Público. 
b) As empresas públicas e as sociedades de economia mista não 
estão obrigadas a divulgar informações sobre suas atividades. 
c) No pedido de acesso à informação de interesse público, é 
obrigatório constarem os motivos determinantes da solicitação. 
d) Quando se tratar de informação contida em documento cuja 
manipulação possa prejudicar sua integridade, não será 
concedido o acesso à informação. 
e) O acesso à informação necessária à tutela judicial ou 
administrativa de direitos fundamentais poderá ser negado por 
qualquer agente público. 
 
Conforme o parágrafo único do artigo primeiro da LAI, todos os 
órgãos da administração direta dos três Poderes (Executivo, Legislativo e 
Judiciário), assim como o Ministério Público, assim como a entidades da 
Administração Indireta se submeterão ao disposto na Lei de Acesso à 
Informação. 
Deste modo, a letra A está correta e é o gabarito da banca. A letra B 
está incorreta, pois essas instituições estão sim sujeitas aos ditames da 
LAI. A letra C está incorreta também, pois não existe essa obrigação de 
que os motivos estejam descritos. 
A letra D está igualmente incorreta. De acordo com a LAI, quando se 
tratar de informação contida em documento cuja manipulação possa 
prejudicar sua integridade (como pode ocorrer com documentos muito 
antigos), poderá ser oferecida uma cópia com certificação de que essa 
confere com o documento original. 
Finalmente, a letra E é claramente incorreta. O acesso à essa 
informação não poderá ser negado. O gabarito é mesmo a letra A. 
 
5. (VUNESP ± MPE-SP ± AUXILIAR ± 2014) A respeito da Lei de 
Acesso à Informação (Lei n.o 12.527/2011), é correto afirmar 
que 
a) nos municípios em que não se exige a veiculação pela internet, 
as informações referentes à execução orçamentária e financeira 
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devem ser disponibilizadas à população e renovadas, ao menos 
semestralmente. 
b) nas cidades com mais de 10 mil habitantes, os órgãos e 
entidades públicas devem promover pela internet o acesso a 
informações de interesse coletivo por eles 
produzidas ou custodiadas. 
c) qualquer interessado pode requerer informações aos órgãos e 
entidades públicas, assegurado, independentemente de 
justificação, o anonimato do requerente. 
d) o prazo máximo de restrição de acesso à informação 
FRQVLGHUDGD�³XOWUDVVHFUHWD´�QmR�SRGH�XOWUDSDVVDU�D�����XP��DQR� 
e) Somente o Presidente da República pode classificar uma 
informação como VHQGR�³XOWUDVVHFUHWD´� 
 
A letra A está incorreta, pois os municípios com menos de 10 mil 
habitantes devem manter essas
informações disponibilizadas em tempo 
real, não semestralmente. Já a letra B está correta e é o nosso gabarito. 
A letra C está errada, pois o anonimato é vedado. O pedido de 
informações deve conter a identificação do requerente. A letra D é 
igualmente equivocada, pois o prazo máximo de restrição de acesso à 
LQIRUPDomR�FRQVLGHUDGD�³XOWUDVVHFUHWD´�p�GH����DQRV�� 
Finalmente, não é somente o Presidente da República que pode 
classificar uma informação como ultrassecreta. A lista conta com os 
seguintes cargos: 
a) Presidente da República; 
b) Vice-Presidente da República; 
c) Ministros de Estado e autoridades com as mesmas 
prerrogativas; 
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica; e 
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares permanentes no 
exterior; 
Deste modo, o gabarito é mesmo a letra B. 
 
6. (FGV - FBN ± ASSITENTE TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2013) O 
Art. 9° da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações 
públicas será assegurado mediante a criação do serviço de 
informações ao cidadão. Com relação às condições que devem 
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ser cumpridas para o apropriado cumprimento desta lei, analise 
os itens a seguir. 
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações. 
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas 
respectivas unidades. 
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às 
informações. 
Assinale: 
a) se todos os itens estiverem corretos. 
b) se somente os itens I e II estiverem corretos. 
c) se somente os itens I e III estiverem corretos. 
d) se somente os itens II e III estiverem corretos. 
 
Questão pode ser respondida com a leitura do artigo 9º da Lei 
estudada, senão vejamos: 
Art. 9º O acesso a informações públicas será 
assegurado mediante: 
I - criação de serviço de informações ao 
cidadão, nos órgãos e entidades do poder público, 
em local com condições apropriadas para: 
a) atender e orientar o público quanto ao 
acesso a informações; 
b) informar sobre a tramitação de documentos 
nas suas respectivas unidades; 
c) protocolizar documentos e requerimentos 
de acesso a informações. 
II - realização de audiências ou consultas públicas, 
incentivo à participação popular ou a outras formas 
de divulgação. 
Todos os itens estão corretos, pois apresentam meios que asseguram 
o acesso à informação pública. O gabarito, dessa forma, é letra A. 
 
7. (VUNESP - PC-SP ± ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL ± 2013) De 
acordo com o disposto, expressamente, na Lei Federal nº 
12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação), se depois de 
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solicitar a informação, o interessado souber que houve o extravio 
da informação solicitada: 
a) poderá pedir indenização à autoridade administrativa 
competente. 
b) poderá requerer à autoridade competente a imediata abertura 
de sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva 
documentação. 
c) deverá providenciar dados e documentos que tiver e fornecê-
los à autoridade competente para restituição da respectiva 
informação. 
d) deverá requerer judicialmente a restituição da informação. 
e) poderá requerer a abertura de processo administrativo para 
punição do responsável e obtenção de respectiva indenização 
por danos morais. 
 
Conforme a Lei, se depois de solicitar a informação, o interessado 
souber que houve o extravio da informação solicitada, ele poderá 
requerer à autoridade competente a imediata abertura de 
sindicância para apurar o desaparecimento da respectiva 
documentação. 
Seguindo a linha de raciocínio, o responsável pela guarda da 
informação extraviada ainda deverá, no prazo de 10 (dez) dias, 
justificar o fato e indicar testemunhas que comprovem sua 
alegação. Dessa forma, o gabarito da questão é letra B. 
 
8. (MPT - MPT - PROCURADOR ± 2013) Sobre o princípio da 
transparência na administração pública, analise as seguintes 
proposições: 
I - A Constituição da República assegura de forma expressa o 
acesso dos usuários a registros administrativos e a informações 
sobre atos de governo, observado o direito à intimidade, à vida 
privada, à honra e à imagem das pessoas. 
II - Subordina-se aos ditames da Lei nº 12.527/2011 (Lei de 
Transparência) a administração pública direta e indireta da 
União, dos Estados e Municípios. 
III - O Ministério Público não se sujeita aos ditames da Lei nº 
12.527/2011, uma vez que não integra o Poder Executivo, 
estando sujeito à normatização própria pelo Conselho Nacional 
do Ministério Público. 
IV - Aplicam-se as disposições da Lei nº 12.527/2011, no que 
couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, 
para realização de ações de interesse público, recursos públicos 
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diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais, 
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, 
ajustes ou outros instrumentos congêneres. 
Assinale a alternativa CORRETA: 
a) apenas as assertivas I e III estão corretas; 
b) apenas as assertivas II e IV estão corretas; 
c) apenas as assertivas III e IV estão corretas; 
d) apenas a assertiva IV está correta; 
e) não respondida. 
 
Pessoal, o item I está errado, senão vejamos o que diz a nossa Carta 
Magna: 
³$UW������$�Ddministração pública direta e indireta 
de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos 
princípios de legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao 
seguinte: 
(...) 
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do 
usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: 
(...) 
II - o acesso dos usuários a registros 
administrativos e a informações sobre atos de 
governo, observado o disposto no art. 5º, X e 
;;;,,,´� 
Logo, a CF/88 não assegura de forma expressa o acesso dos usuários 
a registros administrativos e a informações sobre atos de governo. Ela 
³SDVVD� D� EROD´� SDUD� TXH� HVVD� TXHVWmR� VHMD� GLVFLSOLQDGD�� H�� SRUWDQWR��
assegurada, por uma lei. 
Os outros itens podem ser respondidos com a leitura dos artigos 
primeiro e segundo da Lei: 
³$UW���o Esta Lei dispõe sobre os procedimentos a 
serem observados pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, com o fim de garantir o 
acesso a informações previsto no inciso XXXIII do 
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art. 5o, no inciso II do § 3º do art. 37 e no § 2º do 
art. 216 da Constituição Federal. 
Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta 
Lei: 
I - os órgãos públicos integrantes da 
administração direta dos Poderes Executivo, 
Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e 
Judiciário e do Ministério Público; 
II - as autarquias, as fundações públicas, as 
empresas públicas, as sociedades de 
economia mista e demais entidades controladas 
direta ou indiretamente pela União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios. 
Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que 
couber, às entidades privadas sem fins 
lucrativos que recebam, para realização de 
ações de interesse público, recursos públicos 
diretamente do orçamento ou mediante 
subvenções sociais, contrato de gestão,
termo 
de parceria, convênios, acordo, ajustes ou 
outros instrumentos congêneres´� 
Vê-se, portanto, no inciso I, do parágrafo primeiro do artigo I da Lei, 
que o Ministério Público se sujeita aos ditames dessa Lei de Acesso a 
Informações, logo o item III também está errado. 
Os demais estão corretos. Dessa forma, o gabarito é letra B. 
 
9. (FGV - FBN ± ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ± 2013) O Art. 9º 
da Lei n. 12.527/11 dispõe que o acesso às informações públicas 
será assegurado mediante a criação do serviço de informações 
ao cidadão. Com relação às condições que devem ser cumpridas 
para o apropriado cumprimento desta lei, analise os itens a 
seguir. 
I. Atender e orientar o público quanto ao acesso às informações. 
II. Informar sobre a tramitação de documentos nas suas 
respectivas unidades. 
III. Protocolar documentos e requerimentos de acesso às 
informações. 
Assinale: 
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a) se todos os itens estiverem corretos. 
b) se somente os itens I e II estiverem corretos. 
c) se somente os itens I e III estiverem corretos. 
d) se somente os itens II e III estiverem corretos. 
 
A questão pede atenção à letra do artigo 9º da Lei que regula o acesso 
à informação. Vejamos, portanto, o que dispõe esse artigo? 
³Art. 9º O acesso a informações públicas será 
assegurado mediante: 
I - criação de serviço de informações ao cidadão, 
nos órgãos e entidades do poder público, em local 
com condições apropriadas para: 
a) atender e orientar o público quanto ao 
acesso a informações; 
b) informar sobre a tramitação de documentos 
nas suas respectivas unidades; 
c) protocolizar documentos e requerimentos 
de acesso a informações; e 
II - realização de audiências ou consultas públicas, 
incentivo à participação popular ou a outras formas 
de divulgação�´ 
Como podemos observar, os itens I, II e III da questão são cópias 
fieis dos das alíneas do inciso I do artigo em questão. Dessa forma, o 
gabarito é letra A, pois todos estão corretos. 
 
10. (FGV - FBN ± ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ± 2013) O artigo 
décimo da Lei n. 12.527/11 afirma que qualquer interessado 
poderá apresentar pedido de acesso às informações aos órgãos 
e entidades, por qualquer meio legitimo, devendo o pedido 
conter a identificação do requerente e a especificação da 
informação requerida. (Adaptado) 
Caso não seja possível aos órgãos e entidades concederem o 
acesso imediato à informação, assinale a afirmativa que indica o 
procedimento a ser adotado. 
a) Os órgãos ou entidades devem realizar audiências ou 
consultas públicas, para auxiliar o requerente. 
b) Os órgãos ou entidades devem viabilizar alternativa de 
encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios 
oficiais na Internet. 
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c) Os órgãos ou entidades devem indicar as razões de fato ou de 
direito da recusa do acesso pretendido. 
d) Os órgãos ou entidades devem protocolar novo requerimento 
de acesso à informação. 
 
Pessoal, a Lei dispõe que o órgão ou entidade pública DEVE conceder 
acesso imediato à informação disponível. No entanto, se não for possível 
que se conceda a informação requerida, o órgão ou entidade que tiver 
recebido o pedido deverá tomar providências dentro do prazo de vinte dias 
(que pode chegar a trinta dias, mediante justificativa expressa) 
Dentre as providências, a Lei cita que se deve indicar a data, local e 
modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão. 
O órgão ou entidade também deve informar o motivo da recusa, 
parcial ou total, do acesso pretendido. E se não tiver a informação, deverá 
indicar qual órgão ou entidade que a possui, podendo, inclusive, enviar o 
requerimento do usuário ao local competente. Diante do que foi visto, o 
gabarito é letra C. 
 
11. (FGV - FBN ± ASSISTENTE ADMINISTRATIVO ± 2013) O Art. 3° 
da Lei n. 12.527/11 assegura o direito fundamental de acesso à 
informação, que deve ser executado em conformidade com os 
princípios básicos da Administração Pública. Assinale a 
alternativa que contém a diretriz a ser adotada para o 
cumprimento do Artigo mencionado. 
a) Preservar o sigilo como regra. 
b) Resguardar as informações de interesse público. 
c) Cadastrar os órgãos cujo acesso seja permitido. 
d) Desenvolver o controle social da Administração Pública 
 
Ao fazermos a leitura deste artigo citado no enunciado da questão, 
observamos que os procedimentos que assegurarem o direito fundamental 
de acesso à informação devem ser executados em conformidade com as 
diretrizes dispostas a seguir: 
I - observância da publicidade como preceito 
geral e do sigilo como exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, 
independentemente de solicitações; 
III - utilização de meios de comunicação 
viabilizados pela tecnologia da informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de 
transparência na administração pública; 
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V - desenvolvimento do controle social da 
administração pública. 
Diante do que foi visto, o gabarito da questão é a letra D. 
 
12. (FAURGS - TJ-RS ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2012) Para os 
efeitos da Lei nº 12.527/2011 ("Lei de Acesso às Informações 
Públicas"): 
a) não há tratamento específico para as informações sigilosas e 
para as informações pessoais. 
b) há identidade de tratamento quanto às informações pessoais 
e sigilosas. 
c) as informações sigilosas são aquelas submetidas 
temporariamente à restrição de acesso público. 
d) as informações pessoais são, necessariamente, sigilosas, 
muito embora as informações sigilosas não necessariamente 
sejam pessoais. 
e) as informações pessoais são assim definidas por cada servidor 
público, a partir da análise de sua situação particular de proteção 
da privacidade. 
 
A questão trata sobre informações pessoais e sigilosas. A letra A está 
errada, pois há tratamento específico para as informações sigilosas e 
pessoais. O tratamento das informações pessoais deve ser feito de forma 
transparente e com respeito à intimidade, vida privada, honra e imagem 
das pessoas, bem como às liberdades e garantias individuais. 
Essas informações pessoais terão seus acessos restritos a agentes 
públicos legalmente autorizados e à pessoa a que elas se referirem, pelo 
prazo máximo de 100 (cem) anos a contar da sua data de produção. Agora 
a divulgação ou o acesso a terceiros dessas informações poderá ocorrer 
desde que haja previsão legal ou consentimento expresso da pessoa a que 
elas se referirem. 
Já as o acesso, a divulgação e o tratamento de informação 
classificada como sigilosa ficarão restritos a pessoas que tenham 
necessidade de conhecê-la e que sejam devidamente credenciadas na 
forma do regulamento, sem prejuízo das atribuições dos agentes públicos 
autorizados por lei. 
A letra B está errada, pois vimos que não há identidade de tratamento 
entra as informações classificadas como sigilosas e pessoais. 
A letra D está errada, uma vez que não há previsão na Lei de que 
informação pessoal é sigilosa. 
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Claro que um servidor, a bel prazer, não definirá se um assunto é ou 
não
caracterizado como pessoal. A Lei impôs que o tratamento de 
informação pessoal será disposto em regulamento, logo a letra E também 
está errada. O gabarito, portanto, é letra C. 
 
13. (FAURGS - TJ-RS - HISTORIÓGRAFO ± 2012) A Lei n.º 12.527, 
sancionada pela Presidenta da República em 18 de novembro de 
2011, tem o propósito de regulamentar o direito constitucional 
de acesso dos cidadãos às informações públicas, sendo que seus 
dispositivos são aplicáveis aos três Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
No que se refere a essa lei, considere as afirmações abaixo. 
I - Sua regulamentação torna essencial o princípio de que o 
acesso é a regra, e o sigilo é a exceção. 
II - Sua regulamentação consolida e define o marco regulatório 
em relação ao acesso à informação pública sob a guarda do 
Estado e à informação privada em arquivos pessoais. 
III - Sua regulamentação estabelece os procedimentos para que 
a Administração responda a pedidos de informação do cidadão. 
Quais estão corretas? 
a) Apenas I. 
b) Apenas II. 
c) Apenas III. 
d) Apenas I e III. 
e) I, II e III. 
 
Há previsão, no artigo 3º da Lei de que a publicidade deve ser um 
preceito geral, e o sigilo seria a exceção à regra. O item I, portanto, está 
correto. 
A regulamentação do direito constitucional a que se refere a questão 
seria apenas relativas às informações públicas sob a guarda do Estado. Não 
tem ligação com as informações privadas guardadas em arquivos pessoais. 
Percebam que se isso fosse possível, o princípio constitucional da 
inviolabilidade da intimidade e da vida privada estaria sendo violado, não é 
verdade? O item II está incorreto. 
A Lei, no seu capítulo II, traz dispositivos que orientam os 
procedimentos que assegurem o acesso a informações e a divulgação delas, 
como: 
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e 
entidades do poder público, em local com condições apropriadas para: 
atender e orientar o público quanto ao acesso a informações; informar 
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sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas unidades; 
protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e 
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo 
à participação popular ou a outras formas de divulgação. 
Dessa forma, o item III também está correto. O gabarito da questão 
é letra D. 
 
14. (FCC ± TCE-CE ± ANALISTA ± 2015) A Lei de Acesso à informação, 
Lei n° 12.527/2011, 
a) autoriza o órgão público a fazer exigências ao requerente 
referente aos motivos determinantes da solicitação de 
informações de interesse público. 
b) não abrange as entidades privadas sem fins lucrativos que 
recebem recursos públicos. 
c) não prevê o desenvolvimento do controle social como uma 
diretriz. 
d) abrange somente a Administração direta e indireta do Poder 
Executivo. 
e) regula como direito obter tanto informação sobre atividades 
exercidas pelos órgãos e entidades, quanto informação contida 
em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por 
seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos, 
entre outras. 
 
A letra A está errada, pois a LAI veda essas exigências relativas aos 
motivos determinantes dos cidadãos ao pedir as informações. A letra B está 
também errada porque a LAI se aplica à estas entidades privadas sem fins 
lucrativos que recebam recursos públicos. 
A letra C está incorreta, pois o controle social é, claramente, uma das 
diretrizes da Lei de Acesso à Informação. A letra D está errada, pois não se 
limita ao Poder Executivo dos entes. Finalmente, a letra E está correta e é 
o gabarito da banca. 
 
15. (FCC ± TJ-PI ± JUIZ ± 2015) É norma CONTRÁRIA ao regime da 
/HL�)HGHUDO�Qƒ�������������í�/HL�GH�$FHVVR�j�,QIRUPDomR� 
a) A restrição de acesso à informação relativa à vida privada, 
honra e imagem de pessoa não poderá ser invocada com o intuito 
de prejudicar processo de apuração de irregularidades em que o 
titular das informações estiver envolvido, bem como em ações 
voltadas para a recuperação de fatos históricos de maior 
relevância. 
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b) As informações que puderem colocar em risco a segurança do 
Presidente e Vice-Presidente da República e respectivos 
cônjuges e filhos (as) serão classificadas como secretas e ficarão 
sob sigilo permanente enquanto durarem suas vidas. 
c) Não poderá ser negado acesso à informação necessária à 
tutela judicial ou administrativa de direitos fundamentais. 
d) As informações ou documentos que versem sobre condutas 
que impliquem violação dos direitos humanos praticada por 
agentes públicos ou a mando de autoridades públicas não 
poderão ser objeto de restrição de acesso. 
e) São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade 
ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação de sigilo as 
informações cuja divulgação ou acesso irrestrito possam 
prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e 
desenvolvimento científico ou tecnológico. 
 
A única alternativa incorreta é a letra B. Essas informações não ficam 
sobre sigilo por toda a vida dessas pessoas. De acordo com a LAI, artigo 
nº 24: 
³†��R As informações que puderem colocar em risco 
a segurança do Presidente e Vice-Presidente da 
República e respectivos cônjuges e filhos (as) serão 
classificadas como reservadas e ficarão sob sigilo 
até o término do mandato em exercício ou do 
último mandato, em caso de reeleição. ³ 
Desta forma, o gabarito é mesmo a letra B. 
 
16. (FCC ± TJ-SC ± JUIZ ± 2015) Vigora no Brasil, disciplinando o 
direito constitucional de acesso à informação, a Lei 
no 12.527/11. É ideia ESTRANHA ao regime dessa lei a 
a) criação, pelo acesso à informação classificada como sigilosa, 
da obrigação para aquele que a obteve de resguardar o sigilo. 
b) possibilidade de que qualquer interessado possa apresentar 
pedido de acesso a informações aos órgãos e entidades 
competentes, devendo o pedido conter a identificação do 
requerente, a especificação da informação requerida e os 
motivos determinantes da solicitação de informações de 
interesse público. 
c) inclusão, no sentido de acesso à informação, do direito de 
obter informação produzida ou custodiada por pessoa física ou 
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus 
órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado. 
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d) observância da publicidade como preceito geral e do sigilo 
como exceção. 
e) classificação da informação sigilosa, em regra geral, segundo 
RV� VHJXLQWHV� FULWpULRV�� XOWUDVVHFUHWD� í� ��� DQRV�� VHFUHWD� í� ���
DQRV��H�UHVHUYDGD���DQRV� 
 
O erro da questão está na letra B, pois a Lei de Acesso à Informação 
veda essas exigências relativas aos motivos determinantes dos cidadãos ao 
pedir as informações. O gabarito é a letra B. 
 
17. (FCC ± CÃMARA-SP ± PROCURADOR ± 2014) A Lei de Acesso à 
Informação - Lei Federal no 12.527/2011 - exige a divulgação 
sponte própria, pelos órgãos públicos, de informações de 
interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas, o 
TXH�YHP�VHQGR�GHQRPLQDGR�GH�³WUDQVSDUrQFLD�DWLYD´��2�DUW���ž�
da Lei estabelece um rol de informações que obrigatoriamente 
devem ser divulgadas, independentemente de requerimento. 
Dentre as informações mencionadas nesse rol, NÃO
consta: 
a) informações concernentes a procedimentos licitatórios, 
inclusive os respectivos editais e resultados, bem como a todos 
os contratos celebrados. 
b) informações sobre os procedimentos disciplinares 
instaurados, concluídos e punições aplicadas a agentes públicos. 
c) registros das despesas. 
d) registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos 
financeiros. 
e) respostas a perguntas mais frequentes da sociedade. 
 
Para responder a essa questão, nada melhor do que lermos o que fala 
o artigo oitavo da Lei e o seu parágrafo primeiro: 
³$UW���ž��e�GHYHU�GRV�yUJmRV�H�HQWLGDGHV�S~EOLFDV�
promover, independentemente de requerimentos, a 
divulgação em local de fácil acesso, no âmbito de 
suas competências, de informações de interesse 
coletivo ou geral por eles produzidas ou 
custodiadas. 
§ 1º Na divulgação das informações a que se refere 
o caput, deverão constar, no mínimo: 
I - registro das competências e estrutura 
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organizacional, endereços e telefones das 
respectivas unidades e horários de atendimento ao 
público; 
II - registros de quaisquer repasses ou 
transferências de recursos financeiros; 
III - registros das despesas; 
IV - informações concernentes a 
procedimentos licitatórios, inclusive os 
respectivos editais e resultados, bem como a 
todos os contratos celebrados; 
V - dados gerais para o acompanhamento de 
programas, ações, projetos e obras de órgãos e 
entidades; e 
VI - respostas a perguntas mais frequentes da 
VRFLHGDGH´. 
Dentre as informações, a única que não consta no rol do artigo oitavo 
é aquela sobre os procedimentos disciplinares instaurados, concluídos e 
punições aplicadas a agentes públicos. Dessa forma, a letra B está errada 
e é o nosso gabarito. 
 
18. (FCC ± TJ-AP ± ANALISTA ± 2014) A fim de assegurar o direito 
fundamental de acesso à informação, a Lei n° 12.527, de 18 de 
novembro de 2011, estabelece, entre outras diretrizes, 
a) a observância da publicidade como preceito geral, e do sigilo 
como exceção. 
b) a divulgação de informações de interesse público, quando 
solicitadas. 
c) o cumprimento de prazo não superior a 60 (sessenta) dias 
para o atendimento às demandas de informação. 
d) a supressão dos graus de sigilo superiores a 20 (vinte) anos. 
e) o poder de fixar o grau de sigilo "ultrassecreto" como 
competência exclusiva dos presidentes de tribunais. 
 
A letra A está certa e é o gabarito da banca. Já a letra B está 
equivocada, pois a divulgação de informações de interesse público não deve 
depender de solicitações. 
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A letra C está errada, pois de acordo com o artigo nº 11, o acesso às 
informações disponíveis deve ser imediato. Não sendo possível, o prazo 
será de 20 dias. 
O erro da letra D está no fato de existirem prazos máximos de até 25 
anos (ultrassecreta). Finalmente, a letra E está incorreta porque a 
competência para classificar como ultrassecreta é das seguintes 
autoridades: 
Art. 27. A classificação do sigilo de informações no 
âmbito da administração pública federal é de 
competência: 
I - no grau de ultrassecreto, das seguintes 
autoridades: 
a) Presidente da República; 
b) Vice-Presidente da República; 
c) Ministros de Estado e autoridades com as 
mesmas prerrogativas; 
d) Comandantes da Marinha, do Exército e da 
Aeronáutica; e 
e) Chefes de Missões Diplomáticas e Consulares 
permanentes no exterior; 
Portanto, o gabarito é mesmo a letra A. 
 
19. (ESAF ± MF ± ATA ± 2014) São procedimentos que se destinam a 
assegurar o direito fundamental de acesso à informação, exceto: 
a) Observância do sigilo como exceção. 
b) Utilização de meios de comunicação viabilizados pela TI 
(Tecnologia da Informação). 
c) Divulgação de informações de interesse público mediante 
solicitação. 
d) Desenvolvimento do controle social na Administração Pública. 
e) Fomento ao desenvolvimento da cultura da transparência. 
 
Esta questão se baseou na Lei nº 12.527 de 2011. De acordo com a 
mesma: 
³$UW�� �� 2V� SURFHGLPHQWRV� SUHYLVWRV� QHVWD� /HL�
destinam-se a assegurar o direito fundamental de 
acesso à informação e devem ser executados em 
conformidade com os princípios básicos da 
administração pública e com as seguintes 
diretrizes: 
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I - observância da publicidade como preceito geral 
e do sigilo como exceção; 
II - divulgação de informações de interesse público, 
independentemente de solicitações; 
III - utilização de meios de comunicação 
viabilizados pela tecnologia da informação; 
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de 
transparência na administração pública; 
V - desenvolvimento do controle social da 
DGPLQLVWUDomR�S~EOLFD�³ 
O gabarito da banca é mesmo a letra C. 
 
20. (ESAF ± MPOG - EPPGG -2013) A Lei Federal n. 12.527, de 18 de 
novembro de 2011, conhecida como Lei de Acesso à Informação 
(LAI), trata dos procedimentos que, obrigatoriamente, devem 
ser adotados por órgãos municipais, estaduais e federais para 
garantir o acesso à informação sobre as ações públicas aos 
cidadãos. Segundo o texto, é direito de todos os brasileiros obter 
de forma clara, e por meio de linguagem clara, dados de 
interesse particular, coletivo ou geral sobre as ações realizadas 
pelas esferas públicas. Entre as informações que deverão ser 
divulgadas, independente de requerimento de algum cidadão, 
estão corretas as afirmativas abaixo, exceto: 
a) as pertinentes à administração do patrimônio público. 
b) instrumentos de acompanhamento e resultados dos 
programas e projetos finalizados, mas não projetos em 
andamento, suas metas e indicadores. 
c) a utilização de recursos públicos. 
d) edital de licitação. 
e) contratos administrativos. 
 
O acesso a informações referentes à Lei é um direito que 
compreende, entre outros pontos, aqueles pertinentes à administração do 
patrimônio público, aos instrumentos de implementação, acompanhamento 
e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades 
públicas, em andamento ou não, bem como metas e indicadores 
propostos. 
Também se refere ao direito relativo às informações pertinente à 
administração do patrimônio público, utilização de recursos públicos, 
licitação, contratos administrativos, informação contida em registros ou 
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documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, 
recolhidos ou não a arquivos públicos, entre outros. 
Dessa forma, o gabarito é letra B, pois os projetos podem estar em 
andamento para poderem ser acessados. 
 
21. (ESAF ± MPOG - EPPGG -2013) Os procedimentos previstos na 
Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527, de 18 de novembro 
de 2011) destinam-se a assegurar o direito fundamental de 
acesso à informação e devem ser executados em conformidade 
com os princípios básicos da administração pública. No entanto, 
o art. 23 da mesma Lei prevê algumas exceções da Lei de Acesso 
às Informações consideradas imprescindíveis à segurança da 
sociedade ou do Estado. Nesse sentido, a Lei prevê, no art. 23, 
portanto, passíveis de classificação, as informações cuja 
divulgação

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