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EXCELENTISSIMO UBER RESPOSTA A ACUSÇÃO

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EXCELENTISSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA ___ VARA CRIMINAL DE FLORIANÓPOLIS/SC.
PROCESSO Nº
 RODRIGO SOUSA,(nacionalidade),(casado),(motorista), portador da Cédula de Indentidade RG nº (xxxx),SSP/SC e inscrito no CPF sob o número (xxxx),residente e domiciliado na Rua Avenida Beira Mar Norte Nº 30, 88025-200,Florianópolis/SC,vem por intermédio de sua Advogada que esta subscreve inscrita na OAB nº (80822), com endereço na Rua Martins Neto,Bairro Antônio Bezerra – Fortaleza/CE nº 753 onde recebe notificações e intimações,perante Vossa Excelência, oferecer RESPOSTA Á ACUSÇÃO com fulcro nos Art. 396 e 396 – A do Código de Processo Penal pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir: 
DOS FATOS
Na noite de uma terça feira, dia 04 de outubro de 2016, o motorista da empresa UBER de 24 anos Rodrigo Sousa foi preso em flagrante no momento em que estava trabalhando em seu veiculo de marca Renault Clio PRATA. O mesmo mediante situação foi enquadrado no art. 265 do Código Penal. 
Segundo o Delegado, foi apurado e constatado que o veículo não tinha autorização para transporte de passageiros. A polícia ainda constatou que o motorista possuía no próprio celular o aplicativo da empresa UBER.Na delegacia o motorista permaneceu em silencio. Um advogado foi solicitado confirmando assim que o mesmo é parceiro da empresa.
DO DIREITO 
TESES DE MÉRITO 
 INEXISTÊNCIA DE CRIME – DA ATIPICIDADE DA CONDUTA ART. 397 lll do CPP
Mediante o caso em questão podemos afirmar que a respeitável Denuncia não deve prosperar, pois a devida atividade desempenhada pelo réu não configura o delito previsto no art. 265 do CP. Tendo em vista que, apesar da devida atividade ainda não possuir uma regulamentação especifica, isso não quer dizer que ele cometeu o crime de (Atentado Contra a Segurança de Serviço de Utilidade Pública) previsto no art .265 do CP. 
Sendo assim, podemos considerar a situação como um fato atípico,logo inexiste Justa causa para a condenação. Portanto, o devido ilícito imputado ao mesmo não deve prosperar, pois é privativo do taxista apenas o serviço de transporte de passageiros aberto ao público e realizado por meio de veículos de aluguel.
O serviço de transporte individual privado (motorista particular) tem amparo na Constituição Federal. Vejamos: 
"é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer" (art. 5º, XIII) e "É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei" (art. 170, parágrafo único).
Enquanto não sobrevier regulamentação específica, a atividade econômica que utiliza o UBER como ferramenta não pode ser obstada pelo Poder Público. Não se pode falar em clandestinidade ou ilegalidade apenas porque a atividade essencialmente privada, ainda não foi regulamentada. Vige, nesse particular, o Princípio da Autonomia da Vontade
Vale mencionar ainda, que há previsão na Lei. 12.587/12 (Política Nacional de Mobilidade Urbana). Afirmando que:
A Lei nº 12.587/2012, que institui as diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana, confirma essa interpretação ao conceituar "transporte público individual" como: 
"serviço remunerado de transporte de passageiros aberto ao público, por intermédio de veículos de aluguel, para a realização de viagens individualizadas" (art. 4º, VIII).
Logo, podemos afirmar que o serviço prestado por meio do UBER possui natureza diversa. Não é aberto ao público, porque é prestado segundo Autonomia de Vontade do motorista, que tem a opção de aceitar ou não a corrida de acordo com sua conveniência. E não se utiliza de veículo de aluguel, mas de veículo particular. Sendo pois, totalmente diferente do taxista.
Sendo assim, Excelência mediante os fatos apresentados e mencionados conforme legislação vigente deverá o mesmo ser absolvido Sumariamente conforme o art. 397 lll do Código de Processo Penal, pois o fato não constitui crime,sendo pois totalmente ilegal as prisão.
b) PRINCÍPIO DA INTERVENÇÃO MÍNIMA OU SUBSIDIARIEDADE
É importante lembrar que o Direito Penal só deverá ser aplicado em ultimo caso, ou seja quando houver extrema necessidade, mantendo-se como subsidiário. Logo, o Direito Penal deverá aguardar a ineficácia dos demais ramos. Sendo assim, mediante o caso concreto podemos afirmar que não é viável a intervenção do Direito Penal, pois o caso está mais para a via administrativa, ou melhor, dizendo Infração Administrativa, não havendo, pois a necessidade do Direito Penal intervir.
DO PEDIDO
Requer que seja recebida a Resposta á acusação com base nos art. 397 lll;
Requer-se a Absolvição Sumária face a Atipicidade da conduta decorrente do Princípio da Intervenção Mínima; Subsidiariamente requer-se aplicação de infração administrativa;
Que seja feita a oitivas de testemunhas que apreciaram os fatos;
	
 Nestes termos, pedi deferimento.
 Florianópolis,05 de outubro de 2016. 
 	ADVOGADO/ OAB
	Rol de Testemunhas	1.
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