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FACULDADE CATÓLICA SALESIANA DO ESPÍRITO SANTO ENGENHARIA CIVIL CHRISTIAN DE SOUZA COSTA DAYANA MUNIZ COCO GERHARDT LAURIANO LUIS DE OLIVEIRA PATRICIA SIQUEIRA DA SILVA RELATÓRIO FINAL DO PROJETO INTEGRADOR – CONSTRUÇÃO DE GRUA COM PALITOS DE MADEIRA VITÓRIA 2014 CHRISTIAN DE SOUZA COSTA DAYANA MUNIZ COCO GERHARDT LAURIANO LUIS DE OLIVEIRA PATRICIA SIQUEIRA DA SILVA RELATÓRIO FINAL DO PROJETO INTEGRADOR – CONSTRUÇÃO DE GRUA COM PALITOS DE MADEIRA Trabalho para avaliação de semestre apresentado às disciplinas de Física I, Desenho Técnico, Álgebra Linear e Geometria Analítica e Metodologia da pesquisa, no curso de Engenharia Civil da Faculdade Católica Salesiana do Espírito Santo. Orientadores: Flávio Lucio Santos, Bruna Dias de Carvalho, Mirian Miyamoto, Tales Costa de Freitas e Marcus Andrade Covre. VITÓRIA 2014 RESUMO O presente trabalho teve como objetivo projetar e construir uma grua (equipamento utilizado para elevação e movimentação de cargas pesadas) estruturada com palitos de madeira, detalhando os princípios físicos que envolvem a construção desse equipamento. Através de pesquisa eletrônica foi obtido o embasamento teórico e ideias práticas para montagem de toda a estrutura. Sistema de alavancagem e contra peso e esquemas de roldanas móveis e fixas foram o embasamento de maior importância, pois os cálculos obtidos nestas teorias possibilitaram o planejamento e execução da estrutura de forma a suportar a carga e garantir o bom funcionamento do equipamento. Conforme testes realizados, o objetivo principal do projeto, o içamento de um objeto de peso mínimo 5kg, foi alçando em nível satisfatório. Palavras-chave: Grua. Palito de Madeira. Sistema de Roldanas. Contra Peso. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Esquema cálculo Alavanca ............................................................................................ 7 Figura 2 Esquema poliaexponencial ............................................................................................ 8 Figura 3: Vista frontal Grua – Projeto Final (executado) ............................................................ 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 5 2 REFERENCIAL TEÓRICO .......................................................................................................... 6 2.1 GRUA ............................................................................................................................. 6 2.2 VANTAGEM MECÂNICA ................................................................................................. 6 2.2.1 Equilibrio de um corpo .......................................................................................... 6 2.2.2 Torque ................................................................................................................... 7 2.2.3 Alavanca e Contra Peso ......................................................................................... 7 2.2.3.1 2.2.4 2.2.4.1 Cálculo Aplicado à Grua. ................................................................................... 8 Polias ou Roldanas................................................................................................. 8 Polia Exponencial............................................................................................... 8 3 METODOLOGIA...................................................................................................................... 9 4 RESULDADO E DISCUSSÃO .................................................................................................. 10 5 CONCLUSÃO........................................................................................................................ 11 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................... 12 7 ANEXOS ............................................................................................................................... 13 7.1 ANEXO A ...................................................................................................................... 13 7.2 ANEXO B ...................................................................................................................... 13 7.3 ANEXO C ...................................................................................................................... 13 7.4 ANEXO D ...................................................................................................................... 13 7.5 ANEXO E ...................................................................................................................... 13 5 1 INTRODUÇÃO O objetivo do presente trabalho e projetar e construir uma grua estruturada com palitos de madeira, detalhando os princípios físicos que envolvem a construção desse equipamento, seguindo os seguintes critérios de construção: dimensões 80 cm de altura e 80 cm de braço; Base fixa; carga inicial 5 kg; propulsão mecânica manual. Este projeto será realizado por alunos do curso Engenharia Civil 2º período e supervisionado pelas disciplinas de Física I, Desenho Técnico, Álgebra Linear e Geometria Analítica e Metodologia da pesquisa, sendo submetido um teste de desempenho. 6 2 2.1 REFERENCIAL TEÓRICO GRUA Grua (também chamado Guindaste) é um equipamento utilizando para elevação e movimentação de cargas pesadas, com base nos princípios da Física criando vantagem mecânica. O Guindaste foi criado pelos gregos e era movido por força humana ou por animais de carga. Noprincipio os Guindastes eram feitos de madeira, somente após a Revolução Industrial passaram ser confeccionados de ferro fundido e aço. Atualmente a Grua (Guindaste Universal de Torre) é um dos mais variados tipos de guindastes, constituído por uma torre em estrutura metálica que pode variar de 10 m a 150m de altura ou mais, um braço equipado com cabos de aço e roldanas que tem capacidade de movimentar a carga na vertical e na horizontal, além de motores elétricos e sistemas de controle. A grua é muito utilizada pela indústria da construção civil e portos. Varias normas vem regulamentar o manuseio e utilização desse tipo de equipamento. Dentre elas podemos citar as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 4309:2009 regulamenta o manuseio, conservação, instalação, inspeção e descarte de cabos de aço; e NBR 13129:1994 regulamenta como calcular a força do vento em guindastes e estabelece limites para a operação do equipamento. 2.2 VANTAGEM MECÂNICA Vantagem mecânica é a razão entre a força exercida por um mecanismo e a força aplicada sobre o mesmo. Entre as vantagens mecânicas utilizadas na construção de uma Grua, cita-se: 2.2.1 Equilibrio de um corpo O equilíbrio de um corpo se dá quando o somatório das forças resultantes que atuam sobre ele for nula (igual à zero) – conforme 1ª lei de Newton: “Todo objeto permanece em seu estado de repouso ou de rapidez uniforme em uma linha reta a menos que uma força resultante não nula seja exercida sobre ele”. Portanto, um objeto ou sistema em equilíbrio pode está em repouso ou em movimento. ∑F=0 7 2.2.2 Torque Torque (T) (momento de alavanca) é a medida de quanto uma força (F) que age em um objeto faz com que o mesmo gire em torno de um eixo (ponto de rotação).Torque está diretamente relacionada à intensidade da força que o está gerando, somado a direção desta força em relação ao ponto central. Adistância do ponto de rotação ao ponto onde atua a força (F) é denominada braço de alavanca (D). Na Grua, o equilíbrio desta força permite um movimento suave e preciso, evitando rotação e movimento brusco na carga. T=FxD Aplicação no projeto: T= F x D T= 53,40 x 0,44 T= 23.50 N.m 2.2.3 Alavanca e Contra Peso Alavanca, na Física é um objeto rígido que é utilizado com um ponto fixo (fulcro) para melhorar a força mecânica a ser aplicada a outro objeto (resistência) a ser içado. Todas as alavancas seguem o mesmo princípio: com uma força P aplicada no braço maior (b) é possível equilibrar uma força maior, R, que esteja na ponta do braço menor (a), já que o produto P x b é igual ao produto R x a (veja esquema). No equipamento esse conhecimento permite que seja calculado o peso a ser içado e o contra peso a ser utilizado, evitando sobrecarga e possíveis acidentes. Figura 1: Esquema cálculo Alavanca Fonte: http://brincandocomafisicaequimica.blogspot.com.br/2011/11/alavanca-de-arquimedes.html 8 2.2.3.1 Cálculo Aplicado à Grua. Pxb=Rxa Onde: P= Peso a ser inçado pela grua b= distância do peso a ser inçado ao ponto de apoio R=Peso do contrapeso a= distância do contrapeso ao ponto de apoio Obs.: Cálculo do contrapeso para inçar um objeto de 5.340 kg. 5.340 x 0.44 m = 0.34m x R R= 2.35/0.34 R= 6.912 kg 2.2.4 Polias ou Roldanas As polias ou Roldanas servem para mudar a direção e o sentido da força com que puxamos um objeto (força de tração), dependendo da maneira como elas são interligadas. Existem os tipos de polia móvel, polia fixa e polia exponencial, para tal projeto será utilizado a polia exponencial. 2.2.4.1 Polia Exponencial Uma polia fixa e varias polias móveis, também utilizadas para reduzir a força para levantar um objeto muito pesado. A força (F) exercida para puxar o objeto (P – peso) corresponde a 2n do peso do objeto, sendo n o numero de polias móveis. Pararealização do projeto serão utilizadas 2 polias móveis e 2 fixas. F = Peso 2n F = Peso = 2² 5 kg = 2² F= 5 kg = 1.25 N 4 Figura 2 Esquema polia exponencial Fonte: http://www.fisicaevestibular.com.br/Dinamica7.htm 9 3 METODOLOGIA Os conteúdos teóricos foram colidos em pesquisa eletrônica (Internet). Identificando os princípios físicos e suas fórmulas, base dos cálculos necessários para o desenvolvimento do projeto, além do modelo básico estrutural do equipamento. A torre da grua foi composta por 5 cubos feitos com palitos de madeira, unidos e totalizando altura de 77,7 cm. O braço da grua é contínuo, com 33,85 cm da extremidade do contra peso ao eixo central da torre e 43,85 cm do eixo central a extremidade do içamento do peso submetido, calculando conforme formula: P x b = R x a (Alavanca e Contra Peso) com peso de içamento 5.340 Kg e contra peso 6.440 Kg. O contra peso ficou 0,472g a menor do que foi calculado (P x b = R x a – calculo de Alavanca e Contra Peso). A propulsão manual foi estabelecida por um carretel confeccionado com espetos e palitos de madeira. O sistema de roldanas móveis foi instalá-lo na extremidade do içamento, baseado na formula F = Peso/2n sendo n o numero de roldanas moveis. No sistema de roldanas e suporte do braço foi utilizado barbante, sendo necessário utilizar 4 fios de barbante unidos e trançados formando uma única corda, suportando adequadamente o peso proposto. Em toda Grua foi utilizado cola instantânea e verniz para finalizar. As atividades foram realizadas conforme estipulado no regulamente do Projeto Integrador (ANEXO A) e demonstrado no Cronograma de Atividades (ANEXO B). A figura 4 ilustra o projeto final com as descrições acima. 10 Figura 3: Vista frontal Grua – Projeto Final (executado) 4 RESULDADO E DISCUSSÃO Os testes foram realizados com peso de içamento 5.340 Kg e contrapeso 6.440 Kg, semqualquer prejuízo a estrutura, no que se refere a equilíbrio, estabilidade e resistência. Durante o içamento o peso se manteve estável. Após vários testes de funcionamento foi observada a necessidade de instalação de mão-francesa também confeccionada com palitos de madeira na base da torre, para maior estabilidade. O sistema de roldanas funcionou corretamente, facilmente observado redução do peso nos espetos que suportam as roldanas fixas e no carretel onde a propulsão é totalmente manual. O barbante reforçado utilizado no sistema de roldanas e no suporte do braço também demonstrou resistência satisfatória, e facilitou o manuseio, diferentemente do cabo de aço que a principio estava inserido no pré-projeto. De modo geral o funcionamento da Grua foi conforme projetado. 11 5 CONCLUSÃO O equipamento Grua otimiza os trabalhos ao qual está sendo empregado, proporcionando muita agilidade é segurança. A tecnologia cada vez mais vem aperfeiçoar essa otimização. Mas esse bom desempenho depende muito do conhecimento dos princípios básicos e um adequado manuseio do equipamento, desde a instalação até a utilização (içar), respeitando as normas de segurança e conservação. 12 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ï‚· http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Torque ï‚· http://brincandocomafisicaequimica.blogspot.com.br/2011/11/alavanca-dearquimedes.html ï‚· http://www.sorocaba.unesp.br/Home/Extensao/Engenhocas/bazinga.pdf ï‚· http://www.infoescola.com/mecanica/polias-roldanas ï‚· ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 13129:1994. Calculo da carga do vento em guindastes. Rio de Janeiro: ABNT, 1994. ï‚· ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 4309:2009 Equipamentos de movimentação de carga - Cabos de aço - Cuidados, manutenção, instalação, inspeção e descarte. Rio de Janeiro: ABNT, 2009. 13 7 ANEXOS 7.1 ANEXO A 7.2 ANEXO B 7.3 ANEXO C 7.4 ANEXO D 7.5 ANEXO E
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