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Web/Semana 10. Prática Simulada Cível. Contestação

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Universidade Estácio/Macaé - Daílis Coelho de Lima Barros Lopes - Matrícula: 201102323209 
Universidade Estácio/Macaé - Daílis Coelho de Lima Barros Lopes - Matrícula: 201102323209 
Universidade Estácio/Macaé - Daílis Coelho de Lima Barros Lopes - Matrícula: 201102323209 
AO DOUTO JUÍZO DA 1º VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPINAS/SP
PROCESSO Nº:	1234
Juliana Flores, já qualificada nos autos, vem por intermédio de seu advogado, constituído por mandado devidamente juntado, nos autos da ação de Anulação de Negócio Jurídico, movida por Suzana Marques, à presença de Vossa Excelência, apresentar
CONSTESTAÇÃO
pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
PRELIMINARES:
 Da Coisa Julgada
Vem à ilustre presença de Vossa Excelência cientificar, desde logo, a existência de coisa julgada atinente ao mesmo pedido e causa de pedir ora propostos pela parte autora, a qual tramitou perante a 2º Vara Cível desta mesma comarca, tendo por marco inicial o dia 18 de março de 2012. 
Ora, ciente do julgamento que resultou na improcedência do pedido, e sua consequente extinção com resolução de mérito, o autor ajuizou a presente demanda com o mesmo objeto, mesma causa de pedir e contra a mesma parte.
Mediante os fatos apresentados, requer a parte contestante a extinção do presente processo sem a resolução do mérito, nos termos do art. 337, VII, do Código de Processo Civil, por existência da Coisa Julgada (art. 485, V, Código de Processo Civil),
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:
V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisa julgada;
 sob pena de afronta não somente aos referidos preceitos infraconstitucionais, como também de violação direta ao art. 5º, XXXVI, da Carta Maior (CF/88), 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;
sobre os quais, desde já, requer-se expressa manifestação.
Do Mérito
	Embora a contestante confirme ser sócia majoritária e presidente da empresa em que a autora prestava serviços e percebia salários à época das situações trazidas na exordial, esta nega, veementemente, a coação como elemento fundador de qualquer doação, ainda que afirme que tal ato seja encorajado por ela aos funcionários, como confirmaram aqueles que seguiam religião diversa e que jamais realizaram ação alguma neste sentido, de modo que tal liberalidade se deu de livre e boa vontade por ser a Autora comungante da mesma fé que a Ré.
Deste modo, a razão pela qual a parte autora pediu demissão no mês seguinte à doação foi estritamente de foro profissional, uma vez que aceitou proposta de emprego de empresa concorrente que lhe ofertara vencimentos maiores, e não em decorrência de uma suposta coação que, conforme o art. 171 do Código Civil, tornaria passível de anulação o negócio jurídico.
Art. 171. Além dos casos expressamente declarados na lei, é anulável o negócio jurídico:
II - por vício resultante de erro, dolo, coação, estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.
 Frisa-se, mais uma vez, o fato de que esta é a segunda ação intentada pela autora em face da ré, com os mesmos argumentos e finalidade, sendo certa que a primeira, proposta em 10 de abril do ano de 2015, tramitou perante a 2º Vara Cível da Comarca de Campinas, sendo julgado improcedente o pedido e sendo resolvido o mérito, não sendo cabível mais qualquer recurso, o que caracteriza o instituto da coisa julgada em nosso ordenamento.
Da Litigância de Má-Fé
No presente caso, verifica-se, expressamente, a litigância de má-fé.
 “O que se faz contra a lei, sem justa causa, sem fundamento legal, com ciência disso, é feito de má-fé.” - De Plácido e Silva, Dicionário jurídico.
 É sabido que o Judiciário é buscado diariamente e conta com um quantitativo enorme de processos carentes de solução, e estas, em alguns casos, necessariamente céleres.
Ciente disso, a autora, que havia ajuizado ação primeiramente na 2º Vara Cível desta Comarca, após sentença não condizente com suas expectativas, ajuizou ação idêntica neste juízo, movimentando, assim, a custosa máquina judiciária de modo desnecessário, resultando numa maior carga de serviços em detrimento de algo já julgado, ocasionando, desta feita, um consequente retardamento das soluções tão aguardadas por aqueles que realmente necessitam da tutela jurisdicional para verem os seus conflitos sanados.
 Manifesta-se, assim, a litigância de má-fé, ao atacar o art. 77, II, do Código de Processo Civil, quem age contra a lealdade e a boa-fé processual, formulando pretensão quando ciente de que esta é destituída de fundamento que a assegure. 
Ora, já tendo sido decidido o objeto da demanda em seu devido processo, e, por conseguinte, tendo sido assentado o entendimento de onde está a verdade dos fatos, não há que se falar em nova ação para julgá-lo uma outra vez.
Da Intempestividade
	Alega, ainda, a contestante, a perda do direito de pretensão da Autora, consubstanciado no decurso do prazo legal para que fosse ajuizada a ação de anulação de negócio jurídico, que é de 4 (quatro anos), haja vista ter-se decorrido intervalo superior a tal período (5 anos). Entendimento este extraído do art. 178, inciso I, do Código Civil.
					Institui o Código Civil.
Art. 178. É de quatro anos o prazo de decadência para pleitear-se a anulação do negócio jurídico, contado:
I - no caso de coação, do dia em que ela cessar;
Dos Pedidos:
Diante de todo o exposto, requer-se:
O acolhimento da preliminar arguida com a imediata extinção do processo sem resolução de mérito, na forma dos arts. 353 e 485, V, CPC;
Seja a parte autora condenada em multa e nas penas da litigância de má-fé, nos temos do art. 79 do CPC;
A parte expressa a sua falta de desejo em participar da audiência de conciliação, haja vista a má-fé da parte autora em pleitear ação já decidida e revestida pela força da coisa julgada;
A condenação do Autor ao pagamento de honorários advocatícios nos parâmetros previstos no art. 85, §2º do Código de Processo Civil.
Com base no artigo 336, in fine, do Código de Processo Civil,  provar o alegado por todos os meios admitidos em Direito, especialmente, a documental, a testemunhal e o depoimento pessoal da representante legal da contestante.
Termos em que,
respeitosamente,
pede deferimento.
Campinas, 10 de novembro de 2017.
Advogado Devidamente Constituído
OAB/PE

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