Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Dimensionamento de Estruturas em Aço Módulo4 Parte 1 2ª parte Sumário Módulo 4: 2ª Parte Edifícios estruturados em Aço Dimensionamento de um edificio de 5 pavimentos estruturado em Aço Dados do projeto página 3 1. Cáculo das Vigas V1 página 6 1.1. Elementos Fletidos página 6 2. Cáculo das Vigas V1 página 9 2.1. Elementos Fletidos página 9 2.2. Deslocamento Limite página 10 2.3. Determinação da Força Cortante Resistente de Dimensionamento página 12 2.4. Verificação Flambagem Local - FLM e FLA página 12 2.5. Determinação do Momento Fletor Resistente de Dimensionamento página 13 3. Cálculo dos Pilares página 13 3.1.. Elementos Comprimidos página 13 3.2. Cálculo da Força Resistente de Cálculo página 15 Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 3 3º Estudo de Caso Edifício de 5 Pavimentos estruturado em Aço Dimensionar os elementos estruturais do edifício de acordo com a NBR 8800 : 2008. Fig 3_a – Planta Baixa Dados do Projeto Módulo 4 : 2ª parte 4 Fig 3_b - Corte Perspectiva 1 Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 5 Perspectiva 2 Perspectiva 2 Módulo 4 : 2ª parte 6 • Usar perfis laminados ASTM A572 G50 • Lajes em concreto pré-moldado • Uso: Edifício residencial • Não será dada contra-flecha nas vigas O edifício suportará as cargas indicadas: • Laje pré-moldada B=12cm 2,0 kN/m2 • Revestimento 1,0 kN/m2 • Peso próprio da estrutura (estimado) 0,45 kN/m2 • Carga acidental (NBR 6120) 1,5 kN/m2 • Paredes com blocos cerâmicos 11,2kN/ m3 Obs: 1.Considerar todas as vigas contidas lateral- mente pelas lajes. 2. Para edifícios de até 5 pavimentos, podem ser desprezadas as cargas horizontais de vento. Em edifícios ou em qualquer outra construção com grande volume de estrutura recomendamos que se agrupe o maior número de peças que estão sub- metidas a solicitações da mesma ordem de gran- deza. Fazendo isto, conseguiremos um adequado aproveitamento das seções e uma maior economia final. No nosso caso, podemos dividir todas as vigas do pavimento tipo em dois grandes grupos: V1 e V2. O grupo V1 será formado por perfis mais leves, pois estas vigas estão submetidas às menores solicita- ções. Isso é fácil de ser percebido apenas observan- do que se trata de vigas que apóiam uma só área da laje. No grupo V2 temos vigas que além de apoiarem determinadas áreas de laje, também apóiam outras vigas. Perfis mais pesados, portanto, farão parte deste grupo. Cálculo dos esforços atuantes Coeficientes de ponderação das ações: Portanto a carga distribuída em KN/m na viga é: - Combinação Última Normal = 1,5 (ações variáveis, incluindo as decorrentes do uso e ocupação) = 1,25 (peso próprio da estrutura) = 1,35 (estrutura moldada no local e elementos industrializados) Dados do Projeto: Comentários 1. Cáculo das Vigas V1 1.1. Elementos Fletidos Para rever estes conceitos veja o item 6, página 40 do roteiro Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 7 Uma maneira prática de determinar os esforços máximos da viga é utilizar os gráficos dos esforços. Calculando-se as reações pelas equações da estáti- ca determina-se o gráfico da força cortante. A soma das áreas do gráfico da força cortante à esquerda ou à direita de um ponto da viga é, numericamente, o momento fletor naquele ponto. O Momento máximo positivo da viga V1, por exemplo, ocorre no ponto onde o cortante é igual a zero e seu valor pode ser calculado através da área do triângulo 1. Para que não se utilize contra-flecha, atenderemos a seguinte condição: Q é a carga distribuída da peça (kN/cm), valor característico L é o comprimento do vão (cm) E é o módulo de elasticidade do aço (kN/cm2) I é o momento de inércia da seção em cm4 Combinação quase permanente, onde não há equipamentos nem elevada concentração de pessoas. TABELA 2, Ítem 4.7.6.2.2 da Norma. Dica Deslocamento Limite Fig 3_c Fig 3_d Fig 3_e Isolando I na expressão, obtemos o momento de inércia mínimo: Módulo 4 : 2ª parte 8 Supondo uma seção compacta e utilizando a expressão que define o momento resistente de cálculo: = 1,10 é o módulo de resistência plástico (mínimo) da seção em relação a x-x é a resistência ao escoamento do aço E isolando Zx na expressão, encontramos: Observe que conhecendo-se o momento de inércia e o módulo de resistência, valores mínimos, podemos selecionar na tabela de perfis a seção que já estará verificada quanto ao deslocamento máximo e resistência a flexão adequada, restando à verificação ao cisalhamento. Perfil escolhido W 460x52,0 kg/m (1ª alma) Propriedades geométricas da seção d = 45,0 cm Ix = 21.370 cm 4 A = 66,6 cm2 bf = 15,2 cm Wx = 949,8 cm 3 Aw = d.tw = 34,2 cm 2 tw = 0,76 cm Zx = 1.095,9 cm 3 rx = 17,91 cm tf = 1,08 cm h = d-2.tf = 42,8 cm ry = 3,09 cm Para acessar as tabelas de perfis clique aqui Onde: Determinação da Força Cortante Resistente de Dimensionamento Onde: para vigas sem enrijecidores Então, a expressão que define a força cortante resistente de dimensionamento é dada por: O critério para a escolha do perfil sempre será: segurança estrutural x economia. Na tabela encontramos os perfis possíveis: W 410x60,0 kg/m e o W 460x52,0 kg/m. Note que os dois atendem às propriedades geométricas mínimas, mas o último com MENOR peso por metro tem praticamente o mesmo desempenho, pois possui momento de inércia com valor próximo ao primeiro. Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 9 Garante que não há instabilidade na alma da seção OK, o perfil W 460x52,0 kg/m atende! (confirmado, seção compacta)Como Garante que não há instabilidade nas mesas da seção Para as mesas (FLM) Para a alma (FLA) ( OK! ) ( OK! ) ( OK! ) Determinação do Momento Fletor de Dimensionamento 2. Cálculo das Vigas V2 2.1. Elementos Fletidos Para rever estes conceitos veja o item 6 do módulo 1 : 2ª parte = 1,5 (ações variáveis, incluindo as decorrentes do uso e ocupação) = 1,25 (peso próprio da estrutura) Cálculo dos esforços atuantes Coeficientes de ponderação das ações: Portanto a carga distribuída em KN/m na viga é: - Combinação Última Normal = 1,35 (estrutura moldada no local e elementos industrializados) Verificação da Flambagem Local – FLM E FLA Módulo 4 : 2ª parte 10 Largura da Alvenaria x Altura Útil x Peso Específico da Parede = 0,15m x 2,54m (3,0m-0,46m) x 11,2kN/ m3 = 4,27 kN/m O Momento máximo positivo da viga V2 ocorre no ponto onde o cortante é igual a zero e seu valor pode ser calculado através da área da figura 1. Para que não se utilize contra-flecha atenderemos a seguinte condição: (PARA AS CARGAS DISTRIBUÍDAS) Fig 3_f Fig 3_h Fig 3_g 2.2 Deslocamento Limite Obs: Para se determinar o valor em KN/m das alvenarias sobre as vigas, multiplica-se: Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 11 Onde: Q é a carga distribuída da peça (kN/cm), valor característico L é o comprimento do vão (cm) E é o módulo de elasticidade do aço (kN/cm2) I é o momento de inércia da seção em cm4 P são as cargas concentradas em kN, valor característico a são as distâncias das cargas concentradas aos apoios Combinação quase permanente, onde não há equipamentos nem elevada concentração de pessoas TABELA 2, Ítem 4.7.6.2.2 da Norma. Isolando I nas duas expressões, obtemos os momentos de inércia mínimos que devem ser somados para atender as solicitações dentro do limite de deformação: Supondo seção compacta e utilizando a expressão que define o momento resistente de cálculo: Onde: (PARA AS CARGAS CONCENTRADAS) = 1,10 é o módulo de resistênciaplástico (mínimo) da seção em relação a x-x é a resistência ao escoamento do aço E isolando Zx na expressão, encontramos: Lembrando que a reação da V1 neste caso deve ser calculada com a carga resultante da combinação de serviço já encontrada: Que resulta em: Módulo 4 : 2ª parte 12 2.3. Determinação da Força Cortante Resistente de Dimensionamento 2.4. Verificação Flambagem Local - FLM e FLA Onde: para vigas sem enrijecedores Então, a expressão que define a força cortante resistente de cálculo é dada por: Para as mesas (FLM ) Garante que não há instabilidade nas mesas da seção (OK!) (OK!) Propriedades geométricas da seção d = 52,8 cm Ix = 47.569 cm 4 A = 104,5 cm2 bf = 20,9 cm Wx = 1.801,8 cm3 Aw = 50,2 cm 2 tw = 0,95 cm Zx = 2.058,5 cm3 rx = 21,34 cm tf = 1,33 cm h = d-2.tf = 50,1 cm ry = 4,41 cm Perfil escolhido W 530x82,0 kg/m (OK!) Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 13 2.5. Determinação do Momento Fletor Resistente de Cálculo 3. Cálculo dos Pilares Garante que não há instabilidade na alma da seção (OK!) (OK!) (confirmado, seção compacta)Como OK, o perfil 530x82,0 atende! Atenção! Obs: Repare que a resistência da seção é 63% maior que a necessária. Quem comandou o dimension- amento, neste caso, foi a deformação. Foi necessária uma peça com inércia elevada para combater as deformações previstas. Estruturas com vãos de até 6m são as mais econômicas para edifícios. Para os pilares vale a mesma recomendação que fizemos para as vigas, agrupá-los e dimensionar para os esforços máximos de cada grupo. No nosso estudo, porém, dimensionaremos apenas o pilar de maior carga. Para a alma (FLA) Módulo 4 : 2ª parte 14 Obs: a cobertura, na maioria dos casos, contribui com menos carga que os pavimentos tipo. Em nosso exemplo, consideramos a cobertura igual ao pavimento tipo para simplificar os cálculos. Fig 3_i 3.1. Elementos Comprimidos As cargas atuantes no pilar P1 podem ser calculadas através das reações das vigas V1 e V2 ou por área de influência. - Combinação Última Normal Para rever estes conceitos veja o item 5, página 38 do roteiro. Dimensionamento de Estruturas em Aço – parte 1 15 Normalmente, nos caso das peças comprimidas, escolhe-se uma seção e verifica-se a sua estabilidade Seja, então, o perfil W 250x89,0 kg/m Propriedades geométricas da seção: Ag = 113,9cm2 d = 26,0cm bf = 25,6cm tw = 1,07cm tf = 1,73cm rx = 11,18cm ry = 6,52cm h = d - 2 tf = 22,5cm Elementos AA – Possuem duas bordas longitudinais vinculadas (Caso 2, tabela F.1, Anexo F da Norma) Elementos AL – Possui uma borda longitudinal vinculada (Caso 4, tabela F.1, Anexo F da Norma) 3.2. Determinação da Força Resistente de Cálculo Verificação da flambagem local da Alma Verificação da flambagem local das mesas (OK!) (OK!) Já que alma e mesa estão dentro dos limites, . 1=Q Módulo 4 : 2ª parte 16 O valor do índice de esbeltez reduzido mais desfavorável ficou dentro do limite , indicando que o valor de pode ser determinado na tabela 4 - Pag. 45 = 0,947 CONTRAVENTAMENTOS Uma maneira eficiente de contraventar um edifício é com a utilização de um núcleo rígido de concreto ar- mado que servirá como “caixa” para elevador e/ou escada. Estes núcleos geralmente possuem pelo me- nos três lados sem grandes aberturas, formando estruturas bastante rígidas, indeslocáveis, e capazes de impedir movimentações laterais e absorver esforços horizontais. Verificação quanto à flambagem global (PREVALECE) (OK!) Valor do índice de esbeltez reduzido em relação aos dois eixos centrais de inércia Fig_3_j Para Condições dos vínculos O valor de Ne usado é em relação ao eixo central de menor inércia, portanto situação de maior instabilidade: FINALMENTE eixo de maior inércia, mais rígido (O PERFIL ATENDE!)
Compartilhar