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Psicologia Aplicada ao Direito Introdução à Psicologia A Psicologia Todos os registros da história da humanidade apontam o desejo do homem por se conhecer; Desenhos e símbolos, de milênios atrás encontrados em cavernas retratam angústias, alegrias, tristezas e tantos outros sentimentos humanos; Provérbios e a Psicologia As crenças populares constituem também outras formas de explicação do comportamento. Essas crenças são transmitidas de geração a geração através dos provérbios. Exemplos de provérbios “o líder nasce feito” Existe um pressuposto básico de que a hereditariedade genética é o fator determinante do comportamento humano. Exemplos de provérbios “nunca é tarde para aprender” “ não se ensina truque novo a cachorro velho” Mostram crenças e posições diferentes quanto à aprendizagem humana. Exemplos de provérbios “ as roupas fazem o homem” “diga-me com quem andas e dir-te-ei quem és” Têm como principio básico a predominância dos fatores ambientais. provérbios “rapaz complexado” “mulher louca” “menino hiperativo” Comunicação do senso comum acerca do comportamento humano. Senso comum Conhecimentos aplicados no dia-a- dia. Transmitidos de geração a geração. Do hábito à tradição. A Psicologia como Ciência Como a maioria das ciências, o berço da Psicologia foi na Grécia antiga . A Psicologia como ciência Formada por duas palavras gregas: psyche, que significa alma e logos, que significa discurso. A Psicologia como ciência No decorrer dos tempos os filósofos passaram a traduzir o termo psyche por mente. A Psicologia passou a ser chamada ciência da mente. O estudo da mente deu origem a superstições e preconceitos, alguns presentes até hoje. A Psicologia Mas, dado a inadequação do termo, a palavra alma foi substituído pelo termo “comportamento”, considerado então, o objeto de estudo da Psicologia. OBJETO DA PSICOLOGIA: O comportamento observável dos seres vivos ( animal e humanos ) OBJETIVOS DA PSICOLOGIA: descrever explicar COMPORTAMENTOS predizer Psicologia como ciência A Psicologia deixa as especulações filosóficas e passa ao campo das ciências quando se mostra competente para usar o método científico e atender as exigências da comunidade científica Este fato aconteceu em 1879, na Universidade de Leipzig, Alemanha, quando Guilherme Wundt fundou o primeiro laboratório de Psicologia Experimental. A Psicologia como ciência A utilização do Método Científico exige: Controle rigoroso de pesquisa Linguagem precisa e rigorosa Passos a serem seguidos Psicologia e Misticismo O Tarô, a astrologia, a quiromancia, a numerologia, entre outras, são práticas adivinhatórias que não são aceitas e nem fazem parte da psicologia. Algumas pessoas procuram tais práticas para soluções rápidas e para compreender melhor o seu estado psicológico, e aqueles que trabalham com esta prática, acabam indevidamente “aconselhando” o cliente sobre aspectos de sua personalidade, de seu caráter ou de seus supostos problemas mentais. Indivíduo: Personalidade e desenvolvimento Fatores gerais que Influenciam a Personalidade: Influências Hereditárias na determinação do temperamento estão as variações individuais do organismo, concretamente a constituição física e o funcionamento dos sistemas nervoso e endócrino, que são em grande parte hereditários Meio Social Família, grupos e cultura a que se pertence desempenha um papel determinante na construção da personalidade. A personalidade forma-se num processo interativo com os sistemas de vida do indivíduo. O tipo de ambiente e de clima vivenciados influenciam a personalidade. Experiências Pessoais As experiências pessoais são todas as vivências que ocorrem na nossa vida. A qualidade das relações precoces e o processo de vinculação na relação da mãe/ filho parecem ser fundamentais na estruturação e organização da personalidade. A complexidade das relações familiares vai influenciar as capacidades cognitivas, lingüísticas e afetivas, processos de autonomia, de socialização, de construção de valores das crianças e jovens. Personalidade Conceito amplo e abrangente É um conjunto de traços psicológicos com propriedades particulares, relativamente permanente e organizado de forma própria. Ela se revela na interação do indivíduo com o meio ambiente e individualiza a maneira de ser, de pensar, de sentir e de agir de cada pessoa. Sigmund Freud Neurologista austríaco, nasceu em Freiberg, em 1856 e morreu em Londres em 1939. Freud fundou a Psicanálise e esta teoria teve um grande efeito na psicologia e na psiquiatria O Aparelho Psíquico Níveis de Consciência Consciente Pré-consciente Inconsciente Estrutura e Dinâmica da Personalidade Id Ego Superego CONSCIENTE Idéias que estão em nossa mente a qualquer momento PRÉ-CONSCIENTE Seu conteúdo pode ser facilmente trazido à consciência por esforço da atenção ou memória INCONSCIENTE Não presente no campo da consciência, são impedidos por força de repressão, também inconsciente Modelo Estrutural ID É inconsciente, regido pelo prazer. EGO Estabelece a relação do indivíduo com a realidade, instância executora da personalidade, faz o “meio de campo” entre Id e Superego. SUPEREGO Herdeiro do complexo de Édipo, é a nossa consciência moral. Conflito Psíquico Resulta da oposição entre Id (desejo) e Ego. Geralmente pressionado pelo Superego (moral). Ansiedade expressa o conflito. Ansiedade leva o Ego a acionar seus mecanismos de defesa. Conflito psíquico + mecanismo de defesa do ego = compromisso (sintoma). Atos falhos ou falhados São aqueles que praticamos aparentemente sem querer e de modo inexplicável. É comum cometermos enganos, trocarmos palavras, esquecermos objetos, etc. Os atos falhos são causados pelos impulsos reprimidos que procuram se descarregar de qualquer modo Sonhos: As tendências recalcadas procuram se manifestar enquanto estamos dormindo, através dos nossos sonhos; entretanto, são tão condenáveis que, para conseguirem se manifestar, precisam vir "camufladas". Intoxicação: Em estado de intoxicação alcoólica, a pessoa consegue se soltar ou demonstrar tendências agressivas que ela própria desconhece quando sóbria. Num momento de tensão, a pessoa consegue liberar, através do álcool, o Id. Satisfaz, em parte o seu Id e justifica-se perante o Superego o estado, que foi provocado pelo álcool. Racionalização: É o "dinamismo" pelo qual a nossa inteligência apresenta razões socialmente aceitáveis para nossas ações que, na realidade, foram motivadas pelos impulsos do Id. Projeção: É atribuir aos outros nossos próprios desejos e impulsos. As tendências indesejáveis, cuja manifestação em nossas ações não podemos permitir, e cuja existência em nós não podemos admitir. Reação de Conversão e Sintomas Psicossomáticos: Muitas vezes, não conseguimos harmonizar os impulsos do Id com o nosso Superego por meio de outros mecanismos. Então, a luta, o conflito entre essasduas forças vão se transformar em um sintoma físico, como dores de cabeça, perturbações digestivas, etc. Sublimação: É a satisfação modificada dos impulsos naturais, em atos socialmente aceitáveis. Temos 3 tipos de atos de Sublimação: 1. Mudança de Objeto: Neste caso, a ação desejada realiza-se totalmente, dirigindo-se a um objeto diferente. Mudança de Reação: Neste caso a ação desejada é substituída por outra que se dirige ao mesmo objeto. Mudança de reação e objeto Mecanismos de defesa do Ego NEGAÇÃO IDENTIFICAÇÃO (introjeção) CONVERSÃO PROJEÇÃO RACIONALIZAÇÃO FORMAÇÃO REATIVA ISOLAMENTO REPRESSÃO ANULAÇÃO REGRESSÃO DESLOCAMENTO SUBLIMAÇÃO NEGAÇÃO Leva a não reconhecer, ou considerar inexistente certos impulsos ou desejos penosos. Negação da realidade, comum nas crianças e psicóticos. mecanismo de defesa dos distúrbios maníacos . IDENTIFICAÇÃO O indivíduo assimila parcial ou totalmente, um atributo de outro. Identificação com o agressor, adotando as qualidades do adversário, a ansiedade é dominada. CONVERSÃO Tentativa de resolução do conflito psíquico através de sintomas somáticos, motores ou sensitivos. Ocorre na histeria (neurose conversiva). PROJEÇÃO Atribui a outra pessoa inclinações e desejos inaceitáveis por ela mesma. Ex: um brigão se justifica dizendo que “os outros” é que sempre brigam com ele. Transtornos paranóides de perseguição, superstições. RACIONALIZAÇÃO Seleção ou escolha entre vários motivos que visa justuficar comportamento que de outro modo, seria inaceitável. Sistematização de processos delirantes persecutórios. FORMAÇÃO REATIVA O indivíduo apresenta atitudes ou comportamentos contrários ao que existe no seu inconsciente. Ex: uma pessoa tem exagerada preocupação com organização, devido a inconsciente tendência ao desregramento. Neurose de caráter ou obsessiva; também ocorre na histeria. ISOLAMENTO Tendências inaceitáveis são isoladas do resto do conteúdo mental, assim o indivíduo pode experimentá-las sem culpa. Experimenta sensações proibidas como se fossem parasitas de sua mente, portanto não se sente responsável por elas. Neurose obsessiva. REPRESSÃO O Ego impede a entrada na consciência de um impulso indesejado do Id. Quadros histéricos. ANULAÇÃO Contestar ou anular o dano que inconscientemente o indivíduo imagina que possam causar. Obsessão. REGRESSÃO Diante frustrações retorna a períodos anteriores, em que suas experiências foram mais prazeirosas. Só é considerado mecanismo de defesa quando o indivíduo apresenta debilidade na organização do Ego. Psicoses. DESLOCAMENTO O sujeito transfere pulsões e emoções do seu objeto natural, mas "perigoso", para um objeto substitutivo, mudando assim o objeto que satisfaz a pulsão. Ex: a criança que desloca a cólera sentida pelos pais para a boneca Transtornos fóbicos. SUBLIMAÇÃO Impulso primitivo inaceitável para o ego é modificado de forma a ser socialmente aceitável .
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