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* * Toxicologia de Medicamentos Urgência toxicológica Controle terapêutico Controle de dopagem Profa. Virgínia Martins Carvalho virginiamc@pharma.ufrj.br * * Urgência Toxicológica * * Toxicologia de Urgência: diagnóstico Fases do atendimento Anamnese Avaliação clinica, reconhecimento da síndrome tóxica Tratamento sintomático e estabilização Identificação do agente tóxico Descontaminação e aumento da eliminação do agente Administração de antídotos * * Toxicologia de Urgência: anamnese 1. Anamnese Dados do paciente (Crianças de 1-2 anos acidental ou erro na dosagem, adultos com mais de 30 anos prevalece medicamentos antidepressivos e ansiolíticos) Tempo de ingestão Local da intoxicação (sugere o possível agente tóxico) Identificação do agente toxico (relacionado aos sinais e sintomas) * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Avaliação clínica inicial e reconhecimento da síndrome tóxica Avaliar o risco de vida através de exames físicos Condição respiratória apneia, edema pulmonar, insuficiência respiratória , etc II. Condições circulatórias pressão arterial, frequência cardíaca III. Condições neurológicas Convulsão, pupilas fixas, midriásticas ou mióticas * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome anticolinérgica Rubor na face Taquicardia Hipertermia Retenção urinária Alucinações e delírios Principais agentes atropina, antidepressivos tricíclicos, antiespasmódicos, midriáticos * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome anticolinesterásica Confusão Depressão no SNC Sudorese Lacrimejamento, salivação, miose, bradicardia, debilidade muscular Sintomas variam de acordo com estimulação em receptores muscarínicos e/ou nicotínicos Principais agentes indutores Organofosforados e carbamatos * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome narcótica Depressão respiratória e neurológica Miose Hipotensão Diminuição da motilidade intestinal Principais agentes indutores Opiáceos, opióides, benzodiazepínicos, etanol... * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome depressiva Sintomas de depressão neurológica (sonolência, torpor, coma) Depressão respiratória, cianose, hipotensão Principais agentes indutores Barbitúricos, benzodiazepínicos, etanol... Síndrome simpatomimética Agitação psicomotora, midríase, hiperreflexia, taquicardia, hipertensão, taquicardia Principais agentes indutores Cocaína, cafeína, efedrina, anfetamínicos * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome extrapiramidal Distúrbios do equilíbrio Distúrbios da movimentação, distonia orofacial, parkinsonismo Muito característico para METOCLOPRAMIDA Síndrome metemoglobinêmica distúrbios neurológicos e sanguíneos, cianose de pele e mucosa, palidez de pele e mucosa, confusão mental ... Sulfametoxazol, nitrofurantoína, fenazopiridina... * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome da acidose metabólica Acidose metabólica (caracterizada por uma concentração anormalmente baixa de carbonatos) Distúrbios neurológicos e gastrintestinais Principais agentes indutores: acetaminofeno, salicilatos, metanol... * * Toxicologia de Urgência: avaliação 2. Síndrome tóxica Síndrome hepatorrenal Icterícia, alterações bioquímicas hepáticas e renais. Principais agentes indutores Paracetamol, tetracloreto de carbono Síndrome alucinógena Alucinação, confusão mental, distúrbios psíquicos, alterações de comportamento Substâncias psicoativas: cocaína, êxtase, LSD... * * Toxicologia de Urgência: tratamento Medidas visando corrigir risco de vida e manter o paciente em condições adequadas até diagnostico definitivo e subsequente tratamento Funções vitais: supervisão da respiração, circulação, alterações neurológicas (midríase ou miose, bradicardia ou taquicardia) Exames laboratoriais Hepático, renal, hematócrito 3. Tratamento sintomático e estabilização * * Toxicologia de Urgência: toxicante Feita pelos CCI (Centro de Controle de Intoxicações) Auxiliar e confirmar diagnostico Estimar prognóstico Assessorar decisão terapêutica 4. Identificação do agente * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação Diminuir a exposição Via de absorção do tóxico Eméticos só usar em caso da absorção não ter ocorrido totalmente Lavagem gástrica muito usado em casos de pessoas em coma Carvão ativado baixo custo, fácil uso, é inerte, não é absorvível (melhor resultado na primeira hora após ingestão do tóxico) O intervalo de tempo para inibir a absorção vai de 4 a 6 h após a ingestão * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação Aumento da velocidade de eliminação Alteração do gradiente de concentração urinário: sorbitol, diminui a meia-vida de algumas substâncias como fenobarbital e teofilina. Alcalinização ou acidificação da urina Urina pH 8.0 – aumenta a excreção de substancias de caráter ácido (fenobarbital e AAS) Urina pH 2.0 – aumenta a excreção de substancias alcalinas (anfetaminas, cocaína) * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação Hemodiálise Substâncias de baixo peso molecular (<500 daltons), baixo volume de distribuição, baixa ligação proteica e hidrossolúvel * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação Agente tóxico é acessível para o processo de remoção?? Deve estar na corrente sanguínea ou no líquido extracelular Parâmetros de avaliação Vd = quantidade de fármaco no corpo/concentração plasmático Vd = (mg/Kg) / (mg/L) = L/Kg Ligação às proteínas Alta taxa de ligação não são dialisáveis * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação Agente tóxico é acessível para o processo de remoção?? Deve estar na corrente sanguínea ou no líquido extracelular Parâmetros de avaliação Clearence (Cl) = taxa de depuração = Taxa de extração x fluxo SG calculado pela taxa de extração por meio de uma máquina de diálise, multiplicada pelo fluxo sanguíneo que atravessa o sistema Cl renal= nível UR / fluxo UR / nível sérico (expresso em mL/min) * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Descontaminação Tempo de meia vida biológica (T1/2) Depende do volume de distribuição e do clearence T1/2 = 0,693 x Vd / Cl Sendo VD em L e Cl em L/h T1/2 é dada em h * * Toxicologia de Urgência: tratamento 5. Antídotos * * Mecanismos de intoxicação x tratamento Antagonismo funcional Intoxicação por barbitúrico - queda de PA Antagonismo químico ou inativação Antivenenos - tratamento de acidentes por animais peçonhentos Anticorpos específicos contra as toxinas Quelantes - Intoxicações por metais CaNa2EDTA – intoxicação por Pb Dimercaprol- intoxicações por As, Hg e Pb administração de NOR * * Mecanismos de intoxicação x tratamento Antagonismo cinético Interferência - absorção, distribuição, biotransformação e eliminação Carvão ativado Alcalinização da urina * * Mecanismos de intoxicação x tratamento Antagonismo dinâmico Naloxana: opióides - tratamento de dependentes e depressão respiratória em casos agudos de intoxicação Atropina: muscarínico - intoxicação por inseticidas organofosforados Oxigênio: intoxicação por monóxido de carbono * * PARACETAMOL (AINE) * * 1,000 500 200 100 50 10 5 0 4 8 12 16 20 24 Severe liver damage likely Probable risk Possible risk No risk Too early to tell 25% Late Treatment ineffective Acetaminophen plasma level, mg/dl Time after ingestion (h) PARACETAMOL (AINE) * * Diagnóstico Dosagem Sérica de Paracetamol (4 horas após a ingestão) Provas de função hepática e renal Tratamento: Esvaziamento gástrico Carvão Ativado Antídoto: N-ACETILCISTEÍNA. Inicio precoce até 12 horas após a ingestão; até 24 horas se E.V. PARACETAMOL (AINE) * * AAS (AINE) Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * AAS – dinâmica – acidose respiratória Centro respiratório Hiperventilação Hiperpnéia e taquipnéia O2 Alcalose respiratória Excreção renal de bicarbonato, sódio e potássio Centro respiratório Produção de CO2 ultrapassa excreção alveolar pCO2 plasmático pH sangüíneo Acidose respiratória descompensada Dose moderada Dose elevada Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * AINEs: AAS - dinâmica – acidose metabólica Desacoplamento da fosforilação oxidativa mitocondrial Inibição de enzimas do ciclo de Krebs Inibição do metabolismo de aminoácidos Hipertermia ATP liberada em forma de calor Via glicolítica ácido pirúvico e lático Depleção do estoque de glicose: liberação de adrenalina Liberação de adrenalina estímulo da atividade da glicose-6-fosfatase Mobilização de glicose no fígado Hiperglicemia e glicosúria Hipoglicemia Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * AAS: Tratamento Emese: crianças Lavagem gástrica: adultos Carvão ativado Aumento do pH urinário (bicarbonato) Hidratação Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * AINEs: AAS – Diagnóstico – Reativo de Trinder Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * Monitorização terapêutica Monitoramento das concentrações plasmáticas do fármaco ajuste de dose Concentração do fármaco nos tecidos Santos, S.R.C.J., 2008. Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * Monitorização terapêutica Indicações antiarrítmicos- diferentes doses, diferentes arritmias antiarrítmicos- efeito farmacológico e tóxico semelhantes Fármacos de baixo índice terapêutico: quimioterápicos, lítio, etc. Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * Monitorização terapêutica Índice terapêutico estreito Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * Monitorização terapêutica: exemplo Digoxina Faixa terapêutica: 0,8 a 2,0 ng/mL Concentração plasmática tóxica: > 2,0 ng/mL Dose diária: 0,125 – 5,0 mg Baixo índice terapêutico Grande volume de distribuição (510 L em pacientes saudáveis) Concentração tecidual 20 a 30 vezes maior que a plasmática Meia-vida: 36 a 48 horas: pacientes normais Estado estável: 4 meias-vida Principal via de eliminação é renal inalterada Técnica: imunoensaio Profa. Dra. Virgínia Martins Carvalho * * Profª Virgínia Martins Carvalho http://www.cob.org.br CONTROLE DE DOPAGEM Profª Virgínia Martins Carvalho * * Profª Virgínia Martins Carvalho 2.1.1. É dever pessoal de cada atleta assegurar que nenhuma substância proibida seja utilizada. Os atletas são responsáveis por qualquer substância proibida (ou seus metabólitos ou marcadores) encontrada nas amostras provenientes de si mesmos. Não é necessário que a intenção, falha ou uso instruído por parte do atleta sejam demonstrados para estabelecer uma violação do código antidoping prevista no Artigo 2.1. “STRICT LIABILITY RULE” PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA Código Mundial Antidoping Profª Virgínia Martins Carvalho * * Profª Virgínia Martins Carvalho Estimulantes Narcóticos Anabolizantes Diuréticos Hormônios Peptídicos SUBSTÂNCIA DE ABUSO NO ESPORTE Β-bloqueadores * * Doping Uso de fármacos para aumento de desempenho Uso de agentes para diminuir ou retardar a eliminação: associação de probrenecida com anabolizantes Uso de agentes que aumentam a eliminação: diuréticos Auto-transfusão: aumento do hematócrito Profª Virgínia Martins Carvalho Profª Virgínia Martins Carvalho * * Amostragem rigorosa (cadeia de custódia) Segurança Profª Virgínia Martins Carvalho * Identidade do atleta não é informada ao laboratório Profª Virgínia Martins Carvalho * * Protocolo de amostragem Profª Virgínia Martins Carvalho ≥ 75 mL Rotulados com Nº idênticos 2/3 1/3 Profª Virgínia Martins Carvalho * * Análise: Profª Virgínia Martins Carvalho A Densidade da urina, pH, etc; Cromatografia gasosa; Espectrometria de massas; Ensaios imunológicos para hormônios peptídicos. Aspectos forense: triagem + confirmação (método de princípio químico diferente) Profª Virgínia Martins Carvalho * * * * *
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