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Aula 12
Direito Processual Penal p/ TRF 5ª Região (Analista Judiciário- Área Judiciária)
Pós-Edital
Professor: Renan Araujo
09279989200 - Maria Deusa Amorim Duarte
 
 
 
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D. PROCESSUAL PENAL PARA TRF 5¡ REGIÌO (2017) Ð AJAJ 
Teoria e quest›es 
Aula 12 Ð Prof. Renan Araujo 
 
AULA 12: JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
 
SUMçRIO 
1 JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS ........................................................................ 2 
1.1 Considera›es gerais ..................................................................................... 2 
1.2 Princ’pios e Objetivos .................................................................................... 3 
1.3 Competncia .................................................................................................. 4 
1.4 Atos chamat—rios ........................................................................................... 5 
1.5 Da Fase Preliminar ......................................................................................... 6 
1.5.1 Termo circunstanciado e pris‹o em flagrante ..................................................... 6 
1.5.2 Audincia preliminar e composi‹o civil dos danos .............................................. 6 
1.5.3 Transa‹o penal ............................................................................................ 8 
1.6 Do Procedimento Sumar’ssimo propriamente dito ......................................... 9 
1.7 Suspens‹o condicional do processo ............................................................. 12 
1.7.1 Conceito e cabimento ................................................................................... 12 
1.7.2 Revoga‹o do benef’cio ................................................................................ 15 
1.8 Juizados Especiais Criminais Federais (Lei 10.259/01) ................................ 16 
2 DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES ............................................................... 17 
3 SòMULAS PERTINENTES ..................................................................................... 22 
3.1 Sœmulas vinculantes .................................................................................... 22 
3.2 Sœmulas do STF ............................................................................................ 22 
3.3 Sœmulas do STJ ............................................................................................ 23 
4 RESUMO .............................................................................................................. 24 
5 LISTA DE EXERCêCIOS ........................................................................................ 30 
6 EXERCêCIOS COMENTADOS ................................................................................. 40 
7 GABARITO .......................................................................................................... 60 
 
 
Ol‡, meu povo! 
Na aula de hoje vamos estudar o procedimento previsto na Lei 9.099/95, 
que estabeleceu o rito sumar’ssimo no processo penal brasileiro, criando os 
Juizados Especiais Criminais. 
Bons estudos! 
Prof. Renan Araujo 
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Teoria e quest›es 
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1! JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
 
1.1!Considera›es gerais 
Os Juizados Especiais Criminais foram institu’dos pela Lei 9.099/95, 
estabelecendo um rito pr—prio para o processo e julgamento de determinadas 
infra›es penais, consideradas de MENOR POTENCIAL OFENSIVO. 
Este rito pr—prio foi chamado pelo CPP de rito SUMARêSSIMO. Vejamos o 
art. 394, ¤1¡, III do CPP: 
Art. 394. O procedimento ser‡ comum ou especial. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 11.719, 
de 2008). 
¤ 1o O procedimento comum ser‡ ordin‡rio, sum‡rio ou sumar’ssimo: (Inclu’do pela 
Lei n¼ 11.719, de 2008). 
(...) 
III - sumar’ssimo, para as infra›es penais de menor potencial ofensivo, na forma da 
lei. (Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
 
Os Juizados Especiais Criminais, em n’vel estadual, est‹o regulamentados 
pela Lei 9.099/95, e, em n’vel federal, pela Lei 10.259/01, aplicando-se, 
subsidiariamente, a Lei 9.099/95 quando n‹o houver previs‹o na Lei 10.259/01. 
Os Juizados Criminais s‹o competentes para processar e julgar as infra›es 
de menor potencial ofensivo, que, nos termos do art. 61 da Lei 9.099/95, s‹o 
as contraven›es (quaisquer) e crimes cuja pena m‡xima n‹o seja superior a 
dois anos, cumulada ou n‹o com multa. Vejamos: 
Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por ju’zes togados ou togados e leigos, 
tem competncia para a concilia‹o, o julgamento e a execu‹o das infra›es penais 
de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conex‹o e continncia. (Reda‹o 
dada pela Lei n¼ 11.313, de 2006) 
Par‡grafo œnico. Na reuni‹o de processos, perante o ju’zo comum ou o tribunal do 
jœri, decorrentes da aplica‹o das regras de conex‹o e continncia, observar-se-‹o os 
institutos da transa‹o penal e da composi‹o dos danos civis. (Inclu’do pela Lei n¼ 11.313, 
de 2006) 
Art. 61. Consideram-se infra›es penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos 
desta Lei, as contraven›es penais e os crimes a que a lei comine pena m‡xima n‹o 
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou n‹o com multa. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 11.313, de 
2006) 
 
INFRA‚ÍES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO 
CONTRAVEN‚ÍES PENAIS CRIMES 
TODAS APENAS AQUELES CUJA PENA 
MçXIMA NÌO SEJA SUPERIOR A 02 
ANOS 
 
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O ¤ œnico do art. 60, como vocs podem ver, tambŽm foi alterado em 2006, 
de forma que havendo de ser julgada uma IMPO (Infra‹o de menor potencial 
ofensivo) perante outro Ju’zo (em raz‹o de regras de conex‹o ou continncia), 
devem ser observados os institutos da Transa‹o Penal e da composi‹o dos 
danos civis. 
RESUMINDO: Se o infrator cometer uma IMPO em conex‹o com um crime do 
Jœri, por exemplo (Homic’dio), ambos ser‹o julgados pelo Jœri, pois a 
competncia deste prevalece (segundo as regras de conex‹o do CPP), mas ˆ 
infra‹o de menor potencial ofensivo devem ser aplicados os institutos 
despenalizadores previstos na Lei 9.099;95, conforme preconiza o art. 60, ¤ 
œnico da Lei 9.099/95. 
 
1.2!Princ’pios e Objetivos 
Os princ’pios e objetivos dos Juizados Especiais Criminais est‹o previstos no 
art. 62 da Lei: 
Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-‡ pelos critŽrios da 
oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que 
poss’vel, a repara‹o dos danos sofridos pela v’tima e a aplica‹o de pena n‹o 
privativa de liberdade. 
 
Assim, os Juizados possuem como princ’pios: 
ü! Oralidade Ð Os atos processuais, sempre que poss’vel, ser‹o praticados 
oralmente, sendo reduzidos a termo; 
ü! Informalidade Ð Os processos perante os Juizados Especiais n‹o seguem 
formalidade t‹o rigorosa quanto aqueles julgados pelo Ju’zo comum. N‹o Ž ˆ 
toa que temos as previs›es dos arts. 64 e 65 da Lei: 
Art. 64. Os atos processuais ser‹o pœblicos e poder‹o realizar-se em hor‡rio noturno 
e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de organiza‹o 
judici‡ria. 
Art. 65. Os atos processuais ser‹o v‡lidos sempre que preencherem as finalidades 
para as quais foram realizados, atendidos os critŽrios indicados no art. 62 desta Lei.ü! Economia Processual Ð Deve-se buscar sempre a m‡xima efetividade dos 
atos processuais, concentrando-os de forma a garantir a economia do 
processo, ou seja, a maior eficincia poss’vel, com o menor gasto de tempo 
e dinheiro do Poder Pœblico; 
ü! Celeridade Processual Ð A busca pela celeridade (rapidez) processual Ž um 
princ’pio do Juizado, notadamente quando se analisa que neste rito 
(sumar’ssimo) diversas fases processuais s‹o atropeladas, de forma a 
garantir o desfecho cŽlere do processo. 
 
Os objetivos, por sua vez, s‹o: 
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ü! Repara‹o dos danos sofridos pela v’tima Ð ƒ a chamada 
Òcomposi‹o dos danos civisÓ, ou seja, objetiva-se sempre a repara‹o 
do dano causado pelo infrator, de forma a garantir que a v’tima seja 
indenizada pelo preju’zo que sofreu, seja ele de ordem material ou 
moral; 
ü! Aplica‹o de pena n‹o-privativa de liberdade Ð Busca-se, 
sempre, aplicar pena que n‹o seja a privativa de liberdade, como 
forma de evitar a pris‹o de pessoas que tenham cometido infra›es 
que n‹o causam les‹o t‹o grave ˆ sociedade, podendo ser punidas de 
outras formas. Friso a vocs que isso n‹o se confunde com 
impunidade, pois o infrator seria punido, s— que com uma pena que 
n‹o seria privativa de liberdade. 
 
1.3!Competncia 
A competncia dos Juizados Especiais, como vimos, Ž para o processo e 
julgamento dos crimes cuja pena m‡xima n‹o seja superior a dois anos (art. 60 
da Lei). 
Entretanto, qual Ž a competncia ratione loci (competncia 
territorial)? 
A competncia territorial est‡ definida no art. 63 da Lei: 
Art. 63. A competncia do Juizado ser‡ determinada pelo lugar em que foi praticada 
a infra‹o penal. 
 
Vejam, portanto, que foi adotada a teoria da ATIVIDADE. 
PorŽm, existem determinados crimes que n‹o se submetem ao rito dos 
Juizados Especiais. S‹o eles: 
ü! Crimes militares Ð N‹o importa qual a pena cominada (se Ž menor que 
dois anos ou n‹o), n‹o se aplica o rito sumar’ssimo aos crimes militares. 
Vejamos o art. 90-A da Lei 9.099/95: 
Art. 90-A. As disposi›es desta Lei n‹o se aplicam no ‰mbito da Justia Militar. (Artigo 
inclu’do pela Lei n¼ 9.839, de 27.9.1999) 
 
CUIDADO! Em rela‹o aos crimes de violncia domŽstica, o STF e o STJ 
entendem que Ž poss’vel o julgamento pelo rito sumar’ssimo, o que n‹o Ž 
poss’vel Ž a aplica‹o dos institutos despenalizadores (transa‹o penal, 
suspens‹o condicional do processo, etc.) 
 
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1.4!Atos chamat—rios 
Os atos chamat—rios no rito sumar’ssimo (cita‹o e intima›es) tambŽm 
seguem um regramento espec’fico. Nos termos do art. 66 da Lei, a cita‹o ser‡ 
NECESSARIAMENTE PESSOAL, n‹o havendo possibilidade de cita‹o edital’cia. 
Entenderam? NÌO ƒ POSSêVEL CITA‚ÌO POR EDITAL NOS JUIZADOS 
ESPECIAIS CRIMINAIS! 
A Doutrina entende ser inadmiss’vel tambŽm, por analogia, a cita‹o por 
hora certa. Vejamos o art. 66 da Lei: 
Art. 66. A cita‹o ser‡ pessoal e far-se-‡ no pr—prio Juizado, sempre que poss’vel, ou 
por mandado. 
 
Mas, professor, e se o acusado n‹o for encontrado? Nesse caso, o ¤ 
œnico do art. 66 determina que sejam remetidas as peas do processo ao 
Ju’zo comum, seguindo-se o processo, no Ju’zo comum, pelo rito 
sum‡rio. Vejamos: 
Par‡grafo œnico. N‹o encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhar‡ as 
peas existentes ao Ju’zo comum para ado‹o do procedimento previsto em lei. 
 
Quanto ˆs intima›es, seguindo a linha do PRINCêPIO DA 
INFORMALIDADE, poder‡ elas ser enviadas por correspondncia com aviso de 
recebimento: 
Art. 67. A intima‹o far-se-‡ por correspondncia, com aviso de recebimento pessoal 
ou, tratando-se de pessoa jur’dica ou firma individual, mediante entrega ao 
encarregado da recep‹o, que ser‡ obrigatoriamente identificado, ou, sendo 
necess‡rio, por oficial de justia, independentemente de mandado ou carta precat—ria, 
ou ainda por qualquer meio id™neo de comunica‹o. 
 
Tendo sido o ato praticado em audincia, as partes s‹o consideradas cientes, 
nos termos do art. 67, ¤ œnico da Lei: 
Par‡grafo œnico. Dos atos praticados em audincia considerar-se-‹o desde logo 
cientes as partes, os interessados e defensores. 
 
Da intima‹o do autor do fato ou cita‹o do acusado, dever‡ constar a 
necessidade de acompanhamento por advogado e, caso ele n‹o constitua um, os 
autos ser‹o remetidos ˆ Defensoria Pœblica: 
Art. 68. Do ato de intima‹o do autor do fato e do mandado de cita‹o do acusado, 
constar‡ a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, com a 
advertncia de que, na sua falta, ser-lhe-‡ designado defensor pœblico. 
 
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1.5!Da Fase Preliminar 
1.5.1!Termo circunstanciado e pris‹o em flagrante 
Tomando cincia da ocorrncia de uma IMPO, a autoridade policial NÌO 
INSTAURARç INQUƒRITO POLICIAL, essa Ž a primeira distin‹o. A 
autoridade, nestes casos, dever‡ lavrar o que se chama de TERMO 
CIRCUNSTANCIADO. Vejamos: 
Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrncia lavrar‡ termo 
circunstanciado e o encaminhar‡ imediatamente ao Juizado, com o autor do fato e a 
v’tima, providenciando-se as requisi›es dos exames periciais necess‡rios. 
 
ATEN‚ÌO! O termo circunstanciado ser‡ utilizado, posteriormente, como 
subs’dio para a a‹o penal, dispensando-se o inquŽrito policial1. AlŽm disso, 
ser‡ dispens‡vel o exame de corpo de delito (em regra ele seria necess‡rio, nos 
crimes que deixam vest’gios, por fora do art. 158 do CPP), desde que o termo 
circunstanciado esteja acompanhado por boletim mŽdico ou prova equivalente, 
atestando a materialidade do fato (art. 77, ¤1¼ da Lei 9.099/95). 
 
Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do 
processo, NUNCA PODERç SER PRESO EM FLAGRANTE, nos termos do ¤ 
œnico do art. 69: 
Art. 69. (...) Par‡grafo œnico. Ao autor do fato que, ap—s a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, n‹o se impor‡ pris‹o em flagrante, nem se exigir‡ fiana. Em caso de 
violncia domŽstica, o juiz poder‡ determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domic’lio ou local de convivncia com a v’tima. (Reda‹o dada 
pela Lei n¼ 10.455, de 13.5.2002) 
 
1.5.2!Audincia preliminar e composi‹o civil dos danos 
Ap—s esta etapa em sede policial, ser‡ designada audincia preliminar 
(art. 70), na qual o Juiz dever‡ cientificar as partes acerca da convenincia da 
composi‹o civil dos danos. Vejamos: 
Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a v’tima, e n‹o sendo poss’vel a realiza‹o 
imediata da audincia preliminar, ser‡ designada data pr—xima, da qual ambos sair‹o 
cientes. 
Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria 
providenciar‡ sua intima‹o e, se for o caso, a do respons‡vel civil, na forma dos arts. 
67 e 68 desta Lei. 
Art. 72. Na audincia preliminar, presente o representante do MinistŽrio Pœblico, o 
autor do fato e a v’tima e, se poss’vel, o respons‡vel civil, acompanhados por seus 
 
1 Sabemos que o IP Ž um procedimento DISPENSçVEL parao ajuizamento da a‹o penal. O que este 
dispositivo quer dizer Ž que nas infra›es de menor potencial ofensivo n‹o teremos IP, mesmo em se 
tratando de crime de a‹o pœblica. 
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advogados, o Juiz esclarecer‡ sobre a possibilidade da composi‹o dos danos e da 
aceita‹o da proposta de aplica‹o imediata de pena n‹o privativa de liberdade. 
 
Interessante notar que essa audincia de concilia‹o pode ser presidida pelo 
Juiz ou pelo conciliador, que Ž um auxiliar da Justia, sob orienta‹o do Juiz: 
Art. 73. A concilia‹o ser‡ conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua orienta‹o. 
Par‡grafo œnico. Os conciliadores s‹o auxiliares da Justia, recrutados, na forma da 
lei local, preferentemente entre bacharŽis em Direito, exclu’dos os que exeram 
fun›es na administra‹o da Justia Criminal. 
 
Obtida a composi‹o civil dos danos causados, o Juiz a homologar‡ por 
sentena, que ser‡ IRRECORRêVEL, eis que nenhuma das partes sucumbiu. 
Nesse caso, a sentena valer‡ como t’tulo executivo na seara c’vel: 
Art. 74. A composi‹o dos danos civis ser‡ reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz 
mediante sentena irrecorr’vel, ter‡ efic‡cia de t’tulo a ser executado no ju’zo civil 
competente. 
 
Se o crime for de a‹o penal pœblica CONDICIONADA ou de a‹o penal 
privada, a composi‹o civil dos danos acarreta a RENòNCIA DO DIREITO 
DE OFERECER REPRESENTA‚ÌO OU QUEIXA. Nos termos do ¤ œnico do art. 
74: 
Par‡grafo œnico. Tratando-se de a‹o penal de iniciativa privada ou de a‹o penal 
pœblica condicionada ˆ representa‹o, o acordo homologado acarreta a renœncia ao 
direito de queixa ou representa‹o. 
 
Caso n‹o seja obtida a composi‹o civil dos danos, e sendo caso de a‹o 
penal privada ou pœblica condicionada ˆ representa‹o, o Juiz dar‡ oportunidade 
ao ofendido para que apresente a sua representa‹o ou oferea a queixa: 
Art. 75. N‹o obtida a composi‹o dos danos civis, ser‡ dada imediatamente ao 
ofendido a oportunidade de exercer o direito de representa‹o verbal, que ser‡ 
reduzida a termo. 
 
Caso o ofendido n‹o a exera no momento, poder‡ exercer esse direito 
posteriormente (oferecimento de queixa ou representa‹o), desde que dentro do 
per’odo legal: 
Par‡grafo œnico. O n‹o oferecimento da representa‹o na audincia preliminar n‹o 
implica decadncia do direito, que poder‡ ser exercido no prazo previsto em lei. 
 
Caso o ofendido oferea a representa‹o (crimes de a‹o penal pœblica 
condicionada) ou sendo crime de a‹o penal pœblica incondicionada, o Juiz dar‡ 
vista ao MP para que proponha, se for cab’vel, a TRANSA‚ÌO PENAL. 
 
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1.5.3!Transa‹o penal 
Art. 76. Havendo representa‹o ou tratando-se de crime de a‹o penal pœblica 
incondicionada, n‹o sendo caso de arquivamento, o MinistŽrio Pœblico poder‡ propor 
a aplica‹o imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na 
proposta. 
 
Esta proposta de TRANSA‚ÌO PENAL n‹o poder‡ ser oferecida se 
ocorrer uma das hip—teses do ¤ 2¡ do art. 76 da Lei: 
¤ 2¼ N‹o se admitir‡ a proposta se ficar comprovado: 
I - ter sido o autor da infra‹o condenado, pela pr‡tica de crime, ˆ pena privativa de 
liberdade, por sentena definitiva; 
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplica‹o 
de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
III - n‹o indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, 
bem como os motivos e as circunst‰ncias, ser necess‡ria e suficiente a ado‹o da 
medida. 
 
Assim: 
TRANSA‚ÌO PENAL Ð INADMISSIBILIDADE 
¥! Se o autor do fato tiver sido condenado, pela pr‡tica de crime, ˆ pena 
privativa de liberdade, por sentena definitiva 
¥! Se o autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco 
anos, com a transa‹o penal 
¥! Os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como 
os motivos e as circunst‰ncias n‹o indicarem ser necess‡ria e suficiente 
a ado‹o da medida 
 
Sendo aceita a proposta, ela ser‡ submetida ao Juiz, para que a acolha ou 
n‹o. Caso o Juiz acolha a proposta, aplicar‡ a pena restritiva de direitos ou multa, 
mas essa san‹o n‹o Ž considerada uma condena‹o, nem Ž levada em conta 
para fins de reincidncia, sendo apenas um ÒACORDOÓ entre o MP e o acusado, 
de forma que o MP deixa de oferecer a a‹o penal e solicita, em troca disso, que 
o acusado pague alguma multa ou cumpra uma pena restritiva de direitos. Da 
decis‹o do Juiz que acolhe ou n‹o a proposta, caber‡ APELA‚ÌO: 
¤ 3¼ Aceita a proposta pelo autor da infra‹o e seu defensor, ser‡ submetida ˆ 
aprecia‹o do Juiz. 
¤ 4¼ Acolhendo a proposta do MinistŽrio Pœblico aceita pelo autor da infra‹o, o Juiz 
aplicar‡ a pena restritiva de direitos ou multa, que n‹o importar‡ em reincidncia, 
sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benef’cio no prazo de cinco 
anos. 
¤ 5¼ Da sentena prevista no par‡grafo anterior caber‡ a apela‹o referida no art. 82 
desta Lei. 
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¤ 6¼ A imposi‹o da san‹o de que trata o ¤ 4¼ deste artigo n‹o constar‡ de certid‹o 
de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e n‹o 
ter‡ efeitos civis, cabendo aos interessados propor a‹o cab’vel no ju’zo c’vel. 
 
A transa‹o penal Ž direito subjetivo do rŽu? O STJ entende que n‹o 
(AgRg no REsp 1356229 / PR). 
Mas, professor, e se o acusado NÌO ACEITAR a proposta de 
transa‹o penal? 
Nesse caso, o MP oferecer‡ denœncia oral, se n‹o for caso de realiza‹o de 
alguma diligncia. Vejamos: 
Art. 77. Na a‹o penal de iniciativa pœblica, quando n‹o houver aplica‹o de pena, 
pela ausncia do autor do fato, ou pela n‹o ocorrncia da hip—tese prevista no art. 76 
desta Lei, o MinistŽrio Pœblico oferecer‡ ao Juiz, de imediato, denœncia oral, se n‹o 
houver necessidade de diligncias imprescind’veis. 
 
Se a a‹o penal for privada, o ofendido poder‡ oferecer a queixa, nos termos 
do art. 77, ¤3¡ da Lei: 
¤ 3¼ Na a‹o penal de iniciativa do ofendido poder‡ ser oferecida queixa oral, cabendo 
ao Juiz verificar se a complexidade e as circunst‰ncias do caso determinam a ado‹o 
das providncias previstas no par‡grafo œnico do art. 66 desta Lei. 
 
CUIDADO! A Lei n‹o prev possibilidade de TRANSA‚ÌO 
PENAL nos crimes de a‹o penal privada. Entretanto, a Jurisprudncia vem 
admitindo esta possibilidade, cabendo ao pr—prio ofendido o seu oferecimento. 
 
Por fim, deve ser ressaltado que se a causa for complexa, os autos poder‹o 
ser remetidos ao Ju’zo comum, para que seja processado pelo rito sum‡rio. Esse 
pedido dever‡ ser feito pelo MP (se for caso de a‹o penal pœblica) ou verificado 
de of’cio pelo Juiz, se for caso de a‹o penal privada. Vejamos: 
Art. 77. (...) 
¤ 2¼ Se a complexidade ou circunst‰ncias do caso n‹o permitirem a formula‹o da 
denœncia, o MinistŽrio Pœblico poder‡ requerer ao Juiz o encaminhamento das peas 
existentes, na forma do par‡grafo œnico do art. 66 desta Lei. 
¤ 3¼ Na a‹o penal de iniciativa do ofendido poder‡ ser oferecida queixa oral, cabendo 
ao Juiz verificar se a complexidadee as circunst‰ncias do caso determinam a ado‹o 
das providncias previstas no par‡grafo œnico do art. 66 desta Lei. 
 
1.6!Do Procedimento Sumar’ssimo propriamente dito 
ƒ um procedimento bastante simples, objetivo, previsto nos arts. 77 a 81 da 
Lei. 
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A œnica discuss‹o relevante quanto ao procedimento sumar’ssimo se d‡ no 
que se refere ˆ aplicabilidade, ou n‹o, do art. 394, ¤4¡ do CPP. Vejamos: 
Art. 394 (...) ¤ 4o As disposi›es dos arts. 395 a 398 deste C—digo aplicam-se a todos 
os procedimentos penais de primeiro grau, ainda que n‹o regulados neste C—digo. 
(Inclu’do pela Lei n¼ 11.719, de 2008). 
 
Esses arts. 395 a 397 (o art. 398 est‡ revogado) tratam do recebimento ou 
rejei‹o da inicial acusat—ria e, ainda, da absolvi‹o sum‡ria do acusado. 
A Doutrina e Jurisprudncia s‹o pac’ficas no que se refere ˆ aplica‹o dos 
arts. 395, 396-A e 397 do CPP ao rito sumar’ssimo, havendo impasse, apenas, 
com rela‹o ˆ aplicabilidade, ou n‹o, do art. 396 do CPP. Vejamos: 
Art. 396. Nos procedimentos ordin‡rio e sum‡rio, oferecida a denœncia ou queixa, o 
juiz, se n‹o a rejeitar liminarmente, receb-la-‡ e ordenar‡ a cita‹o do acusado para 
responder ˆ acusa‹o, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. (Reda‹o dada pela Lei 
n¼ 11.719, de 2008). 
 
Vejam, portanto, que o CPP determina que o acusado ser‡ citado para 
responder ˆ acusa‹o APîS O RECEBIMENTO DA DENòNCIA. Agora, vejamos 
o que diz o art. 81 da Lei 9.099/95: 
Art. 81. Aberta a audincia, ser‡ dada a palavra ao defensor para responder ˆ 
acusa‹o, ap—s o que o Juiz receber‡, ou n‹o, a denœncia ou queixa; havendo 
recebimento, ser‹o ouvidas a v’tima e as testemunhas de acusa‹o e defesa, 
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos 
debates orais e ˆ prola‹o da sentena. 
 
Vejam, assim, que no procedimento previsto na Lei 9.099/95, a resposta ˆ 
acusa‹o Ž ANTERIOR ao recebimento da denœncia ou queixa. Como 
conciliar? 
Prevalece o entendimento de que NÌO SE APLICA AO 
PROCEDIMENTO SUMARêSSIMO O ART. 396, pois a reda‹o do art. 396 Ž 
clara ao dizer que Ònos procedimentos ordin‡rio e sum‡rio...Ó, de forma que se 
entende que n‹o Ž a inten‹o da lei aplic‡-lo ao rito da Lei 9.099/95. 
Oferecida a denœncia ou queixa, dispensa-se exame de corpo de delito, caso 
os vest’gios estejam documentados por boletim mŽdico ou prova 
equivalente (art. 77, ¤1¡ da Lei). Devem ser arroladas as testemunhas, cujo 
nœmero a Lei n‹o diz. Aplica-se, por analogia, o art. 532 do CPP (nœmero de 
testemunhas no rito sum‡rio), considerando-se que o nœmero m‡ximo de 
testemunhas, aqui, seja de CINCO. 
Ap—s esse momento, proceder-se-‡ ˆ cita‹o do acusado. Se ele estiver 
presente ˆ audincia preliminar, e sendo oferecida a inicial acusat—ria na 
audincia preliminar, considerar-se-‡ citado, sendo cientificado da data da 
audincia de instru‹o e julgamento, nos termos do art. 78 da Lei: 
Art. 78. Oferecida a denœncia ou queixa, ser‡ reduzida a termo, entregando-se c—pia 
ao acusado, que com ela ficar‡ citado e imediatamente cientificado da designa‹o de 
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dia e hora para a audincia de instru‹o e julgamento, da qual tambŽm tomar‹o 
cincia o MinistŽrio Pœblico, o ofendido, o respons‡vel civil e seus advogados. 
¤ 1¼ Se o acusado n‹o estiver presente, ser‡ citado na forma dos arts. 66 e 68 desta 
Lei e cientificado da data da audincia de instru‹o e julgamento, devendo a ela trazer 
suas testemunhas ou apresentar requerimento para intima‹o, no m’nimo cinco dias 
antes de sua realiza‹o. 
¤ 2¼ N‹o estando presentes o ofendido e o respons‡vel civil, ser‹o intimados nos 
termos do art. 67 desta Lei para comparecerem ˆ audincia de instru‹o e julgamento. 
¤ 3¼ As testemunhas arroladas ser‹o intimadas na forma prevista no art. 67 desta Lei. 
 
Caso o acusado n‹o esteja presente, ser‡ citado pessoalmente e, caso isso 
n‹o seja poss’vel, as peas ser‹o remetidas ao Ju’zo comum para que l‡ o 
processo seja julgado, nos termos do art. 78, ¤1¡ da Lei. 
Na audincia de instru‹o e julgamento o Juiz: 
⇒! Facultar‡ ˆ defesa responder ˆ acusa‹o Ð Est‡ previsto no art. 81 da 
Lei. O teor da resposta seguir‡ o que prev o art. 396-A do CPP. 
⇒!O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusat—ria Ð Aqui, ou o Juiz verifica 
estarem presentes todos os requisitos e recebe a inicial, ou verifica que h‡ 
alguma das hip—teses do art. 395 e REJEITA LIMINARMENTE A INICIAL 
ACUSATîRIA. 
⇒! Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o rŽu Ð Aqui 
o Juiz verificar‡ se est‡ presente alguma situa‹o do art. 397 do CPP, 
hip—tese na qual dever‡ ABSOLVER SUMARIAMENTE O ACUSADO. N‹o 
sendo o caso, prosseguir‡ com a audincia de instru‹o e julgamento. 
⇒!Ouvir‡ a v’tima, as testemunhas de acusa‹o e defesa e, por œltimo, 
proceder‡ ao interrogat—rio do acusado (NESTA ORDEM); 
⇒! Ap—s isso, passa-se ˆ fase dos debates orais Ð N‹o h‡ previs‹o de 
substitui‹o dos debates orais por alega›es finais escritas, mas Ž muito 
comum acontecer isto na pr‡tica. 
⇒! Ap—s os debates orais, o Juiz profere sentena Ð A sentena no rito 
sumar’ssimo DISPENSA RELATîRIO, atŽ pelo princ’pio da 
INFORMALIDADE. Vejamos o ¤3¡ do art. 81 da Lei: 
¤ 3¼ A sentena, dispensado o relat—rio, mencionar‡ os elementos de convic‹o do 
Juiz. 
 
Da sentena final ou da decis‹o de rejei‹o da inicial acusat—ria 
caber‡ APELA‚ÌO, nos termos do art. 82 do CPP: 
Art. 82. Da decis‹o de rejei‹o da denœncia ou queixa e da sentena caber‡ apela‹o, 
que poder‡ ser julgada por turma composta de trs Ju’zes em exerc’cio no primeiro 
grau de jurisdi‹o, reunidos na sede do Juizado. 
¤ 1¼ A apela‹o ser‡ interposta no prazo de dez dias, contados da cincia da sentena 
pelo MinistŽrio Pœblico, pelo rŽu e seu defensor, por peti‹o escrita, da qual constar‹o 
as raz›es e o pedido do recorrente. 
¤ 2¼ O recorrido ser‡ intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez dias. 
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O prazo para a interposi‹o da apela‹o ser‡ de 10 dias. 
S‹o cab’veis, ainda, EMBARGOS DE DECLARA‚ÌO, caso haja omiss‹o, 
obscuridade ou contradi‹o na sentena ou ac—rd‹o, nos termos do art. 83 da 
Lei: 
Art. 83. Cabem embargos de declara‹o quando, em sentena ou ac—rd‹o, houver 
obscuridade, contradi‹o ou omiss‹o. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 13.105, de 2015) 
(Vigncia) 
 
Esses embargos INTERROMPEM2 o prazo para interposi‹o da 
APELA‚ÌO, e podem ser opostos por escrito ou oralmente, no prazo de CINCO 
DIAS: 
¤ 1¼ Os embargos de declara‹o ser‹o opostos por escrito ou oralmente, no prazo de 
cinco dias, contados da cincia da decis‹o. 
¤ 2o Os embargos de declara‹o interrompem o prazo para a interposi‹o de recurso. 
(Reda‹o dada pela Lei n¼ 13.105, de 2015) (Vigncia) 
 
Por fim, a Jurisprudncia tem admitido a interposi‹o de RECURSO 
EXTRAORDINçRIO DA DECISÌO DAS TURMAS RECURSAIS (—rg‹o colegiado 
que julga os recursos das decis›es de primeiro grau), mas n‹o se admite a 
interposi‹o de RECURSO ESPECIAL, nos termos do art. 102, III c/c art. 105, 
III da CRFB/88) e sœmulas 640 doSTF3 e 203 do STJ. 
 
1.7!Suspens‹o condicional do processo 
1.7.1!Conceito e cabimento 
Embora sejam consideradas IMPO os crimes aos quais a Lei comine pena 
m‡xima n‹o superior a dois anos (alŽm das contraven›es penais), somente 
podem ser beneficiadas com a SUSPENSÌO CONDICIONAL DO PROCESSO 
aquelas infra›es cuja pena m’nima n‹o seja superior a 01 ano. Vejamos 
o art. 89 da Lei 9.0999/95: 
Art. 89. Nos crimes em que a pena m’nima cominada for igual ou inferior a um 
ano, abrangidas ou n‹o por esta Lei, o MinistŽrio Pœblico, ao oferecer a denœncia, 
poder‡ propor a suspens‹o do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado 
n‹o esteja sendo processado ou n‹o tenha sido condenado por outro crime, presentes 
os demais requisitos que autorizariam a suspens‹o condicional da pena (art. 77 do 
C—digo Penal). 
 
 
2 Trata-se de altera‹o promovida pelo Novo CPC. Antes, os embargos de declara‹o nos Juizados apenas 
SUSPENDIAM o prazo para os demais recursos. 
3 Sœmula 640 do STF: "ƒ cab’vel recurso extraordin‡rio contra decis‹o proferida por juiz de primeiro grau 
nas causas de alada, ou por turma recursal de juizado especial c’vel ou criminal." 
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Da’ se conclui que NEM TODA INFRA‚ÌO DE MENOR POTENCIAL 
OFENSIVO poder‡ ensejar a suspens‹o condicional do processo, mas somente 
aquelas cuja pena m’nima n‹o seja superior a um ano. 
Mas e se h‡ previs‹o de alguma causa de aumento de pena? Ela Ž 
considerada para o c‡lculo da pena m’nima? Sim. Neste caso a pena m’nima 
ser‡ a pena-base m’nima acrescida do aumento m’nimo. 
EXEMPLO: JosŽ Ž denunciado por um crime X, cuja pena prevista Ž de 06 
meses a 02 anos de deten‹o. Contudo, JosŽ praticou o delito em uma 
determinada circunst‰ncia, que implica aumento de pena que varia de 1/3 a 
2/3. Assim, a pena m’nima (para fins de concess‹o do benef’cio) ser‡ a soma 
da pena-base m’nima (06 meses) com o acrŽscimo m’nimo (1/3). Logo, a pena 
m’nima ser‡ de 08 meses, inferior a um ano. Portanto, ser‡ cab’vel a suspens‹o 
condicional do processo. 
 
Este entendimento serviu de fundamento para o enunciado de sœmula n¼ 
723 do STF: 
Sœmula 723 do STF 
ÒN‹o se admite a suspens‹o condicional do processo por crime continuado, se a soma 
da pena m’nima da infra‹o mais grave com o aumento m’nimo de um sexto for 
superior a um ano.Ó 
 
E se o autor do fato n‹o aceitar a proposta de suspens‹o condicional 
do processo? O processo seguir‡ normalmente. 
Aceita a proposta de suspens‹o do processo pelo acusado e por seu 
defensor, na presena do Juiz, ser‡ submetida a aprecia‹o deste (Juiz) que, 
suspendendo o processo, submeter‡ o acusado a per’odo de prova, sob 
determinadas condi›es previstas na lei e OUTRAS que reputar 
pertinentes: 
¤ 1¼ Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presena do Juiz, este, 
recebendo a denœncia, poder‡ suspender o processo, submetendo o acusado a per’odo 
de prova, sob as seguintes condi›es: 
I - repara‹o do dano, salvo impossibilidade de faz-lo; 
II - proibi‹o de freqŸentar determinados lugares; 
III - proibi‹o de ausentar-se da comarca onde reside, sem autoriza‹o do Juiz; 
IV - comparecimento pessoal e obrigat—rio a ju’zo, mensalmente, para informar e 
justificar suas atividades. 
¤ 2¼ O Juiz poder‡ especificar outras condi›es a que fica subordinada a 
suspens‹o, desde que adequadas ao fato e ˆ situa‹o pessoal do acusado. 
 
CUIDADO! A jurisprudncia entende que uma vez oferecida a proposta e aceita 
pelo acusado e seu defensor, o Juiz n‹o tem margem para atua‹o, ele DEVE 
suspender o processo. H‡ jurisprudncia entendendo, ainda, que se o Juiz 
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discordar da proposta oferecida pelo MP dever‡ aplicar o art. 28 do CPP, ou 
seja, remeter os autos ao chefe do MP para que decida a quest‹o em definitivo. 
CUIDADO II! H‡ divergncia na Doutrina e na Jurisprudncia quanto ˆ 
possibilidade de o Juiz fixar, como Òoutras condi›esÓ, alguma das 
medidas cautelares do CPP. H‡ quem entenda que Ž poss’vel e h‡ quem 
entenda que n‹o Ž poss’vel, pois estas possuem o espec’fico car‡ter cautelar. 
 
Mas o titular da a‹o penal est‡ obrigado a oferecer a proposta de 
suspens‹o condicional do processo? Sempre se entendeu que n‹o se tratava 
de direito subjetivo do rŽu. Contudo, h‡ decis›es mais recentes do STJ que levam 
a crer ter se alterado o entendimento daquela Corte. 
Vejamos: 
 (...) II - O MinistŽrio Pœblico ao n‹o ofertar a suspens‹o 
condicional do processo, deve fundamentar adequadamente a sua recusa. A recusa 
concretamente motivada n‹o acarreta, por si, ilegalidade sob o aspecto formal. (Precedentes). 
Recurso ordin‡rio desprovido. 
(RHC 55.792/SP, Rel. Ministro FELIX FISCHER, QUINTA TURMA, julgado em 07/05/2015, DJe 
15/05/2015) 
 
Resumidamente, embora o STJ tenha certo ÒreceioÓ em usar a express‹o 
Òdireito subjetivoÓ, este Tribunal entende que: 
¥! A decis‹o do MP em n‹o ofertar a proposta de suspens‹o deve ser 
fundamentada na ausncia dos requisitos previstos na Lei para sua 
concess‹o. 
¥! O Juiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao n‹o ofertar a proposta, 
para verificar se ela est‡ devidamente fundamentada. 
 
Podemos entender, que se o rŽu preenche devidamente todos os requisitos 
para a obten‹o do benef’cio, este deveria (em tese) ser oferecido pelo MP. Mas 
e se n‹o for? 
Trs correntes existem: 
¥! O Juiz pode conceder de of’cio 
¥! O Juiz pode conceder, a pedido do rŽu 
¥! O Juiz dever‡ remeter o caso ˆ aprecia‹o do PGJ, em analogia ao art. 
28 do CPP 
 
Prevalece no STJ o entendimento de que, em sendo cumpridos os requisitos 
e n‹o havendo proposta do MP, o Juiz deve aplicar, por analogia, o art. 28 do 
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CPP, ou seja, remeter os autos ao PGJ, para que este decida pelo oferecimento, 
ou n‹o, da proposta.4 
O STF Ž mais expl’cito em seu entendimento solidificado, no sentido 
de que NÌO se trata de direito subjetivo do acusado.5 
 
1.7.2!Revoga‹o do benef’cio 
A suspens‹o condicional do processo, uma vez estabelecida, poder‡ ser 
REVOGADA: 
⇒!Obrigatoriamente Ð Quando o acusado for processado por outro crime 
ou n‹o reparar o dano, de maneira injustificada. Nos termos do art. 89, 
¤3¡ da Lei: 
¤ 3¼ A suspens‹o ser‡ revogada se, no curso do prazo, o benefici‡rio vier a ser 
processado por outro crime ou n‹o efetuar, sem motivo justificado, a repara‹o do 
dano. 
 
⇒! Facultativamente Ð Aqui o Juiz pode ou n‹o revog‡-la. Ocorrer‡ caso o 
acusado for processado por contraven‹o ou descumprir qualquer 
outra condi‹o imposta. Nos termos do ¤4¡ do art. 89 da Lei: 
¤ 4¼ A suspens‹o poder‡ ser revogada se o acusado vier a ser processado, no curso 
do prazo, por contraven‹o, ou descumprir qualquer outra condi‹o imposta. 
 
REVOGA‚ÌO DA SUSPENSÌO CONDICIONAL DO PROCESSO 
OBRIGATîRIA FACULTATIVA 
¥! Ausncia de repara‹o do 
dano (sem justo motivo) 
¥! Acusado vier a ser 
processado por novo 
CRIME (ainda que tenha 
sido praticado antes da 
suspens‹o - HC 62401/ES-
STJ) 
¥! Descumprimento de qualquer 
outra condi‹o¥! Acusado vier a ser processado 
por contraven‹o (ainda que 
tenha sido praticada antes) 
 
Durante o prazo da suspens‹o condicional do processo NÌO CORRE 
A PRESCRI‚ÌO. Findo o prazo sem revoga‹o, estar‡ EXTINTA A 
PUNIBILIDADE. Vejamos: 
¤ 5¼ Expirado o prazo sem revoga‹o, o Juiz declarar‡ extinta a punibilidade. 
 
4 Ver, neste sentido: RHC 55792 / SP. Em sentido CONTRçRIO (pela concess‹o ex officio) ver: HC 131108 
/ RJ 
5 RHC 115997, Relator(a): Min. CçRMEN LòCIA, Segunda Turma, julgado em 12/11/2013, PROCESSO 
ELETRïNICO DJe-228 DIVULG 19-11-2013 PUBLIC 20-11-2013 
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¤ 6¼ N‹o correr‡ a prescri‹o durante o prazo de suspens‹o do processo. 
 
A extin‹o da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. 
 
1.8!Juizados Especiais Criminais Federais (Lei 10.259/01) 
Os Juizados Criminais na Justia Federal foram criados pela Lei 10.259/01, 
conforme previs‹o de seu art. 1¡: 
Art. 1o S‹o institu’dos os Juizados Especiais C’veis e Criminais da Justia Federal, aos 
quais se aplica, no que n‹o conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 
de setembro de 1995. 
 
O art. 2¡ da Lei 10.259/01 estabeleceu a competncia dos Juizados Criminais 
Federais, estabelecendo regra praticamente idntica ˆ do art. 60 da Lei 9.099/95: 
Art. 2o Compete ao Juizado Especial Federal Criminal processar e julgar os feitos de 
competncia da Justia Federal relativos ˆs infra›es de menor potencial ofensivo, 
respeitadas as regras de conex‹o e continncia. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 11.313, 
de 2006) 
 
Entretanto, uma observa‹o deve ser feita. Vejamos a reda‹o do art. 61 da 
Lei 9.099/95 
Art. 61. Consideram-se infra›es penais de menor potencial ofensivo, para os efeitos 
desta Lei, as contraven›es penais e os crimes a que a lei comine pena m‡xima n‹o 
superior a 2 (dois) anos, cumulada ou n‹o com multa. (Reda‹o dada pela Lei n¼ 
11.313, de 2006) 
 
Este artigo diz que infra›es de menor potencial ofensivo (IMPO) Ž um 
gnero do qual existem duas espŽcies: 
¥! Contraven›es penais 
¥! Crimes aos quais a lei comine pena m‡xima NÌO SUPERIOR A DOIS 
ANOS. 
 
Estas duas, portanto, s‹o as espŽcies de infra‹o de menor potencial 
ofensivo. No entanto, no bojo dos Juizados Federais Criminais, n‹o h‡ 
julgamento de CONTRAVEN‚ÍES PENAIS, pois a Justia Federal NÌO 
POSSUI COMPETæNCIA para o processo e julgamento de contraven›es penais. 
O conceito do que seria infra‹o de menor potencial ofensivo consta, como 
vimos, no art. 61 da Lei 9.099/95, com a reda‹o dada pela Lei 11.313/06. Este, 
como v‡rios outros artigos da Lei 9.099/95, aplicam-se aos Juizados Federais 
Criminais, pois a Lei 10.259/01 n‹o estabelece um rito sumar’ssimo pr—prio para 
os Juizados Criminais Federais, limitando-se a prever que deva ser aplicada a Lei 
9.099/95. Vejamos o art. 1¡ da Lei 10.259/01: 
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Art. 1o S‹o institu’dos os Juizados Especiais C’veis e Criminais da Justia Federal, aos 
quais se aplica, no que n‹o conflitar com esta Lei, o disposto na Lei no 9.099, de 26 
de setembro de 1995. 
 
Como n‹o h‡ rito processual penal pr—prio na Lei 10.259/01, o procedimento 
em ambos os Juizados Ž o mesmo, ou seja, o previsto na Lei 9.099/95, j‡ 
estudado. 
______________ 
Bons estudos! 
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2! DISPOSITIVOS LEGAIS IMPORTANTES 
 
LEI 9.099/95 
Ä Arts. 60 a 92 da Lei 9.099/95 Ð Regulamentam os Juizados Especiais 
Criminais e o rito sumar’ssimo aplic‡vel ˆs infra›es de menor potencial ofensivo: 
Cap’tulo III 
Dos Juizados Especiais Criminais 
Disposi›es Gerais 
 Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por ju’zes togados ou togados e 
leigos, tem competncia para a concilia‹o, o julgamento e a execu‹o das infra›es 
penais de menor potencial ofensivo, respeitadas as regras de conex‹o e 
continncia. (Redação dada pela Lei nº 11.313, de 2006) 
 Par‡grafo œnico. Na reuni‹o de processos, perante o ju’zo comum ou o tribunal 
do jœri, decorrentes da aplica‹o das regras de conex‹o e continncia, observar-se-
‹o os institutos da transa‹o penal e da composi‹o dos danos civis. (Incluído pela Lei 
nº 11.313, de 2006) 
 Art. 61. Consideram-se infra›es penais de menor potencial ofensivo, para os 
efeitos desta Lei, as contraven›es penais e os crimes a que a lei comine pena m‡xima 
n‹o superior a 2 (dois) anos, cumulada ou n‹o com multa. (Redação dada pela Lei nº 
11.313, de 2006) 
 Art. 62. O processo perante o Juizado Especial orientar-se-‡ pelos critŽrios da 
oralidade, informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que 
poss’vel, a repara‹o dos danos sofridos pela v’tima e a aplica‹o de pena n‹o 
privativa de liberdade. 
 
Se‹o I 
Da Competncia e dos Atos Processuais 
 Art. 63. A competncia do Juizado ser‡ determinada pelo lugar em que foi 
praticada a infra‹o penal. 
 Art. 64. Os atos processuais ser‹o pœblicos e poder‹o realizar-se em hor‡rio 
noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de 
organiza‹o judici‡ria. 
 Art. 65. Os atos processuais ser‹o v‡lidos sempre que preencherem as finalidades 
para as quais foram realizados, atendidos os critŽrios indicados no art. 62 desta Lei. 
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 ¤ 1¼ N‹o se pronunciar‡ qualquer nulidade sem que tenha havido preju’zo. 
 ¤ 2¼ A pr‡tica de atos processuais em outras comarcas poder‡ ser solicitada por 
qualquer meio h‡bil de comunica‹o. 
 ¤ 3¼ Ser‹o objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por 
essenciais. Os atos realizados em audincia de instru‹o e julgamento poder‹o ser 
gravados em fita magnŽtica ou equivalente. 
 Art. 66. A cita‹o ser‡ pessoal e far-se-‡ no pr—prio Juizado, sempre que poss’vel, 
ou por mandado. 
 Par‡grafo œnico. N‹o encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhar‡ 
as peas existentes ao Ju’zo comum para ado‹o do procedimento previsto em lei. 
 Art. 67. A intima‹o far-se-‡ por correspondncia, com aviso de recebimento 
pessoal ou, tratando-se de pessoa jur’dica ou firma individual, mediante entrega ao 
encarregado da recep‹o, que ser‡ obrigatoriamente identificado, ou, sendo 
necess‡rio, por oficial de justia, independentemente de mandado ou carta precat—ria, 
ou ainda por qualquer meio id™neo de comunica‹o. 
 Par‡grafo œnico. Dos atos praticados em audincia considerar-se-‹o desde logo 
cientes as partes, os interessados e defensores. 
 Art. 68. Do ato de intima‹o do autor do fato e do mandado de cita‹o do 
acusado, constar‡ a necessidade de seu comparecimento acompanhado de advogado, 
com a advertncia de que, na sua falta, ser-lhe-‡ designado defensor pœblico. 
 
Se‹o II 
Da Fase Preliminar 
 Art. 69. A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrncia lavrar‡ 
termo circunstanciado e o encaminhar‡ imediatamente ao Juizado, com o autor do 
fato e a v’tima, providenciando-se as requisi›es dos exames periciais necess‡rios. 
 Par‡grafo œnico. Ao autordo fato que, ap—s a lavratura do termo, for 
imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele 
comparecer, n‹o se impor‡ pris‹o em flagrante, nem se exigir‡ fiana. Em caso de 
violncia domŽstica, o juiz poder‡ determinar, como medida de cautela, seu 
afastamento do lar, domic’lio ou local de convivncia com a v’tima. (Redação dada pela 
Lei nº 10.455, de 13.5.2002)) 
 Art. 70. Comparecendo o autor do fato e a v’tima, e n‹o sendo poss’vel a 
realiza‹o imediata da audincia preliminar, ser‡ designada data pr—xima, da qual 
ambos sair‹o cientes. 
 Art. 71. Na falta do comparecimento de qualquer dos envolvidos, a Secretaria 
providenciar‡ sua intima‹o e, se for o caso, a do respons‡vel civil, na forma dos arts. 
67 e 68 desta Lei. 
 Art. 72. Na audincia preliminar, presente o representante do MinistŽrio Pœblico, 
o autor do fato e a v’tima e, se poss’vel, o respons‡vel civil, acompanhados por seus 
advogados, o Juiz esclarecer‡ sobre a possibilidade da composi‹o dos danos e da 
aceita‹o da proposta de aplica‹o imediata de pena n‹o privativa de liberdade. 
 Art. 73. A concilia‹o ser‡ conduzida pelo Juiz ou por conciliador sob sua 
orienta‹o. 
 Par‡grafo œnico. Os conciliadores s‹o auxiliares da Justia, recrutados, na forma 
da lei local, preferentemente entre bacharŽis em Direito, exclu’dos os que exeram 
fun›es na administra‹o da Justia Criminal. 
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 Art. 74. A composi‹o dos danos civis ser‡ reduzida a escrito e, homologada pelo 
Juiz mediante sentena irrecorr’vel, ter‡ efic‡cia de t’tulo a ser executado no ju’zo civil 
competente. 
 Par‡grafo œnico. Tratando-se de a‹o penal de iniciativa privada ou de a‹o 
penal pœblica condicionada ˆ representa‹o, o acordo homologado acarreta a renœncia 
ao direito de queixa ou representa‹o. 
 Art. 75. N‹o obtida a composi‹o dos danos civis, ser‡ dada imediatamente ao 
ofendido a oportunidade de exercer o direito de representa‹o verbal, que ser‡ 
reduzida a termo. 
 Par‡grafo œnico. O n‹o oferecimento da representa‹o na audincia preliminar 
n‹o implica decadncia do direito, que poder‡ ser exercido no prazo previsto em lei. 
 Art. 76. Havendo representa‹o ou tratando-se de crime de a‹o penal pœblica 
incondicionada, n‹o sendo caso de arquivamento, o MinistŽrio Pœblico poder‡ propor 
a aplica‹o imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na 
proposta. 
 ¤ 1¼ Nas hip—teses de ser a pena de multa a œnica aplic‡vel, o Juiz poder‡ reduzi-
la atŽ a metade. 
 ¤ 2¼ N‹o se admitir‡ a proposta se ficar comprovado: 
 I - ter sido o autor da infra‹o condenado, pela pr‡tica de crime, ˆ pena privativa 
de liberdade, por sentena definitiva; 
 II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela 
aplica‹o de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo; 
 III - n‹o indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
agente, bem como os motivos e as circunst‰ncias, ser necess‡ria e suficiente a ado‹o 
da medida. 
 ¤ 3¼ Aceita a proposta pelo autor da infra‹o e seu defensor, ser‡ submetida ˆ 
aprecia‹o do Juiz. 
 ¤ 4¼ Acolhendo a proposta do MinistŽrio Pœblico aceita pelo autor da infra‹o, o 
Juiz aplicar‡ a pena restritiva de direitos ou multa, que n‹o importar‡ em reincidncia, 
sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benef’cio no prazo de cinco 
anos. 
 ¤ 5¼ Da sentena prevista no par‡grafo anterior caber‡ a apela‹o referida no 
art. 82 desta Lei. 
 ¤ 6¼ A imposi‹o da san‹o de que trata o ¤ 4¼ deste artigo n‹o constar‡ de 
certid‹o de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, 
e n‹o ter‡ efeitos civis, cabendo aos interessados propor a‹o cab’vel no ju’zo c’vel. 
 
Se‹o III 
Do Procedimento Sumari’ssimo 
 Art. 77. Na a‹o penal de iniciativa pœblica, quando n‹o houver aplica‹o de 
pena, pela ausncia do autor do fato, ou pela n‹o ocorrncia da hip—tese prevista no 
art. 76 desta Lei, o MinistŽrio Pœblico oferecer‡ ao Juiz, de imediato, denœncia oral, se 
n‹o houver necessidade de diligncias imprescind’veis. 
 ¤ 1¼ Para o oferecimento da denœncia, que ser‡ elaborada com base no termo 
de ocorrncia referido no art. 69 desta Lei, com dispensa do inquŽrito policial, 
prescindir-se-‡ do exame do corpo de delito quando a materialidade do crime estiver 
aferida por boletim mŽdico ou prova equivalente. 
 ¤ 2¼ Se a complexidade ou circunst‰ncias do caso n‹o permitirem a formula‹o 
da denœncia, o MinistŽrio Pœblico poder‡ requerer ao Juiz o encaminhamento das peas 
existentes, na forma do par‡grafo œnico do art. 66 desta Lei. 
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 ¤ 3¼ Na a‹o penal de iniciativa do ofendido poder‡ ser oferecida queixa oral, 
cabendo ao Juiz verificar se a complexidade e as circunst‰ncias do caso determinam 
a ado‹o das providncias previstas no par‡grafo œnico do art. 66 desta Lei. 
 Art. 78. Oferecida a denœncia ou queixa, ser‡ reduzida a termo, entregando-se 
c—pia ao acusado, que com ela ficar‡ citado e imediatamente cientificado da 
designa‹o de dia e hora para a audincia de instru‹o e julgamento, da qual tambŽm 
tomar‹o cincia o MinistŽrio Pœblico, o ofendido, o respons‡vel civil e seus advogados. 
 ¤ 1¼ Se o acusado n‹o estiver presente, ser‡ citado na forma dos arts. 66 e 68 
desta Lei e cientificado da data da audincia de instru‹o e julgamento, devendo a ela 
trazer suas testemunhas ou apresentar requerimento para intima‹o, no m’nimo cinco 
dias antes de sua realiza‹o. 
 ¤ 2¼ N‹o estando presentes o ofendido e o respons‡vel civil, ser‹o intimados 
nos termos do art. 67 desta Lei para comparecerem ˆ audincia de instru‹o e 
julgamento. 
 ¤ 3¼ As testemunhas arroladas ser‹o intimadas na forma prevista no art. 67 
desta Lei. 
 Art. 79. No dia e hora designados para a audincia de instru‹o e julgamento, 
se na fase preliminar n‹o tiver havido possibilidade de tentativa de concilia‹o e de 
oferecimento de proposta pelo MinistŽrio Pœblico, proceder-se-‡ nos termos dos arts. 
72, 73, 74 e 75 desta Lei. 
 Art. 80. Nenhum ato ser‡ adiado, determinando o Juiz, quando imprescind’vel, 
a condu‹o coercitiva de quem deva comparecer. 
 Art. 81. Aberta a audincia, ser‡ dada a palavra ao defensor para responder ˆ 
acusa‹o, ap—s o que o Juiz receber‡, ou n‹o, a denœncia ou queixa; havendo 
recebimento, ser‹o ouvidas a v’tima e as testemunhas de acusa‹o e defesa, 
interrogando-se a seguir o acusado, se presente, passando-se imediatamente aos 
debates orais e ˆ prola‹o da sentena. 
 ¤ 1¼ Todas as provas ser‹o produzidas na audincia de instru‹o e julgamento, 
podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas, impertinentes ou 
protelat—rias. 
 ¤ 2¼ De todo o ocorrido na audincia ser‡ lavrado termo, assinado pelo Juiz e 
pelas partes, contendo breve resumo dos fatos relevantes ocorridos em audincia e a 
sentena. 
 ¤ 3¼ A sentena, dispensado o relat—rio, mencionar‡ os elementos de convic‹o 
do Juiz. 
 Art. 82. Da decis‹o de rejei‹o da denœncia ou queixa e da sentena caber‡ 
apela‹o, que poder‡ ser julgada por turma composta de trs Ju’zesem exerc’cio no 
primeiro grau de jurisdi‹o, reunidos na sede do Juizado. 
 ¤ 1¼ A apela‹o ser‡ interposta no prazo de dez dias, contados da cincia da 
sentena pelo MinistŽrio Pœblico, pelo rŽu e seu defensor, por peti‹o escrita, da qual 
constar‹o as raz›es e o pedido do recorrente. 
 ¤ 2¼ O recorrido ser‡ intimado para oferecer resposta escrita no prazo de dez 
dias. 
 ¤ 3¼ As partes poder‹o requerer a transcri‹o da grava‹o da fita magnŽtica a 
que alude o ¤ 3¼ do art. 65 desta Lei. 
 ¤ 4¼ As partes ser‹o intimadas da data da sess‹o de julgamento pela imprensa. 
 ¤ 5¼ Se a sentena for confirmada pelos pr—prios fundamentos, a sœmula do 
julgamento servir‡ de ac—rd‹o. 
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 Art. 83. Cabem embargos de declara‹o quando, em sentena ou ac—rd‹o, 
houver obscuridade, contradi‹o ou omiss‹o. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 
2015) (Vigência) 
 ¤ 1¼ Os embargos de declara‹o ser‹o opostos por escrito ou oralmente, no 
prazo de cinco dias, contados da cincia da decis‹o. 
 ¤ 2o Os embargos de declara‹o interrompem o prazo para a interposi‹o de 
recurso. (Redação dada pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência) 
 ¤ 3¼ Os erros materiais podem ser corrigidos de of’cio. 
 
Se‹o IV 
Da Execu‹o 
 Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa, seu cumprimento far-se-‡ 
mediante pagamento na Secretaria do Juizado. 
 Par‡grafo œnico. Efetuado o pagamento, o Juiz declarar‡ extinta a punibilidade, 
determinando que a condena‹o n‹o fique constando dos registros criminais, exceto 
para fins de requisi‹o judicial. 
 Art. 85. N‹o efetuado o pagamento de multa, ser‡ feita a convers‹o em pena 
privativa da liberdade, ou restritiva de direitos, nos termos previstos em lei. 
 Art. 86. A execu‹o das penas privativas de liberdade e restritivas de direitos, 
ou de multa cumulada com estas, ser‡ processada perante o —rg‹o competente, nos 
termos da lei. 
 
Se‹o V 
Das Despesas Processuais 
 Art. 87. Nos casos de homologa‹o do acordo civil e aplica‹o de pena restritiva 
de direitos ou multa (arts. 74 e 76, ¤ 4¼), as despesas processuais ser‹o reduzidas, 
conforme dispuser lei estadual. 
 
Se‹o VI 
Disposi›es Finais 
 Art. 88. AlŽm das hip—teses do C—digo Penal e da legisla‹o especial, depender‡ 
de representa‹o a a‹o penal relativa aos crimes de les›es corporais leves e les›es 
culposas. 
 Art. 89. Nos crimes em que a pena m’nima cominada for igual ou inferior a um 
ano, abrangidas ou n‹o por esta Lei, o MinistŽrio Pœblico, ao oferecer a denœncia, 
poder‡ propor a suspens‹o do processo, por dois a quatro anos, desde que o acusado 
n‹o esteja sendo processado ou n‹o tenha sido condenado por outro crime, presentes 
os demais requisitos que autorizariam a suspens‹o condicional da pena (art. 77 do 
Código Penal). 
 ¤ 1¼ Aceita a proposta pelo acusado e seu defensor, na presena do Juiz, este, 
recebendo a denœncia, poder‡ suspender o processo, submetendo o acusado a per’odo 
de prova, sob as seguintes condi›es: 
 I - repara‹o do dano, salvo impossibilidade de faz-lo; 
 II - proibi‹o de freqŸentar determinados lugares; 
 III - proibi‹o de ausentar-se da comarca onde reside, sem autoriza‹o do Juiz; 
 IV - comparecimento pessoal e obrigat—rio a ju’zo, mensalmente, para informar 
e justificar suas atividades. 
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 ¤ 2¼ O Juiz poder‡ especificar outras condi›es a que fica subordinada a 
suspens‹o, desde que adequadas ao fato e ˆ situa‹o pessoal do acusado. 
 ¤ 3¼ A suspens‹o ser‡ revogada se, no curso do prazo, o benefici‡rio vier a ser 
processado por outro crime ou n‹o efetuar, sem motivo justificado, a repara‹o do 
dano. 
 ¤ 4¼ A suspens‹o poder‡ ser revogada se o acusado vier a ser processado, no 
curso do prazo, por contraven‹o, ou descumprir qualquer outra condi‹o imposta. 
 ¤ 5¼ Expirado o prazo sem revoga‹o, o Juiz declarar‡ extinta a punibilidade. 
 ¤ 6¼ N‹o correr‡ a prescri‹o durante o prazo de suspens‹o do processo. 
 ¤ 7¼ Se o acusado n‹o aceitar a proposta prevista neste artigo, o processo 
prosseguir‡ em seus ulteriores termos. 
 Art. 90. As disposi›es desta Lei n‹o se aplicam aos processos penais cuja 
instru‹o j‡ estiver iniciada. (Vide ADIN nº 1.719-9) 
 Art. 90-A. As disposi›es desta Lei n‹o se aplicam no ‰mbito da Justia 
Militar. (Artigo incluído pela Lei nº 9.839, de 27.9.1999) 
 Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigir representa‹o para a propositura 
da a‹o penal pœblica, o ofendido ou seu representante legal ser‡ intimado para 
oferec-la no prazo de trinta dias, sob pena de decadncia. 
 Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi›es dos C—digos Penal e de 
Processo Penal, no que n‹o forem incompat’veis com esta Lei. 
 
3! SòMULAS PERTINENTES 
3.1!Sœmulas vinculantes 
Ä Sœmula Vinculante 35 Ð O STF havia sumulou entendimento no sentido de 
que a sentena que homologa a transa‹o penal n‹o produz coisa julgada 
material, de maneira que, uma vez descumpridas as condi›es, retorna-se ao 
status quo, ˆ situa‹o anterior, e o MP pode dar prosseguimento ˆ persecu‹o 
penal: 
Sœmula Vinculante 35 
ÒA HOMOLOGAÇÌO DA TRANSAÇÌO PENAL PREVISTA NO ARTIGO 76 DA LEI 
9.099/1995 NÌO FAZ COISA JULGADA MATERIAL E, DESCUMPRIDAS SUAS 
CLçUSULAS, RETOMA-SE A SITUAC ̧ÌO ANTERIOR, POSSIBILITANDO-SE AO 
MINISTƒRIO PòBLICO A CONTINUIDADE DA PERSECUC ̧ÌO PENAL MEDIANTE 
OFERECIMENTO DE DENòNCIA OU REQUISIC ̧ÌO DE INQUƒRITO POLICIAL. Ó 
 
3.2!Sœmulas do STF 
Ä Sœmula 690 do STF Ð SòMULA SUPERADA. O STF havia sumulado 
entendimento no sentido de que competia a ele, STF, o julgamento de habeas 
corpus contra decis‹o de turma recursal de juizados especiais criminais. Contudo, 
a Doutrina entende que esta sœmula perdeu sua raz‹o de existir, pois o 
entendimento Jurisprudencial do STF se modificou, cabendo ao Tribunal de 
Justia, ou TRF, o julgamento do HC em nesses casos: 
Sœmula 690 do STF 
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ÒCompete originariamente ao Supremo Tribunal Federal o julgamento de habeas 
corpus contra decis‹o de turma recursal de juizados especiais criminaisÓ 
 
Ä Sœmula 696 do STF Ð O STF sumulou entendimento no sentido de que, caso 
haja recusa de oferecimento da proposta de suspens‹o condicional do processo, 
o Juiz dever‡, caso discorde do MP, encaminhar os autos ao Chefe do MP, por 
analogia ao art. 28 do CPP (aplic‡vel ao arquivamento do InquŽrito Policial): 
Sœmula 696 do STF 
ÒReunidos os pressupostos legais permissivos da suspens‹o condicional do processo, 
mas se recusando o Promotor de Justiça a propô-la, o Juiz, dissentindo, remeter‡ a 
quest‹o ao Procurador-Geral, aplicando-se por analogia o art. 28 do C—digo de 
Processo Penal.Ó 
 
Ä Sœmula 640 do STF Ð O STF sumulou entendimento no sentido de que, 
embora n‹o caiba recurso especial para o STJ contra decis‹o proferida por Turma 
Recursal, cabe recurso extraordin‡riopara o STF. Verbete de sœmula n¼ 640 do 
STF: 
Sœmula 640 do STF 
"ƒ cab’vel recurso extraordin‡rio contra decis‹o proferida por juiz de primeiro grau 
nas causas de alada, ou por turma recursal de juizado especial c’vel ou criminal." 
 
Ä Sœmula 723 do STF Ð O STF sumulou entendimento no sentido de que, em 
se tratando de crime continuado, o patamar para o cabimento da suspens‹o 
condicional do processo (pena m’nima n‹o superior a 01 ano) Ž aferido tendo 
como base a pena m’nima prevista, acrescida do percentual m’nimo de aumento 
decorrente da continuidade delitiva (1/6). Nesse sentido o verbete n¼ 723 da 
sœmula do STF: 
Sœmula 723 do STF 
ÒN‹o se admite a suspens‹o condicional do processo por crime continuado, se a soma 
da pena m’nima da infra‹o mais grave com o aumento m’nimo de um sexto for 
superior a um ano.Ó 
 
3.3!Sœmulas do STJ 
Ä Sœmula 376 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que cabe 
ˆ Turma Recursal processar e julgar o mandado de segurana contra ato proferido 
pelo Juizado Especial: 
Sœmula 376 do STJ 
COMPETE A TURMA RECURSAL PROCESSAR E JULGAR O MANDADO DE SEGURANC ̧A 
CONTRA ATO DE JUIZADO ESPECIAL. 
 
Ä Sœmula 203 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que n‹o 
cabe recurso especial contra decis‹o proferida por —rg‹o de segundo grau de 
jurisdi‹o dos Juizados Especiais: 
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Sœmula 203 do STJ - NÌO CABE RECURSO ESPECIAL CONTRA DECISÌO PROFERIDA 
POR îRGÌO DE SEGUNDO GRAU DOS JUIZADOS ESPECIAIS. 
 
Ä Sœmula 428 do STJ Ð O STJ alterou seu entendimento, passando a entender 
que cabe ao pr—prio TRF decidir o conflito de competncia entre Ju’zo 
Federal e Juizado Federal que estejam a ele vinculados. O novo entendimento 
foi sumulado atravŽs do verbete de nœmero 428: 
Sœmula 428 do STJ 
COMPETE AO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DECIDIR OS CONFLITOS DE 
COMPETE ̂NCIA ENTRE JUIZADO ESPECIAL FEDERAL E JUêZO FEDERAL DA MESMA 
SEC ̧ÌO JUDICIçRIA. 
 
Ä Sœmula 536 do STJ Ð O STJ sumulou entendimento no sentido de que, apesar 
de poder ser utilizado o rito sumar’ssimo da Lei 9.099/95 no processo e 
julgamento dos crimes que envolvam violncia domŽstica e familiar contra a 
mulher (Lei Maria da Penha), n‹o ser‡ poss’vel a aplica‹o da suspens‹o 
condicional do processo e da transa‹o penal (institutos despenalizadores): 
Sœmula 536 do STJ 
A suspens‹o condicional do processo e a transa‹o penal n‹o se aplicam na hip—tese 
de delitos sujeitos ao rito da Lei Maria da Penha. 
 
4! RESUMO 
Para finalizar o estudo da matŽria, trazemos um resumo dos 
principais aspectos estudados ao longo da aula. Nossa 
sugest‹o Ž a de que esse resumo seja estudado sempre 
previamente ao in’cio da aula seguinte, como forma de 
ÒrefrescarÓ a mem—ria. AlŽm disso, segundo a organiza‹o 
de estudos de vocs, a cada ciclo de estudos Ž fundamental 
retomar esses resumos. Caso encontrem dificuldade em 
compreender alguma informa‹o, n‹o deixem de retornar ˆ 
aula. 
JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAIS 
Competncia Ð Processo e julgamento das infra›es de menor potencial 
ofensivo. 
Infra›es de menor potencial ofensivo: 
INFRA‚ÍES DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO 
CONTRAVEN‚ÍES 
PENAIS 
CRIMES 
TODAS APENAS AQUELES CUJA PENA MçXIMA NÌO 
SEJA SUPERIOR A 02 ANOS 
 
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OBS.: Determinados crimes n‹o se submetem aos Juizados: 
§! Crimes militares Ð N‹o importa qual a pena cominada (se Ž menor que 
dois anos ou n‹o), n‹o se aplica o rito sumar’ssimo aos crimes militares. 
 
 
CUIDADO! Em rela‹o aos crimes de violncia domŽstica, o STF e o STJ 
entendem que Ž poss’vel o julgamento pelo rito sumar’ssimo, o que n‹o Ž 
poss’vel Ž a aplica‹o dos institutos despenalizadores (transa‹o penal, 
suspens‹o condicional do processo, etc.) 
 
OBS.: Se a IMPO tiver de ser julgada por outro Ju’zo (por raz›es de conex‹o ou 
continncia), dever‹o ser aplicados os procedimentos relativos ˆs IMPOs 
(transa‹o penal, etc.). 
 
Competncia territorial - A competncia territorial ser‡ determinada pelo lugar 
em que foi praticada a infra‹o penal Ð TEORIA DA ATIVIDADE. 
 
Princ’pios 
§! Oralidade 
§! Informalidade 
§! Economia Processual 
§! Celeridade Processual 
 
Objetivos 
§! Repara‹o dos danos sofridos pela v’tima 
§! Aplica‹o de pena n‹o-privativa de liberdade 
 
Procedimento 
Atos chamat—rios 
A cita‹o ser‡ NECESSARIAMENTE PESSOAL. N‹o cabe cita‹o por edital! 
A Doutrina entende ser inadmiss’vel tambŽm, por analogia, a cita‹o por hora 
certa. Se for necess‡ria cita‹o ficta (edital ou hora certa) = processo vai 
para o Ju’zo comum (adota-se o rito sum‡rio). 
 
Fase preliminar 
Termo circunstanciado e pris‹o em flagrante Ð N‹o h‡ instaura‹o de IP em 
rela‹o ˆs IMPOs, devendo ser lavrado termo circunstanciado. 
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OBS.: Ser‡ dispens‡vel o exame de corpo de delito, desde que o termo 
circunstanciado esteja acompanhado por boletim mŽdico ou prova equivalente, 
atestando a materialidade do fato. 
OBS.: Se o autor do fato se comprometer a comparecer a todos os atos do 
processo, n‹o poder‡ ser lavrado auto de pris‹o em flagrante. 
 
Audincia preliminar e composi‹o civil dos danos 
§! Ap—s a etapa em sede policial, ser‡ designada audincia preliminar 
§! Obtida a composi‹o civil dos danos causados, o Juiz a homologar‡ por 
sentena, que ser‡ IRRECORRêVEL. Esta sentena valer‡ como t’tulo 
executivo na seara c’vel. 
§! Se o crime for de a‹o penal pœblica CONDICIONADA ou de a‹o penal 
privada, a composi‹o civil dos danos acarreta a RENòNCIA DO DIREITO 
DE OFERECER REPRESENTA‚ÌO OU QUEIXA. 
§! Caso n‹o seja obtida a composi‹o civil dos danos, e sendo caso de a‹o 
penal privada ou pœblica condicionada ˆ representa‹o, o Juiz dar‡ 
oportunidade ao ofendido para que apresente a sua representa‹o ou 
oferea a queixa. 
§! Caso o ofendido n‹o a exera no momento, poder‡ exercer esse direito 
posteriormente (oferecimento de queixa ou representa‹o), desde que 
dentro do per’odo legal. 
§! Caso o ofendido oferea a representa‹o (crimes de a‹o penal pœblica 
condicionada) ou sendo crime de a‹o penal pœblica incondicionada, o Juiz 
dar‡ vista ao MP para que proponha, se for cab’vel, a TRANSA‚ÌO PENAL. 
 
Transa‹o penal 
Conceito Ð Proposta de aplica‹o imediata de pena restritiva de direitos ou 
multas (a ser especificada na proposta). Em troca, o MP deixa de ajuizar a a‹o 
penal. EspŽcie de ÒacordoÓ entre o suposto infrator e o MP. 
Inadmissibilidade 
TRANSA‚ÌO PENAL Ð INADMISSIBILIDADE 
¥! Se o autor do fato tiver sido condenado, pela pr‡tica de crime, ˆ pena 
privativa de liberdade, por sentena definitiva 
¥! Se o autor do fato tiver sido beneficiado anteriormente, no prazo de cinco 
anos, com a transa‹o penal 
¥! Os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como 
os motivos e as circunst‰ncias n‹o indicarem ser necess‡ria e suficiente 
a ado‹o da medida 
 
Aceita‹o 
§! Sendo aceita a proposta, ela ser‡ submetida ao Juiz, para que a acolha ou 
n‹o. 
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§! Caso o Juiz acolha a proposta, aplicar‡ a pena restritiva de direitos ou 
multa, mas essa san‹o n‹o Ž considerada uma condena‹o, nem Ž levada 
em conta para fins de reincidncia. 
§! Da decis‹o do Juiz que acolhe ou n‹o a proposta, caber‡ APELA‚ÌO. 
 
§! E se o acusado NÌO ACEITAR a proposta de transa‹o penal? Nesse 
caso, o MP oferecer‡ denœncia oral, se n‹o for caso de realiza‹o de alguma 
diligncia. Se a a‹o penal for privada, o ofendido poder‡ oferecer a queixa (a‹o 
penal privada). 
 
 
§! A transa‹o penal Ž direito subjetivo do rŽu? O STJ entende que n‹o 
(AgRg no REsp 1356229 / PR). 
§! Cabe transa‹o penal em a‹o penal privada? Sim, e neste caso o 
ofendido Ž quem deve oferecer a proposta. 
 
Procedimento sumar’ssimo propriamente dito 
§! Na inicial acusat—ria devem ser arroladas as testemunhas, cujo 
nœmero a Lei n‹o diz. Aplica-se, por analogia o nœmero de testemunhas do 
rito sum‡rio = m‡ximo de 05 testemunhas. 
§! Ap—s esse momento, proceder-se-‡ ˆ cita‹o do acusado. 
§! Na audincia de instru‹o e julgamento o Juiz: 
ü! Dar‡ a palavra ˆ defesa responder ˆ acusa‹o 
ü! O Juiz rejeita ou recebe a inicial acusat—ria 
ü! Recebendo a inicial, o Juiz pode absolver sumariamente o rŽu 
ü! N‹o havendo absolvi‹o sum‡ria, ouvir‡ a v’tima, as testemunhas de 
acusa‹o e defesa e, por œltimo, proceder‡ ao interrogat—rio do 
acusado (NESTA ORDEM). 
ü! Ap—s isso, passa-se ˆ fase dos debates orais 
ü! Ap—s os debates orais, o Juiz profere sentena 
 
! Da sentena final ou da decis‹o de rejei‹o da inicial acusat—ria 
caber‡ APELA‚ÌO, no prazo de 10 dias. 
! S‹o cab’veis, ainda, EMBARGOS DE DECLARA‚ÌO, no prazo de 05 dias, 
caso haja omiss‹o, obscuridade ou contradi‹o na sentena ou ac—rd‹o. Os 
embargos INTERROMPEM o prazo para interposi‹o da apela‹o. 
 
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ATEN‚ÌO! Como regra, em face da decis‹o de rejei‹o da inicial acusat—ria 
(denœncia ou queixa) cabe RESE (recurso em sentido estrito). No rito 
sumar’ssimo o recurso cab’vel para este caso Ž a apela‹o, no prazo de 10 
dias. 
 
Suspens‹o condicional do processo 
Conceito - Suspens‹o do processo, por 02 a 04 anos, durante os quais o acusado 
ficar‡ Òsob provaÓ. S— Ž cab’vel se o acusado n‹o estiver sendo processado ou 
n‹o tiver sido condenado por outro crime. Devem estar presentes os demais 
requisitos que autorizariam a suspens‹o condicional da pena. 
Cabimento - Somente pode haver SUSPENSÌO CONDICIONAL DO 
PROCESSO em rela‹o ˆs infra›es penais cuja pena m’nima n‹o seja 
superior a 01 ano. 
! Mas e se h‡ previs‹o de alguma causa de aumento de pena? Ela Ž 
considerada para o c‡lculo da pena m’nima? Sim. Neste caso a pena m’nima 
ser‡ a pena-base m’nima acrescida do aumento m’nimo. 
! E se o autor do fato n‹o aceitar a proposta de suspens‹o condicional 
do processo? O processo seguir‡ normalmente. 
 
Aceita‹o da proposta 
Aceita a proposta de suspens‹o do processo pelo acusado e por seu defensor, na 
presena do Juiz, ser‡ submetida a aprecia‹o deste (Juiz) que, suspendendo o 
processo, submeter‡ o acusado a per’odo de prova, sob determinadas 
condi›es: 
§! Repara‹o do dano, salvo se n‹o tiver condi›es. 
§! Proibi‹o de frequentar determinados lugares. 
§! Proibi‹o de ausentar-se da comarca onde reside, sem autoriza‹o do Juiz. 
§! Comparecimento pessoal e obrigat—rio a ju’zo, mensalmente, para informar 
e justificar suas atividades. 
§! Outras condi›es especificadas pelo Juiz. 
 
 
O titular da a‹o penal est‡ obrigado a oferecer a proposta de 
suspens‹o condicional do processo? O STJ possui o seguinte entendimento: 
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¥! A decis‹o do MP em n‹o ofertar a proposta de suspens‹o deve ser 
fundamentada na ausncia dos requisitos previstos na Lei para sua 
concess‹o. 
¥! O Juiz pode (e deve) avaliar a conduta do MP ao n‹o ofertar a 
proposta, para verificar se ela est‡ devidamente fundamentada. 
E se o rŽu preenche devidamente todos os requisitos para a obten‹o 
do benef’cio, mas o benef’cio n‹o Ž proposto? Prevalece o entendimento 
de que o Juiz dever‡ remeter o caso ˆ aprecia‹o do PGJ, em analogia ao art. 
28 do CPP 
 
Revoga‹o do benef’cio 
 
REVOGA‚ÌO DA SUSPENSÌO CONDICIONAL DO PROCESSO 
OBRIGATîRIA FACULTATIVA 
¥! Ausncia de repara‹o do 
dano (sem justo motivo) 
¥! Acusado vier a ser 
processado por novo 
CRIME (ainda que tenha sido 
praticado antes da suspens‹o 
- HC 62401 / ES - STJ) 
¥! Descumprimento de qualquer 
outra condi‹o 
¥! Acusado vier a ser processado 
por contraven‹o (ainda que 
tenha sido praticada antes) 
 
OBS.: Durante o prazo da suspens‹o condicional do processo NÌO CORRE A 
PRESCRI‚ÌO. Findo o prazo sem revoga‹o, estar‡ EXTINTA A PUNIBILIDADE. A 
extin‹o da punibilidade, contudo, deve ser declarada pelo Juiz. 
 
Juizados especiais criminais federais 
Procedimento - Mesmas regras dos Juizados Especiais Criminais. EXCE‚ÌO: 
Nos Juizados Federais Criminais, n‹o h‡ julgamento de CONTRAVEN‚ÍES 
PENAIS, pois a Justia Federal NÌO POSSUI COMPETæNCIA para o processo 
e julgamento de contraven›es penais. 
_______________ 
Bons estudos! 
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5! LISTA DE EXERCêCIOS 
 
01.! (FCC Ð 2017 Ð TRE-SP Ð ANALISTA JUDICIçRIO çREA JUDICIçRIA) 
Nos termos preconizados pelas Leis no 9.099/1995 e no 10.259/2001, que 
regulam os Juizados Especiais Criminais, considere: 
I. A homologa‹o da transa‹o penal prevista no artigo 76 da Lei no 9.099/1995 
n‹o faz coisa julgada material e, descumpridas suas cl‡usulas, retoma-se a 
situa‹o anterior, possibilitando-se ao MinistŽrio Pœblico a continuidade da 
persecu‹o penal mediante oferecimento de denœncia ou requisi‹o de inquŽrito 
policial. 
II. O MinistŽrio Pœblico poder‡ oferecer proposta de transa‹o penal a Ricardo, 
prim‡rio e de bons antecedentes, acusado de cometer crime eleitoral previsto no 
artigo 39, da Lei no 9.507/1997, ao ser surpreendido realizando propaganda de 
boca de urna no œltimo pleito, crime este pun’vel com deten‹o de 6 meses a 1 
ano e multa. 
III. O MinistŽrio Pœblico n‹o poder‡ oferecer proposta de transa‹o penal a 
Rodolfo, prim‡rio e de bons antecedentes, e acusado de cometer crime de 
usurpa‹o de fun‹o pœblica, previsto no artigo 328, do C—digo Penal, que prev 
pena de deten‹o de 3 meses a 2 anos e multa. 
Est‡ correto o que consta APENAS em 
(A) II e III. 
(B) II. 
(C) I e III. 
(D) I e II. 
(E) I. 
 
02.! (FCC Ð 2017 Ð TRE-SP Ð ANALISTA JUDICIçRIO çREA 
ADMINISTRATIVA) 
Considere as seguintes situa›es hipotŽticas: 
I. Marcos Ž denunciado pelo MinistŽrio Pœblico pelo crime de falso testemunho na 
sua forma simples, com pena prevista de reclus‹o de 2 a 4 anos e multa. 
II. Jœlio Ž denunciado pelo MinistŽrio Pœblico pelo crime de descaminho, com pena 
prevista de 1 a 4 anos. 
III. Juliana Ž denunciada

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