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DIREITO APLICADO AS EMPRESAS II

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DIREITO APLICADO AS EMPRESAS II 
E LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA
PROFª ERIKA TAVARES AMARAL RABELO DE MATOS 
O QUE É Constituição?
Lei maior do Estado Brasileiro.
A CRFB foi promulgada em 05/10/1988.
Estabelece no Título VII da ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA – Art. 170 ao Art. 192.
As bases constitucionais do atual sistema econômico brasileiro encontram-se dispostas no Título VII, “Da Ordem Econômica e Financeira”
	Sobre a Ordem Econômica Constitucional Brasileira temos à posição de 2 doutrinadores distintos à respeito do tema, a saber: 
	José Afonso da Silva assevera que a ordem econômica, consubstanciada em nossa Constituição vigente é uma forma econômica capitalista, porque ela se apoia inteiramente na apropriação privada dos meios de produção e na iniciativa (SILVA, 2001, p. 764).
	Raul Machado Horta afirma que o texto constitucional na ordem econômica está “impregnada de princípios e soluções contraditórias. Ora reflete um rumo do capitalismo liberal, consagrando os valores fundamentais desse sistema ora avança no sentido de intervencionismo sistemático e do dirigismo planificador, com elementos socializadores”(HORTA apud MORAES, 2008, p. 796.). 
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País. 
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.
O que é soberania?
	Entre outros conceitos pode-se entender soberania como o exercício da autoridade que reside num povo e que se exerce por intermédio dos seus órgãos constitucionais representativos.
O que é Propriedade privada?
Propriedade privada compreende o direito de usar, gozar e dispor de uma determinada coisa, de modo absoluto e exclusivo, porém, esses poderes não podem ser exercidos de forma ilimitada, pois influenciariam no direito alheio, que também tem os mesmos interesses do outros indivíduo e, cabe ao Poder Público, limitar até onde vai o poder de cada um.
A propriedade privada faz parte do capitalismo, e também exerce uma função social e faz parte da Constituição brasileira desde 1988, quando foi pela primeira vez definido a função social de propriedade. Uma propriedade privada pode ter uma função social, em algum momento que o poder público desapropria uma propriedade privada para ser usada como propriedade coletiva para benefício múltiplo e comum.
Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, está previsto o direito à propriedade privada, onde diz que "todo indivíduo tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros e que ninguém será arbitrariamente privado da sua propriedade"
O que é função social da propriedade?
A função social da propriedade se torna matéria de ordem constitucional, de mesma hierarquia que o próprio direito de propriedade. Pois, o instituto está previsto em diversos dispositivos constitucionais, de sorte que se torna princípio direcionador de todo o ordenamento jurídico infraconstitucional.
Qual é a função social da propriedade? Depende!
O que é livre concorrência?
O princípio da livre concorrência baseia-se no pressuposto de que a concorrência não pode ser restringida por agentes econômicos com poder de mercado.
Em um mercado em que há concorrência entre os produtores de um bem ou serviço, os preços praticados tendem a manter-se nos menores níveis possíveis e as empresas precisam buscar constantemente formas de se tornarem mais eficientes para que possam aumentar os seus lucros.
À medida que tais ganhos de eficiência são conquistados e difundidos entre os produtores, ocorre uma readequação dos preços, que beneficia o consumidor. Assim, a livre concorrência garante, de um lado, os menores preços para os consumidores e, de outro, o estímulo à criatividade e à inovação das empresas.
Defesa do Consumidor
A defesa do consumidor no Brasil materializa-se no Código de Defesa a do Consumidor.
Lei nº 8078/1990 - Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências.
Defesa do meio ambiente
Mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação.
Impacto ambiental – Art. 1º da Resolução do CONAMA nº 001/1986 - considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V - a qualidade dos recursos ambientais.
Redução das desigualdades regionais e sociais
“Num país de dimensões constitucionais como o Brasil, inserido num contexto socioeconômico e geográfico de país subdesenvolvido, por vezes pré-histórico, com graves distorções de distribuição de renda e diferenças climáticas e culturais significativas, importante foi a iniciativa do constituinte originário em dotar o texto constitucional de mecanismos de equalização de desigualdades regionais impedindo a manutenção de regiões em flagrante desnível em relação a outras do país, permitindo políticas públicas orientadas para um processo de desisonomia seletiva, isto é, conferindo tratamento diferenciado a determinadas regiões ou determinadas atividades econômicas como meio de promover o desenvolvimento o mais equilibrado possível”.
 EUGÊNIO ROSA DE ARAÚJO, Direito Econômico, 4ª Ed, Niterói: Impetus, 2010, pag.63 
E, ainda “Até mesmo por razões de unidade nacional não é possível tolerar-se o desnível de desenvolvimento existente entre as diversas regiões do País. A preocupação com o desenvolvimento mais acelerado das regiões menos desenvolvidas deve ser uma diretriz fundamental da política do país. Há que se observar, no entanto, que este esforço de desenvolvimento regional não pode levar a um deslocamento tão acentuado da poupança e do investimento para regiões menos desenvolvidas a ponto de colocar em risco a continuidade do processo de desenvolvimentista nas regiões mais avançadas”. 
Celso Ribeiro Bastos em seu Direito Econômico Brasileiro, São Paulo: Celso bastos Editor, 2000, pags.145/146
Pleno emprego
Entre outros conceitos pode-se entender como o pleno emprego de uma economia quando sua taxa de desemprego não ultrapassava o 3%, estes níveis de desemprego são considerados os que podem ser assimilados por um sistema econômico comprometido no financiamento de benefícios sociais para os trabalhadores.
Tratamento diferenciado
Tratamento favorecido para as microempresa e empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.
Pode?
MICROEMPRESA EMPRESA DE PEQUENO PORTE
Microempresa é aquela cuja receita bruta anual é de até R$ 360.000,00
Empresa de Pequeno Porte é aquela que tem receita bruta anual entre R$ 360.000,00 e R$ 3.600.000,00 (Estatuto, art. 3º). 
Receita bruta anual faturamento
No calculo da receita bruta anual considera-se a soma de todos os ingressos derivados do exercício da atividade comercial ou econômica a que se dedica o empresário. 
Esses valores são periodicamente atualizados pelo Poder Executivo.
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	A Constituição Federal, no art. 179, estabelece que
o Poder Público dispensará tratamento diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte, no sentido de simplificar o atendimento às obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, podendo a lei, inclusive, reduzir ou eliminar tais obrigações. 
	O objetivo dessa norma é o de incentivar tais empresas, criando as condições para o seu desenvolvimento.
	Em cumprimento à prescrição constitucional, editou- -se a Lei Complementar n. 123, de 2006 (Estatuto Nacional da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte).
Assim, pode-se verificar que a Ordem Econômica Constitucional brasileira tem como pilares ou fundamentos a valorização do trabalho humano e a livre iniciativa privada.
A valorização do trabalho humano é também fundamento da República Federativa do Brasil, nos termos no art. 1º, inc. IV da CF/88, nos levando a crer que a valorização do trabalho é um princípio, nessa linha Eros Roberto Grau assevera que esta caracterização principiológica, denota uma preocupação com um tratamento peculiar ao trabalho que, “em uma sociedade capitalista moderna, peculiariza-se na medida em o trabalho passa a receber proteção não meramente filantrópica, porém politicamente racional”. 
Ainda nesse contexto, Nagib Slaib Filho, estabelece que é inegável que o trabalho diz respeito ao fator social da produção, “porém ele está muito além da necessidade econômica de suprir as necessidades materiais – é uma necessidade, inerente à natureza humana e ao instituto da auto preservação e progresso pessoal” (SLAIB FILHO, 2006, p. 702). 
E José Afonso da Silva alerta que nossa ordem econômica embora de natureza capitalista que “dá prioridade aos valores do trabalho humano sobre todos os demais valores da economia de mercado” (SILVA, 2001, p. 766).
O segundo fundamento da ordem econômica é a livre iniciativa, que também é fundamento da República Federativa do Brasil previsto no art. 1º, inc. IV da CF/88. 
Também é um “princípio político constitucionalmente conformador”, e de acordo com Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior possui uma densidade normativa, podendo-se extrair a “faculdade de criar e explorar uma atividade econômica a título privado” e a“ não sujeição a qualquer restrição estatal, senão em virtude de lei” (ARAUJO; SERRANO JUNIOR, 2006, p. 466). 
Intervenção do Estado na Economia
Princípio Geral - mínima intervenção do Estado na Economia – Liberalismo clássico - que consiste na mínima intervenção do Estado na economia combinado com o livre exercício de qualquer atividade econômica pelo particular.
 O Estado só está legitimado a atuar no mercado concorrencial quando expressamente autorizado e ainda sim de forma excepcional, se presentes os imperativos de segurança nacional e relevante interesse público.
Admitindo-se a exploração direta da atividade econômica pelo Estado em 2 situações, que devem estar definidos em lei, são elas: 
1º - Imperativos da segurança nacional e 
2º - Relevante interesse coletivo;
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
Petróleo,
 Gás Natural e Minério Nucleares
Cabe ao Estado normatizar, regular, fiscalizar e incentivar a atividade privada.
A Constituição dispõe que o Poder Público estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento, embora seja uma determinação para a Administração Pública, serve apenas de indicação ou sugestão para o setor privado.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compatibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento.
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras formas de associativismo.
Serviços Públicos
 Incube a Estado a Prestação de Serviços Públicos, seja diretamente ou por concessão ou permissão, precedidas sempre pro licitação. 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Monopólio da União
(Art.176 e 177 da Constituição Federal)
A Constituição Federal garante a ampla e livre iniciativa privada, contudo manteve o monopólio da União no desempenho das atividades ligadas ao petróleo, ao gás natural e aos minérios nucleares.
Assim como, todos os recursos minerais e os potenciais de energia elétrica pertencem à União, mas a Constituição Federal assegura a propriedade do produto da lavra ao concessionário, com participação do dono do solo. 
A pesquisa de lavra só podem ser autorizadas ou concedidas a brasileiro ou a empresas constituídas sob a lei nacional, com sede e administração no país.
A Emenda Constitucional 19/1995 flexibilizou parcialmente este monopólio, possibilitando ao Estado a contratação de empresas públicas ou privadas para a exploração das atividades petrolíferas e das relativas ao gás natural.
Contudo no que se refere aos minérios nucleares o monopólio estatal é total, vedada qualquer atividade privada.
Autarquia, Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista
Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; 
Art. 37, XIX da Constituição Federal
Autarquia
Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da Administração Pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada.
Art. 5º, I do Decreto-Lei nº 200/67 
As autarquias possuem as seguintes características: 
1. Criação por lei; 
2. Personalidade jurídica pública; 
3. Capacidade de autoadministração; 
4. Especialização dos fins ou atividades; 
5. Sujeição a controle ou tutela.
A autarquia sempre se reveste de personalidade jurídica de direito público. 
Sua criação decorre sempre de lei específica, a qual também é responsável pela concessão de sua personalidade jurídica.
Por exercerem atividades típicas da Administração Direta, as autarquias não estão sujeitas à falência. 
As aquisições e alienações por ela realizadas têm que observar as regras previstas na Lei n.º 8.666/93, e a contratação de servidores deve ser feita mediante concurso público.
As autarquias podem se sujeitar a um regime comum ou especial, a depender das características e privilégios que lhes forem outorgados em sua lei instituidora.
São exemplos de autarquias:
• O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), autarquia de regime comum; e
• O Banco Central do Brasil (BACEN), autarquia de regime especial.
Empresa Pública 
 Empresa Pública - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital exclusivo da União, criado por lei para a exploração de atividade econômica que o Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito. 
Art. 5º, II do Decreto-Lei nº 200/67 
As empresas públicas possuem as
seguintes características:
1. Criação por lei; 
2. Personalidade jurídica privada; 
3. Patrimônio da União; 
4. Especialização dos fins ou atividades; 
5. Qualquer forma societária.
As empresas públicas sempre se reveste de personalidade jurídica de direito privado. 
Sua criação decorre sempre de lei específica.
Exploração de atividade econômica por contingência ou de conveniência administrativa.
As empresas públicas podem revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito, qualquer das formas societárias admitidas pelo Código Civil.
São exemplos de empresas públicas:
• Os CORREIOS – Empresa Pública prestadora de serviços públicos.
• A Caixa Econômica Federal – Empresa Pública prestadora de serviços públicos.
Sociedade de Economia Mista
Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União ou a entidade da Administração Indireta. 
Art. 5º, III do Decreto-Lei nº 200/67 
As sociedades de economia mista possuem as seguintes características:
1. Criação por lei; 
2. Personalidade jurídica privada; 
3. Exploração da atividade econômica; 
4. Sociedade Anônima; 
5. Maioria das ações da União.
As sociedades de economia mista sempre se reveste de personalidade jurídica de direito privado. 
Sua criação decorre sempre de lei específica.
A sociedade de economia mista efetua a exploração de atividade econômica.
As sociedades de economia mista só podem ser Sociedade Anônima, sendo que tem que pertencer a União ou entidade da administração indireta a maioria das ações com direito a voto. .
São exemplos de sociedades de economia mista:
• Banco do Brasil (BB)
• Petrobrás
Os 9 princípios da ordem econômica disciplinados na Constituição Federal foram expressamente previstos a fim de promover a justiça social, preservar a dignidade humana e o bem-estar-social, integrando esses valores ao desenvolvimento econômico produzido pela iniciativa privada dentro de uma ótica capitalista e de liberdade de exercício de atividade econômica.
Livre concorrência
O conceito de concorrência indica o ato ou efeito de concorrer, ou seja, traz em si a ideia de luta, de competição entre pessoas na busca do mesmo objetivo ou vantagem.
É mediante a livre concorrência que se melhoram as condições de competitividade das empresas, forçando-as a um constante aprimoramento dos seus métodos tecnológicos, dos seus custos, enfim, da procura constante de criação de condições mais favoráveis ao consumidor.
A concorrência é a disputa, o ato pelo qual uma pessoa procura estabelecer competições de preços, com o fim de apurar as melhores condições para efetivação de compra ou realização de uma obra.
A livre concorrência na área econômica representa a disputa entre todas as empresas para obter maior e melhor espaço no mercado.
A Livre concorrência significa a possibilidade de os agentes econômicos atuarem sem embaraços em um dado mercado, visando à produção, à circulação e ao consumo de bens e serviços, isto é, a livre concorrência procura garantir que os agentes econômicos tenham oportunidade de competir de forma justa no mercado.
A liberdade de concorrência é a liberdade de iniciativa, constituindo mesmo a espinha dorsal da economia de mercado, sendo, por isso, também chamada economia da concorrência.
A livre concorrência decorre da manifestação da liberdade de iniciativa de atuação no mercado econômico. 
A livre concorrência é a garantia da livre iniciativa, de modo que se não houver livre concorrência, fatalmente não se terá também a liberdade de iniciativa, pois a inexistência de uma livre concorrência praticamente impede a liberdade de iniciativa. 
O contrário da livre concorrência significa o monopólio e o oligopólio, situações que privilegiam determinado agente produtor da atividade econômica em detrimento dos demais produtores e dos consumidores.
Monopólio - É uma situação em que uma única empresa domina a oferta de determinado produto ou serviço. É quando o mercado é dominado por uma estrutura monopolista e não pelas leis de mercado, garantido-lhe super lucro.
Oligopólio - É uma estrutura de mercado caracterizada por um número pequeno de firmas, com alto grau de concentração local, ou de poder de mercado. As políticas adotadas pelos oligopolistas são tomadas de acordo com os efeitos sobre os seus rivais, como por exemplo: têm-se as políticas de preço que influem nos lucros e nas vendas dos concorrentes 
Abuso do Poder Econômico
A Constituição Federal no art. 173, § 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos lucros.
Com base na Constituição são 3 formas pelas quais o abuso do poder econômico se consuma: 
dominação dos mercados, 
eliminação da concorrência e 
aumento arbitrário dos lucros.
A eliminação da concorrência e o aumento arbitrário dos lucros derivam da dominação de mercados, que ocorre quando uma empresa ou um forte grupo econômico domina o mercado, tornando-se a única fonte de fornecimento.
 Com o mercado na mão de um ou de poucos, há a eliminação da concorrência, o que acaba permitindo que os detentores do domínio imponham qualquer condição ao consumidor que terá que se adequar ao que foi arbitrariamente imposto pelo grupo econômico dominante. 
O domínio do mercado traz um grande desequilibro que afeta, o mercado E A sociedade que, sem alternativa, é submetida ao aumento arbitrário dos lucros.
São espécies de domínio abusivo dos mercados: 
trustes, 
cartéis e 
dumping. 
TRUSTES
É o resultado típico do capitalismo que forma um oligopólio na qual leva a fusão e incorporação de empresas envolvidas de um mesmo setor de atividades a abrirem mão de sua independência legal para constituir uma única organização, com o intuito de dominar determinada oferta de produtos e/ou serviços. 
Pode-se definir truste também como uma organização empresarial de grande poder de pressão no mercado.
CARTEL
É um acordo explícito ou implícito entre concorrentes para, principalmente, fixação de preços ou cotas de produção, divisão de clientes e de mercados de atuação ou, por meio da ação coordenada entre os participantes, eliminar a concorrência e aumentar os preços dos produtos, obtendo maiores lucros, em prejuízo do bem-estar do consumidor.
DUMPING
É uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador), por um tempo, visando prejudicar e eliminar os fabricantes de produtos similares concorrentes no local, passando então a dominar o mercado e impondo preços altos. 
É um termo usado em comércio internacional e é reprimido pelos governos nacionais, quando comprovado. 
Esta técnica é utilizada como forma de ganhar quotas de mercado.
O BRASIL GARANTE A LIVRE 
CONCORRENCIA ATRAVÉS DA 
CONSTITUIÇÃO E DA LEI Nº 12.529/2011
LEI Nº 12.529/2011
Esta Lei estrutura o Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência e dispõe sobre a prevenção e a repressão às infrações contra a ordem econômica, orientada pelos ditames constitucionais de liberdade de iniciativa, livre concorrência, função social da propriedade, defesa dos consumidores e repressão ao abuso do poder econômico. 
 O titular dos bens jurídicos protegidos é a coletividade. 
DO SISTEMA BRASILEIRO DE DEFESA DA CONCORRÊNCIA
 
O Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência (SBDC) é formado pelo:
Conselho Administrativo de Defesa Econômica - CADE e 
Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, com as atribuições previstas na Lei. 
CADE
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica – CADE foi criado em 1962 como órgão do Ministério da Justiça e transformado, em 1994, em Autarquia Federal
vinculada ao mesmo Ministério
O CADE é entidade judicante com jurisdição em todo o território nacional, que se constitui em autarquia federal, vinculada ao Ministério da Justiça, com sede e foro no Distrito Federal.
Conduta é considerada infração à ordem econômica
De acordo com o art. 36 da Lei nº 12.529/11, uma conduta é considerada infração à ordem econômica quando sua adoção tem por objeto ou possa acarretar os seguintes efeitos, ainda que só potencialmente: 
limitar, falsear ou de qualquer forma prejudicar a livre concorrência; 
aumentar arbitrariamente os lucros do agente econômico; 
dominar mercado relevante de bens ou serviços; 
quando tal conduta significar que o agente econômico está exercendo seu poder de mercado de forma abusiva.
O art. 36 da Lei nº 12.529/11 elenca algumas condutas que podem caracterizar infração à ordem econômica, na medida em que tenham por objeto ou possam produzir efeitos anticoncorrenciais.
Rol exemplificativa e não exaustiva de condutas que têm a possibilidade de causar danos à concorrência. Entre as condutas exemplificativas do art. 36, podemos citar, dentre outras:
Se tais condutas realmente terão esse efeito quando adotadas é uma questão a ser analisada caso a caso. 
Cartel;
Cartel internacional;
Cartel em licitações;
Influência de conduta uniforme;
Preços predatórios;
Fixação de preços de revenda;
Restrições territoriais e de base de clientes;
Acordos de exclusividade;
Venda casada; 
Abuso de posição dominante;
Recusa de contratar;
Sham Litigation; e
Criar dificuldades ao concorrente.
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Organização Política e Administrativa do Brasil
Poder / UF
UNIÃO
ESTADOS
MUNICÍPIOS
Executivo
Presidente da República e
Ministérios
Governador e Secretarias
Prefeito e Secretarias
Legislativo
Senado e Câmara dos Deputados
AssembléiaLegislativa
Câmara de Vereadores
Judiciário
STF, STJ, Justiça do Trabalho, Justiças Eleitoral e Militar
Tribunal de Justiça
Juízes (comarcas/varas)
Utilizam a estrutura do Judiciário dos Estados
Espécies de Tributos
Impostos
Taxas
Contribuições de Melhoria
Contribuições Especiais
Empréstimos Compulsórios
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TRIBUTOS NÃO VINCULADOS
TRIBUTOS VINCULADOS
TRIBUTOS MISTOS
TRIBUTOS ESPECIAIS
Impostos
Tributos não vinculados à atividade estatal, ou seja, são devidos independentemente de qualquer atividade estatal em relação ao contribuinte.
“Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte” (CTN – Art. 16).
É de competência privativa, distribuída pela CF, isto é, exclusivamente da União ou dos Estados ou dos Municípios ou do Distrito Federal.
Destina-se ao custeio de despesas gerais (correntes e de capital) 
Ex.: IPI, ICMS, IR etc.
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Taxas
	Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pelo exercício regular do poder de polícia ou pela utilização efetiva ou potencial de serviço público, específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte (CTN – arts. 77 e 78). 
Poder de polícia = atividade pública que limita e disciplina direito, interesse ou liberdade a favor do interesse público, no que se refere a segurança, higiene, ordem, costumes etc.
Não pode ter o mesmo fato gerador e nem a mesma base de cálculo do imposto.
Ex.: TLIF – Taxa de Licença de Instalação e Funcionamento (PMSP)
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Contribuições de Melhoria
Tributos vinculados à atividade estatal, devidos pela realização de obra pública da qual decorra valorização imobiliária, normalmente com base no rateio do custo total da obra entre os contribuintes beneficiados (CTN – arts. 81 e 82).
Na prática, raramente é cobrada ou o é de forma ilegal, devido às exigências do art. 82 do CTN (publicação prévia de memorial descritivo, orçamento da obra, delimitação da área etc.) 
Exemplo: pavimentação de ruas.
Custo total = $ 300.000
Área pavimentada = 10.000 m²
Rateio = $ 300.000 / 10.000 m² = $ 30/m²
Área de 100 m² = $ 30/m² x 100 m²= $ 3.000
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Contribuições Especiais
As contribuições especiais têm sido caracterizadas como uma nova espécie de tributos que engloba:
Contribuições Sociais
INSS, COFINS e CLS (CF–art. 195)
CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CF – art. 149)
Criada para ajustar a economia aos objetivos da política econômica. Ex. CIDE sobre combustíveis de derivados de petróleo (Lei 10.336/01)
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas
CRC, OAB, CREA etc.
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Empréstimos Compulsórios
	Tributos que podem ser instituídos pela União (CF – art. 148) exclusivamente para atender despesas extraordinárias (não previstas no orçamento) decorrentes de calamidade pública, guerra ou sua iminência e para investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional.
Sua receita é vinculada à causa que fundamentou a sua instituição.
Devem ser restituídos ao contribuinte, conforme as condições estipuladas na lei complementar que os instituíram.
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Tributos Diretos e Indiretos
Tributos Diretos
Recaem sobre a pessoa (física e jurídica)
Incidem sobre o patrimônio e a renda
São de responsabilidade pessoal
 Ex.: IRPJ, IRPF, IPTU, ITR, IPVA etc.
Tributos Indiretos
Recaem sobre a produção e circulação de bens e serviços
São repassados para os preços dos produtos e serviços
O consumidor é o contribuinte de fato
O produtor, vendedor ou prestador do serviço é o contribuinte de direito responsável pelo recolhimento do tributo
 Ex.: IPI, ICMS, ISS, COFINS etc.
58
Competência Tributária
UNIÃO (arts. 153 e 154 – CF)
ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (art. 155 – CF)
MUNICÍPIOS (art. 156 – CF)
59
Limites ao Poder de Tributar
O art. 150 da CF impõe limites ao poder do Estado em matéria tributária por meio do estabelecimento de princípios.
Os princípios são os fundamentos do ordenamento jurídico e prevalecem sobre todas as demais normas.
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Princípios Tributários
Legalidade
Isonomia
Irretroatividade
Anterioridade
Reserva de lei complementar
Reserva de lei para renúncia fiscal
Imunidade tributária
61
Princípio da Legalidade
É vedado exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça.
Lei = fonte primária (e não decreto, portaria, instrução normativa etc.)
O aumento de tributo pode se dar não apenas pelo aumento da alíquota, mas também pela ampliação da sua base de cálculo.
62
Art. 150, I da CF
Princípio da Isonomia (ou igualdade)
Obrigatoriedade do agente arrecadador de tratar igualmente os contribuintes que se encontrem em situação econômica (capacidade contributiva) equivalente.
63
Art. 150, II da CF
Princípio da Irretroatividade
É vedado cobrar tributos cujos fatos geradores tenham ocorrido antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado.
Objetiva preservar: 
o direito adquirido
o ato jurídico perfeito
a coisa julgada
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Princípio da Anterioridade
É vedado cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que tenha sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
Para ser cobrado num determinado exercício financeiro, a lei deverá ser promulgada até o final do exercício anterior.
Exceções:
Imposto de Importação, exportação, produtos industrializados e sobre operações financeiras.
Contribuições sociais (90 dias)
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Reserva de Lei Complementar
A CF reservou para a lei complementar o poder de dispor sobre normas gerais em matéria de legislação tributária, dentre as quais:
definição de tributos e suas espécies
fato gerador, base de cálculo e contribuinte
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributárias
regular as limitações constitucionais ao poder de tributar
A lei complementar em matéria de legislação tributária é o CTN - Código Tributário Nacional (Lei nº 5.172/66) – com as alterações da LC 104/2001.
66
Art. 146, II da CF
Reserva de Lei Específica para Renúncia Fiscal
Renúncia fiscal = isenção, subsídio, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão.
A renúncia fiscal somente pode
ocorrer por lei dentro das competências do ente federativo (federal, estadual ou municipal).
A LRF determina que, para cada renúncia de receita, deve haver outra fonte ou recurso que compense a perda de arrecadação.
67
Imunidade Tributária
É vedada a instituição de imposto:
entre os entes federativos (reciprocidade)
templos de qualquer culto
patrimônio, renda ou serviços de partidos políticos, sindicatos, instituições de educação e assistência social sem fins lucrativos
livros, jornais, periódicos e papel destinados à sua impressão
Refere-se somente à espécie de tributo denominada “imposto”.
68
Art. 150, VI da CF
Obrigação Tributária
É o vínculo jurídico que une duas pessoas, uma chamada sujeito ativo (Fisco) e outra sujeito passivo (contribuinte), o qual, em vista de ter praticado um fato gerador tributário, deve pagar ao primeiro certa quantia em dinheiro (tributo).
CASSONE (2001, P. 136)
69
Hipótese de Incidência
É a descrição que a lei faz de um fato tributário que, quando ocorrer, fará nascer a obrigação tributária (do sujeito passivo em relação ao sujeito ativo).
A lei descreve um fato “hipotético”, mas a obrigação tributária nasce somente com a sua ocorrência.
70
Aspectos da Hipótese de Incidência
71
ASPECTOS DA HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
CARACTERIZAÇÃO
Pessoal
Definição do Sujeito Ativo (credor) e do Sujeito passivo (devedor) da obrigação tributária.
Temporal
Definição do momento exato do fato gerador da obrigação tributária.
Espacial
Definição do lugar em que terá que ocorrer o fato gerador, que deverá situar-se dentro dos limites territoriais em que o ente federativo têm a competência tributária
Material
Definição do fato que será objeto de tributação. Normalmente é expresso por uma ação: importar, exportar, industrializar, prestar serviços.
Quantificativo
Definição da base de cálculo (expressão da grandeza do aspecto material) e da alíquota (percentual a ser aplicado sobre a base de cálculo) para determinação do montante do tributo.
Fato Gerador
É o fato que gera a obrigação tributária.
Refere-se à concretização da hipótese de incidência, conforme prevista na lei (subsunção).
Deve ser definido em lei complementar.
Exemplos:
Prestar serviços (ISS)
Fazer circular mercadorias (ICMS)
Receber ou ser creditado renda (IR)
72
Fato Gerador
Instantâneo – concretiza-se num único ato.
Ex.: ITBI.
Periódico – concretiza-se em vários atos, mas são apurados num determinado período. 
Ex.: IPI, ICMS, PIS/COFINS.
Complexivo – quando resulta de uma série de operações para apuração da base de cálculo e do montante devido. 
Ex.: IRPF, IRPJ.
Persistente – é constante, permanente, sem prazo para conclusão. 
Ex.: IPTU, ITR, IPVA.
73
Base de Cálculo
É o valor sobre o qual é aplicada a alíquota para apuração do montante de tributo a pagar.
Deve ser definida em lei complementar.
Sua alteração está sujeita aos princípios da legalidade, anterioridade e irretroatividade.
74
Alíquota
É o valor ou percentual definido em lei que, aplicado à base de cálculo, determina o montante do tributo a pagar.
A alíquota pode ser:
específica – expressa em valor monetário
ad valorem – expressa em percentual
progressiva – expressa em valores monetários ou percentuais crescentes por faixa
Exemplo: IRPF tabela 2016
75
 RENDIMENTO		 % DEDUÇÃO
Até R$ 1.903,98		 isento	 -
De R$ 1.903,98 a R$ 2.826,65 	 7,5% 	 142,80
De R$ 2.826,65 a R$ 3.751,05 	 15% 	 354,80
De R$ 3.751,05 a R$ 4.464,68 	 22,5% 	 636,13
Acima de R$ 4.464,68 		 27,5%	 869,36
Alíquota
Alíquota Normal
A lei determina a aplicação de uma alíquota considerada normal para a cobrança do imposto.
Alíquota Adicional
Além da alíquota normal, a lei pode determinar o pagamento de um imposto adicional sobre determinado valor que ela fixar.
Exemplo: IRPJ
76
ALÍQUOTA		 		 %
Alíquota Normal			 15%
Adicional sobre a parcela do lucro que exceder a quantia de R$ 20.000 / mês 10%
Montante
É o valor do tributo a ser pago, resultante da aplicação da alíquota sobre a base de cálculo.
77
MONTANTE = ALÍQUOTA X BASE DE CÁLCULO
Competência Tributária
UNIÃO (arts. 153 e 154 – CF)
Impostos
Imposto de produtos estrangeiros o Imposto de Importação - II
Exportação - IE
Renda e proventos de qualquer natureza - IR
Produtos industrializados - IPI
Operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos e valores mobiliários - IOF
Propriedade territorial rural - ITR
Grandes fortunas - IGF
Outros impostos não previstos na CF  COMPETÊNCIA 
Contribuições Sociais
Folha de salários e demais rendimentos do trabalho
Receita e faturamento
Lucro
Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE
Empréstimos compulsórios
78
Imposto sobre Produtos Estrangeiros ou Imposto de Importação - II
Fato gerador  quando da entrada de produtos estrangeiros no território nacional;
Contribuinte  é o importador, ou quem a ele a lei equiparar. Em alguns casos, o contribuinte é o arrematador (leilão);
Alíquota  utilizada, depende de ato infralegal, ou seja decreto presidencial, pois sendo extrafiscal, não esta dentro do principio da anterioridade/90 dias (art. 150, § 1º da CF/88);
 Base de cálculo  esta ligada exclusivamente a alíquota a ser utilizada;
Função do imposto  é econômica ou regulatória. Por essa razão, a Constituição previu que este imposto não precisa obedecer o princípio da anterioridade (art. 150, § 1º da CF). 
79
Imposto sobre a Exportação - IE
Art. 23 a 28 do CTN
Contribuinte do imposto  é o exportador ou quem a lei a ele equiparar;
Fato gerador  a saída destes do território nacional; 
Base de cálculo do imposto é: 
I – quando a alíquota seja específica, a unidade de medida adotada pela lei tributária; 
II – quando a alíquota seja ad valorem, o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em condições de livre concorrência; 
Alíquotas  podem ser ajustadas para atender aos objetivos da política cambial e do comercio exterior; 
Não se sujeita  ao princípio da anterioridade, podendo ser alterado no mesmo exercício financeiro (art. 153, § 1º da CF). 
80
Conceito de rendas e proventos  esta fortemente associado a existência de majoração patrimonial;
Contribuintes  pessoa jurídica – ficção jurídica – empresas e entidades de forma geral;
Fato gerador  é a aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de renda e de proventos de qualquer natureza (geral);
Exercício social  espaço de tempo no final do qual as empresas são obrigadas a apurar seus resultados. 
81
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas - IRPJ
Conceituação de Renda
Renda  é o produto do capital, do trabalho ou da combinação de ambos;
Proventos  são os acréscimos patrimoniais não compreendidos no conceito de renda.
82
 IRPJ - modalidades de tributação
Lucro real  é o lucro líquido do período apurado na escrituração contábil, ajustado pelas adições, exclusões e compensações em caráter extracontábil;
Lucro presumido  é uma forma simplificada de apuração da base de cálculo do IRPJ e da CSLL;
Lucro arbitrado  é um recurso utilizado pelas autoridades fiscais em casos especiais, mas também pode ser uma opção do contribuinte (não muito comum);
SIMPLES Nacional  forma de tributação para “beneficiar” as micro e pequenas empresas.
83
 IRPJ - alíquotas
Alíquota normal  15% sobre base de cálculo ou lucro real;
Alíquota adicional  10% sobre parcela da base de cálculo que exceder R$ 20.000,00 por mês;
Deduções  poderão ser considerados:
os incentivos fiscais;
o IR pago ou retido na fonte sobre receitas computadas na base de cálculo;
o saldo de imposto pago a maior ou indevidamente em períodos anteriores.
84
Imposto de Renda das Pessoas Físicas - IRPF
Contribuintes  pessoa natural;
Fato
gerador aquisição da disponibilidade econômica ou jurídica de rendas e proventos de qualquer natureza;
Base de cálculo complexa, podendo ser apurada mediante declaração de ajuste anual completa ou simplificada;
Alíquotas  progressivas: 7,5%; 15%; 22,5% e 27,5%
Tipos de rendimentos:
Rendimentos tributáveis;
Rendimentos isentos e não tributáveis;
Rendimentos com tributação exclusivamente na fonte.
85
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Incide  sobre os produtos industrializados nacionais e estrangeiros;
Fatos geradores  saídas de produtos industrializados dos estabelecimentos industriais ou equiparados a industriais e o desembaraço aduaneiro de produtos importados;
Princípios:
Não-cumulatividade  gera créditos fiscais para algumas classes de contribuintes;
Seletividade  alíquotas são diferenciadas por produtos;
86
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
RIPI  regulamento do IPI – Decreto nº 2.537/98, art. 4.º, define industrialização;
Industrialização  qualquer operação que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação, a finalidade ou o aperfeiçoamento do produto para consumo, tais como:
Transformação;
Beneficiamento;
Montagem;
Acondicionamento ou recondicionamento;
Renovação ou restauração.
87
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Alíquotas  são variáveis e seguem classificação dos produtos da tabela de incidência do IPI – TIPI (2402.20.9900), podendo ser ad valorem e ad rem ou específica;
Base de cálculo: 
Produto nacional  preço da operação na saída dos produtos;
Produto importado  será a base de cálculo dos impostos aduaneiros, acrescidos desses tributos e dos encargos cambiais pagos pelo importador;
Registros fiscais:
Livro de entradas;
Livro de saídas;
Livro de apuração do IPI;
Livro de controle da produção e estoque.
88
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
Conceito  é uma contribuição de competência da União, sendo uma das fontes de recursos para atender o programa de seguridade social;
Fato gerador  é a obtenção de lucro no exercício (base positiva ou negativa);
Base de cálculo  no lucro real, é o resultado apurado na contabilidade, ajustado pelas adições, exclusões e compensações; no lucro presumido e arbitrado é calculada conforme tabelas para apuração da base de cálculo;
Alíquotas:
9%  sobre a base de cálculo das pessoas jurídicas em geral;
15%  para as instituições financeiras e assemelhadas.
89
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE 
Incide  sobre a importação e a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool etílico combustível; 
Produto da arrecadação  da Cide será destinada, na forma da lei orçamentária, ao:
I - pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, de gás natural e seus derivados e de derivados de petróleo;
II - financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
III - financiamento de programas de infra-estrutura de transportes;
Recursos serão distribuídos  pela União aos Estados e ao Distrito Federal, trimestralmente; 
90
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico - CIDE
Distribuição observará os seguintes critérios:
I – 40% (quarenta por cento)  proporcionalmente à extensão da malha viária federal e estadual pavimentada existente em cada Estado e no Distrito Federal, conforme estatísticas elaboradas pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004);
II – 30% (trinta por cento)  proporcionalmente ao consumo, em cada Estado e no Distrito Federal, dos combustíveis a que a CIDE se aplica, conforme estatísticas elaboradas pela Agência Nacional do Petróleo - ANP; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004);
III – 20% (vinte por cento)  proporcionalmente à população, conforme apurada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE; (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004);
IV – 10% (dez por cento)  distribuídos em parcelas iguais entre os Estados e o Distrito Federal. (Incluído pela Lei nº 10.866, de 2004).
91
Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos e Valores Mobiliários – IOF
São contribuintes do imposto:
tomadores de crédito;
adquirentes de títulos e valores mobiliários e titulares de aplicações financeiras;
instituições financeiras e demais instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
Alíquotas alteradas pelo DECRETO Nº 8.325/ 2014
Exemplo  0,38%;
92
Imposto Territorial Rural - ITR (Lei nº 9.393 /96)
Fato gerador  ocorre quando há o domínio útil ou a posse do imóvel, localizado fora do perímetro urbano do município;
Contribuintes  do imposto podem ser o proprietário do imóvel, ou titular do seu domínio útil ou o seu possuidor a qualquer título;
Alíquota  utilizada varia com a área da propriedade e seu grau de utilização. A base de cálculo é o valor da terra sem qualquer tipo de benfeitoria ou beneficiamento (inclusive plantações): ou seja, é o valor da terra nua;
Utilizado  como direcionador de política pública - o ITR passou a ser muito maior para propriedades não-produtivas. Essa medida ajudou a acabar com o “latifúndio improdutivo" (grandes propriedades que nada produziam, e serviam como reserva financeira ou para especulação). 
93
Competência Tributária
ESTADOS E DISTRITO FEDERAL (art. 155 – CF)
Impostos
Transmissão causa mortis e doações
Operações relativas à circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação
Propriedade de veículos automotores
Taxas e Contribuições de Melhoria
MUNICÍPIOS E DISTRITO FEDERAL (art. 156 – CF)
Impostos
Propriedade territorial urbana
Transmissão inter vivos
Serviços de qualquer natureza, exceto os previstos no art. 155 – CF
Taxas e Contribuições de Melhoria
94
COMPETÊNCIA ESTADUAL 
95
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS
 (transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação)
Incide  sobre circulação de mercadorias ou prestação de determinados serviços, entradas de mercadorias importadas e fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias em restaurantes, bares e similares;
Base de cálculo  de modo geral é o valor da operação incluindo importâncias acessórias (fretes e seguros), excluídos os descontos incondicionais;
Princípios:
Não-cumulatividade  aproveitamento de créditos fiscais;
Seletividade  alíquotas diferenciadas por produto/serviço (não obrigatório);
96
IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS 
 	(transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação)
Contribuinte, responsável ou substituto tributário  é quem deve recolher o imposto; responsável é definido por lei; no caso do substituto, é aquele obrigado a calcular, cobrar e recolher o imposto que será devido nas operações seguintes;
Alíquotas  podem ser:
Estaduais ou internas  7% - 12% - 18% - 25%;
Interestaduais ou externas  7% - 12% - 25%;
Escrita fiscal:
Registro de entradas;
Registro de saídas;
Registro de apuração do ICMS;
GIA de apuração.
97
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA
Competência  dos Estados e do Distrito Federal; 
Instituído em substituição à antiga Taxa Rodoviária Única – TRU;
Alíquotas mínimas  fixadas pelo Senado Federal, com base no art. Art. 155, inciso III, parágrafo 6º da CF;
Poderá  ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e utilização;
Fato gerador  propriedade de veículo automotor de qualquer espécie: 
automóveis, ônibus, microônibus, caminhões, motocicletas, ciclomotores, tratores, jet-skis, barcos, lanchas, aviões de esporte e lazer
98
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA
Base de cálculo:
valor venal do veículo é obtido a partir de preços médios de mercado vigentes no mês de setembro do ano imediatamente anterior para vigorar no exercício seguinte, apurados nas diversas fontes disponíveis
(jornais, revistas especializadas, concessionárias , fabricantes, etc);
veículo novo a base de cálculo será o valor total constante da Nota Fiscal de aquisição;
veículo importado diretamente do exterior pelo consumidor final  a base de cálculo do imposto será o valor constante do documento de importação, acrescido dos valores dos tributos e quaisquer despesas aduaneiras devidos pela importação, ainda que não recolhidos pelo importador. 
99
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA
Fato gerador: propriedade de veículo automotor
Arrecadação:
50% constituem receita do Estado; 
50% constituem receita do Município onde estiver licenciado o veículo;
Além do IPVA, são cobrados na guia de recolhimento o seguro obrigatório, as taxas do DETRAN e a tarifa de serviço devida à instituição bancária arrecadadora.
100
COMPETÊNCIA MUNICIPAL
101
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU
Compete  aos municípios e ao Distrito Federal;
Incide  sobre a propriedade imobiliária;
Conceito  abrange terrenos urbanos mesmo sem edificações;
Contribuinte  do imposto é o proprietário do imóvel, o titular do seu domínio útil, ou o seu possuidor a qualquer título. (art. 34 CTN);
Base de cálculo  valor venal do imóvel. (art. 33 CTN); 
102
MUNICÍPIOS
ÁREA RURAL
RIO DE JANEIRO
NÃO
NITEROI
NÃO
SÃO GONÇALO
SIM
SÃO JÃO DE MERITI
NÃO
BELFORD ROXO
NÃO
DUQUE DE CAXIAS
SIM
MESQUITA
NÃO
NILÓPOLIS
NÃO
NOVA IGUAÇU
SIM
Áreas urbanas ou urbanizáveis
Definidas em Lei Municipal com pelo menos dois tipos de melhoramentos indicados no Parágrafo 1º art. 32 do CTN:
calçamento com canalização de águas pluviais;
abastecimento de água;
sistema de esgoto;
rede de iluminação pública com ou sem posteamento;
escola primária ou posto de saúde (distância máxima de 3 Km
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU
Valor venal x valor de mercado:
Valor venal  deve ser entendido como valor de venda em dinheiro à vista, ou como valor de liquidação forçada;
Valor de mercado  o quantum é ditado pela negociação, aceitação de parte do preço em outros bens, entre outros artifícios.
Valor venal  de um imóvel pode chegar a menos de 50% de seu valor de mercado.
Alíquota  é estabelecida pelo legislador municipal, variando conforme o município.
104
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU
Áreas urbanas:
Áreas urbanas ou urbanizáveis  definidas em Lei Municipal com pelo menos dois tipos de melhoramentos indicados no Parágrafo 1º art. 32 do CTN:
calçamento com canalização de águas pluviais;
abastecimento de água;
sistema de esgoto;
rede de iluminação pública com ou sem posteamento;
escola primária ou posto de saúde (distância máxima de 3 Km.
105
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS 
Incide  sobre serviços prestados pelas empresas (PJ) ou profissionais autônomos (PF), no município da sede/domicilio, exceção construção e algumas atividades;
Base de cálculo  é o preço do serviço;
Documento hábil  nota fiscal de prestação de serviços;
Alíquotas  de 2% a 5%;
Registro  Livro de notas fiscais de serviços prestados;
Recolhimento  contribuinte ou responsável.
106
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
107
108
Obrigação = relação jurídica que se estabelece entre um sujeito passivo (devedor) e sujeito ativo (credor), que passa a exigir uma prestação de caráter patrimonial (objeto), em virtude de uma causa que pode ser:
a vontade das partes (ex voluntate)  direito privado; ou
a vontade da lei (ex lege)  direito público.
A OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA tem como causa a lei (ex lege), mas pode derivar de obrigações de direito privado (ex voluntate).
109
Uma simples obrigação de direito privado pode gerar diferentes obrigações de direito público, como, por exemplo, numa venda de mercadoria a prazo:
obrigação de direito privado  sujeito ativo (vendedor/credor), sujeito passivo (comprador/devedor), pagamento do preço (objeto) e causa (vontade das partes)
obrigações de direito público  fato gerador do IPI (pela saída da mercadoria), do ICMS (pela circulação da mercadoria), do COFINS e do PIS (pelo faturamento).
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL E ACESSÓRIA
OBRIGAÇÃO PRINCIPAL
Tem como objeto o pagamento do tributo ou sanção (multa/juros).
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA
Tem como objeto os deveres administrativos.	
Não importa em pagamento de tributo, mas o seu descumprimento pode gerar multas, que não são tributos, mas sim sanção pela prática de atos ilícito.
Exemplos: inscrever-se no CNPJ, emitir notas fiscais, escriturar os livros fiscais e contábeis, preencher guias de recolhimento etc.
110
Sujeito Ativo
É o credor da obrigação tributária.
É sempre uma pessoa jurídica de direito público.
Deve ter competência constitucional para instituir e cobrar o tributo objeto da obrigação tributária.
Podem ser sujeitos ativos os entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e as suas autarquias (exemplo: INSS).
111
Sujeito Passivo
É o devedor da obrigação tributária.
É sempre um particular (PF ou PJ).
Caracteriza-se como:
Contribuinte
Responsável
Substituto Tributário
112
Contribuinte – Responsável – Substituto tributário
Contribuinte  é o contribuinte “de fato”, isto é, que tem relação pessoal e direta com o fato gerador, independentemente de contratos particulares que repassam a obrigação para outros particulares. Ex.: repasse do IPTU para o locatário de imóveis.
Responsável  é o contribuinte “de direito”, isto é, eleito pela lei para responder pela obrigação tributária, em substituição ao contribuinte “de fato”, dada a maior complexidade para alcançá-lo. Ex.: IRRF, IPI, ICMS, INSS, ISS etc.
Substituto Tributário  é o contribuinte “de direito” responsável pelo pagamento do tributo cujo fato gerador deverá ocorrer posteriormente, porque é futuro e presumido num elo posterior da cadeia produtiva. Tem como objetivos: simplificar a fiscalização, antecipar receitas, evitar a sonegação fiscal. Ex.: tributos incidentes sobre o preço de automóveis, tintas e vernizes, produtos farmacêuticos, gasolina etc.
113
Sujeição Passiva Indireta
Solidariedade – são solidários em relação à obrigação tributária os sócios e as sociedades resultantes de fusões, cisões, incorporações, transformações etc.
Responsabilidade Tributária:
dos sucessores – adquirentes (inter vivos), herdeiros (causa mortis), fusão/cisão/ incorporação/transformação de sociedades etc.
de terceiros – incapazes (tutor, curador, pais e responsáveis), administradores de bens de terceiros, inventariantes, síndicos (falência), diretores, gerentes e representantes legais de pessoas jurídicas de direito privado.
por infrações fiscais – criminais ou não criminais.
114
Responsabilidade por Infrações Fiscais
De natureza não criminal
A responsabilidade por débitos fiscais legais, oriundos de atrasos de pagamento de tributos declarados ou erros não intencionais, é transferível nos casos previstos em lei (arts. 128 a 135 do CTN).
De natureza criminal
Por outro lado, a responsabilidade tributária torna-se pessoal e intransferível quando provada a intenção do contribuinte em omitir ou diminuir pagamentos de tributos, valendo-se se subterfúgios que modifiquem a veracidade dos fatos. 
115
Substituição Tributária
Conceito
Regime → obriga contribuinte a pagar não apenas o imposto referente a operação própria, mas também o relativo a(s) operação(ões) posteriores;
Lei altera → responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária, passando para terceiro, que não praticou diretamente o fato gerador, porém tem ligação indireta com quem irá praticá-lo.
116
DISPOSITIVOS LEGAIS QUE PREVÊEM O REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Constituição Federal art. 150 § 7o → “lei poderá atribuir a sujeito passivo da obrigaçào tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize
o fato gerador presumido.”
CF art. 155 § 2o., XII, “b” → cabe a lei complementar dispor sobre substituição tributária do ICMS;
Lei Complementar no. 87 de 13.09.96, art. 9o. → regime de substituição tributária em operações interestaduais necessita de acordo específico celebrado pelos estados interessados;
117
Tipos de substituição tributária
Lei Complementar no. 87/96 → unidades federadas são competentes para atribuir ao contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do imposto devido nas operações ou prestações, sejam: antecedentes, concomitantes ou subsequentes:
Para trás → lei atribui a determinado contribuinte a responsabilidade pelo pagamento do ICMS em relação às operações anteriores – DIFERIMENTO;
Concomitante → responsabilidade pelo pagamento do ICMS é atribuida a outro contribuinte, e não àquele que realiza a operação/prestação, concomitante à ocorrência do fato gerador – serviços de transporte;
Para frente → sujeito passivo recolhe os dois impostos – devido pelas operações próprias e devido pelas operações subsequentes – ANTERIORES A OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR.
118
CONTRIBUINTE SUBSTITUTO E CONTRIBUINTE SUBSTITUIDO
Contribuinte substituto → legislação determina como reponsável pelo recolhimento do imposto, embora não tenha ligação direta com a ocorrência do fato gerador;
Contribuinte substituido → dá causa ao fato gerador, mas fica dispensado do recolhimento do imposto, pois a lei atribuiu ao substituto.
119
Substituição tributária  reveste-se de sujeição passiva;
Responsabilidade  pelo cumprimento da obrigação principal (pagamento) e das obrigações acessórias (escrituração dos livros fiscais, emissão de documentos fiscais etc) não é do contribuinte, e sim do substituto;
CTN art. 128  “sem prejuízo do disposto neste capítulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a esta em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação.”
120
 Substituição tributária X Sujeição passiva
OBJETIVO DO REGIME DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
Objetivo  visa facilitar e tornar mais eficiente a arrecadação do ICMS, tornando mais simples e eficaz o controle da fiscalização;
Considerando  cadeia econômica é composta por sucessivas operações relativas à circulação de mercadorias, ficando somente na primeira delas o contribuinte obrigado ao recolhimento por todas as operações posteriores;
Instituto surgiu  devido desigualdade quantitativa entre revendedores e fabricantes de determinadas mercadorias: cigarros, refrigerantes, sorvetes, veículos etc.
121
CRIMES TRIBUTÁRIOS
TIPO
CARACTERIZAÇÃO
EXEMPLOS
SONEGAÇÃO
Diminuição ou omissão de receita que acarreta não pagamento total ou parcial de tributos.
Venda de mercadoria sem emissão de nota fiscal.
FRAUDE
Alteração de documentação para diminuir ou omitir pagamentos.
Alteração de dados contábeis, balanços, notas fiscais etc.
SIMULAÇÃO /
CONLUIO
Participação de dois ou mais agentes que simulam atos irreais.
Venda de imóvel de uma empresa a sócios, por preço menor do que o de mercado (distribuição disfarçada de lucros).
CONTRABANDO
Importação de mercadoria ilícita sem autorização legal
Cocaína, éter, acetona, armas etc.
DESCAMINHO
Importação de mercadoria lícita sem o recolhimento dos tributos incidentes.
Entrada de mercadorias não declaradas superior ao limite permitido em lei.
DEPOSITÁRIO INFIEL E APROPRIAÇÃO INDÉBITA PREVIDENCIÁRIA
Omissão do repasse ao agente arrecadador de tributos já descontados de terceiros.
IRRF, INSS descontados dos salários, IPI, ICMS etc.
DOLO EM GERAL
Má-fé, ou seja, intenção do agente de causar lesão ao fisco.
Erros propositais na declaração de rendimentos.
122
DIFERENÇÃO ENTRE
ICMS
É devido ao Estado; 
Incide sobre a circulação de mercadoria e serviços – art. 2º, LC 87/1996
 I - operações relativas à circulação de mercadorias, inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares, restaurantes e estabelecimentos similares;
  II - prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens, mercadorias ou valores;
  III - prestações onerosas de serviços de comunicação, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação de comunicação de qualquer natureza;
 IV - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;
  V - fornecimento de mercadorias com prestação de serviços sujeitos ao imposto sobre serviços, de competência dos Municípios, quando a lei complementar aplicável expressamente o sujeitar à incidência do imposto estadual.
ISS
É devido ao Município;
Incide sobre serviços – LC 116/2003 Lista anexa
Responsável pela escrituração contábil e fiscal
Profissionais da área contábil e tributária  precisam conhecer com profundidade a legislação tributária, devido às suas responsabilidades quanto à eficácia e eficiência na gestão;
Responsabilidade civil e criminal  podem ser condenados por prejuízos causados à empresa, bem como por crimes contra a ordem tributária, por dolo (CC arts. 1.178 e 1.179).
124
125
Resultado das Empresas
Lucro arbitrado
Lucro presumido
Lucro real
Anual ou proporcional
Trimestral
Lucro real trimestral
Lucro real anual
Pagamento definitivo com base na receita bruta ou critério alternativo
Pagamento definitivo com base na receita bruta
Pagamento definitivo com base no lucro real trimestral
Pagamento com base na receita bruta mensal e ajuste pelo real acumulado mensalmente e ajuste na DIRPJ anual
Regime de apuração
Regime de pagamento
Modalidades atuais de tributação de pessoa jurídica

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