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ASPECTOS-CONSTITUCIONAIS-DO-DIREITO-NOTARIAL-E-REGISTRAL-DIAGRAMADA

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Aspectos Constitucionais 
do Direito Notarial 
e Registral 
 
 02 
 
 
1. A Atividade Notarial e Registral 4 
Conceito de Direito Notarial e Registral 6 
Conceito de Direito Notarial 7 
Função Notarial 8 
Conceito de Direito Registral 9 
Função Registral 9 
Fé Pública 9 
 
2. Princípios Constitucionais 13 
Princípio da Legalidade 14 
Princípio da Impessoalidade 14 
Princípio da Publicidade 16 
Princípio da Moralidade Administrativa 17 
Princípio da Eficiência 17 
 
3. Princípios da Atividade Notarial 20 
Fé Pública Notarial 21 
Forma 21 
Autenticação 22 
 
4. Princípios da Atividade Registral 24 
Princípio de Inscrição. 24 
Princípio da Publicidade Registral 24 
Princípio da Presunção e Fé Pública Registral 25 
Princípio da Prioridade 25 
Princípio da Especialidade ou Determinação 26 
Princípio da Qualificação, da Legalidade 
ou da Legitimidade 26 
Princípio da Continuidade 27 
Princípio da Instância ou Rogação 27 
 
5. Referências Bibliográficas 31 
 
 
 03 
 
 
 
 
 
 4 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
1. A Atividade Notarial e Registral 
 
 
Fonte: Gen Jurídico1 
 
partir da necessidade de medi-
ação nos relacionamentos soci-
ais primitivos, surgiu a atividade no-
tarial constituindo-se em uma das 
mais remotas atividades jurídicas já 
desempenhadas pelo ser humano. A 
crer em registros deixados pelas ci-
vilizações longínquas, a referida ati-
vidade já era tradição na Roma anti-
ga, onde se dava de modo muito pe-
culiar. 
Naquela época e lugar, o notá-
rio (ou notarius, como era chamado) 
era responsável pela realização de 
transcrições e registros de julga- 
 
1 Retirado em http://genjuridico.com.br/2015/01/21/natureza-da-atividade-notarial-breve-reflexoes-em-
face-da-jurisprudencia-do-superior-tribunal-de-justica/ 
mentos e de procedimentos judici-
ais. Ao lado desses, havia o tabelio-
ne, profissional que, conforme en-
tendimento do professor Mário Ra-
poso, mais se aproximava do notário 
dos dias de hoje, na medida em que 
era responsável pela formalização 
da vontade das partes através de mi-
nutas, as quais eram redigidas sobre 
tábuas, com assinatura das partes, 
testemunhas e tabeliones. Ambas as 
funções (de notário e de tabelião), 
resistiram ao efeito do tempo, rece-
bendo, contudo, diferentes contor-
nos 
A 
 
 
5 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
A Constituição Federal de 
1988, em seu art. 236, atribuiu trata-
mento igualitário aos serviços nota-
riais e de registros, dispondo: "Os 
serviços notariais e de registro são 
exercidos em caráter privado, por 
delegação do Poder Público". 
No âmbito Constitucional, é 
competência privativa da União le-
gislar sobre registros públicos, con-
forme art. 22, XXV, sendo, desta for-
ma, a Lei Federal n. 8.935/94 regu-
lamentadora do artigo 236 da Cons-
tituição que dispõe sobre os serviços 
notariais e de registro. 
Os notários e registradores são 
considerados pela doutrina como 
agentes públicos. Conforme diz Ma-
ria Sylvia Zanella di Pietro é "toda 
pessoa física que presta serviços ao 
Estado e às pessoas jurídicas da Ad-
ministração Indireta". A expressão 
“agente público” é mais ampla (que 
servidor público) e designa genérica 
e indistintamente os sujeitos que 
servem ao poder público, necessi-
tando para sua caracterização o re-
quisito objetivo, revestido pela natu-
reza estatal da atividade desempe-
nhada e o requisito subjetivo, a in-
vestidura na atividade estatal, não 
podendo, desta forma, os notários e 
registradores serem enquadrados 
como servidores públicos. 
Segundo Celso Antônio Ban-
deira de Mello, os notários e regis-
tradores são particulares em colabo- 
ração com a Administração através 
de delegação de função ou ofício pú-
blico. Para Hely Lopes Meirelles são 
agentes delegados conceituados co-
mo, particulares que recebem a in-
cumbência da execução de determi-
nada atividade, obra ou serviço pú-
blico e o realizam em nome próprio, 
por sua conta e risco, mas segundo 
as normas do Estado e sob a perma-
nente fiscalização do delegante. Es-
ses agentes não são servidores públi-
cos, nem honoríficos, nem represen-
tantes do Estado; todavia, consti-
tuem uma categoria à parte de cola-
boradores do Poder Público. 
Segundo diversos doutrinado-
res, notários e registradores não in-
tegrariam o aparelho estatal. Essa 
entende corrente que a intenção do 
constituinte de 1988, ao disciplinar 
que “os serviços notariais e de regis-
tro são exercidos em caráter priva-
do, por delegação do Poder Públi-
co...”, foi a de transportar os notá-
rios da esfera do direito público para 
a do direito privado. 
Nessa categoria encontram-se 
os concessionários e permissioná-
rios de obras e serviços públicos, os 
serventuários de ofícios não estati-
zados, os leiloeiros, os tradutores e 
intérpretes públicos, as demais pes-
soas que recebem delegação para a 
prática de alguma atividade estatal 
ou serviço de interesse coletivo. 
 
 
6 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
A remuneração dos notários e 
registradores não é feita diretamen-
te pelo Estado, e sim pelos particula-
res usuários do serviço, através do 
pagamento de emolumentos e cus-
tas, que são fixados por cada Estado. 
A lei federal estabelece normas ge-
rais para fixação de emolumentos, 
sendo complementada pela compe-
tência concorrente dos Estados. 
O caráter privado do serviço 
notarial e de registro não retira a 
obrigatoriedade de ingresso na ativi-
dade por concurso público de provas 
e títulos, tanto para provimento ou 
remoção, conforme preceitua o § 3°, 
do art. 236, da Constituição Federal. 
Assim os notários possuem ampla 
relação com o Estado, na medida em 
que seu ingresso se dá mediante 
concurso público e sua atividade é 
regulada pelo Poder Judiciário. 
A delegação possui caráter 
personalíssimo, podendo somente o 
Delegado transferir aos seus prepos-
tos, poderes para a prática dos atos 
notariais, não podendo ocorrer a fi-
gura da cessão da Delegação. Entre-
tanto, é permitido ao titular da ser-
ventia, contratar, sob o regime da 
Consolidação das Leis do Trabalho, 
seu substituto e demais prepostos 
para, sob sua total responsabilidade, 
agir em nome do titular na prestação 
dos seus respectivos serviços notari-
ais e de registro. 
Silveira afirma que, “O Estado 
atribui poderes ao particular que, 
por sua vez, exercita esses serviços 
públicos em colaboração com o pró-
prio Estado. A delegação da compe-
tência dos serviços de registro ba-
seia-se no princípio da descentrali-
zação, pois é forma de descongestio-
namento da Administração. O prin-
cípio da descentralização visa asse-
gurar maior rapidez e objetividade 
às decisões, situando-as na proximi-
dade dos fatos, pessoas ou proble-
mas a atender” 
A fiscalização do Delegante, ou 
seja, do Estado, é exercida através 
do Judiciário, conforme determina o 
§1°, do art. 236, da CF/88, mas con-
forme preleciona Walter Ceneviva 
"em cada Estado a delegação é ou-
torgada pelo Poder Executivo local, 
na forma da lei estadual, reservada, 
em qualquer caso, a fiscalização à 
magistratura do respectivo Estado 
ou do Distrito Federal" 
 
Conceito de Direito Nota-
rial e Registral 
 
Direito registral consiste no 
conjunto de normas complexas que 
regem o registro de imóveis. A fun-
ção registral tem como finalidade 
constituir o Direito real sobre pro-
priedade imóvel através da inscrição 
do seu respectivo título, possibili-
 
 
7 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
tando assim a segurança nas rela-
ções jurídicas. A função registral da 
publicidade é “erga omnes” ou em 
outras palavras, para todos indistin-
tamente, até prova em contrário. 
Segundo Nicolau Balbino Fi-
lho, o ideal é que "o Registro seja 
uma fiel reproduçãoda realidade 
dos direitos imobiliários. A vida ma-
terial dos direitos reais, bem como a 
sua vida tabular, deveria se desen-
volver paralelamente, como se a se-
gunda fosse espelho da primeira. 
Com efeito, esta é uma ambição difí-
cil de se concretizar, mas em se tra-
tando de um ideal, nada é impossí-
vel; basta perseverar" 
 
Conceito de Direito Notarial 
 
O direito notarial pode ser 
conceituado conforme Larraud co-
mo o "conjunto sistemático de nor-
mas que estabelecem o regime jurí-
dico do notariado". Para Néri "o di-
reito notarial pode definir-se como o 
conjunto de normas positivas e ge-
néricas que governam e disciplinam 
as declarações humanas formuladas 
sob o signo da autenticidade públi-
ca". Leonardo Brandelli define o di-
reito notarial como o "aglomerado 
de normas jurídicas destinadas a re-
gular a função notarial e o notari-
ado" 
O Direito notarial tem por ob-
jeto o conjunto de regras jurídicas 
que regem o sistema notarial. Tais 
regras visam atender a princípios e 
feitos jurídicos como o da eficácia, 
publicidade, autenticidade e segu-
rança de modo preventivo, com o 
objetivo de evitar o excesso de de-
mandas judiciais, que visam justa-
mente buscar o restabelecimento da 
ordem jurídica entre as partes. 
O Tabelião deve orientar as 
partes de acordo com o caso concre-
to a tomar as medidas jurídicas pre-
ventivas mais adequadas aquela si-
tuação e assim salvaguardar os Di-
reitos e deveres de ambos. Essa atri-
buição se dá por delegação do Poder 
Público a particulares para que exer-
çam a função notarial. Sendo assim, 
embora seja um serviço prestado por 
particular, a atividade notarial tem 
natureza de função pública. 
A atividade notarial não pode 
ser exercida de ofício, ou seja, o no-
tário deve ser provocado pelas par-
tes para exercer tal função. O serviço 
notarial serve como forma de docu-
mentar atos jurídicos, e assim cons-
tituir provas, sendo esse o objetivo 
preponderante das atividades nota-
riais. 
Uma vez que os particulares 
levam ao notário elementos particu-
lares referentes a um ato, caberá ao 
mesmo investigar todos esses ele-
mentos para emitir o seu parecer ju-
rídico sobre a possibilidade da sua 
concretização ou não, e em caso po- 
 
 
8 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
sitivo deverá buscar o sistema jurí-
dico mais compatível, bem como, a 
guarda de documentos e assim dar 
ao ato toda a segurança jurídica que 
ele merece. 
 
Função Notarial 
 
O trabalho do notário busca 
garantir a publicidade, autenticida-
de, segurança e eficácia dos atos ju-
rídicos preventivamente, desobstru-
indo o Judiciário do acúmulo de 
processos instaurados no intuito de 
restabelecer a Ordem Jurídica do 
país, e atuando como instrumento 
de pacificação social. 
A atividade notarial apresenta 
seu caráter jurídico quando o Tabe-
lião orienta as partes e concretiza a 
sua vontade na formulação do ins-
trumento jurídico adequado à situa-
ção jurídica apresentada. Através da 
orientação prévia, nota-se o caráter 
cautelar da atividade. 
Leonardo Brandelli afirma que 
"o caráter de imparcialidade do 
agente notarial tem sido posto a co-
berto pelo legislador mediante um 
regime de incompatibilidades e ini-
bições, bem como a obrigação de se-
gredo profissional e um sistema de 
responsabilidades civil, administra-
tiva e criminal, tudo a fim de mantê-
lo intacto e sempre presente". Ape-
sar de ser exercida em caráter priva-
do, a atividade notarial exerce uma 
função pública, de garantia da segu-
rança jurídica dos atos praticados 
pelos Tabeliães. 
O preenchimento dos requisi-
tos formais do ato praticado é essen-
cial à sua validade jurídica, demons-
trando o seu caráter técnico. O notá-
rio precisa da provocação da parte 
interessada para agir, tendo em vista 
o caráter rogatório da função nota-
rial, não podendo exercer o seu mis-
ter por iniciativa própria. 
"O notário exara pareceres ju-
rídicos a seus clientes, esclarecendo-
os sobre a possibilidade jurídica de 
realizar-se determinado ato, sobre a 
forma jurídica adequada, bem como 
sobre as consequências que serão 
engendradas pelo ato." 
Segundo Leonardo Brandelli, 
a aplicação do seu mister de acordo 
com os ditames do Direito, e o zelo 
pela autonomia da vontade. Quanto 
ao primeiro aspecto, revela o dever 
do notário de desempenhar sua fun-
ção em consonância com o ordena-
mento jurídico; deve receber a von-
tade das partes e moldá-la de acordo 
com o Direito, dentro de formas ju-
rídicas lícitas. 
O outro aspecto contempla a 
obrigação do tabelião de velar pela 
autonomia da vontade daqueles que 
o procuram; deve ele assegurar às 
partes, dentro do possível, uma situ-
ação de igualdade, bem como asse-
gurar a livre emissão da vontade, 
 
 
9 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
despida de qualquer vício, recusan-
do-se a desempenhar sua função ca-
so apure estar tal vontade eivada por 
algum vício que a afete. 
Os atos notariais são revesti-
dos de forma (forma ad probatio-
nem) que documenta a realização do 
ato jurídico, com a finalidade pri-
mordial de constituição de prova. 
Representam tarefas do notário a in-
vestigação dos elementos levados 
pelos particulares para realização de 
um ato, o seu parecer jurídico acerca 
de sua concretização, a instrumenta-
lização da vontade das partes, bus-
cando os meios mais adequados e 
condizentes com o sistema jurídico-
normativo e a guarda de documen-
tos, com a intenção de revestir o ato 
de maior segurança jurídica. 
 
Conceito de Direito Registral 
 
De acordo com Maria Helena 
Diniz, o direito registral imobiliário 
"consiste num complexo de normas 
jurídico-positivas e de princípios ati-
nentes ao registro de imóveis que re-
gulam a organização e o funciona-
mento das serventias imobiliárias". 
O Direito Registral e Notarial é 
o ramo do Direito Público que tem 
como regramento básico o artigo 
236 da Constituição Federal e as 
Leis 8.935/94 e 6.015/73. Os servi-
ços concernentes aos Registros Pú-
blicos têm a finalidade de dar publi- 
cidade, autenticidade, segurança e 
eficácia aos atos jurídicos. 
 
Função Registral 
 
A função registral tem por ob-
jetivo constituir ou declarar o direito 
real, através da inscrição do título 
respectivo, dotando as relações jurí-
dicas de segurança, dando publici-
dade registral erga omnes (ou seja, a 
todos indistintamente), até prova 
em contrário. 
A relação de títulos passíveis 
de registro está enumerada no Códi-
go Civil, essa enumeração é taxativa, 
não podendo se acrescentar ou reti-
rar situações de constituição de di-
reitos reais. Veremos cada caso, nos 
capítulos seguintes. 
Nicolau Balbino Filho, ao ana-
lisar a função registral nos ensina 
ser uma pretensão constante que "o 
Registro seja uma fiel reprodução da 
realidade dos direitos imobiliários. 
A vida material dos direitos reais, 
bem como a sua vida tabular, deve-
ria se desenvolver paralelamente, 
como se a segunda fosse espelho da 
primeira. Com efeito, esta é uma 
ambição difícil de se concretizar, 
mas em se tratando de um ideal, na-
da é impossível; basta perseverar". 
 
Fé Pública 
 
O Estado, no desenvolvimento 
de sua atividade pluralista, como re- 
 
 
10 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
presentante dogmático do povo, 
atribui constitucionalmente à deter-
minadas pessoas, o direito de repre-
sentação para determinadas tarefas, 
e eles contribuem para a paz social 
que todo o Estado de Direito Demo-
crático procura. Entre esses indiví-
duos estão inseridos os notários, os 
serventuários da justiça, o escrivão, 
entre outros. 
A fé pública atribuída aos no-
tários se dá em decorrência de um 
mandamento legal, em cumprimen-
to de algumas e sérias formalidades, 
bem como de especificidades natu-
rais que regram oacolhimento do 
indivíduo como representante for-
mal desse Estado para determinado 
labor, assim como o Estado recebeu 
de seu povo, mas restrita a garantir 
e certificar uma segurança nas rela-
ções sociais (atos jurídicos), que to-
dos desejam como princípio de jus-
teza e certeza daquilo quanto ao efe-
tivamente ajustado, escriturado e 
trasladado. 
A Fé pública é um termo jurí-
dico que denota um crédito que deve 
ser dado, em virtude de lei expressa, 
aos documentos e certidões emiti-
dos por alguns servidores públicos 
ou pessoas com delegação do poder 
público no exercício de suas funções, 
reconhecendo-os como fidedignos. 
Possuem fé pública, por exem-
plo, escrivães e servidores da Justi- 
ça, escrivães de polícia, oficiais de 
justiça, oficiais de registro civil, ta-
beliães, oficiais de registro de imó-
veis, funcionários públicos federais, 
entre outros. A fé pública é atribuída 
constitucionalmente ao Notário e 
Registrador, que atuam como repre-
sentantes do Estado na sua atividade 
profissional. 
A fé pública é atribuída consti-
tucionalmente ao Notário e Regis-
trador, que atuam como represen-
tantes do Estado na sua atividade 
profissional. A fé pública é atribuída 
por lei e "afirma a certeza e a verda-
de dos assentamentos que o notário 
e oficial de registro pratiquem e das 
certidões que expeçam nessa condi-
ção, com as qualidades referidas no 
art. 1°" da Lei n. 8.935/94 (publici-
dade, autenticidade, segurança e efi-
cácia dos atos jurídicos). Como um 
dos princípios basilares do direito 
notarial, a fé pública será analisada 
posteriormente, com mais proprie-
dade. 
A fé pública individualizada na 
figura do notário é uma das mais 
amplas já conhecidas, pois ao deten-
tor dessa atribuição, cabe a expres-
são da verdade, ou seja, vige a crença 
popular de ser correto e autêntico 
em tudo aquilo que dita e escreve, 
salvo incontestável prova em contrá-
rio, já que a sociedade não pode ser 
traída em nenhuma hipótese. Não 
 
 
11 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 
há eleição de absolutismo nas suas 
ações. Permanece adstrito às inves-
tigações sociais, admite-se a possibi-
lidade de erros ou lapsos. Contudo, a 
crença nesses atos do notário consti-
tui-se no primeiro grau de hierar-
quia do saber e do conhecer social. 
Assim, ele é depositário da fé pública 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
2. Princípios Constitucionais 
 
 
Fonte: Gen Jurídico2 
 
s princípios administrativos da 
legalidade, impessoalidade, 
moralidade, publicidade e eficiên-
cia, dispostos no art. 37 da Consti-
tuição Federal, serão aplicados no 
exercício da atividade notarial e re-
gistral, pois que esta constitui uma 
função pública, realizada através 
dos notários e registradores, agentes 
públicos que atuam em colaboração 
com o poder público através de dele-
gação. 
Mesmo posicionamento é 
compartilhado pelo notário mineiro 
João Teodoro da Silva, notadamente 
 
2 Retirado em http://genjuridico.com.br/ 
com referência à atividade notarial e 
de registro entende que: O exercício 
em caráter privado significa funda-
mentalmente autonomia funcional. 
A autonomia, entretanto, é de ser 
entendida nos limites da obediência 
aos princípios constitucionais da le-
galidade, da impessoalidade, da mo-
ralidade e da publicidade, do que re-
sulta estarem os atos sujeitos à fisca-
lização do Poder Judiciário. 
Diante do caráter público da 
função notarial, de ser o notário e o 
registrador agentes públicos em co-
laboração com a Administração me- 
O 
 
 14 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
diante delegação, e diante da auto-
nomia funcional, ditada pelo exercí-
cio em caráter privado da função, fi-
cam os mesmos adstritos à obediên-
cia aos princípios basilares da admi-
nistração pública. 
 
Princípio da Legalidade 
 
O princípio da legalidade, se-
gundo Celso Antônio Bandeira de 
Mello, é o princípio basilar do regi-
me jurídico-administrativo. É o fru-
to da submissão do Estado à lei. É 
em suma: a consagração da ideia de 
que a Administração Pública só pode 
ser exercida na conformidade da lei 
e que, de conseguinte, a atividade 
administrativa é atividade sublegal, 
infralegal, consistente na expedição 
de comandos complementares à lei. 
Hely Lopes Meirelles ao abor-
dar o tema lembra que, a eficácia de 
toda atividade administrativa está 
condicionada ao atendimento da lei. 
As leis administrativas são, normal-
mente, de ordem pública e seus pre-
ceitos não podem ser descumpridos, 
nem mesmo por acordo ou vontade 
conjunta de seus aplicadores e desti-
natários, uma vez que contêm verda-
deiros poderes-deveres, irrelegáveis 
pelos agentes públicos. Por outras 
palavras, a natureza da função pú-
blica e a finalidade do Estado impe-
dem que seus agentes deixem de 
exercitar os poderes e de cumprir os 
deveres que a lei lhes impõem. 
Os notários e registradores no 
exercício da função pública, devem 
se submeter ao princípio da legalida-
de, só podendo praticar os atos de 
seu ofício permitidos por lei. Mesmo 
sendo a função pública exercida em 
caráter privado, este não tem o con-
dão de submeter a atividade ao prin-
cípio da autonomia da vontade, que 
prevalece nas relações privadas. 
Sendo a função pública delegada pe-
lo Estado ao particular, devem pre-
valecer os princípios norteadores da 
Administração Pública. 
Segundo Rogério Medeiros 
Garcia de Lima, no que diz respeito 
a notários e registradores, o art. 3° 
da Lei 8.935/94 os qualifica como 
profissionais do direito. Logo, têm o 
dever de conhecer os princípios e 
normas atinentes aos seus ofícios. 
As suas competências são taxativa-
mente definidas em lei (art. 6°/13). 
Outrossim, o art. 31, I, considera in-
fração sujeita a sanção disciplinar, a 
inobservância das prescrições legais 
e normativas. 
 
Princípio da Impessoalidade 
 
O princípio da impessoalidade 
elencado no art. 37 da Constituição 
de 1988, tem recebido diversas in-
terpretações. Segundo Maria Sylvia 
Zanella di Pietro: 
 
 15 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
Exigir impessoalidade da Ad-
ministração tanto pode significar 
que esse atributo deve ser observado 
em relação aos administrados como 
à própria Administração. No primei-
ro sentido, o princípio estaria relaci-
onado com a finalidade pública que 
deve nortear toda a atividade admi-
nistrativa. Significa que a Adminis-
tração não pode atuar com vistas a 
prejudicar ou beneficiar pessoas de-
terminadas, uma vez que é sempre o 
interesse público que tem que nor-
tear o seu comportamento. No se-
gundo sentido, o princípio significa, 
segundo José Afonso da Silva base-
ado na lição de Gordillo que os atos 
e provimentos administrativos são 
imputáveis não ao funcionário que 
os pratica, mas ao órgão ou entidade 
administrativa da Administração 
Pública, de sorte que ele é o autor 
institucional do ato. Ele é apenas o 
órgão que formalmente manifesta a 
vontade estatal." 
Exemplo disso está no art. 37, 
§ 1°, da Constituição Federal, verbis: 
A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos ór-
gãos públicos deverá ter caráter edu-
cativo, informativo ou de orientação 
social, dela não podendo constar no-
mes, símbolos ou imagens que ca-
racterizem promoção pessoal de au-
toridade ou servidores públicos. 
Para Celso Antônio Bandeira 
de Mello o princípio da impessoali-
dade não é senão o princípio da 
igualdade ou isonomia. 
Conforme Hely Lopes Meirel-
les: O princípio da impessoalidade, 
referido na Constituição de 1988 
(art. 37, caput), nada mais é que o 
clássico princípio da finalidade, o 
qual impõe ao administrador públi-
co que só pratique o ato para o seu 
fim legal. E o fim legal é unicamenteaquele que a norma de direito indica 
expressa ou virtualmente como ob-
jetivo do ato, de forma impessoal. 
Esse princípio também deve ser en-
tendido para excluir a promoção 
pessoal de autoridades ou servidores 
públicos sobre suas realizações ad-
ministrativas (CF, art. 37, § 1°). E a 
finalidade terá sempre um objetivo 
certo e inafastável de qualquer ato 
administrativo; o interesse público. 
Todo ato que se apartar desse objeti-
vo sujeitar-se-á a invalidação por 
desvio de finalidade. 
Na função notarial e registral 
os atos praticados devem ser de mo-
do impessoal, no sentido de não pri-
vilegiar e não prejudicar qualquer 
pessoa que venha utilizar esses ser-
viços. Neste sentido o tratamento 
dado às pessoas usuárias do serviço 
é isonômico, sendo que se praticado 
em desconformidade com o princí- 
 
 
 16 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
pio da impessoalidade, o notário ou 
registrador estará sujeito às sanções 
administrativas impostas pela Cor-
regedoria de Justiça, órgão que fis-
caliza os serviços. 
Para Rogério Medeiros Garcia 
de Lima "no que importa aos servi-
ços notariais e registrais, o art. 30, 
II, da Lei n°. 8.935/94, impõe o de-
ver de tratar a todos, indistinta-
mente, com urbanidade e presteza.". 
 
Princípio da Publicidade 
 
O princípio da publicidade exi-
ge a ampla divulgação dos atos pra-
ticados pela Administração Pública. 
Na esfera administrativa o sigilo só 
se admite a teor do art. 5°, XXXIII 
quando imprescindível à segurança 
da Sociedade e do Estado. 
De acordo com o inciso 
XXXIII, do art. 5°, da Constituição 
"todos têm direito a receber dos ór-
gãos públicos informações de seu in-
teresse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão presta-
das no prazo da lei, sob pena de res-
ponsabilidade, ressalvadas àquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à se-
gurança da sociedade e do Estado". 
Para Hely Lopes Meirelles, Pu-
blicidade é a divulgação oficial do 
ato para conhecimento público e iní-
cio de seus efeitos externos. Daí por 
que as leis, atos e contratos adminis-
trativos que produzem consequên-
cias jurídicas fora dos órgãos que os 
emitem exigem publicidade para ad-
quirirem validade universal, isto é, 
perante as partes e terceiros. 
A publicidade, como princípio 
de administração pública abrange 
toda atuação estatal, não só pelo as-
pecto de divulgação oficial de seus 
atos como, também, de propiciação 
de conhecimento da conduta interna 
de seus agentes. 
Conforme Walter Ceneviva "os 
registros públicos previstos pela Lei 
n°. 6.015/73 dão publicidade aos 
atos que lhe são submetidos." 
Para o fornecimento de certi-
dões o oficial poderá cobrar emolu-
mentos, que representam a sua re-
muneração, e poderá recusar o seu 
fornecimento se não houver clareza 
do objeto solicitado. 
Conforme o caput do art. 19 da 
Lei n°. 6.015/73, verbis: "A certidão 
será lavrada em inteiro teor, em re-
sumo, ou em relatório, conforme 
quesitos, e devidamente autenticada 
pelo oficial ou seus substitutos le-
gais, não podendo ser retardada por 
mais de 5 (cinco) dias." 
O prazo para a emissão das 
certidões que menciona o artigo su-
pracitado é de 5 (cinco) dias úteis, 
sendo que Walter Ceneviva já alerta 
sobre a imperfeição da redação le-
gislativa. 
 
 17 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
O art. 20, do mesmo diploma 
legal, estabelece que em caso de re-
cusa ou retardamento na expedição 
da certidão, o interessado poderá re-
clamar à autoridade competente, in 
casu, à Corregedoria de Justiça, que 
aplicará, se for o caso, a pena disci-
plinar cabível. 
Ainda, conforme Walter Cene-
viva "a publicidade legal própria da 
escritura notarial registrada é, em 
regra, passiva, estando aberta aos 
interessados em conhecê-la, mas 
obrigatória para todos, ante a oponi-
bilidade afirmada em lei." 
Para Rogério Medeiros Garcia 
de Lima "no campo das atividades 
de notários e registradores, a publi-
cidade é a razão da sua existência, 
conforme dispõe o art. 1° da Lei 
8.935/94. A fé pública, definida pelo 
art. 3°, é - como observou um diri-
gente da associação paulista da cate-
goria - o seu "produto". 
 
Princípio da Moralidade Admi-
nistrativa 
 
 Para Celso Antônio Bandeira 
de Mello, de acordo com o princípio 
da moralidade administrativa: A Ad-
ministração e seus agentes têm de 
atuar na conformidade de princípios 
éticos. Violá-los implicará violação 
ao próprio Direito, configurando ili-
citude que assujeita a conduta vicia-
da a invalidação, porquanto tal prin-
cípio assumiu foros de pauta jurídi-
ca, na conformidade do art. 37 da 
Constituição. Compreendem-se em 
seu âmbito, como é evidente, os cha-
mados princípios da lealdade e boa-
fé. 
Hely Lopes Meirelles prelecio-
na que a moralidade administrativa 
se tornou, juntamente com o princí-
pio da legalidade e da finalidade, 
pressuposto de validade de todo ato 
da Administração Pública. Ele, con-
forme os ensinamentos de Hauriou, 
a moral comum da moral adminis-
trativa, sendo esta "imposta ao agen-
te público para sua conduta interna, 
segundo as exigências da instituição 
a que serve e a finalidade de sua 
ação: o bem comum." 
O art. 30 da lei 8.935/94 esta-
belece os deveres éticos atribuídos 
aos notários e registradores. 
 
Princípio da Eficiência 
 
O princípio da eficiência foi in-
serido como princípio da Adminis-
tração Pública, no art. 37, da Consti-
tuição Federal através da Emenda 
Constitucional n°. 19, de 04. 06. 
1998, que tratou da reforma admi-
nistrativa. 
Para Hely Lopes Meirelles: 
Dever de eficiência é o que se impõe 
a todo o agente público de realizar 
 
 18 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
suas atribuições com presteza, per-
feição e rendimento funcional. É o 
mais moderno princípio da função 
administrativa, que já não se con-
tenta em ser desempenhada apenas 
com legalidade, exigindo resultados 
positivos para o serviço público e sa-
tisfatório atendimento das necessi-
dades da comunidade e de seus 
membros. 
Os serviços notariais e de re-
gistro subordinam-se aos princípios 
da Administração Pública, dentre 
eles, o da eficiência. Walter Ceneviva 
buscou na economia os preceitos do 
taylorismo para o alcance do princí-
pio da eficiência. 
Walter Ceneviva trata dos 
princípios do taylorismo relacionan-
do-os com os serviços notariais e 
destaca os seguintes: 
Princípio do método: Em cada 
serventia, apesar da semelhança de 
muitas das atividades que lhe são 
atribuídas, cabe ao titular o estudo 
sistemático de cada um dos segmen-
tos destinados ao cumprimento de 
suas finalidades legais. O estudo tem 
o escopo de obter deles o melhor 
rendimento, de modo a satisfazer os 
requisitos de eficácia e de adequação 
de cada um de tais segmentos, esta-
belecendo normas de trabalho váli-
das para todos os escreventes e auxi-
liares. 
Princípio da técnica: Embora 
haja na atividade de cada escrevente 
ou auxiliar, um elemento intelectual 
de avaliação do ato a ser praticado, o 
bom andamento do trabalho, no no-
tariado e no registro, decorre da cri-
ação de treinamentos e rotinas, ex-
plicitados em instruções claras, atra-
vés dos quais cada setor saiba preci-
samente o que deve fazer, quando 
fazer e como fazer, de modo a habi-
litar, mesmo os menos dotados, à re-
alização segura e pronta da tarefa 
que lhes competir. A especialização 
é necessária nos serviços notariais e 
de registro. 
Princípio da definição das tare-
fas: Cada escrevente e cada auxiliar 
deve saber o trabalho que lhe é atri-
buído, ainda que compreenda mais 
de uma atividade específica, de mo-
do a facilitar a execução, com maior 
qualidade e em menor tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 20 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
3. Princípios da AtividadeNotarial 
 
 
Fonte: Concurso de Cartório3 
 
s princípios são pontos básicos, 
que servem de ponto de partida 
ou de elementos vitais do próprio 
Direito. Indicam o alicerce do Direi-
to e dos seus ramos, como por exem-
plo, a base em que está calcado o Di-
reito Notarial. 
Princípio, derivado do latim 
principium (origem, começo), em 
sentido vulgar quer exprimir o co-
meço de vida ou o primeiro instante 
em que as pessoas ou as coisas co-
meçam a existir. É, amplamente in- 
 
3 Retirado em http://www.concursodecartorio.com.br/ 
dicativo do começo ou da origem de 
qualquer coisa. 
Princípios, notadamente no 
plural, segundo Plácido e Silva, são 
“as normas elementares ou os requi-
sitos primordiais instituídos como 
base, como alicerce de alguma coisa. 
Revelam o conjunto de regras ou 
preceitos, que se fixam para servir 
de norma a toda espécie de ação ju-
rídica, traçando, assim, a conduta a 
ser tida em qualquer operação jurí-
dica. Desse modo, exprimem senti-
O 
 
 21 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
do mais relevante que o da própria 
norma ou regra jurídica. Mostram-
se a própria razão fundamental de 
ser das coisas jurídicas”. 
Nem sempre os princípios se 
inscrevem nas leis, mas porque ser-
vem de base ao Direito, são tidos co-
mo preceitos fundamentais para a 
sua prática e proteção aos direitos. 
 
Fé Pública Notarial 
 
Percebe-se na fé pública três 
categorias distintas, a fé pública ad-
ministrativa, que tem por função 
certificar atos da administração pú-
blica; a fé pública judicial, envol-
vendo procedimentos judiciais, na 
área puramente litigiosa; e a fé pú-
blica notarial, inerente à função dos 
notários. 
A fé pública notarial, "corres-
ponde à especial confiança atribuída 
por lei ao que o delegado declare ou 
faça, no exercício da função, com 
presunção de verdade; afirma a efi-
cácia de negócio jurídico ajustado 
com base no declarado ou praticado 
pelo registrador e pelo notário". 
A lei atribui aos Notários e Re-
gistradores a fé pública, mas por ou-
tro lado impõe um regime severo de 
responsabilidades civis, administra-
tivas e criminais, apurados medi-
ante fiscalização do Judiciário. A fé 
 
pública é inerente à função notarial, 
dela sendo indissociável. 
A fé pública além de exigir pes-
soa autorizada a praticar a função 
notarial, requer o atendimento aos 
requisitos formais exigidos em cada 
ato notarial, para que seja assegu-
rada. 
O serviço prestado pelos notá-
rios, tendo a finalidade de segurança 
jurídica de seus atos, se perfaz atra-
vés de sua fé pública, como forma de 
dar eficácia à vontade das partes, 
que buscam uma maneira mais ágil 
e eficaz de justiça, de forma a preve-
nir a instauração de um processo ju-
dicial, para garantir a tutela de seus 
direitos subjetivos. 
 
Forma 
 
A forma pública dos atos nota-
riais são essenciais a sua formaliza-
ção, estando revestida de juridici-
dade, ou seja, adequada às normas 
de direito. Para Walter Ceneviva os 
atos notariais devem ser praticados 
por profissionais habilitados, em li-
vros próprios, sempre de modo a 
preservar a intenção e a verdade da 
manifestação neles contida. 
A inobservância do requisito 
formal dos atos notariais pode gerar 
a nulidade, em casos como a lavra-
tura de testamento público, do pacto 
antenupcial, e a anulabilidade con-
forme o caso. 
 
 22 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
Autenticação 
 
O princípio da autenticação 
para Walter Ceneviva "significa a 
confirmação, pela autoridade da 
qual o notário é investido, da exis-
tência e das circunstâncias que ca-
racterizam o fato, enquanto aconte-
cimento juridicamente relevante". 
Comentando a doutrina de 
Néri, Kollet aplica à autenticação a 
ideia de certeza da existência de um 
fato ou ato jurídico, atestado pelo 
notário em instrumento solene. 
Como princípios gerais ou ca-
racterísticos: 
 Imediação - "relação de proxi-
midade entre as diferentes 
partes que intervém na função 
notarial", primeiramente há 
uma relação entre o notário e 
os interessados em lavrar o do-
cumento público e entre o no-
tário e o documento público; 
 Rogação - com a atuação do 
notário através do requeri-
mento das partes; 
 Unidade do ato - o documento 
público deverá apresentar uni-
dade formal e substancial; 
 Protocolo - tem o escopo de ar-
mazenar os documentos ne-
cessários à produção do docu-
mento público e "estampar as 
primeiras e originais manifes-
tações de vontade". 
 
Além dos princípios acima ci-
tados, conforme Néri, Luiz Egon 
Richter acrescenta o princípio da in-
dependência funcional, representa-
do principalmente pelo exercício em 
caráter privado da função notarial, 
isto é: gerenciamento administrati-
vo e financeiro dos serviços notariais 
e de registro sob responsabilidade 
exclusiva do titular, inclusive no que 
diz respeito às despesas de custeio, 
investimento e pessoal (art. 21); ine-
xigência de autorização para a prá-
tica dos atos necessários à organiza-
ção e execução dos serviços (art. 41); 
independência no exercício de suas 
atribuições, com direito à percepção 
dos emolumentos integrais pelos 
atos praticados na serventia e garan-
tia de permanência da delegação 
(art. 28). 
 
23 
 
 
 
 24 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
4. Princípios da Atividade Registral 
 
 
Fonte: CMO Assessores4 
 
Princípio de Inscrição. 
 
onforme os ensinamentos de 
Afrânio de Carvalho: O princí-
pio de inscrição significa que a cons-
tituição, transmissão, modificação 
ou extinção dos direitos reais sobre 
imóveis só se operam entre vivos, 
mediante sua inscrição no registro. 
Ainda que uma transmissão ou one-
ração de imóveis haja sido estipula-
da negocialmente entre particulares, 
na verdade só se consumará para 
produzir o deslocamento da propri-
edade ou de direito real do transfe-
rente ao adquirente pela inscrição. 
 
 
4 Retirado em http://www.cmoasesores.com/ 
Princípio da Publicidade Re-
gistral 
 
Agustín Washington Rodri-
guez define a publicidade imobiliá-
ria como "o meio pelo qual se leva ao 
conhecimento do público o estado 
jurídico dos bens imóveis." Portan-
to, a todos os atos submetidos a Re-
gistro Público está assegurada a sua 
publicidade. 
Conforme Walter Ceneviva, 
verbis: A publicidade registraria se 
destina ao cumprimento de tríplice 
função: 
 Transmite ao conhecimento 
de terceiros interessados ou 
 
C 
 
 25 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
não interessados a informação 
do direito correspondente ao 
conteúdo do registro; 
 Sacrifica parcialmente a priva-
cidade e a intimidade das pes-
soas, informando sobre bens e 
direitos seus ou que lhes sejam 
referentes, a benefício das ga-
rantias advindas do registro; 
 Serve para fins estatísticos, de 
interesse nacional ou de fisca-
lização pública. 
 
Princípio da Presunção e Fé 
Pública Registral 
 
O sistema registrário brasilei-
ro adota a presunção relativa quanto 
à fé pública registral, que encontra 
fundamento no art. 1231, do Código 
Civil, verbis: "Art. 1231. A proprieda-
de se presume plena e exclusiva, até 
prova em contrário". 
Desta forma, "a fé pública re-
gistral se estende a todas as relações 
jurídicas passíveis ao registro, res-
pondendo positivamente à existên-
cia dos direitos reais ali estabeleci-
dos, ou negativamente, se houver di-
reitos reais inscritos que proíbam a 
disponibilidade". 
Para Luiz Antônio Galiani, 
"não basta ter o direito real adquiri-
do por um título transcrito no regis-
tro de imóveis competente, é preciso 
que este se origine de título hábil, 
elaborado por órgão competente. 
Aos notários cabe, pois, a tarefa de 
instrumentalizar os acordos de von-
tade entre as partes,que requer for-
ma especial, e, aos registradores, 
compete dar a força probante da va-
lidade e legalidade da relação jurídi-
ca, garantindo que, por título válido, 
o direito real pertence a pessoa em 
nome de quem está transcrito". 
Portanto, presume-se que tu-
do o que estiver inscrito no Registro 
de Imóveis tem presunção de veraci-
dade, até prova em contrário. Atra-
vés desse princípio é que se encontra 
segurança jurídica para a realização 
do negócio aquisitivo imobiliário. 
 
Princípio da Prioridade 
 
De acordo com o art. 182 da 
Lei n°. 6015/73 (LRP): "Todos os tí-
tulos tomarão no protocolo o núme-
ro de ordem que lhes competir em 
razão da sequência rigorosa de sua 
apresentação". 
Com base nesse princípio é 
que o Registrador deve observar de 
forma rigorosa a ordem cronológica 
de apresentação dos títulos, pois o 
número do protocolo é que determi-
nará a prioridade do título e a prefe-
rência do direito real. 
Havendo títulos com direitos 
reais contraditórios, será registrado 
o que primeiro for apresentado, 
ocorrendo a preferência excludente, 
pois o segundo título será recusado 
por ser incompatível com o primei-
 
 26 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
ro. Se, porém, os títulos forem com-
patíveis e de mesma natureza ou de 
natureza diversa, apresentará supe-
rioridade o que tiver sido registrado 
em primeiro lugar. 
 
Princípio da Especialidade ou 
Determinação 
 
Pelo princípio da especialida-
de ou determinação significa que o 
imóvel deverá estar precisamente 
descrito e caracterizado, conforme 
preceitua o art. 176, § 1°, da Lei n°. 
6.015/73, devendo ter cada imóvel 
matrícula própria, está o número de 
ordem, a data, a identificação do 
imóvel, que será feita com indicação; 
se rural, do código do imóvel, dos 
dados constantes do CCIR, da deno-
minação e de suas características, 
confrontações, localização e área; se 
urbano, de suas características e 
confrontações, localização, área, lo-
gradouro, número e de sua designa-
ção cadastral, se houver. 
Além da descrição do imóvel, o 
nome, domicílio e nacionalidade do 
proprietário, e em se tratando de 
pessoa física, o estado civil, a profis-
são, o número de inscrição no Ca-
dastro de Pessoas Físicas do Minis-
tério da Fazenda ou do Registro Ge-
ral da cédula de identidade, ou, à fal-
ta deste, sua filiação; em se tratando 
de pessoa jurídica, a sede social e o 
número de inscrição no Cadastro 
Geral de Contribuintes do Ministé-
rio da Fazenda. 
Desta forma, há uma precisão 
da descrição do bem objeto do di-
reito real registrável, dando maior 
segurança jurídica para o sistema re-
gistrário que adota o do fólio real, ou 
seja, que pressupõe o ordenamento 
por imóveis, quer seja dos títulos ou 
dos direitos reais que sobre eles re-
caem. 
 
Princípio da Qualificação, da 
Legalidade ou da Legitimida-
de 
 
Pelo princípio da qualificação, 
legalidade ou legitimidade, o Regis-
trador deverá examinar o título 
apresentado e fazer uma apreciação 
quanto à forma, validade e confor-
midade com a lei. 
Conforme Luiz Antônio Galia-
ni, ao receber o título para registro, 
antes mesmo de examiná-lo sob a 
luz dos princípios da disponibilida-
de, especialidade e continuidade, 
mister que o analise, primeiramen-
te, sob o aspecto legal, e isto deverá 
ser feito tomando-se em canta: 
 Se o imóvel objeto da relação 
jurídica que lhe é apresentado 
está situado em sua circunscri-
ção imobiliária; 
 Se o título que lhe é apresen-
tado se reveste das formalida-
des legais exigidas por lei; 
 
 
 27 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
 Se os impostos devidos foram 
recolhidos; 
 Se as partes constantes do tí-
tulo estão devidamente quali-
ficadas e representadas quan-
do necessário, como no caso 
de pessoa jurídica ou dos rela-
tivamente ou absolutamente 
incapazes. 
 
Na verificação da legalidade 
dos títulos que lhe são apresentados, 
não poderá o Oficial ir além dos li-
mites estabelecidos em lei, em razão 
da função pública que exerce. Deve-
rá analisar somente os aspectos for-
mais do título. 
 
Princípio da Continuidade 
 
O princípio da continuidade é 
um dos alicerces do direito registral 
imobiliário, e está consubstanciado 
no art. 195, da Lei n°. 6015/73 
(LRP): "Art. 195. Se o imóvel não es-
tiver matriculado ou registrado em 
nome do outorgante, o oficial exigirá 
a prévia matrícula e o registro do tí-
tulo anterior, qualquer que seja a 
sua natureza, para manter a conti-
nuidade do registro". 
Conforme Nicolau Balbino Fi-
lho Há que se fazer constar, tam-
bém, por meio de averbações, todas 
as ocorrências que, por qualquer 
modo, alterem o registro, quer em 
relação à coisa, quer em relação ao 
titular do direito registrado. Da 
mesma forma, para constituir um 
gravame, deverá estar previamente 
registrado o imóvel ou o direito real 
sobre o qual ele irá recair. Para que 
se possa proceder ao cancelamento 
motivado pela extinção de um di-
reito, é necessário que ele esteja pre-
viamente registrado. 
Para Nicolau Balbino Filho: A 
história registral como encadea-
mento dos atos ou de fatos jurídicos, 
e como sobreposição dos assentos, 
constitui a finalidade primordial e 
um sólido critério de organização, 
no qual o registro deve manter uma 
efetiva conexão entre os diferentes 
negócios modificativos da situação 
jurídico-real, por meio de assenta-
mentos registrários. 
 
Princípio da Instância ou Ro-
gação 
 
Pelo princípio da instância a 
rogação o Oficial do Registro de 
Imóveis não poderá agir de ofício, 
para que atue deverá haver o pedido 
do interessado. 
Para Nicolau Balbino Filho: A 
solicitação de qualquer ato registral 
é simples, independe de forma espe-
cial e pode ser expressa ou tácita. É 
expressa quando o requerente mani-
festa claramente ao registrador sua 
vontade de obter o lançamento re-
gistrário. A pretensão é tácita quan-
do o registrador, por experiência 
 
 28 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
própria, detecta a vontade do inte-
ressado. Como regra geral entende-
se que o mero fato de apresentar do-
cumentos ao registro constitui uma 
solicitação para a prática dos atos re-
gistrais inerentes a todo o seu conte-
údo. 
No direito pátrio a solicitação 
expressa pode ser escrita ou verbal. 
São escritas todas aquelas previstas 
no art. 167, II, n. 4 e 5, da LRP, ou 
seja, da mudança de denominação e 
de numeração dos prédios, da edifi-
cação, da reconstrução, da demoli-
ção, do desmembramento e do lote-
amento de imóveis; e da alteração do 
nome por casamento ou por des-
quite, ou, ainda, de outras circuns-
tâncias que, de qualquer modo, te-
nham influência no registro ou nas 
pessoas nele interessadas. Essas 
averbações, conforme determina o 
parágrafo único do art. 246 da LPR, 
serão feitas a requerimento dos inte-
ressados, com firma reconhecida, 
instruído com documento compro-
batório fornecido pela autoridade 
competente. A alteração do nome só 
poderá ser averbada quando devida-
mente comprovada por certidão do 
registro civil. 
Resumindo, a inscrição dos tí-
tulos no registro poderá ser pedida 
indistintamente: 
 Pelo adquirente do direito; 
 Pelo transmitente do direito; 
 
 Por quem tenha interesse em 
assegurar o direito que deva 
ser inscrito; 
 Pelo representante legal de 
qualquer deles. 
 
Há exceções ao princípio da 
instância, que se encontram no art. 
13, art. 167, II, n. 13, e art. 213, da Lei 
6.015/73: 
Art. 13. Salvo as anotações e as 
averbações obrigatórias, os atos do 
registro serão praticados: 
 
I. Por ordem judicial; (...) 
III. A requerimento do Ministério 
Público, quando a lei autorizar. (...) 
 
Art. 167. No Registro de Imó-
veis, além da matrícula, serão feitos: 
(...) 
II. A averbação: (...) 
 
13) ex officio, dos nomes dos 
logradouros, decretadospelo poder 
público. 
Art. 213 - O oficial retificará o 
registro ou a averbação: 
 
I. De ofício ou a requerimento do 
interessado nos casos de: 
a. Omissão ou erro cometido na 
transposição de qualquer elemento 
do título; 
b. Indicação ou atualização de 
confrontação; 
 
 29 
ASPECTOS CONSTITUCIONAIS DO DIREITO NOTARIAL E REGISTRAL 
c. Alteração de denominação de 
logradouro público, comprovada 
por documento oficial; 
d. Retificação que vise a indica-
ção de rumos, ângulos de deflexão 
ou inserção de coordenadas georre-
ferenciadas, em que não haja altera-
ção das medidas perimetrais; 
e. Alteração ou inserção que re-
sulte de mero cálculo matemático 
feito a partir das medidas perime-
trais constantes do registro; 
f. Reprodução de descrição de li-
nha divisória de imóvel confron-
tante que já tenha sido objeto de re-
tificação; 
g. Inserção ou modificação dos 
dados de qualificação pessoal das 
partes, comprovada por documen-
tos oficiais, ou mediante despacho 
judicial quando houver necessidade 
de produção de outras provas; 
 
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