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DIREITO TRIBUTÁRIO aula 01

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COMEÇANDO DO ZERO 2016 
Direito Tributário – Aula 01 
Josiane Minardi 
1 
1. CONCEITO DE TRIBUTO 
 
Não há um conceito de tributo expresso na Constitui-
ção Federal, apenas um conceito implícito. O con-
ceito expresso está no artigo 3º do Código Tributário 
Nacional – CTN: 
 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária com-
pulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa 
exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, 
instituída em lei e cobrada mediante atividade ad-
ministrativa plenamente vinculada. (grifo nosso). 
 
a) Tributo é toda prestação pecuniária compulsó-
ria: Quer dizer o comportamento obrigatório de uma 
prestação em dinheiro, independem da vontade do 
sujeito passivo, que deve efetivá-la, ainda que contra 
seu interesse. 
O Código Tributário Nacional ao se referir a palavra 
“toda” prestação, estabelece que qualquer presta-
ção que se enquadre em todos os requisitos do art. 
3º do CTN será tributo, independentemente da deno-
minação, conforme determina o art. 4º do CTN: 
 
Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é de-
terminada pelo fato gerador da respectiva obrigação, 
sendo irrelevantes para qualificá-la: 
 
I - a denominação e demais características for-
mais adotadas pela lei; 
II - a destinação legal do produto da sua arrecadação. 
(grifos nossos). 
 
É importante frisar nesse momento, que ainda que o 
art. 4º do CTN no inciso II menciona que seria irrele-
vante a destinação legal do produto para ser tributo, 
temos que a partir da Constituição Federal de 1988, 
para as contribuições e empréstimo compulsório é re-
levante sim a destinação, pois nessas exações a de-
nominação e a destinação são destacadas pelo pró-
prio legislador constituinte, não tendo relevância para 
a identificação do fato gerador do tributo, como 
ocorre com os impostos, taxas e contribuições de 
melhoria. 
 
b) Em moeda ou cujo valor nela se possa expri-
mir: O legislador infraconstitucional incorreu em re-
dundância ao repetir o caráter pecuniário da presta-
ção, não havia a necessidade de insistir com a locu-
ção “em moeda” “ou cujo valor nela possa se expri-
mir”, pois ao tratar de obrigação pecuniária, é porque 
será paga em dinheiro. 
 
1 ATALIBA, Geraldo. Hipótese de Incidência Tri-
butária. 6ª Ed. São Paulo: Malheiros, 2005, p. 53. 
Ninguém poderá entregar ao fisco, como forma de 
pagamento, algo que não seja dinheiro, salvo o caso 
do art.156, XI do CTN, que trata sobre a dação de 
bem imóvel, quando houver expressa previsão em 
lei. Observa-se que mesmo nesse caso, por se tratar 
de uma exceção, há necessariamente a previsão em 
lei para autorizar o pagamento do tributo com a en-
trega de bem imóvel. 
 
c) Que não constitua sanção de ato ilícito: Nin-
guém paga o tributo por ter desrespeitado uma lei, 
tributo não é castigo. Ao contrário paga-se o tributo 
por incorrer em uma situação prevista em lei como 
hipótese de incidência tributária, ou seja, o legislador 
elegeu uma situação que uma vez praticada pelo su-
jeito, no mundo concreto, estará sujeita à incidência 
da norma tributária e por essa razão irá nascer a obri-
gação de pagar um tributo. 
 
Por exemplo: A Lei prevê que a hipótese de incidên-
cia tributária do Imposto sobre Renda ou proventos 
de qualquer natureza - IR é “auferir renda”, o sujeito 
terá que pagar IR quando auferir renda, porque pra-
ticou o fato previsto em lei. 
 
Assim sendo, pode-se afirmar que uma lei descreve 
hipoteticamente um estado de fato e dispõe que a re-
alização concreta, no mundo fenomênico, do que foi 
descrito, determina o nascimento de uma obrigação 
de pagar um tributo.1 
 
As hipóteses de incidência da norma tributária são 
sempre constituídas por fatos lícitos, que uma vez 
ocorridos no mundo jurídico nasce a obrigação de pa-
gar o tributo. 
Contudo, verifica-se que embora a hipótese de inci-
dência tributária não possa ser algo ilícito, os frutos 
de uma atividade ilícita podem ser objeto de tributa-
ção. 
 
Como vimos, o legislador não pode eleger uma situ-
ação ilícita, mas ao eleger uma situação lícita como 
hipótese de incidência, essa hipótese lícita pode ter 
sido originada de uma atividade ilícita, o que não irá 
importar para fins de tributação. 
 
Veja no caso do Imposto sobre rendas ou proventos 
de qualquer natureza – IR, a hipótese de incidência, 
também chamada pelo legislador de “fato gerador” é 
“auferir renda”, assim o sujeito que auferir renda terá 
a obrigação de pagar IR, e não importa para fins de 
 
 
 
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Direito Tributário – Aula 01 
Josiane Minardi 
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tributação como essa renda foi auferida, o que im-
porta é que o sujeito incorreu na previsão da norma 
tributária, qual seja, auferir renda. 
Assim, se o sujeito auferiu renda de atividades ilíci-
tas, para o direito tributário apenas importa que o su-
jeito praticou o fato previsto na norma tributária, qual 
seja, auferiu renda e por essa razão terá que pagar o 
IR. 
 
O artigo 118, I do Código Tributário Nacional – CTN 
prevê que a definição do fato gerador será interpre-
tada abstraindo-se da validade dos atos praticados 
pelo sujeito. 
 
Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpre-
tada abstraindo-se: 
 
I - da validade jurídica dos atos efetivamente pratica-
dos pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, 
bem como da natureza do seu objeto ou dos seus 
efeitos; 
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos. 
 
No caso do sujeito que aufere renda pela venda de 
entorpecentes, a ilicitude é irrelevante para fins tribu-
tários, o que importa é que foi praticado o fato gera-
dor, “auferir renda” e por essa razão o sujeito deverá 
pagar IR. 
O STF tem o entendimento majoritário de que prati-
cado o fato gerador previsto em lei, deve ser pago o 
imposto, independentemente da atividade ser lícita 
ou ilícita, conforme podemos observar da ementa do 
HC 77.530/RS da relatoria do Ministro Sepúlveda 
Pertence: 
 
Drogas: tráfico de drogas, envolvendo sociedades 
comerciais organizadas, com lucros vultosos subtra-
ídos à contabilização regular das empresas e subtra-
ídos à declaração de rendimentos: caracterização, 
em tese, de crime de sonegação fiscal, a acarretar a 
competência da Justiça Federal e atrair pela cone-
xão, o tráfico de entorpecentes: irrelevância da ori-
gem ilícita, mesmo quando criminal, da renda subtra-
ída à tributação. 
A exoneração tributária dos resultados econômicos 
de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio 
da moralidade – constituiu violação do princípio da 
isonomia fiscal, de manifesta inspiração ética. 
 
Os Tribunais Superiores aplicam o Princípio “Pecu-
nia non olet”, segundo o qual o tributo não tem 
cheiro, não importa de onde vem, nesse caso, a 
renda auferida, o que importa é que ocorreu o fato 
gerador do IR, “auferir renda”, e por essa razão, apli-
cando-se o art. 118, I do CTN deve-se haver a tribu-
tação. 
Pelo princípio da “Pecunia non olet” extrai-se o con-
teúdo axiológico do valor de justiça, direcionando a 
exigibilidade da exação sobre quem possui capaci-
dade contributiva, ainda que o rendimento provenha 
de atividade ilícita. 
d) Instituída em lei – o tributo só pode ser instituído 
por meio de lei, de acordo com o art. 150, I da Cons-
tituição Federal e art. 97 do CTN, e por meio de ins-
trumento normativo com força de lei, ou seja, por 
meio de Medida Provisória, conforme prevê o art. 
62 da CF. 
e) cobrada mediante atividade administrativa ple-
namente vinculada – O tributo será cobrado pelo 
Poder Público que não terá margens para escolhas 
discricionárias. O fiscal não poderá cobrar o tributo 
de acordo com a conveniência e oportunidade, irá 
exigir a obrigação tributária do contribuinte exata-
mente como está disposto na legislação. 
 
1.2 – ESPÉCIES DE TRIBUTOS 
 
Muito se discute quantas espécies tributárias subsis-
tem no nosso ordenamento jurídico, devido a possi-
bilidade de diversas formas para classificá-los. 
Alfredo AugustoBecker e Pontes de Miranda, por 
exemplo defendem a teoria bipartida das espécies tri-
butárias que seria apenas impostos e taxas. 
Há uma classificação que distingue com relação a 
vinculação e não vinculação do tributo. 
 
Vinculado seria o tributo relacionado a uma atividade 
estatal pessoal para o contribuinte, como exemplo 
das taxas e contribuição de melhoria. Quando o su-
jeito ao pagar o tributo ele já sabe exatamente qual 
será a contraprestação estatal, no caso da contribui-
ção de melhoria, será pago quando ocorrer uma obra 
pública cuja consequência seja volorização imobiliá-
ria para o contribuinte. Já no caso das taxas serão 
pagas pela utilização efetiva ou potencial de um ser-
viço público específico e divisível ou pelo exercício 
regular do Poder de Polícia. 
 
A não-vinculação não está relacionada a uma ativi-
dade estatal específica, mas simplesmente a arreca-
dação de dinheiro aos cofres públicos para suprir as 
necessidades públicas. 
Quando o contribuinte paga o tributo ele paga sem 
saber qual será a contraprestação estatal, ocorrerá 
uma contraprestação estatal, mas não se sabe qual 
será, exemplo: Impostos. 
 
Para que ocorra a obrigação de pagar os impostos, 
basta que ocorra o fato gerador, no caso do IPVA, 
haverá o dever de pagá-lo para o sujeito proprietário 
de veículo automotor 
 
 
 
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Geraldo Ataliba estabeleceu a diferença entre taxa e 
contribuição de melhoria, quando se trata ainda de 
tributos vinculados. Para o Autor a taxa seria vincu-
lada direta e imediata, teve a atuação do Estado 
nasce a obrigação tributárias. No caso das contribui-
ções de melhoria teria uma vinculação indireta, 
mediata, pois não basta a simples construção de 
uma obra pública para se ter a imediata cobrança do 
tributo, deve ter ainda a valorização imobiliária, por 
isso nesse caso a vinculação seria mediata e indireta 
para as contribuições de melhoria. 
 
Contribuição de INSS, seria segundo a classificação 
de Roque Antonio Carrazza uma taxa. 
A contribuição paga pelo Empregador estaria mais 
próxima de imposto, segundo a classificação de Ro-
que Antonio Carrazza. 
A classificação pode ser intrínseca, estrutural quando 
se faz a verificação de dados interiores ao objeto. 
A classificação pode ser extrínseca, funcional 
quando se faz a verificação de dados exteriores ao 
objeto. 
 
A maior tendência de classificação é a intrínseca, 
pois tem a menor chance de ambiguidade. Exemplo 
de classificação a Água é substância líquida para ma-
tar a sede, nesse caso como é uma classificação ex-
trínseca pode haver ambiguidade, pois posso pensar 
em outra substância para matar a sede que não seja 
a água, agora quando falamos a Água é uma subs-
tância líquida composta por H20 aqui por ser uma 
classificação intríseca não há como existir ambigui-
dade. 
 
Por essa razão a classificação que toma por tributo 
não vinculados e vinculados, trata-se de uma classi-
ficação intrínseca e por isso não há chances de am-
biguidade. Agora os doutrinadores que classificam 
em cinco espécies, misturam as classificações, pois 
os impostos, taxas e contribuições de melhoria (tribu-
tos vinculados direta ou indiretamente e tributos não 
vinculados) estariam classificados pelo método in-
trínseco, enquanto quando falam das contribuições e 
empréstimos compulsórios já estariam na classifica-
ção extrínseca e isso é inadmissível, misturar dois 
métodos de classificações. (observação de Eurico de 
Santi). 
 
O art. 5º do CTN prevê três espécies tributárias: 
 
1) Impostos 
2) Taxas 
3) Contribuição de Melhoria 
 
A Constituição Federal no art. 145 prevê três es-
pécies tributárias: 
1) Impostos 
2) Taxas 
3) Contribuição de Melhoria 
 
O art. 148 da CF faz menção ao Empréstimo Com-
pulsório e o art. 149 da CF refere-se às Contribui-
ções. 
O art. 149 divide as contribuições em três modalida-
des, que serão estudadas em outro capítulo: 
 
a) Contribuição Social 
b) Contribuição de Intervenção no Domínio Eco-
nômico (CIDE) 
c) Contribuição de interesse de categoria profis-
sional ou econômica 
 
E o art. 149-A da CF traz a Contribuição para cus-
teio do serviço de iluminação pública – COSIP. 
 
Ainda que o Código Tributário Nacional adote a teoria 
tripartida, por classificar as espécies tributárias em 
apenas três, (impostos, taxas, contribuição de melho-
ria), a maioria dos doutrinadores, dentre eles, Aliomar 
Balleiro, e o Supremo Tribunal Federal adotam a te-
oria pentapartida, que seriam 5 espécies tributárias: 
 
a) Impostos 
b) taxas 
c) contribuição de melhoria 
d) contribuição 
e) empréstimo compulsório 
 
Nesse sentido, transcreve-se trecho do voto do Mi-
nistro do STF Moreira Alves, em 29-06-1992, no RE 
nº 146.733-9/SP: 
 
(…) De fato, a par das três modalidades de tributos 
(os impostos, as taxas e as contribuições de melho-
ria), a que se refere o art. 145, para declarar que são 
competentes para instituí-los a União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Município, os arts. 148 e 149 
aludem a duas outras modalidades tributárias, para 
cuja instituição só a União é competente: o emprés-
timo compulsório e as contribuições sociais, inclusive 
as de intervenção no domínio econômico e de inte-
resse das categorias profissionais ou econômicas. 
(grifos nossos) 
 
Visto o conceito de tributo e as espécies tributárias 
passamos para análise de como os tributos irão in-
gressar em nosso ordenamento jurídico. 
 
1.3 COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 
 
Competência Tributária é a outorga de poder conce-
dido pela Constituição Federal aos Entes Federativos 
 
 
 
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para que eles possam criar, instituir e majorar tribu-
tos. 
Somente os entes federativos apresentam compe-
tência tributária, pois os tributos só podem ser insti-
tuídos por meio de lei, e apenas os entes federativos 
apresentam Poder Legislativo. 
Não podemos confundir competência tributária com 
competência para legislar em direito tributário. 
A competência para legislar sobre direito tributário é 
a outorga de poder concedido pela Constituição Fe-
deral para editar leis que versem sobre tributos e re-
lações jurídicas a eles pertinentes. É uma competên-
cia concedida aos entes federativos para traçarem 
regras sobre o exercício do poder de tributar. 
 
 
 
Todos os Entes Federativos apresentam competên-
cia para legislar sobre direito tributário. 
 
O art. 24 da Constituição Federal prevê competência 
concorrente entre a União, os Estados e Distrito Fe-
deral para legislar sobre direito tributário. 
 
Compete à União a edição de normas gerais e aos 
Estados e Distrito Federal poderá suplementar a le-
gislação federal. 
 
Mas se não existir norma federal, Estados e Distrito 
Federal apresentam competência plena para legislar 
sobre direito tributário. 
 
Se sobrevier a norma geral pela União, haverá sus-
pensão da lei estadual no que lhe for contrária. A lei 
federal não irá revogar a lei estadual porque não há 
entre elas uma hierarquia. 
 
Diante da ausência de norma geral da União sobre 
IPVA, cada Estado exerceu a competência legislativa 
plena, com base no art. 24, § 3º da CF. 
 
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Dis-
trito Federal legislar concorrentemente sobre: 
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econô-
mico e urbanístico 
(...) 
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a com-
petência da União limitar-se-á a estabelecer nor-
mas gerais. 
§ 2º - A competência da União para legislar sobre 
normas gerais não exclui a competência suplemen-
tar dos Estados. 
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, 
os Estados exercerão a competência legislativa 
plena, para atender a suas peculiaridades. 
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas 
gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que 
lhe for contrário. 
 
O art. 30 da CF estabelece a competência dos Muni-
cípios para legislarem sobre assuntosde interesse 
local e suplementar legislação federal, estadual no 
que lhe couber. 
 
Art. 30. Compete aos Municípios: 
 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e a estadual 
no que couber; 
III - instituir e arrecadar os tributos de sua com-
petência, bem como aplicar suas rendas, sem pre-
juízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar 
balancetes nos prazos fixados em lei; 
 
A competência Tributária como vimos é o poder 
concedido pela Constituição Federal aos Entes Fe-
derativos para que eles possam instituir, criar e ma-
jorar tributos. A competência Tributária Apresenta 5 
características importantes: 
 
a) Indelegabilidade: 
 
A Constituição não só prevê a competência tribu-
tária como também reparte, partilha esse poder entre 
as pessoas políticas que compõe a Federação, por-
que essas precisam ter autonomia financeira, não 
basta terem apenas autonomia administrativa, auto-
nomia política. 
 
A base do federalismo é a autonomia dos Entes, por 
essa razão há a repartição do Poder de Tributar entre 
os Entes Federativos. Quando a Constituição outorga 
o poder para os Entes Federativos, ela estabelece 
exatamente quais serão os tributos de competência 
de cada Ente e a competência tributária é indelegá-
vel, quer dizer, intransferível. 
 
O Ente Federativo não poderá transferir a sua com-
petência tributária para nenhum outro Ente. Assim, 
se a Constituição outorgou poder para a União insti-
tuir o Imposto sobre Produtos Industrializados(IPI) 
apenas ela poderá instituir esse imposto, mais nin-
guém! 
Vejamos quais são os tributos de competência tribu-
tária de cada Ente Federativo: 
 
 
 
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Obs: O Distrito Federal apresenta competência tribu-
tária para instituir o IPTU, ITBI e ISS por força do dis-
posto no art. 147 da CF que estabelece que os im-
postos dos Municípios serão do Distrito Federal. (Art. 
147. Competem à União, em Território Federal, os 
impostos estaduais e, se o Território não for dividido 
em Municípios, cumulativamente, os impostos muni-
cipais; ao Distrito Federal cabem os impostos mu-
nicipais). 
 
Como vimos a competência tributária que consiste na 
criação, instituição e majoração de tributo é inde-
legável. Contudo as funções administrativas de arre-
cadar, fiscalizar tributos e executar leis que com-
preendem a capacidade ativa tributária essa sim 
pode ser delegável. 
 
CTN - Art. 7º - A competência tributária é indele-
gável, salvo atribuição das funções de arrecadar 
ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, 
atos ou decisões administrativas em matéria tributá-
ria, conferida por uma pessoa jurídica de direito 
público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da 
Constituição. 
 
§ 1º A atribuição compreende as garantias e os privi-
légios processuais que competem à pessoa jurídica 
de direito público que a conferir. 
§ 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer 
tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito 
público que a tenha conferido. 
§ 3º Não constitui delegação de competência o co-
metimento, a pessoas de direito privado, do encargo 
ou da função de arrecadar tributos 
 
Exemplo é o caso do Imposto Territorial Rural (ITR) 
cuja competência tributária, ou seja, a competência 
para criá-lo, institui-lo ou majorá-lo é da União, con-
forme estabelece o art. 153, VI da CF, que poderá, 
no entanto, delegar a função de arrecadar e fiscali-
zar, ou seja, a capacidade ativa tributária aos Muni-
cípios, nos termos do art. 153, § 4º, III da CF. 
Pela literalidade do art. 7º do CTN a capacidade ativa 
tributária só pode ser delegada para uma pessoa ju-
rídica de direito público. 
 
Para fixar, temos: 
 
 
 
b) Facultatividade: Os Entes Federativos não estão 
obrigados a instituir os tributos, cuja competência tri-
butária lhe foi atribuída pela Constituição Federal. 
O art. 145 da CF determina que a União, Estados, 
Distrito Federal e Municípios “poderão”, e não “deve-
rão” instituir tributos. A partir dessa regra a doutrina 
diz que a competência tributária no Brasil é facul-
tativa. 
Exemplo: o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, 
que compete à União a sua instituição, até hoje não 
foi criado e não há problema algum, porque a com-
petência tributária é facultativa! 
Muitos indagam sobre a Lei de responsabilidade Fis-
cal, LC nº 101/2000 que estabelece em seu art. 11 
que somente exerce uma boa gestão fiscal o Ente 
Federativo que instituir e cobrar todos os tributos. 
 
Art. 11. Constituem requisitos essenciais da res-
ponsabilidade na gestão fiscal a instituição, pre-
visão e efetiva arrecadação de todos os tributos da 
competência constitucional do ente da Federação. 
 
 
 
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Parágrafo único. É vedada a realização de transfe-
rências voluntárias para o ente que não observe o 
disposto no caput, no que se refere aos impostos. 
 
Quanto a arrecadação não restam dúvidas dessa 
obrigatoriedade, mas a obrigatoriedade quanto à Ins-
tituição fere a Constituição Federal que não obriga 
aos Entes Federativos instituírem os tributos. 
Observa-se, ainda, que o parágrafo único do art. 
11 da LC nº 101/2000 prevê uma sanção para o Ente 
Federativo que não instituir todos os impostos de sua 
competência. O dispositivo legal proíbe a realização 
de transferências voluntárias àquele que não insti-
tuir todos os impostos. 
 
LC nº 101/200 - Art. 11 (...) 
Parágrafo único. É vedada a realização de transfe-
rências voluntárias para o ente que não observe 
o disposto no caput, no que se refere aos impostos. 
 
O STF em Medida Cautelar ADI nº 2238 entendeu 
que o parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 
não viola a Constituição Federal porque a Lei trata de 
transferências voluntárias. 
As transferências obrigatórias de impostos que estão 
nos artigos 153, § 5º, 157, 158 e 159 da Constituição 
Federal essas sim só poderão deixar de serem re-
passadas no caso do art. 160 da CF, quando o Ente 
Federativo não estiver aplicando o percentual exigido 
na área da saúde, e também, no caso de débitos de 
um Ente, e suas Autarquias com outro Ente que irá 
fazer o repasse. 
O parágrafo único do art. 11 da LC nº 101/2000 proi-
biu apenas o repasse das transferências voluntárias 
e não das obrigatórias, por isso não seria inconstitu-
cional. 
 
c) Incaducabilidade: O direito do Ente Federativo 
instituir o tributo pode ser exercido a qualquer tempo. 
O fato da União não ter instituído o IGF, em 1988, 
quando da promulgação da Constituição Federal, 
não lhe retira o direito de institui-lo agora, passados 
mais de 20 anos. 
 
d) Inalterabilidade: a competência tributária não 
pode ser alterada por lei infraconstitucional. Assim, 
quando a Constituição, no art. 156, I prevê que o 
IPTU irá incidir sobre a propriedade de imóvel ur-
bano, não pode uma lei modificar tal competência ao 
ponto de determinar que o IPTU tenha como hipótese 
de incidência, fato gerador a mera posse de imóvel 
urbano. 
Observe que o art. 32 do CTN prevê como fato gera-
dor do IPTU a propriedade, a posse e o domínio útil 
de imóvel urbano. 
O fato é que o Código Tributário Nacional é de 1966 
e a nossa Constituição é de 1988, assim esse artigo 
do CTN só foi recepcionado pelo nosso ordenamento 
jurídico, ao considerar que será contribuinte do IPTU 
o possuidor ou aquele que detenha o domínio útil se 
houver o animus domini. 
Logo, o mero detentor da posse, como o locatário 
não é contribuinte do IPTU, porque a lei não pode al-
terar a competência tributária e a CF determina que 
apenas o proprietário é contribuinte desse imposto. 
A competência tributária não pode ser alterada por 
meio de lei, mas Emenda Constitucional poderá al-
terá-la. 
Como exemplo temos a EC nº 19/02 que inseriu na 
Constituição o art. 149-A e criou a Contribuição para 
custeio do serviço de iluminação pública (COSIP). 
 
e) Irrenunciabilidade:A competência tributária é ir-
renunciável, o Ente Federativo não pode jamais re-
nunciar sua competência tributária em favor de outro 
Ente, ele pode apenas deixar de exercê-la. 
Assim, o fato da União não ter criado ainda o IGF não 
confere o direito dos Estados, por exemplo, instituí-
rem esse imposto, porque a competência é Irrenun-
ciável. 
 
Para memorizar, a competência tributária é: 
 
1) Indelegável 
2) facultativa 
3) Incaducável 
4) Inalterável 
5) Irrenunciável 
 
REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS 
 
A Constituição Federal prevê algumas hipóteses de 
transferência obrigatória da arrecadação dos impos-
tos, conforme os artigos 153, § 5º, 157, 158 e 159. 
No art. 153,§ 5º da CF – A União é obrigada a repas-
sar 30% da arrecadação do IOF incidente sobre o 
ouro ativo financeiro para o Estado, conforme a ori-
gem e 70% para o Município, conforme a origem. 
 
§ 5º - O ouro, quando definido em lei como ativo fi-
nanceiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusi-
vamente à incidência do imposto de que trata o inciso 
V do "caput" deste artigo, devido na operação de ori-
gem; a alíquota mínima será de um por cento, asse-
gurada a transferência do montante da arrecadação 
nos seguintes termos: 
 
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Fede-
ral ou o Território, conforme a origem; 
II - setenta por cento para o Município de origem. 
 
 
 
 
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De acordo com o art. 157 da CF competem aos Es-
tados e Distrito Federal: 
 
a) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, so-
bre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Esta-
dos, suas autarquias e pelas fundações que instituí-
rem e mantiverem; 
 
b) 20% do produto da arrecadação do imposto resi-
dual. 
 
Nos termos do art. 158 da CF competem aos Muni-
cípios: 
 
a) 100% da arrecadação do IR incidente na fonte, so-
bre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Mu-
nicípios, suas autarquias e pelas fundações que ins-
tituírem e mantiverem; 
b) 50% do ITR, como via de regra, e 100% do ITR 
quando o Município detiver a capacidade ativa tribu-
tária, ou seja, a função de arrecadar, fiscalizar esse 
imposto. 
c) 50% do IPVA 
d) 25% do ICMS 
 
O art. 159 da CF, prevê que a União entregará 49% 
da arrecadação do Imposto sobre Renda e proventos 
de qualquer natureza (IR) e sobre produtos industri-
alizados (IPI) da seguinte forma: 
 
a) 21,5% ao Fundo de Participação dos Estados e do 
Distrito Federal; 
b) 22,5% ao Fundo de Participação dos Municípios; 
c) 3% para aplicação em programas de financia-
mento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nor-
deste e Centro-Oeste, através de suas instituições fi-
nanceiras de caráter regional, de acordo com os pla-
nos regionais de desenvolvimento, ficando assegu-
rada ao semi-árido do Nordeste a metade dos recur-
sos destinados à Região, na forma que a lei estabe-
lecer; 
d) 1% ao Fundo de Participação dos Municípios, que 
será entregue no primeiro decêndio do mês de de-
zembro de cada ano 
e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos 
Municípios, que será entregue no primeiro decêndio 
do mês de julho de cada ano; (Incluída pela Emenda 
Constitucional nº 84, de 2014) 
 
Os incisos II e III do art. 159 da CF determinam que: 
 
a) 10% da arrecadação do Imposto sobre produtos 
industrializados será repassado aos Estados e ao 
Distrito Federal, proporcionalmente ao valor das res-
pectivas exportações de produtos industrializados. 
b) 29% do produto da arrecadação da contribuição 
de intervenção no domínio econômico prevista no art. 
177, § 4º aos Estados e o Distrito Federal, distribuí-
dos na forma da lei, observada a destinação a que se 
refere o inciso II, c, do referido parágrafo. 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) (CORECON/MG – Advogado – Gestão de Con-
cursos/2015). De acordo com a teoria pentapar-
tida adotada pelo Supremo Tribunal Federal, que 
assinala a presença de cinco espécies tributárias 
no ordenamento jurídico nacional, assinale a al-
ternativa que NÃO é considerada uma espécie tri-
butária. 
 
A) Taxas. 
B) Impostos. 
C) Empréstimos compulsórios. 
D) Pedágios 
 
2) (OAB – Exame de Ordem Unificado – XII – 
Primeira Fase – FGV/2013). Em procedimento de 
fiscalização, a Secretaria da Receita Federal do 
Brasil identificou lucro não declarado por três 
sociedades empresárias, que o obtiveram em 
conluio, fruto do tráfico de entorpecentes. 
 
A) O imposto sobre a renda é devido face ao 
princípio da interpretação objetiva do fato gerador, 
também conhecido como o princípio do pecunia non 
olet. 
B) Não caberá tributação e, sim, confisco da 
respectiva renda. 
C) Não caberá tributo, uma vez que tributo não é 
sanção de ato ilícito. 
D) Caberá aplicação de multa fiscal pela não 
declaração de lucro, ficando afastada a incidência 
do tributo, sem prejuízo da punição na esfera penal. 
 
3. (Prefeitura/SP – Auditor-Fiscal Tributário 
Municipal I. Área de Especialização em Gestão 
Tributária – FCC/2012). Município Deixa pra Lá, 
não conseguindo, hipoteticamente, exercer sua 
competência constitucional tributária para 
instituir o ITBI no seu território, celebrou acordo 
com o Estado federado em que se localiza, para 
que esse Estado passasse a exercer, em seu 
lugar, a competência constitucional para 
instituir o referido imposto em seu território 
municipal e, ainda, para que exercesse as 
funções de fiscalizar e arrecadar esse tributo, 
recebendo, em contrapartida, um pagamento 
fixo anual, a título de “retribuição 
compensatória”. Relativamente a essa situação, 
o Município Deixa pra Lá: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc84.htm#art1
 
 
 
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A) Não pode delegar sua competência tributária, 
nem suas funções de arrecadar e de fiscalizar 
tributos de sua competência tributária a qualquer 
outra pessoa jurídica de direito público, mas pode 
delegar as funções de arrecadação às instituições 
bancárias públicas e privadas. 
B) Pode delegar sua competência tributária e suas 
funções de arrecadar e de fiscalizar tributos a outra 
pessoa jurídica de direito público. 
C) Não pode delegar sua competência tributária a 
qualquer outra pessoa jurídica de direito público, 
embora possa delegar as funções de arrecadar e de 
fiscalizar tributos de sua competência tributária. 
D) Não pode delegar sua competência tributária, 
nem suas funções de fiscalizar tributos a qualquer 
outra pessoa jurídica de direito público, embora 
possa delegar suas funções de arrecadar tributos de 
sua competência tributária. 
 
4) (Prefeitura de Iguatu/CE – Fiscal de Tributos – 
Pró-Município/2013). De acordo com o Código 
Tributário Nacional “toda prestação pecuniária 
compulsória, em moeda ou cujo valor nela se 
possa exprimir, que não constitua sanção de ato 
ilícito, instituída em lei e cobrada mediante 
atividade administrativa plenamente vinculada” é 
denominada de: 
 
A) Imposto. 
B) Taxa. 
C) Tributo. 
D) Contribuição Social. 
E) Tarifa. 
 
5) (TJ/SP–Titular de Serviços de Notas e de 
Registros – VUNESP/2014). Dentro da 
competência da União, estão os impostos: 
 
A) Imposto sobre a propriedade territorial rural, 
imposto sobre transmissão de bens imóveis e 
direitos a eles relativos, imposto sobre a 
propriedade territorial urbana. 
B) Imposto sobre produtos industrializados, imposto 
sobre a propriedade territorial rural. 
C) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer 
natureza, imposto sobre a propriedade territorial 
rural e imposto sobre propriedade de veículos 
automotores. 
D) Imposto sobre a renda e proventos de qualquer 
natureza, imposto sobre a propriedade territorial 
rural, imposto sobre transmissão de bens imóveis e 
direitos a eles relativos. 
 
6) (Câmara Municipal de São Paulo/SP – 
Procurador Legislativo – FCC/2014). O exercício 
da competência constitucionaltributária: 
A) Somente se delega através de lei específica do 
ente federado que é competente para a instituição 
do tributo. 
B) Pode ser renunciado pelo ente federado, bem 
assim delegado por lei a outro ente, desde que por 
meio de lei complementar. 
C) É atribuído constitucionalmente para os entes 
federados, suas autarquias e fundações. 
D) É atribuído constitucionalmente para os entes 
federados, que podem delegá-la às suas autarquias 
e fundações, para os fatos geradores relacionados 
com suas funções. 
E) Se manifesta através da criação de leis 
instituidoras e modificadoras de tributos, bem assim 
de leis que disciplinam as causas de exclusão, 
suspensão e extinção do crédito tributário. 
 
7. (Cubatão/SP – Procurador – VUNESP/2012). 
Uma das características da competência tributária é 
a: 
 
A) Indelegabilidade. 
B) Prescritibilidade. 
C) Delegabilidade. 
D) Renunciabilidade. 
E) Caducidade. 
 
8) (Unicamp/SP – Procurador de Universidade 
Assistente – VUNESP/2012). Para custeio do 
serviço de iluminação pública, na forma das 
respectivas leis e respeitados os ditames 
constitucionais, poderão instituir contribuição 
apenas os: 
 
A) Estados e a União. 
B) Estados e o Distrito Federal. 
C) Municípios e o Distrito Federal. 
D) Estados. 
E) Municípios. 
 
9) (TC/SP – Auditor do Tribunal de Contas – 
FCC/2013). “Uma coisa é poder de legislar, 
desenhando o perfil jurídico de um gravame ou 
regulando os expedientes necessários à sua 
funcionalidade; outra é reunir credenciais para 
integrar a relação jurídica, no tópico do sujeito 
ativo”. (CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de 
direito tributário. 23 ed. São Paulo: Saraiva, 
2011. p. 271). O trecho transcrito faz alusão, 
respectivamente, à: 
 
A) Capacidade tributária passiva e competência 
tributária. 
B) Capacidade tributária passiva e capacidade 
tributária ativa. 
C) Competência tributária e obrigação tributária. 
 
 
 
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D) Capacidade tributária ativa e obrigação 
tributária. 
E) Competência tributária e capacidade tributária 
ativa. 
 
10) (Prefeitura Municipal de São Sebastião da 
Amoreira/PR – Advogado – FUNTEF/2013). É de 
competência privativa dos Municípios e do 
Distrito Federal, de acordo com a Constituição 
Federal de 1988, instituir os seguintes impostos: 
 
A) IPTU (imposto sobre a propriedade territorial 
urbana), ISS (imposto sobre serviços), ITBI (imposto 
sobre a transmissão de bens imóveis). 
B) ICMS (imposto sobre circulação de 
mercadorias); IPVA (imposto sobre a propriedade 
de veículos automotores), ITBI (imposto sobre a 
transmissão de bens imóveis). 
C) II (imposto sobre importação), IE (imposto sobre 
exportação), IR (imposto de renda). 
D) IPTU (imposto sobre a propriedade territorial 
urbana), ISS (imposto sobre serviços), ICMS 
(imposto sobre circulação de mercadorias). 
E) ICMS (imposto sobre circulação de 
mercadorias); IPVA (imposto sobre a propriedade 
de veículos automotores), IPTU (imposto sobre a 
propriedade territorial urbana). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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GABARITO 
 
1) D 
2) A 
3) C 
4) C 
5) B 
6) E 
7) A 
8) C 
9) E 
10) a

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