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Introdução a Farmacologia 3BIO Noite PROF. KACIO SOUZA

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História da 
Farmacologia
Prof. Me. Kacio Souza
A história da farmacologia
- Antiguidade: ervas – propriedades terapêuticas;
- 129-200 d.C. (Claudius Galen) - o primeiro a refletir base teórica
da farmacologia:
“Os empíricos afirmam que tudo é descoberto por meio da experiência e
em parte pela teoria. Nem a experiência nem a teoria, isoladamente, são
aptas a descobrir tudo.”
- 1493-1541 (Teophrastus von Hohenheim -
Paracelso): questionamento de doutrinas
anteriores  necessidade de conhecer os
princípios ativos  dito envenenador por
inimigos.
“Se quiserem explicar adequadamente o que é
veneno, o que, então, não é um veneno? Todas as
coisas são veneno, e nada é sem veneno; somente a
dosagem estabelece se algo é um veneno.”
A história da farmacologia
- 1620-1695 (Johann Jakob Wepfer) – primeiro
a testar ação farmacológica e toxicológica de
fármacos em animais.
“Ponderei muito. Finalmente decidi esclarecer o
assunto experimentalmente.”
- 1820-1879 (Rudolph Buchheim) – fundou 1º
Instituto de Farmacologia na Universidade de
Dorpat (Tartu, Estônia): matéria científica
independente.
“A ciência dos medicamentos é teórica, isto é,
explanatória. Ela deve oferecer conhecimentos por
meio dos quais nossa opinião sobre a utilidade do
medicamento pode ser validada junto ao leito do
doente.”
A história da farmacologia
- 1838-1921 (Oswald Schmiedeberg et al.) –
relação estrutura-atividade, receptores de
fármacos, toxicidade seletiva;
- Após 1920: farmacologia nas indústrias
farmacêuticas;
- A partir de 1960: Departamentos de Farmacologia em
Universidades e Indústrias;
UFSC
FMRP-USP
FMUSP
ICB-UFMG
Afinal, o que é farmacologia?
 Estudo das substâncias medicamentosas sobre o
ser vivo, especialmente vertebrados.
 Interação das drogas com constituintes do
organismo para produzir efeitos terapêuticos
(FARMACODINÂMICA).
O QUE O FÁRMACO FAZ COM O ORGANISMO.
 Trajeto das drogas no corpo humano e sua
eliminação (FARMACOCINÉTICA).
O QUE O ORGANISMO FAZ COM O FÁRMACO.
Farmacologia - conceitos
Remédio: qualquer substância OU RECURSO (ex. radioterapia,
abraço) usado para combater uma moléstia.
Droga: Substância química que exerce efeito no organismo vivo.
Fármaco: Substância química que é o princípio ativo do
medicamento.
Medicamento: produto
farmacêutico, tecnicamente obtido
ou elaborado, com finalidade
profilática, curativa, paliativa ou
para fins de diagnóstico (Lei nº
5.991, de 17/12/73). É uma forma
farmacêutica terminada que contém
o fármaco, geralmente em
associação com adjuvantes
farmacotécnicos.
Farmacologia - conceitos
CONTRAINDICAÇÃO: Qualquer condição de saúde, relativa a
uma doença ou ao doente, que leva a uma limitação do uso do
medicamento (contra-indicação relativa), ou até a não utilização
(contra-indicação absoluta). Caso essa condição não seja
observada, poderá acarretar graves efeitos nocivos a saúde do
usuário do medicamento.
FORMA FARMACÊUTICA: Estado físico no qual se apresenta
um medicamento com o objetivo de facilitar seu fracionamento,
posologia, administração, absorção e conservação.
Farmacologia - conceitos
Efeito colateral (side effect): efeito diferente daquele efeito
principal responsável pelo efeito e uso terapêutico do fármaco;
assim, um efeito colateral pode ser benéfico ou indiferente e não
necessariamente adverso, indesejável (unwanted side effect).
Efeito adverso (efeito indesejável)  Reação Adversa ao
Medicamento (RAM), qualquer resposta a um medicamento que
seja prejudicial, não intencional, e que ocorra nas doses
normalmente utilizadas em seres humanos para profilaxia,
diagnóstico e tratamento de doenças, ou para a modificação de
uma função fisiológica.
Medicamento Referência: medicamento inovador registrado no órgão federal
responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia,
segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal
competente, por ocasião do registro. A eficácia e segurança do medicamento de
referência são comprovadas através de apresentação de estudos clínicos.
Medicamento Genérico: medicamento idêntico a um produto de referência ou
inovador, com este intercambiável, geralmente produzido após a expiração ou
renúncia da proteção da patente ou de outros direitos de exclusividade,
comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade.
Medicamento Similar: é aquele que contém o mesmo ou os mesmos princípios
ativos, apresenta mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração,
posologia e indicação terapêutica, e que é equivalente ao medicamento registrado
no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em
características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade,
embalagem, rotulagem, excipientes e veículo, devendo sempre ser identificado por
nome comercial ou marca.
RDC 134/2003 e Resolução RDC 133/2003  medicamentos similares devem apresentar os testes de
biodisponibilidade relativa e equivalência farmacêutica.
Farmacologia - conceitos
Descoberta do fármaco até a sua comercialização
O processo de desenvolvimento de um medicamento é extremamente complexo e
envolve diversas etapas (fases). Cada uma dessas fases possui objetivos bem
definidos e características particulares.
Estudos pré-clínicos de fármacos
-Dentre 1000 moléculas descobertas, apenas uma consegue chegar à fase de
registro e comercialização.
- Todo processo de desenvolvimento de um novo produto, começa com a
identificação da molécula, seja sintéca ou biológica. Esta substância deve,
primeiramente, ser purificada e estabilizada farmacologicamente (fase analíca do
composto), testada em estudos pré‐clínicos (in vitro), como: testes em bancada,
modelos de cultura celular ou em animais de experimentação. Todos eles com o
objetivo de realizar a prova de conceito.
- Uma vez desenvolvida uma substância eficaz na bancada do laboratório, inicia‐se
o processo investigativo.
- Esse processo tem por objetivo avaliar a segurança do produto para embasar
o seu uso em seres humanos.
- A fase de estudos laboratoriais, incluindo estudos em animais de experimentação,
é conhecida como fase pré-clínica.
- Os animais mais utilizados na primeira fase dos estudos pré‐clínicos são os ratos.
- Na segunda fase, algumas vezes, são requeridos testes em uma segunda
espécie, que tenha maior proximidade fisiológica com o ser humano como, por
exemplo, o porco, macaco ou cachorro beagle.
- Para garantir a segurança do processo, o FDA desenvolveu uma série de estudos
obrigatórios, que devem ser realizados antes que a substância seja exposta
aos seres humanos.
Estudos pré-clínicos e prova de conceito
Vias de 
administração de 
medicamentos
Prof. Me. Kacio Souza
Vias de administração
Enteral
Oral
Sonda enteral
Retal
Sublingual
Inalatória
Parenteral
Intravenosa
Intramuscular
Subcutânea
Intradérmica
Dermatológicos
Comprimido, cápsula, solução, suspensão, xarope;
- Absorção: passagem por barreira epitelial;
- Fármaco é absorvido por processo passivo (fármaco + lipofílico e
- ionizado será melhor absorvido);
Via oral
Vantagens
- Fácil administração;
- Confortável e cômodo;
- Indolor (Não invasivo);
- Possibilidade de remover o medicamento
em caso de intoxicação (lavagem gástrica,
carvão ativado).
Desvantagens
- Alguns fármacos não são absorvidos (físico-químicas);
- Irritação da mucosa do TGI;
- Irregularidade de absorção na presença de alguns alimentos;
- Necessidade de colaboração do paciente;
- Sabor desagradável de alguns medicamentos;
- Destruição por ácidos (Penicilina G) ou enzimas digestivas
(insulina);
- Tempo para absorção (não recomendado em situação
emergencial);
- Metabolismo de 1a passagem no fígado (Reduz
biodisponibilidade daMorfina em 75%).
Via oral
Via oral – metabolismo de primeira passagem
Comprimidos, pastilhas.
- Resposta rápida;
- Fármaco instável em pH gástrico;
- Evita metabolismo de 1a passagem.
Via sublingual
Ex. Nitroglicerina  angina pectoris
- Alta lipossolubilidade.
- Não iônica.
- Quase totalmente metabolizada no fígado.
Vantagens
- Fácil acesso e aplicação;
- Atinge circulação sistêmica rapidamente;
- Evita metabolismo de 1a passagem;
- Emergência.
Desvantagens
- Não é viável em pacientes inconscientes;
- Pode causar irritação da mucosa;
- Absorção errática ou incompleta;
- Restrita a fármacos com alta lipossolubilidade.
Via sublingual
Via retal
Supositórios.
 Diretamente para a veia cava inferior.
- Resposta local (colite ulcerativa, hemorroida);
- Vômito frequente;
- Paciente incapacitados (psiquiátricos);
- Impossibilidade da V.O. (pós-operatório);
Vantagens
- Pacientes não colaboradores (inconscientes, vômitos
frequentes);
- Efeito local direto;
- Metabolismo de 1a passagem < V.O.
Desvantagens
- Lesão da mucosa;
- Desconforto;
- Dificuldade na aplicação;
- Absorção irregular.
Via retal
Aerosóis
- Anestésicos voláteis e gases;
- Pulmão: administração e eliminação;
- Absorção: epitélio pulmonar e mucosa do trato respiratório.
Via inalatória
Ação Direta no pulmão:
- Glicocorticóides (Beclometasona): Asma
- Broncodilatadores (Salbutamol, ipratrópio): Asma
Ação Sistêmica:
- Anestésicos (halotano, isoflurano).
Vantagens
- Absorção quase instantânea;
- Aplicação do fármaco no local de
ação desejado (doenças pulmonares);
Desvantagens
• Difícil ajuste da dose;
• Método de administração trabalhoso
(coordenação respiração e inalação);
- Irritação do epitélio pulmonar.
Via inalatória
- Substâncias não são irritantes para os tecidos;
- Absorção constante e lenta  efeito duradouro;
- Formulação influencia no tempo de absorção.
Via parenteral - subcutânea
Vantagens
- Efeito persistente;
- Administração segura;
- Absorção mais rápida que V.O.;
Desvantagens
- Necrose (substâncias irritantes);
- Erro na aplicação;
- Lipodistrofia.
- Profundamente no tecido muscular (até 5 mL);
- Ação sistêmica rápida – bastante vascularizado;
- Pacientes que não cooperam ou que não possam V.O.;
- Contraindicação: pacientes com coagulação prejudicada,
doença vascular periférica oclusiva, edema e choque
(prejuízo da absorção periférica);
- Fluxo sanguíneo no local influencia velocidade de
absorção.
Via parenteral - intramuscular
Vantagens
- Efeito rápido e seguro;
Via parenteral - intramuscular
Desvantagens
- Dolorosa;
- Trauma ou compressão acidental de
nervos;
- Injeção acidental em veia ou artéria;
- Lesão do músculo por solução irritante;
- Não suporta grandes volumes (<5 mL).
Recomendações
- Locais de aplicação: deltóide, glúteo, vasto-lateral, reto femoral;
- Aspirar antes da aplicação;
- Escolha do bisel;
- Pessoal treinado;
- Assepsia local (normalmente Etanol 70%).
- Administração lenta com monitoramento constante das reações
do paciente;
- Osmolaridade da solução deve ser ideal para evitar lise celular;
- Concentração desejada de um fármaco é obtida com precisão e
rapidez.
- Não deve produzir embolia ou trombose;
- Não deve conter pirogênio;
Via parenteral - intravenosa
Vantagens
- Efeito farmacológico imediato;
- Controle preciso da dose;
- Admite grandes volumes;
- Administração de fármacos irritantes;
- Evita metabolismo de 1a passagem.
Desvantagens
- Uma vez injetado um fármaco, não há maneira de retirá-lo;
- Material esterilizado;
- Pessoal treinado.
Via parenteral - intravenosa
Fatores que determinam a escolha 
da via de administração
Local de ação desejado
Rapidez de ação desejada
Natureza do medicamento
Condições do paciente
Farmacocinética
Prof. Me. Kacio Souza
Farmacocinética – visão geral
Um fármaco precisa estar presente em concentrações adequadas nos
seus locais de ação para produzir seus efeitos característicos e desejados.
Farmacocinética – importância
Passagem de uma droga de seu local de administração para o
plasma  Importante para todas as vias de administração,
exceto intravenosa e inalação*.
Absorção
- Lipossolubilidade
- Grau de ionização 
- pH
- Concentração e tamanho do F
- Circulação sanguínea
- Motilidade GI (metoclopramida, domperidona, 
cisaprida pró-cinéticos)
- Forma farmacêutica
- Superfície de absorção
- Interações
FATORES QUE INFLUENCIAM NA 
ABSORÇÃO DE F:
Fatores que Afetam a Absorção de um Fármaco
Forma Farmacêutica
a) Tamanho da Partícula
Quanto < o tamanho da partícula, > absorção (Ex. Insulina)
Tipo Zinco (mg/100 U) Início Duração
Ação (Horas)
Rápida
Intermediária
Lenta
0,01 – 0,04
0,2 – 0,25
0,2 – 0,25
(+ protamina)
0,5 – 1,0 12 – 16
1,0 – 2,0 18 – 24
4,0 – 6,0 24 – 36
(Adaptado de Goodman & Gilman, “As bases farmacológicas da terapêutica”, 11a edição) 
b) Cápsulas
Permanecem intactas várias horas após administração retardando
absorção do fármaco.
Omeprazol (tratamento de úlcera): Sofre rápida degradação em pH
baixo.
- Forma farmacêutica: cápsulas que contêm grânulos entéricos.
Cápsula permite que grânulos sejam 
liberados após deixarem o estômago
Fatores que Afetam a Absorção de um Fármaco
Área da Superfície de Absorção
- Fator muito importante!!!
- Quanto > superfície, > absorção do fármaco
- Epitélio alveolar pulmonar e mucosa intestinal
Fatores que Afetam a Absorção de um Fármaco
BIODISPONIBILIDADE DOS FÁRMACOS
-É a quantidade de fármaco disponível para ser utilizada pelo organismo.
Compreende os seguintes aspectos da maneira dinâmica pela qual o
fármaco e/ou seus metabólitos:
a) Atingem a circulação sistêmica
b) Chegam aos locais de ação (biofase)
c) Liberam-se em locais pré-absortivos do corpo.
Biodisponibilidade absoluta: velocidade e extensão com que o fármaco
penetra no corpo ou é liberado em locais pré-absortivos para, em seguida,
alcançar a circulação sistêmica.
Biodisponibilidade sistêmica: entrada do fármaco na circulação sistêmica
Biodisponibilidade biofásica: chegada do fármaco no seu local de ação
Biodisponibilidade pré-absortiva: fármaco para efeitos locais.
Bioequivalência comparativa: dois produtos farmacêuticos devem possuir
mesma biodisponibilidade, equivalência farmacêutica (mesma forma
farmacêutica, mesma forma de fabricação).
Variação da biodisponibilidade: 
Via intravenosa: 100% biodisponível
Outras vias: dependem das características físico-químicas, processos de 
industrialização, forma farmacêutica, além das características do paciente 
Ex.: comprimido: desintegração, dissolução 
Paciente: motilidade gastrintestinal, pH, idade, sexo, peso corpóreo,
quadros patológicos, características genéticas, estresse, ingestão de água,
pH da urina, ingestão concomitante de alimento, interação com outros
fármacos.
BIODISPONIBILIDADE DOS FÁRMACOS
Absorção
A=B=C  Biodisponibilidade, Vd e Depuração.
Diferem na taxa de absorção. 
Golan, 2009.
Passagem de uma droga da corrente sanguínea para os
tecidos.
Distribuição
DEPENDE DE:
- Permeabilidade através
das barreiras teciduais
- Ligação à Albumina
- pH
Vd = dose
conc. plasm
Distribuição
Administração IV
Golan, 2009.
Administração IV em bolo
CAV; Compartimentos Altamente vascularizados
Distribuição
VOLUME DE DISTRIBUIÇÃO: Volume aparente de
distribuição do fármaco; dá um índice de quanto o fármaco
é distribuído para os tecidos.
Volume de líquido que o fármaco ocuparia se todo o
fármaco presente no corpo estivesse emsolução na
mesma concentração do que no plasma.
Vd = dose
conc. plasm
Distribuição
Rang & Dale.
Metabolismo - biotransformação
Reações químicas induzidas por enzimas (P450 – CYP3A4) que,
geralmente, acarretam perda da atividade biológica, aumento da
hidrofilicidade do F, facilitando sua eliminação por via renal.
HepatócitoFígado
Fármaco deve 
atravessar membrana 
do hepatócito para ser 
metabolizado
(apolar)
Retículo Endoplasmático: 
enzimas microssomais
(Reações de Fase I)
Citoplasma 
(Reações de Fase II)
Metabolismo – Biotransformação
Rang & Dale
Metabolismo de 1ª passagem
Sistema porta-hepático
V.O. (principalmente)
Retal
Fatores que interferem na 
absorção
Fatores que afetam 
metabolismo
Metabolismo de 1ª passagem
- Introduzem ou expõem um grupo funcional no composto original;
- Ocorrem reações de oxidação, hidroxilação, dealquilação,
desaminação, hidrólise;
- Geralmente resultam em perda da atividade farmacológica
(Exceção para as pró-drogas);
- Formação de compostos quimicamente reativos (as vezes mais
tóxicos que o fármaco original - paracetamol).
Metabolismo – Reações de fase I (Funcionalização)
Molécula polar 
(hidrossolúvel)
- Ligação covalente entre um grupo funcional e o ácido
glicurônico, sulfato, glutationa, aminoácidos ou acetato.
- Os conjugados formados costumam ser inativos e são
excretados na urina.
Metabolismo – Reações de fase II (Conjugação)
Principal
UDP-glicuronosil transferases
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
1. Indução/ Inibição de enzimas
2. Doença (Insuf. Hepática)
3. Idade
4. Interação Metabólica entre Fármacos
1. Indução
Fármacos
Aumento da síntese da proteína do Citocromo P450
Aumento da velocidade de Biotransformação
Redução da Biodisponibilidade do Fármaco
Aumento da Toxicidade em Alguns Casos
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
1. Indução
Rifampicina administrada por 3 dias reduz a eficácia da Varfarina (anticoagulante)
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
2. Doença
- Hepatite
- Infiltração Gordurosa
- Cirrose
- Hepatocarcinomas
Alteração da função Hepática:
Gravidade da lesão determina grau de modificação da atividade da 
monooxigenase do citocromo P450 
Diazepam e Morfina: respostas exageradas
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
2. Doença
- Insuficiência Cardíaca
- Bloqueio β-adrenérgico
Alteração do fluxo sanguíneo Hepático:
Reduz fluxo sangüíneo = Reduz velocidade de Biotransformação
Queda da Taxa de Biotransformação
Prolongamento do Efeito 
Ex. Propranolol e Verapamil
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
3. Idade
- Recém-nascidos
- Taxa mais lenta do que em adultos.
- Sistemas enzimáticos da Fase I e II começam a amadurecer após 2
semanas de vida.
- Ex. Cloranfenicol causa “Síndrome do bebê Cinzento”
Acúmulo Tecidual de Cloranfenicol Devido 
Conjugação Hepática LentaAntibiótico
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
3. Idade
- Idosos têm capacidade de Biotransformação reduzida.
- Motivos: 1) Redução de fluxo sanguíneo hepático
2) Redução da atividade enzimática
- Redução principalmente no sistema da monooxigenase do citocromo
P450.
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
4. Interações Metabólicas entre Fármacos
- Associam-se geralmente as Reações de Fase I (Sistema enzimático do
citocromo P450).
- Fármacos metabolizados pela mesma enzima competem entre si por um local
de ligação (Fármaco com menor afinidade tem taxa de metabolismo reduzida).
Antibióticos Macrolídios
CYP3A
4Carbamazepina
Competição CYP3A
4
Maior afinidade = metabolismo
Menor afinidade = menor metabolismo
Fármaco 
Original
Fatores que afetam a biotranformação de fármacos
Biotransformação e a Geração de Metabólitos 
Farmacologicamente Ativos
Enalapril Enalaprilato
Antihipertensivo
(inibidor da ECA)
Pró-Droga
(Hidrólise)
Composto original não tem 
atividade Farmacológica
Exemplos de Pró-drogas que produzem metabólitos ativos
Cortisona
Prednisona
Enalapril
Zidovudina
Hidrocortisona
Prednisolona
Enalaprilato
Trifosfato de Zidovudina
Pró-droga (Inativo) Ativos
Biotransformação e a Geração de Metabólitos 
Farmacologicamente Ativos
Biotransformação e a Geração de 
Metabólitos Tóxicos
N-acetil-p-benzoquinona iminaOxidases 
P450
% pequena é formada em dose terapêutica
Glutationa
Excreção
HEPATOTOXICIDADE
Ligação covalente a macromoléculas, 
Peroxidação lipídica, Estresse oxidativo.......
Altas Doses
Etanol = aumenta atividade das Oxidases P450 = Aumento da toxicidade do Paracetamol.
4a causa de morte por envenenamento em 1989.
HEPATOTOXICIDADE = Pode ocorrer após dose única (10-15 g)
Biotransformação e a Geração de Metabólitos 
Tóxicos
- Inativação da toxicidade por CONJUGAÇÃO (Fase II da
Biotransformação) com GLUTATIONA, tripeptídio extremamente reativo
que se encontra difundido por igual nos diversos tecidos dos organismos
animais e é essencial para a manutenção da capacidade funcional e da
integridade da morfologia celular, pois é o mecanismo mais importante de
defesa intracelular contra os radicais oxidantes (exógenos e endógenos) e
contra numerosas substâncias citotóxicas, incluindo o paracetamol.
- N-ACETILCISTEÍNA (ANTÍDOTO PARA INTOXICAÇÃO POR
PARACETAMOL) é desacetilada no interior da célula, ficando assim
disponível a L-cisteína, aminoácido indispensável para a síntese da
glutationa.
Remoção do Fármaco do organismo (renal, hepatobiliar, pulmões,
fezes).  F e/ou metabólitos hidrofílicos.
Filtração Glomerular
- Fármaco vai do sangue para urina.
- Fármaco ligado à proteína
plasmática não é filtrado.
Reabsorção Passiva
- Fármaco lipossolúvel retorna a
corrente sanguínea.
- Fármacos polares são excretados.
Transporte Ativo
- “Bombas” tubulares movem o
fármaco da corrente sanguínea para a
urina.
Reabsorção 
Passiva
Transporte Ativo
Excreção
Filtração 
Glomerular
DEPURAÇÃO (em inglês clearance)  taxa de
eliminação de um F no corpo em relação à [F]plasma
Medida da capacidade do corpo em eliminar um fármaco.
Depende da Kel
Inversamente proporcional ao t1/2
Diretamente proporcional ao Vd
CL = (0,693) (Vd) / t1/2
Excreção
Golan, 2009.
Excreção – influência do pH urinário
Rang & Dale
Dependem:
- Absorção
- Distribuição
- Metabolismo
- Excreção
Respeitar POSOLOGIA (número de vezes 
e quantidade diária do medicamento) é 
fundamental!!!
Níveis plasmáticos de fármacos
ÍNDICE TERAPÊUTICO
Tempo de Meia vida (t1/2) de elimanação de um fármaco
Tempo durante o qual a [F]plasma diminui para a metade do seu valor
original.
Morfina t1/2 de 3 horas
50 mg: Após 3 horas 
haverá 25 mg 
2 mg: Após 3 horas 
haverá 1 mg 
Quantidade é diferente.
Porcentagem é a mesma.
Níveis plasmáticos de fármacos
Maior intervalo de doseMenor intervalo de dose
Níveis plasmáticos de fármacos
t1/2 longo = grande intervalo de dose
t1/2 curto = pequeno intervalo de dose
Importante manter CONCENTRAÇÃO 
MÍNIMA EFETIVA
Número de vezes que o Fármaco 
será administrado
Adesão do Paciente
Níveis plasmáticos de fármacos
Golan, 2009.
Farmacodinâmica
Prof. Me. Kacio Souza
É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos das 
drogas e dos seus mecanismos de ação
O que a droga faz sobre o organismo
O que é farmacodinâmica?
• A maioria das drogas ligam-se a receptores 
celulares
– Iniciam reações bioquímicas
– Efeito farmacológico é devido a alteração de um 
processo fisiológico intrínseco e não a criação de 
um novo processo. 
Farmacocinética x farmacodinâmicaRang & Dale
Conceitos importantes
AÇÃO  Alteração bioquímica e/ou fisiológica resultante da combinação inicial do
fármaco no local de ação.
CURVA DOSE-RESPOSTA  Curva que indica quantidade do fármaco
necessário para produzir determinada resposta em intensidade requerida.
DOSE  Quantidade do fármaco necessário para produzir determinada resposta
em intensidade requerida.
DE50  Dose Eficaz Média ou Concentração Eficaz Média (EC50), refere-se à
dose necessária para produzir efeito em 50% de uma população teste.
DL50  Dose Letal Média, refere-se à dose necessária para produzir MORTE em
50% de uma população teste.
EFEITO  É decorrente da ação da droga e representa a alteração final da
função biológica.
POTÊNCIA  É a dose de fármaco necessária para gerar resposta. Portanto,
quanto menor a dose necessária MAIS POTENTE será o fármaco.
Conceitos importantes
ÍNDICE TERAPÊUTICO  Descrição do grau de seletividade do fármaco para
produzir seus efeitos desejáveis versus seus efeitos adversos. Em outras
palavras é a diferença entre a dose terapêutica e a dose tóxica. Um fármaco com
baixo índice terapêutico requer monitoramento da posologia, pois qualquer
aumento, por pequeno que seja, poderá causar toxicidade. Já um índice
terapêutico amplo abre a possibilidade de administração do fármaco em várias
doses sem o risco de toxicidade. Esse parâmetro também pode ser chamado de
janela terapêutica.
Conceitos importantes
Golan, 2009.
- Receptores
- Enzimas
- Canais iônicos
- Moléculas transportadoras
Alvos primários de ação dos Fármacos
Sítio de ligação é o local em que o fármaco se liga ao receptor: cada sítio
tem características químicas singulares, determinadas pelas propriedades
específicas dos aminoácidos que o compõem.
Interação Fármaco-Receptor:
- Forças de van der Waals
- Pontes de Hidrogênio
- Iônica
- Covalente
Ação de Fármacos
FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESPECIFICIDADE DAS
INTERAÇÕES F-RECEPTOR:
- Estrutura do F;
- Estrutura do Receptor;
- Forças químicas entre F e Receptor;
- Solubilidade do F em água;
- Solubilidade do F na membrana plasmática;
 Estudos de modificação da estrutura dos F: ↓ toxicidade
e/ou ↑ eficácia.
SELETIVIDADE:
1) Especificidade de subtipos de receptores quanto ao tipo celular;
2) Especificidade do acoplamento receptor-efetor quanto ao tipo
celular.
Principais interações Fármaco x Receptor
Canais iônicos
(inotrópicos)
Acoplados à ptn G
(metabotrópicos)
Domínio extracel 
de receptor 
transmembrana
Difusão do F e 
ligação a rec 
intracel
RECEPTORES  São estruturas moleculares altamente especializadas, que
tem no organismo afinidade de interar-se com substâncias endógenas com
função fisiológica, e que podem também reagir com substâncias exógenas, que
tenham características químicas e estruturais comparáveis às substâncias que
ocorrem naturalmente no organismo.
Principais interações Fármaco x Receptor
- Receptores de membrana
- Acoplados diretamente a um canal iônico
- Receptores sobre os quais atuam os neurotransmissores
rápidos;
- Exemplos: receptor nicotínico da acetilcolina, receptor
GABAA, receptor de glutamato.
Receptores ligados a canais
Receptores ligados a canais
Golan
ANESTÉSICOS LOCAIS E BENZODIAZEPÍNICOS
- Numericamente é a maior família de receptores;
- São receptores que atravessam 7 vezes a membrana;
- Acoplados a sistemas efetores intracelulares através de uma proteína G;
- Receptores para hormônios e transmissores lentos;
- Exemplos: receptores muscarínicos da acetilcolina, receptores
adrenérgicos, receptores opióides.
Receptores acoplados à proteína G
Golan
Receptores acoplados à proteína G
Golan
Receptores acoplados à proteína G
Golan
Receptores acoplados à proteína G
Golan
- Receptores de membrana;
- Incorporam em sua estrutura um domínio
intracelular de proteína quinase (tirosina quinase);
- Exemplo: receptores da insulina, citocinas, fatores
de crescimento.
Receptores ligados à quinase
- Alguns estão localizados
no citosol e no
compartimento nuclear;
- Exemplo: receptores de
hormônios esteróides,
hormônio tireóideo,
ácido retinoico, vitamina
D.
Receptores que regulam a transcrição de genes
Golan
AGONISTA  molécula que se liga a um receptor e o estabiliza numa
determinada conformação (habitualmente na conformação ativa).
 Total, pleno: eficácia MÁXIMA (100%);
 Parcial: eficácia submáxima ;
 Inverso: eficácia negativa (abaixo de zero), liga-se à
configuração inativa do receptor. Inativa o receptor constitutivamente ativo.
ANTAGONISTA  F que podem se ligar no mesmo sítio de ação de um
agonista, mas que NÃO provoca ativação. Diz-se que a resposta é nula,
ZERO.
Conceitos importantes
A estrutura do F afeta sua capacidade de ter acesso ao receptor!
Rang & Dale
Potência: É a quantidade da droga necessária para
produzir um determinado nível de efeito.
Aspectos quantitativos da interação 
droga-receptor
Rang & Dale
- Os fármacos possuem duas propriedade
observáveis nos sistemas biológicos: potência e
efeito máximo.
- A potência esta na dependência de 4 fatores:
1- densidade de receptores;
2- eficiência dos mecanismos de estímulo
resposta do organismo;
3- afinidade;
4- eficácia.
Quantificação do agonismo
Agonistas: fármacos que se ligam a receptores fisiológicos e simulam
os efeitos dos compostos reguladores endógenos, possuem afinidade
e atividade intrínseca.
Agonistas
Tipos de antagonistas dos receptores
Rang & Dale
Rang & Dale
Os agonistas variam em termos de potência e eficácia
Efeito máximo
Potência: A>B>C Eficácia: A=B=C
Quantificação do agonismo
Agonista inverso: estabilizam o receptor e impedem
que este sofra alterações na configuração
produtiva. Estes compostos se ligam
preferencialmente ao estado inativado, visto que
reduzem o nível de ativação constitutiva.
Agonista inverso
Antagonistas: fármacos que se ligam aos receptores
porém não simulam os efeitos dos compostos
reguladores endógenos, possuem afinidade, mas não
atividade intrínseca.
Antagonista
Químico: situação incomum em que duas
substâncias combinam-se em solução, de modo
que o efeito da droga ativa é perdido. Ex: agentes
quelantes;
Farmacocinético: absorção, distribuição,
metabolização, excreção. Ex: redução do efeito
anticoagulante da varfarina quando se administra o
fenobarbital que acelera o metabolismo hepático da
varfarina.
Tipos de antagonismos
Por bloqueio de receptores:
- Antagonismo competitivo superável: deslocamento do
agonista; Altas doses de um agonista podem geralmente sobrepor-se ao
antagonista.
- Antagonismo competitivo insuperável: quando o
antagonista se dissocia muito lentamente ou não se dissocia
dos receptores; Altas doses do agonista não se sobrepõem ao
antagonista nesta situação.
Tipos de antagonismos
Rang & Dale
Antagonismo - Nickerson
Fase 
Insuperável
Fase 
Superável
Não competitivo: refere-se a situação em que o
antagonista bloqueia em algum ponto a cadeia de
eventos que leva à produção de uma resposta pelo
agonista. (como regra o efeito consistirá em reduzir
a inclinação e o máximo da curva log-
concentração-resposta do agonista);
Fisiológico: interação de duas substâncias cujas as
ações opostas no organismo tendem a cancelar
uma em relação a outra. Ex: histamina atua sobre
receptores das células parietais da mucosa gástrica,
estimulando a secreção de ácido gástrico, enquanto
o omeprazol bloqueia este efeito ao inibir a bomba
de prótons.
Tipos de antagonismos
Dessensibilização/taquifilaxia:
o efeito de uma droga diminui
gradualmente quando
administrada de modo
contínuo ou repetidamente.
Esse fenômeno surge em
poucosminutos.
Origem:
- Alterações nos receptores;
- Perda de receptores;
- Exaustão de mediadores;
- Adaptação fisiológica.
Dessensibilização ou taquifilaxia

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