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AULA+DE+AUDITORIA+AMBIENTAL

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Auditoria Ambiental
(conceito)
A auditoria ambiental consiste em processo sistemático de inspeção, análise e avaliação das condições gerais ou especificas de uma determinada empresa em relação a fontes de poluição, eficiência dos sistemas de controle de poluentes, riscos ambientais, legislação ambiental, relacionamento da empresa com a comunidade e órgão de controle, ou ainda do desempenho ambiental da empresa.
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Auditoria Ambiental
(conceito)
A auditoria ambiental tem como objetivo caracterizar a situação da empresa para fornecer um diagnóstico atual no que diz respeito a poluição do ar, águas e resíduos sólidos, favorecendo a definição das ações de controle e de gerenciamento que deverão ser tomadas para proporcionar a sua melhoria ambiental.
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Auditoria Ambiental
(conceito)
A auditoria fornece recomendações de ações emergenciais, de curto, médio e longo prazo que deverão ser tomadas para proporcionar a melhoria ambiental da empresa. De forma sucinta, pode-se dizer que a auditoria ambiental compara resultados com expectativas ambientais.
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De acordo com a NBR ISO 14010 (ABNT 1996c)
auditoria ambiental é o processo sistemático e documentado de verificação, executado para obter e avaliar, de forma objetiva, evidências de auditoria para determinar se as atividades, eventos, sistema de gestão e condições ambientais especificados ou as informações relacionadas a estes estão em conformidade com os critérios de auditoria, e para comunicar os resultados deste processo ao cliente.
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Histórico
• A auditoria ambiental surgiu nos Estados Unidos no final da década de 70,
com o objetivo principal de verificar o cumprimento da legislação.
 Ela era vista pelas empresas norte-americanas como uma ferramenta de
gerenciamento utilizada para identificar, de forma antecipada, os problemas
provocados por suas operações.
• Essas empresas consideravam a auditoria ambiental como um meio de
minimizar os custos envolvidos com reparos, reorganizações, saúde e
reivindicações.
• Muitas empresas aplicavam, também, a auditoria para se prepararem para inspeções da Environmental Protection Agency - EPA e para melhorar suas relações com aquele órgão governamental.
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Histórico
Na Europa, a auditoria ambiental começou a ser utilizada na Holanda, em 1985, em filiais de empresas norte-americanas, por influência de suas matrizes.
Em seguida, em outros países da Europa, a prática da auditoria passou a ser disseminada em países como Reino Unido, Noruega e Suécia, também por influência de matrizes americanas.
 É na Europa, em 1992, no Reino Unido, que surgiu a primeira norma de sistema de gestão ambiental, a BS 7750 (BSI, 1994), baseada na BS 5770 de Sistema de Gestão da Qualidade, onde a auditoria ambiental encontra-se ali normalizada.
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Histórico
Na seqüência, outros países, como, por exemplo, França e Espanha, também apresentam suas normas de sistema de gestão ambiental e de auditoria ambiental.
Em 1993, começou a ser discutido o Regulamento da Comunidade Econômica Européia - CEE no 1.836/93, em vigor a partir de 10 de abril de 1995, que trata do sistema de gestão e auditoria ambiental da União Européia (Environmental Management and Auditing Scheme - Emas).
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No Brasil, a auditoria ambiental surgiu, pela primeira vez, por meio da legislação, no
início da década de 90, quando da publicação de diplomas legais sobre o tema,
citados a seguir:
– Lei no 790, de 5/11/91, do Município de Santos-SP;
– Lei no 1.898, de 16/11/91, do Estado do Rio de Janeiro;
– Lei no 10.627, de 16/1/92, do Estado de Minas Gerais;
– Lei no 4.802, de 2/8/93, do Estado do Espírito Santo;
– Projeto de Lei Federal no 3.160, de 26/8/92; e
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Tipos de Auditoria Ambiental
A auditoria ambiental, para um empreendimento habitacional, pode ser interna ou externa.
• A auditoria interna, executada pelos moradores, por meio de uma associação representativa e, se necessário por auditores independentes contratados, tem seus resultados (conclusão da auditoria) de uso interno ou condominial.
• A auditoria externa é realizada, necessariamente, por auditores independentes externos à organização, sendo seus resultados avaliados por terceiros, como organização de certificação, e seu uso deve ser atinente ao Poder Público, por meio de órgãos responsáveis por políticas habitacionais e/ou ambientais, e mesmo disponibilizados para consulta pública, principalmente no caso de determinadas leis.
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Formas de Auditorias Ambientais
Auditoria dos impactos ambientais:
– Onde é feita uma avaliação dos impactos ambientais no ar, água,solo e comunidade de uma determinada unidade industrial ou de um determinado processo com objetivo de fornecer subsídios para ações de controle da poluição, visando a minimização destes impactos.
• Auditoria dos riscos ambientais:
– Onde é feita uma avaliação dos riscos ambientais reais ou potenciais de uma fábrica ou de um processo industrial especifico.
• Auditoria da legislação ambiental:
– Onde é feita uma avaliação da situação ambiental de uma determinada fábrica ou
organização em relação ao cumprimento da legislação vigente.
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Formas de Auditorias Ambientais
Auditoria de sistemas de gestão ambiental:
– É uma avaliação sistemática para determinar se o sistema da gestão ambiental e
o desempenho ambiental de uma empresa está de acordo com sua política
ambiental, e se o sistema esta efetivamente implantado e adequado para atender
aos objetivos ambientais da organização.
– A auditoria de sistema de gestão é uma ferramenta de gestão, compreendendo
uma avaliação sistemática, documentada, periódica e objetiva sobre como os
equipamentos, gestão e organização ambiental estão desempenhando o objetivo
de ajudar a proteger o meio ambiente.
– A maioria das auditorias ambientais é uma combinação de uma e outra forma de
auditoria. Contudo, o objetivo principal de qualquer auditoria ambiental e a
realização de um diagnóstico da situação atual para verificar o que está faltando e
promover ações futuras que tragam a melhora do desempenho ambiental da
empresa.
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Aplicações e Vantagens da Auditoria Ambiental
 Melhoria do controle da poluição nas empresas
 Verificação das condições da empresa em relação à legislação ambiental
 Substituição parcial do governo na fiscalização ambiental
 Avaliação dos riscos existentes e da vulnerabilidade da empresa, assim como
identificação dos riscos antecipadamente.
 Priorização de atividades e verbas para o controle ambiental
 Dotação adequada de verbas para o controle ambiental
 Verificação da condição ambiental de unidades a serem adquiridas e avaliação de
alternativas de crescimento 
 Corte de gastos desnecessários, favorecendo ações econômicas e eficazes, reduzindo desperdícios.
 Melhora no relacionamento empresa-governo e vice-versa
 Atendimento à legislação de forma sistemática e consistente, com resposta imediata
às novas exigências legais
 Fornecimento de uma terceira visão do problema ambiental (do auditor)
 Maior credibilidade e maior flexibilidade nas exigências da fiscalização
 Proteção e melhoria da imagem da empresa junto à comunidade
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Precauções Importantes
Confidencialidade em relação aos segredos industriais e as informações sensíveis à opinião publica
 Cuidados com a divulgação pública
 A empresa deve contratar auditores qualificados apontando os problemas e não havendo a correção, fica difícil a defesa legal em caso de problemas, como acidentes, por exemplo: Analisar o custo-benefício da auditoria, principalmente nas empresas menores
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Exigências em Relação aos Auditores Independentes
 A auditoria deve ser efetuada segundo normas usuais, seguindo critérios e
procedimentos adequados nas circunstancias especificas, com cuidado e zelo.
 A auditoria deve expressar a situação real da empresa.
 Os auditores devem ter capacidade técnica, competência e independência ético
profissional e devem manter confidencialidade, não divulgando
fatos e não utilizando
informações para beneficio próprio ou de terceiros.
 O exame de auditoria deverá ser planejado e supervisionado convenientemente,
devendo ser conclusivos quanto aos elementos comprobatórios.
 O conceito de relevância deve ser aplicado, assim como um certo grau de risco deve ser aceito para maximizar a eficiência e melhorar a qualidade do trabalho.
 A atenção do auditor deve ser dirigida para os aspectos mais importantes e vitais.
 O auditor deve ter consciência de sua responsabilidade legal e das possíveis
repercussões de conclusões e opiniões exageradas.
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• O NBR ISO 14001 é baseada na metodologia Plan-Do-Check-Act (PDCA) 
Planejar-Executar-Verificar-Agir.
• O PDCA pode ser brevemente descrito como:
– Planejar – Estabelecer os objetivos e processos necessários para atingir os resultados em concordância como a política ambiental da organização.
– Executar – Implementar os processos
– Verificar – Monitorar e medir os processos em conformidade com a política ambiental, objetivos, metas, requisitos legais e outros, e relatar os resultados.
– Agir – Agir para continuamente melhorar o desempenho do sistema de gestão ambiental.
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LEI Nº 1.898, de 26 de novembro de 1991
Dispõe sobre a realização de auditorias ambientais.
O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Faço saber que a Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º - Para os efeitos desta Lei, denomina-se auditoria ambiental a realização de avaliações e estudos destinados a determinar:
I - os níveis efetivos ou potenciais de poluição ou de degradação ambiental provocados por atividades de pessoas físicas ou jurídicas;
II - as condições de operação e de manutenção dos equipamentos e sistemas de controle de poluição;
III - as medidas a serem tomadas para restaurar o meio ambiente e proteger a saúde humana;
IV - a capacitação dos responsáveis pela operação e manutenção dos sistemas, rotinas, instalações e equipamentos de proteção do meio ambiente e da saúde dos trabalhadores.
Art. 2º - Os órgãos governamentais estaduais encarregados da implementação das políticas de proteção ambiental poderão determinar a realização de auditorias periódicas ou ocasionais, estabelecendo diretrizes e prazos específicos.
Parágrafo único - Nos casos de auditorias periódicas, os procedimentos relacionados à elaboração de diretrizes deverão incluir a consulta à comunidade afetada.
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LEI Nº 1.898, de 26 de novembro de 1991
Art. 3º - As auditorias ambientais serão realizadas às expensas dos responsáveis pela poluição ou degradação ambiental.
Art. 4º - Sempre que julgarem conveniente para assegurar a idoneidade de auditoria, os órgãos governamentais poderão de terminar que sejam conduzidas por equipes técnicas independentes.
$ 1º - Nos casos a que se refere o caput deste artigo, as auditorias deverão ser realizadas preferencialmente por instituições sem fins lucrativos, desde que asseguradas a capacitação técnica, as condições de cumprimento dos prazos e valores globais compatíveis com aqueles propostos por outras equipes técnicas ou pessoas jurídicas.
$ 2º - A omissão ou sonegação de informações relevantes descredenciarão os responsáveis para a realização de novas auditorias durante o prazo mínimo de 2 (dois) anos, sendo o fato comunicado à Procuradoria Geral de Justiça.
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LEI Nº 1.898, de 26 de novembro de 1991
Art. 5º - Deverão, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periódicas anuais as empresas ou atividades de elevado potencial poluidor, entre as quais:
I - as refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados;
II - as instalações portuárias;
III - as instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e perigosas;
IV - as instalações de processamento e de disposição final de resíduos tóxicos ou perigosos;
V - as unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas e radioativas;
VI - as instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos domésticos;
VII - as indústrias petroquímicas e siderúrgicas;
VIII - as indústrias químicas e metalúrgicas.
$ 1º - Os órgãos governamentais encarregados da implementação das políticas de controle da poluição definirão as dimensões e características das instalações relacionadas nos itens VI e VIII do caput deste artigo que, em função de seu pequeno porte ou potencial poluidor, poderão ser dispensadas da realização de auditorias periódicas.
$ 2º - O intervalo máximo entre auditorias ambientais periódicas será de 1 (um) ano.
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LEI Nº 1.898, de 26 de novembro de 1991
Art. 6º - Sempre que constatadas quaisquer infrações deverão ser realizadas auditorias trimestrais até a correção das irregularidades, independentemente da aplicação de penalidade administrativas.
Art. 7º - As diretrizes para a realização de auditorias ambientais em indústrias poderão incluir, entre outras, avaliações relacionadas aos seguintes aspectos:
I - Impactos sobre o meio ambiente provocados pelas atividades de rotina;
II - Avaliação de riscos de acidentes e dos planos de contingência para evacuação e proteção dos trabalhadores e da população situada na área de influência, quando necessária;
III - Atendimento aos regulamentos e normas técnicas em vigor no que se refere aos aspectos mencionados nos Incisos I e II deste artigo.
IV - Alternativas tecnológicas, inclusive de processo industrial, e sistemas de monitoragem contínua disponíveis no Brasil e em outros países, para a redução dos níveis de emissão de poluentes;
V - Saúde dos trabalhadores e da população vizinha.
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LEI Nº 1.898, de 26 de novembro de 1991
Art. 8º - Todos os documentos relacionados às auditorias ambientais, incluindo as diretrizes específicas e o currículo dos técnicos responsáveis por sua realização, serão acessíveis à consulta pública.
Art. 9º - A realização de auditorias ambientais não exime as atividades efetiva ou potencialmente poluidoras ou causadoras de degradação ambiental do atendimento a outros requisitos da legislação em vigor.
Art. 10 - O Poder Executivo regulamentará a presente Lei no prazo de noventa dias contados a partir de sua publicação.
Art. 11 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

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