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ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 1 AULA 04 – Extra Olá a todos! Tudo bem? Estão 100% nos estudos? Melhor que estejam, pois o grande dia está cada vez mais próximo! E, como prometi a vocês, estou trazendo este reforço para os estudos. Até a nossa segunda aula deste curso, o edital ainda não havia sido publicado. Felizmente as diferenças entre o conteúdo do edital e do curso não foram grandes. Então nesta aula vamos retomar o conteúdo da aula 02, para adequá-la ao nosso edital. Além disso, estou corrigindo algumas “pequenas” falhas no texto ocasionadas pela utilização de uma nova ferramenta, infelizmente não tão eficiente. O nosso conteúdo estudado será o seguinte: Protocolos; Classificação de documentos de arquivo; Arquivamento e ordenação de documentos de arquivo; Tabela de Temporalidade de documentos de arquivo. E, além disso, como acredito que estão muito bem preparados, vamos ter um brevíssimo resumo do conteúdo, e uma bateria de exercícios abrangendo questões de todo o curso! Ah, e detalhe: para mostrarem que são muito bons, dessa vez o gabarito NÃO SERÁ COMENTADO! Quero que se sintam o mais próximo possível do ambiente de prova. Como sempre, estarei disponível no e-mail e no fórum do curso para ajudá-los: mayko@pontodosconcursos.com.br. Contém sempre com meu apoio! Então vamos começar, pois o caminho é longo e o tempo é curto! Prof. Mayko Gomes Julho/2012 ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 2 Gestão de Documentos Vamos recorda o funcionamento da Teoria das Três Idades, pois é fundamental o sem entendimento. A Teoria das Três Idades, Ciclo Vital dos Documentos ou Estágio de Evolução dos Arquivos (lembrem-se dessas expressões) afirma que os arquivos podem ser divididos e tratados em três fases distintas e complementares, que são a corrente, a intermediária e a permanente. Todos os documentos, quando são criados ou recebidos por uma instituição, podem possuir dois valores distintos: o valor primário, que dizemos ser o valor principal, imediato, ligado diretamente aos objetivos que levaram à criação do documento; e o valor secundário, que é mediato, acessório e não está ligado diretamente aos objetivos que levaram à sua criação. Todo documento, quando criado ou recebido, possui o valor primário; se não fosse assim, não seria sequer criado. Esse valor é temporário, ou seja, quando o documento cumprir seus objetivos diretos, perderá esse valor. Mas ao contrário, nem todo documento possui valor secundário. Este valor depende de muita coisa para ser atribuído a um documento, e é permanente, ou seja, uma vez que o documento possua valor secundário, vai durar para sempre (o valor). Assim, quando um documento “nasce” (já provido de valor primário) ele está inserido no arquivo corrente, que como vimos, é aquele que guarda documentos frequentemente consultados. Depois de cumprido seu objetivo principal, o documento vai para o arquivo intermediário, que é aquele que guarda documentos não utilizados frequentemente, e que aguardam destinação: eliminação ou guarda permanente. Caso o documento não possua o valor secundário, será descartado; caso possua, será preservado permanentemente. Uma vez no arquivo permanente o documento terá outros objetivos, diferente daquele para o qual foi criado. Vamos ilustrar por um gráfico: Transferência Recolhimento Descarte Dica de prova: Notem que uma vez que o documento é recolhido ao arquivo permanente, ele não pode ser descartado. Corrente Descarte Intermediário Permanente ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 3 (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) A eliminação de documentos permanentes produzidos por instituições públicas e de caráter público somente é possível mediante autorização da instituição arquivística pública correspondente à esfera de competência do órgão. Resolução O item está incorreto. Vimos pelo esquema acima que os documentos de valor permanente (valor secundário) JAMAIS, EM HIPÓTESE ALGUMA, devem ser eliminados, mas sim preservados por tempo indefinido. Dica de prova: Notem também que a passagem do documento de um arquivo a outro recebe nomes específicos. As bancas tentam constantemente confundir os candidatos trocando esses nomes, fazendo um item correto ficar errado. Assim, a passagem para o arquivo intermediário sempre se chama “transferência”, e a passagem para o arquivo permanente sempre se chama “recolhimento”. Então, numa questão pode não aparecer o nome do arquivo, mas se aparecer algum desses termos, o candidato deve ficar atento para saber a qual arquivo se refere. (Correios/2011 – Cespe/UnB) O recolhimento de documentos dos arquivos correntes ao arquivo intermediário é realizado por meio do plano de destinação. Resolução O item está incorreto. A passagem de documentos para o arquivo intermediário denomina-se “transferência”. (ABIN/2010 – Cespe/UnB) A transferência é a ação de condução dos documentos ao arquivo permanente. Resolução O item está incorreto. A condução dos documentos ao arquivo permanente denomina-se “recolhimento”. Dica de prova: Notem ainda que não há obrigação de o documento passar pelas três fases, nessa ordem. Alguns documentos são “recolhidos” do arquivo corrente direto para o permanente, ou podem ser descartados sem mesmo passar pelo arquivo intermediário. Ainda, há casos em que o documento correrá em fluxo contrário, passando do arquivo permanente ou intermediário de volta para o corrente. Esse caso não é comum em provas, mas pode ser pedido, então não custa saber. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 4 Para ilustrar a explicação sobre valores de documentos e Teoria das Três Idades, vamos tomar como exemplo dois documentos simples. O primeiro é o Termo de Posse da atual Presidenta da República. O documento tem sempre valor primário, valor imediato e ligado ao objetivo da instituição: dar posse à Presidenta. Quando o documento cumpriu sua finalidade, ele perdeu seu valor primário. No entanto, ele ainda possui o valor secundário, que é permanente. Esse valor está ligado a outras finalidades, como por exemplo, servir de fonte para pesquisas históricas ou culturais. O segundo documento é uma requisição de transporte para um funcionário se deslocar para trabalho externo ao ambiente convencional. A referida requisição possui valor primário, ligado ao objetivo de sua criação: possibilitar o deslocamento do funcionário. Quando cumprido esse objetivo, perderá seu valor primário. Mas esse documento não possui valor secundário, não serve para pesquisa histórica ou cultural, nem é parte importante da história da instituição ou da sociedade. Portanto ele pode até ser transferido para fins de prestação de contas, mas não será recolhido por falta de valor secundário: será descartado. Lógico, os documentos têm seu valor atribuído pela Tabela de Temporalidade, mas mesmo sem ela é possível determinar quais documentos terão valor secundário. São documentos relativos à criação de entidades (leis, estatutos, contratos sociais), sobre seu funcionamento (organogramas, projetos de alterações, regimentos), e outros que se relacionem a fatos importantes em sua história. (Detran-PA/2006 – Cespe/UnB) De modo geral, podem ser eliminados os documentos que comprovem o modo de organização e funcionamento da instituiçãoao longo de sua existência. Resolução O item está incorreto. Documentos que comprovam a história, origem e evolução das instituições devem ser preservados permanentemente. A Gestão de Documentos tem todas as suas atividades embasadas nessa teoria. Contudo, essas atividades buscam gerenciar o fluxo de documentos enquanto o mesmo possui valor primário, ou seja, tem utilidade administrativa. Assim, somente se fala em Gestão de Documentos nos arquivos corrente e intermediário, onde os documentos têm finalidades meramente administrativas. No arquivo permanente os documentos possuem outras utilidades, como servir de fonte de pesquisa histórica, por exemplo. A Lei (8.159/91) define a Gestão de Documentos como “o conjunto de procedimentos e operações técnicas à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente”. Reparem que a Gestão ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 5 de Documentos PÁRA, TERMINA, TEM SEU LIMITE DE ATUAÇÃO no arquivo intermediário, pois quando o documento sofre sua destinação (eliminação ou guarda permanente), a Gestão de Documentos já cumpriu seu objetivo. (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) Gestão de documentos é o conjunto de procedimentos e operações técnicas relativos à produção, à tramitação, ao uso, à avaliação e ao arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou o seu recolhimento para guarda permanente. Resolução O item está correto. É exatamente o que preceitua o texto da Lei 8.159/91, transcrito acima. A sua aplicação somente aos arquivos corrente e intermediário se justifica pelos seus objetivos: é nesses arquivos que os documentos são mais utilizados, e por diferentes pessoas. O problema advindo desse “excesso” em seu uso acarreta problemas como o acúmulo desordenado de documentos (massa documental acumulada), a perda e extravio dos mesmos, e a responsabilização dos usuários. Ainda, como objetivos secundários, procura reduzir os espaços ocupados pelos arquivos, o emprego de recursos humanos e materiais, facilitar e agilizar o acesso e a recuperação da informação quando necessário. A Gestão de Documentos passa pelo controle em três fases: a produção, a utilização e a destinação. Produção: é onde os documentos são criados/confeccionados/recebidos e são inseridos nos sistemas de controle da instituição. Aqui são exercidas atividades que controlam a produção de documentos, como a elaboração de formulários, estabelecimento de padrões, verificação da necessidade do documento, etc. (STM/2011 – Cespe/UnB) Na fase de produção, o arquivista pode, entre outras atividades, sugerir a criação ou extinção de modelos, formulários, cópias ou vias desnecessárias; propor consolidação de atos normativos; e participar da seleção de recursos humanos para área arquivística. Resolução O item está correto. Na fase de produção aprendemos que são realizadas atividades que viabilizem a criação do documento, como a elaboração de normas, padrões, estudos formulários, ferramentas, etc. Inclui também a definição de pessoal a trabalhar com essas atividades, sua capacitação, seus conhecimentos e aptidões. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 6 Utilização: é a onde os documentos são utilizados com a finalidade principal para que foram criados (valor primário). Os documentos tramitam (se movimentam) internamente na instituição, percorrendo todo o caminho necessário para que se cumpra uma atividade específica. As atividades são de busca e localização (protocolo), de análise da importância do documento (avaliação), de consulta e empréstimo, entre outras. (AGU/2010 – Cespe/UnB) A fase da gestão de documentos que inclui as atividades de protocolo, de expedição, de organização e de arquivamento de documentos em fase corrente e intermediária é denominada fase de utilização de documentos. Resolução O item está correto. A fase de utilização abriga as atividades de controle sobre o acesso, uso e guarda dos documentos, assim como sua localização e recuperação. Todas as atividades que tratam do uso do documento encontram- se nesta fase. Destinação: é onde os documentos sofrem o fim que lhes é determinado pelo processo de avaliação. Os destinos geralmente são sofridos quando os documentos cumprem seu prazo de retenção no arquivo intermediário. Pode, contudo, ocorrer de o documento não precisar estar neste arquivo para sofrer a destinação; isto será determinado pela Tabela de Temporalidade e Destinação, que estudaremos mais adiante. Somente dois destinos são possíveis para os documentos: a eliminação ou o “recolhimento” para o arquivo permanente. (ABIN/2010 – Cespe/UnB) A fase de avaliação e destinação de documentos constitui parte do programa de gestão documental e é composta pelas atividades de criação de formulários, seleção de materiais e equipamentos, e normatização do acesso à documentação. Resolução O item está incorreto. As atividades acima têm a função de subsidiar a criação dos documentos. Portanto estão inseridos na fase de produção. A fase de destinação engloba atividades que dão o devido fim ao documento de acordo com sua importância. São elas: a avaliação, a elaboração de Tabela de Temporalidade, a determinação de listas e editais de eliminação, de modos e métodos de eliminação de documentos, a possibilidade de doação dos documentos, etc. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 7 Protocolo O protocolo é o conjunto de atividades que tem por objetivo controlar o trâmite, isto é, a movimentação interna do documento no ambiente interno da instituição. O protocolo é um conjunto de atividades que está inserido na fase de utilização da Gestão de Documentos. Entende-se por protocolo o conjunto de operações técnicas que visam controlar o trâmite de documentos dentro de uma instituição. A palavra protocolo, assim como arquivo, é um termo polissêmico, e pode significar: O número atribuído ao documento quando capturado pelo sistema da instituição. Neste caso chamamos de protocolo o número de registro que o documento recebe. Este número será a identificação do documento dentro da instituição. È muito utilizado em processos. O caderno, ou outro equivalente, onde se registra as movimentações internas do documento. Neste caso o protocolo é o caderno onde são feitas as anotações sobre a movimentação do documento. O espaço é destinado para anotações como o número do documento, a data de recebimento e a assinatura do destinatário. A unidade ou setor responsável pela distribuição e movimentação de documentos dentro da instituição. O protocolo é a porta de entrada e saída de documentos da instituição. Todos os documentos são recebidos, registrados e distribuídos aos destinatários. O mesmo ocorre com as movimentações internas: antes de seguir de um setor a outro, o documento deve passar pelo protocolo antes. E ainda, o documento deve passar pelo protocolo também antes de ser enviado a outra instituição ou pessoa. As atividades de protocolo se resumem em dois grupos: recebimento e classificação, registro e movimentação. Algumas bancas ainda consideram a expedição como atividade de protocolo. Mesmo assim, quando uma banca considera a expedição como atividade de protocolo, ela a menciona nas questões. Caso não considere, não mencionará tal atividade. Documento comnº de protocolo Protocolo para recebimento e envio de documentos Setor de Protocolo: responsável pelo recebimento, distribuição e envio de documentos. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 8 São atividades de recebimento e classificação: Recebe o documento; Separa os documentos oficiais dos particulares; Envia os documentos particulares aos seus destinatários; Separa os documentos ostensivos dos sigilosos; Envia os documentos sigilosos aos seus destinatários; Interpreta e classifica os documentos ostensivos; Envia os documentos ostensivos ao setor de registro e movimentação. As atividades de registro e movimentação são as que tratam da distribuição, redistribuição e entrega dos documentos dentro da instituição. As atividades de expedição tratam da saída de documentos e correspondências da instituição. Todos os documentos de caráter oficial, mesmo que sigilosos, devem ser remetidos para o protocolo, e o mesmo deve cuidar de enviá-los para o ambiente externo à instituição. Dica de prova: As atividades de protocolo estão associadas às funções de arquivo corrente! Pelas suas características, os arquivos correntes guardam documentos que estão em uso freqüente ou constantemente consultados. Assim, o protocolo tem o objetivo de controlar o fluxo desses documentos. Constantemente as bancas tentam induzir os candidatos ao erro afirmando que as atividades de protocolo também são realizadas nos arquivos intermediário e permanente. Então, para não esquecer ou confundir: as atividades de protocolo somente são realizadas no arquivo corrente; e estão ligadas à entrada e controle de documentos dentro da instituição. Os setores de protocolo podem receber várias denominações: Protocolo, Protocolo e Arquivo, Setor de Registro, Registro e Movimentação, etc. Então é importante ter em mente que protocolo é a atividade de controle! O nome do setor pode coincidir, mas devemos considerar a atividade. (EBC/2011 – Cespe/UnB) O procedimento a ser adotado no caso de recebimento de correspondência ostensiva é realizar a abertura dos envelopes e proceder à leitura para encaminhamento, observando a existência de antecedentes. Resolução O item está correto. Segundo os procedimentos descritos, as correspondências ostensivas (estudamos em nossa primeira aula, classificação dos documentos quanto à natureza do assunto) devem ser abertas, lidas e enviadas a seus destinatários através do registro e movimentação. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 9 (Correios/2011 – Cespe/UnB) A expedição dos documentos é de responsabilidade do arquivo geral e conta com o auxílio do arquivo intermediário para a realização dessa atividade. Resolução O item está incorreto. Sabemos de nossa primeira aula que geral (ou central) e setorial são duas classificações que podem ser atribuídas ao arquivo corrente, de acordo com a extensão de sua atuação. Até aí o item está correto. Contudo, vimos que o protocolo é vinculado somente ao arquivo corrente, e não ao intermediário e permanente. (Correios/2011 – Cespe/UnB) A responsabilidade pelo funcionamento do protocolo é do setor de arquivo permanente, como último momento do trâmite documental. Resolução O item está incorreto. Mais uma questão da prova dos Correios, tentando induzir ao mesmo erro. O protocolo é uma das atividades da Gestão de Documentos, e sabemos que a Gestão de Documentos só vai até o arquivo intermediário. Ainda, mesmo o protocolo está limitado e estritamente vinculado às atividades do arquivo corrente. Além disso, os documentos do arquivo permanente não estão em trâmite, pois não tem utilidade administrativa (sem valor primário). Portanto não há nenhuma ligação entre protocolo e arquivo permanente. (TRE-ES/2011 – Cespe/UnB) O registro de documentos arquivísticos no protocolo consiste na vinculação de metadados ao documento que tramitará na organização. Resolução O item está correto. Os metadados são os dados do documento, como número, assunto, destinatário, procedência, data do recebimento ou produção, etc. A fase de registro consiste em inserir essas informações no sistema de controle de documentos, para facilitar sua localização e recuperação, além de controlar seu trâmite. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 10 Classificação de Documentos de Arquivo Não confundam a Classificação dos Documentos de Arquivo, estudada na aula 01, com esta que vamos estudar agora. O que vamos estudar agora são as atividades de Classificação de Documentos, ou seja, o ato de atribuir ao documento um código que corresponda ao seu ingresso no sistema de documentos de uma instituição. Além disso, a atividade de Classificação, assim como o protocolo, é uma das atividades de Gestão de Documentos, inserida na fase de utilização. A classificação do documento é feita no momento em que este chega ao protocolo e pelo profissional que o recebeu. (STM/2011 – Cespe/UnB) Na esfera pública, a atividade de classificação — entendida como identificação do assunto no documento, localização do assunto no código de classificação e anotação do código no documento para posterior recuperação — somente pode ser realizada por arquivistas. Resolução O item está incorreto. A classificação do documento é realizada por qualquer profissional que esteja atuando no protocolo. É no momento de sua entrada ali que o mesmo recebe o código de classificação. A Classificação de Documentos é o ato de atribuir um código ao documento de acordo com o assunto de que ele trate. O código deverá ser aquele em vigor na instituição, e estabelecido pela Comissão Permanente de Avaliação. Esta comissão deve ser formada por profissionais das diversas áreas do conhecimento e de atuação da instituição. Quando se tratar de documento ou correspondência de caráter ostensivo, a classificação deve ser realizada no setor de protocolo. Este deve abrir a correspondência ou documento, tomar conhecimento de seu conteúdo e de seu destinatário, proceder à classificação e encaminhar os documentos ao destinatário. Dica de prova: As bancas tentam induzir os candidatos ao erro afirmando que a atribuição de classificar os documentos é do arquivista, como na questão acima, o que não é verdade: é responsabilidade do setor de protocolo. O Plano de Classificação deve orientar os métodos de arquivamento a serem utilizados pela instituição. Todos os documentos serão arquivados e ordenados seguindo a lógica e a orientação do Plano. Portanto, este deve ser o mais abrangente possível, sempre abarcando todos os assuntos que interessam à instituição. Ainda, este deve ser flexível, capaz de atender as necessidades de mudanças das instituições, e sempre reservar espaços para ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 11 assuntos e situações que são desconhecidos das instituições, mas podem ocorrer. Os Planos ou Códigos de Classificação são elaborados por uma comissão constituída exclusivamente para este fim, chamada Comissão Permanente de Avaliação de Documentos. Os planos podem seguir dois critérios: o estrutural, ou organizacional, que classifica os documentos de acordo com a estrutura da instituição; e o funcional, que classifica os documentos de acordo com as atividades desenvolvidas pela instituição. Atualmente, de modo geral, é mais recomendado que se utilizeo critério de classificação funcional, por ser mais flexível. Caso uma instituição tenha optado por utilizar o critério estrutural, terá que fazer mudanças no plano toda vez que se criar, extinguir, fundir ou dividir algum de seus setores, por exemplo. Quando se utiliza o critério funcional, por mais que se modifique a estrutura de uma instituição, suas atividades permanecem as mesmas, pois seu objetivo foi definido no momento de sua criação. Abaixo estão dois exemplos de Código de Classificação. O primeiro classifica os documentos de acordo com as funções da instituição que os produziu, e o segundo classifica os documentos de acordo com o assunto de que tratam, independente da área de atuação da instituição. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 12 Como podem perceber, os documentos recebem códigos de acordo com a função da instituição. Esta função é dividida em subfunções, atividades e tarefas. Sempre se vai do geral para o específico. Reparem que os assuntos são subdivididos do geral para o particular. (TJ-ES/2011 – Cespe/UnB) A opção pela classificação organizacional pressupõe que os documentos sejam agrupados de acordo com a função. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 13 Resolução O item está incorreto. Vimos que a opção pelo critério estrutural pressupõe o agrupamento pela estrutura da organização, ou pelo assunto. Dica de prova: Por força da Resolução CONARQ nº 14, todas as entidades integrantes do Sistema Nacional de Arquivos (SINAR) devem adotar o Código de Classificação para documentos da atividade meio, instituído para eles, e ainda elaborar um código para documentos das atividades fim nos mesmos moldes daquele adotado para a atividade meio. Simplificando: todos os entes integrantes do SINAR (órgãos e entidades públicas federais, estaduais, municipais, do DF e algumas instituições privadas que integram o sistema) devem adotar, para os documentos relativos à atividade meio, o Código elaborado pelo CONARQ; e para os documentos da atividade fim, cada instituição dessas tem autonomia para elaborar o próprio, contanto que siga o mesmo padrão daquela adotada para os documentos da atividade meio. É o caso da Polícia Federal. A classificação deve ser realizada por profissional habilitado para este fim, e seguir algumas operações e rotinas. As operações são: ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A referência cruzada é um mecanismo adotado quando o conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos. CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código correspondente ao assunto de que trata o documento. E as rotinas de classificação são as seguintes: 1. Receber o documento para classificação; 2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s) secundário(s) de acordo com seu conteúdo (estudo); 3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando necessário; 4. Anotar o código na primeira folha do documento (codificação); 5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assuntos secundários. Lembrando que estas diretrizes são estabelecidas pelo documento anexo à Resolução CONARQ nº 14. Portanto é importante conhecer um pouco mais o seu conteúdo: mesmo que não tenha sido pedido no edital, pode ajudar a todos a responder muitos itens sobre o assunto. (Correios/2011 – Cespe/UnB) Quando os documentos são organizados a partir de um plano de classificação nos arquivos correntes, é desnecessário elaborar novo plano de classificação no arquivo intermediário. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 14 Resolução O item está correto. Os documentos, nos dois arquivos, têm a mesma função: servir à administração. A classificação pode ser alterada quando o documento é recolhido ao arquivo permanente, pois agora sua função é outra: servir de fonte de pesquisa. Desde que respeitado o princípio da Proveniência, da Organicidade e da Ordem Original (aula 01), nada impede a reclassificação, ou arranjo do conjunto documental. A Resolução nº 14 do CONARQ estabelece que a classificação dos documentos seguirá o método decimal. Assim, o sistema é dividido em dez classes, sendo nove específicas e uma para generalidades. Então temos, segundo a resolução: Classe 000 Classe 100 Classe 200 Classe 300 Classe 400 Classe 500 Classe 600 Classe 700 Classe 800 Classe 900 As classes 000 e 900 já foram destinadas aos documentos da atividade meio, cabendo a cada órgão e entidade desenvolver as demais classes (de 100 a 800) de acordo com suas atividades fim. (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) Aos órgãos e entidades que adotarem o código de classificação da área-meio do Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ) cabe proceder o desenvolvimento das classes relativas às suas atividades específicas ou atividades - fim, as quais devem ser aprovadas pela instituição arquivística pública federal. Resolução O item está incorreto. A parte que nos interessa está certa, pois as entidades devem desenvolver as demais classes de acordo com suas atividades fim. Contudo, o item está incorreto por que afirma que esse desenvolvimento deve ser aprovado pela instituição arquivística federal, no caso o Arquivo Nacional, quando na verdade deve ser aprovado pela instituição arquivística na respectiva esfera de competência (federal, estadual, do DF ou municipal, conforme for o caso). Como exemplo, o Plano obtido a partir do desenvolvimento das classes para a Polícia Federal deve sim ser aprovado pelo Arquivo Nacional. Mas o Plano obtido a partir do desenvolvimento das classes para a Polícia Civil de um determinado estado fica sujeito à aprovação do arquivo público deste estado. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 15 Arquivamento e Ordenação de Documentos de Arquivo O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedimentos que visa ao acondicionamento e armazenamento dos documentos no arquivo. Devemos considerar duas formas de arquivamento: A horizontal e a vertical. Arquivamento Horizontal: os documentos são dispostos uns sobre os outros, “deitados”, dentro do mobiliário (pilha). É indicado para arquivos permanentes e para documentos de grandes dimensões, pois evitam marcas e dobras nos mesmos. Arquivamento Vertical: os documentos são dispostos uns atrás dos outros dentro do mobiliário (fileira). É indicado para arquivos correntes, pois facilita a busca pela mobilidade na disposição dos documentos. Para o arquivamento e ordenação dos documentos no arquivo, devemos considerar tantos os métodos quanto os sistemas. Os Sistemas de Arquivamento nada mais são do que a possibilidade ou não de recuperação da informação sem o uso de instrumentos. Quando NÃO HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema direto de busca e/ou recuperação, como por exemplo, os métodos alfabético e geográfico. Quando HÁ essa necessidade, dizemos que é um sistema indireto de busca e/ou recuperação, como são os métodos numéricos. Existe ainda outro sistema, chamado semidireto, que serve apenas para agregar o método alfanumérico. Este método se caracteriza pela “necessidade parcial” da utilização de instrumentos de pesquisa. Por exemplo, precisamos de uma tabela para localizar uma estante,mas não para localizar uma gaveta ou prateleira: a partir da localização da estante, a prateleira será localizada de forma direta. Os métodos de Arquivamento são os CRITÉRIOS que determinam o modo, a ordem de guarda de documentos em um arquivo para posterior busca dos mesmos (recuperação da informação). Esses métodos de arquivamento são divididos em duas classes, os básicos e os padronizados (não confundir com a divisão em dois sistemas, o direto e o indireto). Pertencem à classe dos básicos quatro métodos: alfabético, numérico, geográfico e ideográfico. À classe dos padronizados pertencem outros cinco métodos: variadex, automático, soundex, mnemônico e rôneo. Vamos observar (e guardar) os esquemas: ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 16 MÉTODOS BÁSICOS MÉTODO ALFABÉTICO O candidato deve prestar especial atenção a este método, pois é o mais pedido em provas! Esse método consiste em simplesmente organizar um arquivo considerando o nome dos seus correspondentes. Contudo, é necessário seguir um conjunto de regras para a organização de um arquivo com esse método. É exatamente esse o motivo que o torna o mais cobrado em provas: o examinador procura saber se o candidato tem o domínio dessas regras. Vantagens: agilidade na recuperação da informação/documento, custo baixo, de fácil implantação e assimilação. Desvantagens: apresenta mais ocorrências de erros no momento do arquivamento. Sistema: pertence ao sistema direto, pois dispensa uso de ferramentas para recuperação da informação/documento. A princípio, pode-se escolher entre dois critérios: letra por letra ou palavra por palavra. A escolha de um implica na exclusão do outro. Vamos, no exemplo, arquivar os documentos para os nomes Alfredo Del Frete e Carlos De Penedo. Na ordenação alfabética, o sobrenome sempre vem antes do ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 17 nome e preferencialmente em CAIXA ALTA. Vamos arquivar utilizando os dois critérios: Com essas orientações iniciais, vamos às regras desse método. Todas as regras de alfabetação são muito fáceis. Isso é mais um motivo para que vocês as tenham decorado. Vamos a elas: Regra 01: Em nomes de pessoas físicas considera o último sobrenome e depois o prenome. Ex: Rafael Lira Santos ------------------------- SANTOS, Rafael Lira Suzane Gonzaga Silveira ----------------- SILVEIRA, Suzane Gonzaga Edson Gomes Souza ---------------------- SOUZA, Edson Gomes Apesar do R de Rafael vir antes do E de Edson, na ordem alfabética considera-se a ordem do prenome. Como o S se repete, o A de SANTOS vem antes do I de SILVEIRA, que por sua vez vem antes do O de SOUZA Dica de prova: Quando os sobrenomes são iguais, prevalece a ordem alfabética do prenome. Ex: Carlos Santana ----------------------------- SANTANA, Carlos Diogo Santana ----------------------------- SANTANA, Diogo Gabriel Santana ---------------------------- SANTANA, Gabriel Como os sobrenomes são iguais, devemos considerar que o C de CARLOS vem antes do D de DIOGO, que por sua vez vem antes do G de GABRIEL. Regra 02: Sobrenomes compostos por um substantivo e um adjetivo, ou ligados por hífen não se separam. Ex: Henrique Boa Morte ---------------------------- BOA MORTE, Henrique Artur Castelo Branco --------------------------- CASTELO BRANCO, Artur Heitor Villa-Lobos ------------------------------- VILLA-LOBOS, Heitor Regra 03: Sobrenomes compostos pelas palavras Santa, Santo ou São não se separam. Ex: Sidney Santa Fé ------------------------SANTA FÉ, Sidney Marcos Santo Cristo ------------------- SANTO CRISTO, Marcos Pedro Carlos São Domingos ----------- SÃO DOMINGOS, Pedro Carlos ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 18 Regra 04: As iniciais abreviativas de prenomes tem precedência na classificação de sobrenomes iguais. Ex: S. Ferreira ----------------------------- FERREIRA, S. Sandro Ferreira ------------------------ FERREIRA, Sandro Saulo Eduardo Ferreira ---------------- FERREIRA, Saulo Eduardo Regra 05: Os artigos e preposições a, o, de, d’, da, do, e, um, uma NÃO SÃO considerados parte integrante do último nome. Ex: João d’Alencar ------------------------------ ALENCAR, João d’ Silveira d’Almeida -------------------------- ALMEIDA, Silveira d’ José de Oliveira ---------------------------- OLIVEIRA, José de Regra 06: Nomes que indicam grau de parentesco, como Filho, Júnior, Neto e Sobrinho, são considerados parte integrante do último nome, mas NÃO SÃO considerados na ordenação alfabética. Ex: Laura Barros Neto --------------------- BARROS NETO, Laura Ricardo Barros Filho ------------------- BARROS FILHO, Ricardo Alencar Manfredo Sobrinho ------------ MANFREDO SOBRINHO, Alencar Camila Pitanga Júnior ------------------ PITANGA JÚNIOR, Camila Como os nomes que indicam grau de parentesco não são considerados na ordenação analisamos o prenome, e temos que o L de LAURA vem antes do R de RICARDO. Assim, ignoramos que o F de FILHO vem antes do N de NETO. Dica de prova: A exceção a esta regra se dá quando não há outro elemento para fazer a ordenação alfabética. Ex: Nonato Barbosa Filho ----------------- BARBOSA FILHO, Nonato Nonato Barbosa Neto ----------------- BARBOSA NETO, Nonato Nonato Barbosa Sobrinho ------------ BARBOSA SOBRINHO, Nonato Como os prenomes e sobrenomes são iguais, devemos considerar que o F de FILHO vem antes do N de NETO, que por sua vez, vem antes do S de SOBRINHO. Regra 07: Os títulos não são considerados na ordenação alfabética. Eles devem ficar entre parênteses após o nome completo. Ex: Ministro Guido Mântega ------------------ MÂNTEGA, Guido (Ministro) Professor Renato Praia ------------------ PRAIA, Renato (Professor) Coronel Sandro Rangel ------------------ RANGEL, Sandro (Coronel) Regra 08: Os nomes estrangeiros, EXCETO ESPANHÓIS E ORIENTAIS, são considerados pelo último sobrenome. Ex: Charles Albert -------------------------------- ALBERT, Charles John Kenedy --------------------------------- KENEDY, John Jill Valentine --------------------------------- VALENTINE, Jill Regra 09: As partículas de nomes estrangeiros PODEM OU NÃO ser consideradas. O mais comum é considerá-las parte integrante do sobrenome quando começadas com letra maiúscula. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 19 Ex: Pepino di Capri -------------------------------- CAPRI, Pepino di Sandra De Penedo ---------------------------- DE PENEDO, Sandra Antonieta Di Capri ---------------------------- DI CAPRI, Antonieta July O’Brien ----------------------------------- O’BRIEN, July Regra 10: Os nomes espanhóis são registrados pelo penúltimo sobrenome, que indica a família do pai. Ex: Sanches Camacho Guerra ----------- CAMACHO GUERRA, Sanches Maria Diaz Herrera --------------------DIAZ HERRERA, Maria Mercedez Lopez Hernades ----------- LOPEZ HERNANDES, Mercedez Regra 11: Os nomes orientais (especialmente japoneses, chineses e árabes) são registrados exatamente como se apresentam. Ex: Ali Mohamed ----------------------- ALI MOHAMED Deng Yutang ----------------------- DENG YUTANG Omar Saad ------------------------- OMAR SAAD Regra 12: Os nomes de firmas, empresas, instituições e órgãos governamentais devem ser registrados como se apresentam. No entanto os ARTIGOS E PREPOSIÇÕES NÃO SÃO CONSIDERADOS NA ALFABETAÇÃO.Estes devem ficar após o nome, entre parênteses, para facilitar a ordenação. Ex: Correio Braziliense ----------------------- CORREIO BRAZILIENSE Fundação São Martinho ------------------ FUNDAÇÃO SÃO MARTINHO O Globo ----------------------------------- GLOBO (O) The New York Times --------------------- NEW YORK TIMES (The) El País ------------------------------------ PAÍS (El) Regra 13: Nos títulos de congressos, conferências, reuniões, encontros e assemelhados, os números arábicos, romanos ou escritos por extenso devem aparecer no fim, entre parênteses. Ex: 3º Congresso de Arquivistas -- CONGRESSO DE ARQUIVISTAS (3°) XIII Encontro de Jornalistas --- ENCONTRO DE JORNALISTAS (XIII) Nona Reunião de Veteranos --- REUNIÃO DE VETERANOS (Nona) Essas regras não são absolutas. Elas podem ser modificadas para melhor atender as necessidades do usuário. No caso de pessoas físicas ou jurídicas, registram-se por seus nomes mais conhecidos fazendo a devida remissiva. Ex: Artur Antunes Coimbra --- COIMBRA, Artur Antunes (ver ZICO) Edson Arantes do Nascimento --- NASCIMENTO, Edson Arantes (ver PELÉ) ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 20 MÉTODO GEOGRÁFICO Esse método considera como elemento principal para recuperação da informação o LOCAL do documento. Em prova, o examinador poderá optar por usar o termo arquivístico PROCEDÊNCIA, que significa também o local; portanto, caso se deparem com esse termo numa prova, não se preocupem. Vantagens: ordenação alfabética, fácil de usar. Desvantagens: uso de duas classificações, o que pode gerar confusões. Sistema: pertence ao sistema direto, pois dispensa o uso de ferramentas para busca e recuperação. Existem três formas de ordenação. Vamos a elas. Forma 1: Estado – Cidade – Correspondente: considera a ordenação por estados. Ao se utilizar esta forma, a capital destes devem vir primeiro, e as cidades seguintes devem vir em rigorosa ordem alfabética. Ex: Acre – Rio Branco – ANGELIM, Raimundo Acre – Assis Brasil – SILVÉRIO, Jorge Acre – Capixaba – SANTANA, João Acre – Porto Acre – ARAGÃO, Vilas Boas Bahia – Salvador – SANGALO, Ivete Bahia – Água Fria – AMADEO, Sérgio São Paulo – Campinas – DOLORES, Maria Como no exemplo acima, devemos colocar primeiro os estados em ordem alfabética, depois suas cidades, priorizando as capitais. Rio Branco vem em primeiro lugar por ser a capital do estado, e Salvador vem antes das demais pelo mesmo motivo. Dica de prova: Caso o estado e a cidade sejam iguais, prevalecerá a ordem dos nomes, começando pelo sobrenome e depois pelo prenome. Ex: Bahia – Salvador – GIL, Gilberto Bahia – Salvador – GIL, Preta Bahia – Salvador – VELOSO, Caetano Forma 2: Cidade – Estado – Correspondente: considera a ordenação por cidades. Nesta forma de ordenação, não há necessidade de priorizar as capitais. Ex: Areal – Rondônia – VALENTIN, Márcio Diadema – São Paulo – CAVALCANTI, Roberto Ilhéus – Bahia – SILVA, João São Paulo – São Paulo – ALEXANDRINO, Marcelo Forma 3: País – Cidade – Correspondente: prioriza a ordem alfabética dos países. Nesta forma também é obrigatória a prevalência da capital sobre as demais cidades. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 21 Ex: Brasil – Rio de Janeiro – GLOBO (O) Portugal – Lisboa – FERREIRA, Manoel Portugal – Coimbra – VAZ, Joaquim MÉTODO NUMÉRICO Considera como elemento principal o número para busca e recuperação da informação/documento. Vantagens: diminui os erros de arquivamento. Desvantagens: exige pesquisa em índices ou tabelas, o que diminui a agilidade na busca e recuperação da informação. Sistema: pertence ao sistema indireto, pois requer o uso de ferramentas para recuperação da informação (tabela ou índice). Está dividido em três formas: numérico simples, numérico cronológico e dígito terminal. Vamos a eles. Numérico Simples: não requer qualquer planejamento inicial, bastando arquivar os documentos em ordem numérica. Deve-se apenas cuidar de elaborar um registro para evitar criar duas ou mais pastas com o mesmo número. O documento receberá um número da pasta + um número sequencial (ou também número de entrada, como pode vir na prova), o que facilita seu rearquivmento, evita extravios e possibilita a utilização de pastas que venham a vagar (ficar sem uso). Ex: 1026 – 518 (o primeiro conjunto indica em que pasta se encontra, e o segundo o seqüencial dentro da pasta) Numérico Cronológico: considera a data como principal elemento de busca e recuperação. Aqui se numera o documento, e não a pasta. É mais utilizado em sistemas de protocolos. Os documentos são ordenados em seqüência cronológica, do mais antigo ao mais recente, podendo aproveitar o registro que venha a ser desocupado somente se houver coincidência de data. Ex: 01-02-2001/027 (o primeiro conjunto indica a data e o segundo a ordem do documento. O formato pode variar, sendo a data colocada depois do seqüencial ou de forma reduzida, por exemplo) Numérico Dígito-Terminal: considera o número do próprio documento como elemento principal de ordenação. É usado principalmente quando há grande volume de documentos, para reduzir erros em seu arquivamento e agilizar sua ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 22 recuperação. Diferente dos outros métodos numéricos, que atribuem um número ao documento (cronológico) ou à pasta (simples), este método, como já dito, utiliza o número do próprio documento, fazendo apenas uma releitura. O número é dividido em grupos de dois algarismos, e a leitura é feita da direita para a esquerda. Ex: Circular n° 256.741 (método numérico simples). O número de arquivamento será: 25-67-41 41 – grupo primário ou inicial, indicando a gaveta 67 – grupo secundário, indicando a guia 25 – grupo terciário, atribuído ao documento na guia (posição). Dica de prova: em uma prova, devemos priorizar o grupo primário. Ordenando do menor para o maior. Caso este se repita, observamos o grupo secundário e também ordenamos do menor para o maior. Se também for repetido, devemos observar o grupo terciário e repetir o procedimento. Ex: GT GS GP 25 85 95 86 92 95 06 07 98 MÉTODO IDEOGRÁFICO Este método também requer uma atenção especial do concursando. Não é tão freqüente em provas quanto o método alfabético, mas possui muitas subdivisões, o que facilita sua confusão e indução ao erro por falta de atenção. Vantagens: pode ser usado em qualquer tipo de arquivo, mas é usado principalmente em arquivos especializados. Desvantagens: muitas subdivisões Sistema: Como possui muitas subdivisões, pode pertencer aos dois sistemas. Isso vai depender de qual das suas formas está sendo utilizada. O método ideográfico está dividido em duas classes, quais sejam a alfabética e a numérica. A numérica, por sua vez, está dividida em duas subclasses, quais sejam: o dicionário e a enciclopédica; e a classe numérica está dividida em três subclasses, quais sejam: a decimal, a duplex e a unitermo. Vamos observar o esquema: O GP 95 SE REPETE, ENTÃO CONSIDERAMOS QUE O GS 85 É MENOR DO QUE O GS 92, E POR ISSO VEM PRIMEIRO. APRESAR DO GT 06 E DO GS 07 SEREM OS MENORES, DEVEMOS PRIORIZAR O GP 98, QUE É O MAIOR E POR ESSA RAZÃO ESTÁ POSTERIOR AOS DEMAIS. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br23 Método alfabético dicionário: nesse método, os documentos são colocados em rígida ordem alfabética CONSIDERANDO O ASSUNTO como elemento principal a ser ordenado. Essa é a principal diferença entre este e método alfabético: aquele considera o correspondente como principal elemento de ordenação, enquanto este considera o assunto. Ex: Arquivo Corrente Arquivo Intermediário Arquivo Permanente Compras Distribuição Estoque Informática Livros Manuais Manutenção de Computadores Protocolo Publicações Os temas estão divididos em ordem alfabética por assunto. Esses assuntos são colocados na guia que separa os documentos. Método alfabético enciclopédico: esse método é similar ao alfabético, com a diferença de que este AGRUPA OS ASSUNTOS DO GERAL PARA O ESPECÍFICO! Nesse caso, não basta classificar os assuntos em ordem alfabética, mas também haverá uma subclassificação. Ex: ARQUIVO CORRENTE Protocolos ARQUIVO INTERMEDIÁRIO ARQUIVO PERMANENTE ESTOQUE Compras Distribuição INFORMÁTICA Manutenção de computadores PUBLICAÇÕES Livros Manuais ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 24 Vocês devem ter uma atenção especial a esse método, pois pode ser difícil realizar essa atividade. A idéia é escolher uma classe que seja comum a outras. No exemplo, tanto as compras quanto a distribuição, que se referem a materiais, são comuns em estoque. Por isso, considera-se o estoque como a classe comum às outras. Método numérico duplex: esse método é uma variação do enciclopédico. Não apresenta grandes novidades, apenas acrescentando um índice numérico antes das classificações. Tem a vantagem de possibilitar a abertura ilimitada de classes. Ex: 1. ARQUIVO CORRENTE 1-1. Protocolos 2. ARQUIVO INTERMEDIÁRIO 3. ARQUIVO PERMANENTE 4. ESTOQUE 4-1. Compras 4-2. Distribuição 5. INFORMÁTICA 5-1. Manutenção de computadores 6. PUBLICAÇÕES 6-1. Livros 6-2. Manuais Vocês devem se atentar para o acréscimo da notação numérica. Os números com traços indicam que o assunto se trata de uma subclasse, pertencendo a uma classe maior. Método numérico decimal: baseia-se no sistema decimal de Dewey. Melvil Dewey foi um bibliotecário dos Estados Unidos que viveu no século XIX. É conhecido nas ciências da documentação e informação por dividir o saber humano em nove classes principais e uma décima, que é de conhecimento geral. Essas classes são divididas em subclasses, que por sua vez são divididas em grupos, subgrupos, etc. A classe principal é composta por três algarismos e se separa das subclasses por um ponto. Quanto à parte decimal (subdivisão), ela pode ou não existir. Ex: Classes 0 – Geral 1 – Departamento Pessoal 2 - Arquivo Com as divisões das classes (no exemplo, a classe 1), ficaria: 100 DEPARTAMENTO PESSOAL 110 Admissão 111 Exame médico 112 Documentos ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 25 112.1 Documentos recebidos 112.2 Documentos pendentes 113 Assinatura do contrato 120 Férias 130 Demissão 200 ARQUIVO => Subdivisão da classe 2 Esse método apresenta grandes desvantagens, como a limitação de apenas dez classes e a necessidade de se prever o desenvolvimento das atividades das instituições, o que pode gerar muito trabalho. Vocês também devem saber que esse é o método adotado em TODA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA A NÍVEL FEDERAL, por força da Resolução n° 14 do Conselho Nacional de Arquivo – CONARQ. Método numérico unitermo: também conhecido como indexação coordenada, esse método tem como base a analogia, e é usado em arquivos especiais e especializados. Utiliza fichas com dez colunas, que vão de 0 a 9, e atribui assuntos (descritores) de um único termo. Para cada documento temos uma “ficha-índice” que fornece uma descrição minuciosa do documento a que se refere. Dica de prova: Vocês não devem se aprofundar muito no estudo desse método, pois é muito difícil de ser cobrado em prova. Mas, caso apareça, a dica é muito simples: basta observar quais os números se repetem nas fichas. Eles serão a resposta do item. No nosso exemplo, são os números 55 e 95 (destacados). Trata-se basicamente de descobrir qual documento tem relação com outros assuntos. Dica de prova: Vocês também devem ter em mente que, devido ao tamanho do nome, os métodos ideográficos costumam vir com seus nomes mais simples (dicionário, enciclopédico, duplex, decimal e unitermo). Ex: o método duplex consiste em... Assim, cuidado para não confundir com outros 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 15 55 18 26 05 24 26 32 14 23 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 55 25 17 95 07 48 33 47 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 58 95 06 15 12 01 82 São Paulo Admissão RAMOS, Edson, Carvalho ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 26 métodos, como quando, por exemplo, o examinador afirmar que o método unitermo pertence ao numérico, quando na verdade pertence ao ideográfico. Podemos perceber que o método de arquivamento agrupa os assuntos do geral para o específico. O método que se baseia nesse critério é o enciclopédico, indicado na alternativa de letra “A”. MÉTODO ALFANUMÉRICO O método alfanumérico surgiu para combinar a simplicidade do método alfabético com a rapidez do método numérico. Como o método alfabético pertence ao sistema direto e o método numérico pertence ao sistema indireto, o método alfanumérico pertence ao sistema semidireto. Quanto à sua aplicação e funcionamento, não há com o que se preocupar, pois as bancas não costumam pedir nada que vá além das informações acima. Basta que o candidato saiba que é um método que combina letras e números, e pertence ao sistema semidireto. MÉTODOS PADRONIZADOS Os métodos padronizados não devem ser objeto de preocupação do concursando, pois eles raramente caem em concursos. São cinco tipos que se enquadram. Vamos a eles; Método Variadex: é extremamente simples, tratando apenas de se acrescentar CORES à ordenação alfabética. Contudo, devemos observar alguns procedimentos: as cores devem ser atribuídas em relação à segunda letra do nome de entrada no arquivo, e devem ser colocadas nas guias. Ex: MIRANDA JÚNIOR, Roberto => deve-se atribuir a cor VERDE No exemplo acima, a guia que separa os documentos no arquivo de ser da cor verde. A seguir apresento as cores convencionadas pelo CONARq: A – D e abreviações = ouro ou laranja E – H e abreviações = rosa ou amarelo I – N e abreviações = verde O – Q e abreviações = azul R – Z e abreviações = palha ou violeta ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 27 Não precisam decorar essa tabela. Além dessas definições de cores não serem definitivas (são cambiáveis de acordo com as conveniências da instituição), elas aparecerão na prova, caso tenha alguma questão que trate desse assunto. Retomando, esse método é um complemento do método alfabético, apenas acrescentando cores. Método Automático: é utilizado para arquivar nomes, fazendo uma combinação de letras, números e cores para evitar o acúmulo de pastas com sobrenomes iguais. É muito utilizado em empresas que possuem vários fornecedores e clientes. Método Soundex: é utilizado também para arquivar nomes, mas se utiliza da semelhança sonora entre eles. Ex: FERREIRA, Paulo Duque. PEREIRA, Ricardo Santos. Como se pode observar, os nomes possuemsemelhança sonora (rima). Por isso ficam arquivados próximos. Método Mnemônico: funciona fazendo uma codificação do assunto por combinação de letras e números. Aqui, as letras são consideradas símbolos, cada uma remetendo a um assunto ou correspondente. Esse método tem o objetivo de auxiliar a memória do arquivista para agilizar a recuperação da informação. Método Rôneo: é uma “versão mais antiga” do método automático. Funciona da mesma forma, fazendo uma combinação de letras, números e cores. Dica de prova: a razão para falar tão pouco sobre os métodos padronizados é que não são comuns em provas de concursos. O método automático, apesar de muito eficiente, não é usando na Administração Pública, somente em empresas privadas. O método soundex não é aplicado no Brasil, apenas nos Estados Unidos e alguns países da Europa. Os métodos mnemônico e rôneo eram usados com freqüência, mas ficaram obsoletos com os avanços tecnológicos. Então para concursos de nível médio, A NÃO SER QUE SE CONCORRA PARA UM CARGO ESPECÍFICO NA ÁREA DE ARQUIVO, OU PARA UM CARGO EM ÓRGÃO DE ARQUIVO, OS MÉTODOS PADRONIZADOS NÃO APARECEM! Mas essa não é uma afirmação tão concreta. O que quero com isso é chamar a atenção do concursando para mostrar que O ÚNICO MÉTODO PADRONIZADO QUE APARECE COM FREQUENCIA EM PROVAS DE CONCURSO É O VARIADEX. Caso os outros apareçam em algum item, é suficiente que o concursando saiba seu nome, sua definição (como funciona) e a que classe pertence (padronizados) para não confundi-los com os métodos básicos. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 28 (DFTrans/2008 – Cespe/UnB) No arquivo corrente, o arquivamento do tipo horizontal é o mais adequado, por facilitar a localização dos documentos. Resolução O item está incorreto. Vimos que o tipo horizontal é adequando para arquivos permanentes, pois ali não há freqüência em consulta a documentos, e para documentos em grandes dimensões, pois ajuda na sua preservação. (FUB/2008 – Cespe/UnB) A organização de arquivos pela ordem alfabética pressupõe sua classificação por assunto, dentro de um sistema numérico. Resolução O item está incorreto. O método alfabético não considera de forma alguma nenhum sistema numérico para sua ordenação. Ainda, o método que considera o assunto é o ideográfico. O alfabético considera apenas o nome do correspondente. (TRE-MG/2009 – Cespe/UnB) Os nomes a seguir estão corretamente ordenados, de acordo com as regras de alfabetação. Bezerra, Alberto Luiz Moreira, Maria Madalena Santos Cruz, Antônio. Resolução O item está correto. A ordenação dos nomes está de acordo com o que ditam as regras de alfabetação. (STJ/2008 – Cespe/UnB) A disposição alfabética de pastas de documentos de um arquivo a partir das regras de alfabetação é exclusiva pra nomes de pessoas. Resolução O item está incorreto. Algumas regras se aplicam a nomes de instituições e nomes de eventos. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 29 (TRE-MT/2005 – Cespe/UnB) Na adoção do método de arquivamento geográfico em que o elemento diferenciador seja a unidade da Federação, na seqüência são ordenadas as capitais seguidas dos demais municípios. Resolução O item está correto. Nas formas 01 e 03 há a necessidade de priorizar as capitais para a ordenação dos documentos. Tabela de Temporalidade de Documentos de Arquivo Na fase de destinação de documentos é realizada a mais complexa das atividades: a Avaliação de Documentos. Essa atividade também é realizada pela Comissão Permanente de Avaliação de Documentos. A comissão deve ser formada por arquivistas, profissionais da área de contabilidade, direito, administração, por representantes da direção e profissionais que trabalham diretamente com as atividades fim da instituição. Ela deve ser convocada quando da elaboração da Tabela de Temporalidade e do Plano de Classificação, assim como quando for necessário programar mudanças nessas ferramentas. Sendo assim, a Tabela de Temporalidade e o Plano de Classificação são resultado direto dos trabalhos da Comissão Permanente de Avaliação. Então, por definição, a Tabela de Temporalidade é a ferramenta da Gestão de Documentos resultante da atividade de avaliação documental. Ela determina o prazo de guarda dos documentos em cada arquivo, assim como sua destinação final (se serão eliminados ou recolhidos ao arquivo permanente). Para tanto, é necessário que vocês observem mais uma vez o esquema gráfico da Teoria das Três Idades, apresentado no início da aula. Voltando à Resolução CONARQ nº 14, a Tabela de Temporalidade para os documentos da atividade meio já está definida, cabendo aos órgãos e entidades elaborar a tabela para os documentos da atividade fim. Vamos ver uma parte da Tabela de Temporalidade do CONARQ ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 30 Observem que a Tabela traz o assunto, o código de classificação, o prazo de guarda nos arquivos corrente e intermediário, e sua destinação final. (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) A classificação ajuda a definir a organização física dos documentos arquivados, constituindo-se em referencial para a sua recuperação. Resolução O item está correto. A partir da classificação, podemos ter noções da disposição física dos mobiliários no arquivo para melhor organizar os documentos. (Ibram-DF/2009 – Cespe/UnB) A elaboração da tabela de temporalidade deve fundamentar - se nas funções e atividades desempenhadas por determinado órgão. Resolução O item está incorreto. O que deve basear-se nas funções e atividades, como vimos, é o Plano de Classificação de Documentos. (ABIN/2010 – Cespe/UnB) O instrumento que indica os prazos de guarda e a destinação final dos documentos, resultado direto do processo de avaliação, é denominado código de classificação de documentos de arquivo da atividade-meio. Resolução O item está incorreto. O instrumento que determina os prazos é a Tabela de Temporalidade de Documentos. (MS/2010 – Cespe/UnB) A tabela de temporalidade é um instrumento de destinação que determina prazos para transferência, recolhimento e eliminação de documentos. Resolução O item está correto. A Tabela de Temporalidade determina todos os prazos em relação aos documentos, e também sua destinação. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 31 (STM/2011 – Cespe/UnB) O ano é a unidade de tempo utilizada na tabela de temporalidade de documentos de arquivo do CONARQ. Resolução O item está correto. Pela observação do exemplo da figura acima, que é uma parte da tabela elaborada pelo CONARQ, todos os prazos de guarda nos arquivos corrente e intermediário são expressos em anos. Mesmo com a ocorrência, em alguns casos, do termo “enquanto vigora”, o tempo ainda é considerado em anos. A utilização desse termo s explica pela incapacidade de se determinar a quantidade de tempo (em anos) que o documento poderá permanecer no arquivo corrente. Então, caso algum documento deixe de ter freqüência em seu uso na metade do período de ano, ele ainda será corrente até que se feche o ciclo do ano. O prazo de guarda dos documentos começa a contar da data da sua produção. No arquivo corrente, que é onde o documento é criado, o prazo de guarda começa a contar de sua produção, mesmo que ainda não tenha sido utilizado para cumprir sua finalidade administrativa.No arquivo intermediário, o prazo de guarda começa a contar do momento da sua transferência. Dica de prova: Não se esqueçam que a Tabela não define prazos de guarda no arquivo permanente! Neste arquivo, os documentos que ali entram deverão ser mantidos indefinidamente, pelo máximo de tempo possível. Além disso, sabemos que a Tabela de Temporalidade é resultado da Avaliação de Documentos, que é atividade da Gestão de Documentos; e a Gestão de Documentos pára no arquivo intermediário. (STM/2011 – Cespe/UnB) Os prazos de guarda, em uma tabela de temporalidade, são precedidos das unidades de classificação. Resolução O item está correto. Vimos que os elementos da tabela são: o assunto, o código de classificação, o prazo de guarda nos arquivos corrente e intermediário, e sua destinação final. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 32 Resumo em Tópicos Arquivologia (ou Arquivística): Ciência ou disciplina que estuda os arquivos. Arquivo: 1º - Conjunto de documentos produzidos ou recebidos por uma entidade no decorrer de suas funções; 2º - Móvel destinado à guarda desses documentos (armário, estante, etc); 3º - Edifício, ou parte dele (sala, andar) destinado à guarda de documentos; 4º - Unidade administrativa, prevista em organograma institucional, com a responsabilidade de gerenciar e guardar documentos (setor de arquivo, divisão de arquivo, etc). Lembrete: O significado depende do contexto Documento: INFORMAÇÃO + SUPOTE Documento de Arquivo: Órgãos de Documentação: Órgão Aquisição de documento Principal Característica Objetivo Público Arquivo Acumulação Limitado nº de vias ou cópias Provar e Testemunhar Produtor/Acumulador Biblioteca Compra, Troca, Doação Inúmeros exemplares Instruir e Educar Estudante/Cidadão Centro Doc. / Inf. Agrupamento Qualquer documento, de qualquer fonte Informar Pesquisador/Cidadão Museu Compra, Troca, Doação, Empréstimo Tridimensionais Educar e Entreter Cidadão Classificação dos Arquivos: Entidade Mantenedora Públicos, Privados Públicos, Comerciais, Institucionais, Pessoais ou Familiares (Leite Paes) Natureza dos Documentos Especiais ou Especializados (Técnicos) Extensão de Atuação Setoriais ou Centrais (Gerais) Somente os arquivos correntes Estágios de Evolução Corrente, Intermediário ou Permanente ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 33 Classificação dos Documentos: Gênero Textuais (Escritos), Iconográficos, Sonoros, Filmográficos, Informáticos (Digitais, Eletrônicos), Cartográficos, Micrográficos, Audiovisuais Espécie / Tipologia Aspecto Formal Espécie acrescida de Função Forma Estágio de Preparação do Documento Formato Configuração Física do Suporte Natureza do Assunto Ostensivo (Ordinário) Sigiloso Dec. 4.553/02 (Ultrassecreto, Secreto, Confidencial, Reservado) Lei. 12.527/11 (Ultrassecreto, Secreto, Reservado) Princípios Arquivísticos: Proveniência (Respeito aos Fundos) Os documentos de um produtor não podem se misturar aos de outro produtor. Organicidade Os documentos devem estar organizados de modo a refletir a estrutura e atividades do produtor. Ordem Original (Natural) Os documentos devem manter a ordem que lhes foi atribuída pelo produtor. Unicidade Os documentos são únicos em seu contexto e no seu conjunto, mesmo que existam cópias ou vias. Indivisibilidade (Integridade Arquivística) O conjunto não pode sofrer alterações indevidas, acréscimos, retiradas e mudanças não autorizadas. Cumulatividade Os documentos são acumulados de forma natural e orgânica pelo produtor. Territorialidade Os documentos têm “jurisdição”, domicílio legal no local onde foram produzidos. Teoria das Três Idades Os documentos passam por três fases durante seu ciclo de vida: corrente, intermediário e permanente. Pertinência (Temático) Os documentos devem ser reclassificados por assunto (está em desuso). Pertinência Funcional (Proveniência Funcional) Os documentos devem ser passados de uma autoridade a outra para a continuidade administrativa. Pertinência Territorial Os documentos devem ser mantidos no local de que trata seu conteúdo Proveniência Territorial Os documentos devem ser mantidos no local onde foram produzidos. Acondicionamento: É a embalagem ou guarda de documentos para sua preservação. Trata- se de colocá-lo em uma embalagem (pasta ou caixa). Armazenamento: é a guarda do documento propriamente dita, o seu arquivamento. É a colocação do documento no arquivo, seja ele o móvel, o prédio ou parte dele, ou o depósito. Teoria das Três Idades: Fases do arquivo que um documento pode percorrer durante sua existência. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 34 Gestão de Documentos: Conjunto de procedimentos e operações técnicas à sua produção, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou recolhimento para guarda permanente. Atividades realizadas em três fases: produção, utilização e destinação. Protocolo: Protocolo é o conjunto de operações técnicas que visam controlar o trâmite de documentos dentro de uma instituição. É atividade da fase de utilização e pode significar: O número de registro de um documento; O caderno de registro de sua movimentação; O setor responsável pelo recebimento, distribuição e expedição. Classificação de Documentos: Atividade da Gestão de Documentos, na fase de utilização, que trata de atribuir um código ao documento de acordo com o assunto de que ele trate. O código de classificação será elaborado pela Comissão Permanente de Avaliação, e atribuído ao documento no momento de sua entrada no protocolo (salvo se for documento sigiloso). Arquivamento e Ordenação: O arquivamento é o conjunto de técnicas e procedimentos que visa ao acondicionamento e armazenamento dos documentos no arquivo. Arquivamento Horizontal: documentos dispostos uns sobre os outros. Arquivamento Vertical: documentos dispostos uns atrás dos outros. Sistemas de Arquivamento: direto, indireto, semidireto Métodos de Arquivamento: básicos (alfabético, geográfico, numérico, ideográfico e alfanumérico) e padronizado (variadex, mnemônico, soundex, rôneo e automático). ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 35 Lembrete: Atenção para as regras de alfabetação e formas de ordenação de cada método Tabela de Temporalidade: Ferramenta resultante dos trabalhos de avaliação de documentos da Comissão Permanente de Avaliação de Documentos. Determina o prazo de guarda dos documentos, e anos, e sua destinação, que pode ser eliminação ou guarda permanente. Microfilmagem: Técnica de copiar imagens dos documentos para microfichas, regulamentada e com o principal objetivo de economizar espaço. Outros objetivos para o emprego da técnica: segurança, substituição, complemento e preservação. Lembrete: Os documentos microfilmados têm o mesmo valor legal dos originais. Os documentos originais microfilmados podem ser eliminados, desde que não estejam em trâmite E não tenham valor permanente. É obrigatória a extração de filme cópia, que deve ser guardado em local diferente do original, por motivo de segurança. Estágios do processo: preparo, microfilmagem, processamento eduplicação. Os microfilmes devem possuir sinaléticas da ISO 9878/1990 para esclarecimento de sua situação. Automação: É a aplicação de ferramentas e inovações tecnológicas às rotinas, procedimentos e materiais de arquivo. Vantagens: facilita e agiliza os processos, e permite maior controle sobre os documentos. Desvantagens: rápida obsolescência, alto custo. GED: Gerenciamento Eletrônico de Documentos, ou Gestão Eletrônica de Documentos. Workflow: seqüência ordenada de tarefas em uma atividade. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 36 Requisitos funcionais: registro e captura, classificação, tramitação, avaliação e destinação, recuperação da informação, acesso e segurança, armazenamento e preservação. Requisitos não funcionais: utilização de padrões abertos, independência de fornecedor, integração com sistemas legados, conformidade com a legislação e os padrões de interoperabilidade do governo, atendimento a usuários internos e externos, facilidade de utilização e desempenho. Metadados: são definidos, segundo a Resolução, como informações estruturadas e codificadas que descrevem e permitem gerenciar, compreender, preservar e acessar os documentos digitais ao longo do tempo. Conservação, Preservação e Restauração: Conservação corretiva: Restauração, Alisamento, Desinfestação e Limpeza. Conservação preventiva: Técnicas de Preservação. Técnicas de Restauração: banho de gelatina, tecido, silking, laminação, laminação manual, encapsulação, reintegração ou reenfibragem, velaura, reintegração cromática, planificação, montagem e costura. Noções de Preservação: Cuidados a serem tomados para evitar os danos aos documentos, assim como aumentar sua durabilidade. Os cuidados são relativos à sua utilização, ao material empregado, ao ambiente de armazenagem, aos processos, aos produtos, aos elementos biológicos, químicos e físicos. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 37 Exercícios E agora chegou o momento de analisar suas habilidades. Conforme prometido, segue uma bateria de exercícios sobre todo o conteúdo estudado no curso, de muitos concursos anteriores e SEM COMENTÁRIOS! Vamos testar nossos conhecimentos, e caso tenham dúvidas em alguma questão, podem me procurar. 01 - (MPS/2010 – Cespe/UnB) Documento é toda informação registrada em um suporte material que pode ser consultada para fins de estudo e pesquisa, pois comprova fatos, fenômenos e pensamentos da humanidade nas diferentes épocas nos diversos lugares. 02 - (MPS/2010 – Cespe/UnB) Pode-se denominar arquivo também a instituição ou o serviço que tem a custódia de documentos, com a finalidade de fazer o processamento técnico, garantir a conservação e promover a utilização dos arquivos. 03 - (MS/2011 – Cespe/UnB) O termo suporte é utilizado em arquivologia para denominar qualquer material que contém informações registradas. Alguns exemplos, além do mais comum hoje, que é o papel, são:papiro, pergaminho , filme de acetato, fita magnética, disco magnético, disco ótico, entre outros. 04 - (TRE-GO/2009 – Cespe/UnB) Entende-se por documento de arquivo qualquer documento produzido ou recebido por pessoa física ou jurídica, acumulado naturalmente ao longo das atividades e preservado como prova de tais atividades. 05 - (TRE-MA/2009 – Cespe/UnB) Os documentos de arquivo são provas de transações realizadas nas organizações. 06 - (TRE-MG/2009 – Cespe/UnB) Os documentos de arquivo se originam no curso das atividades de um órgão, uma empresa ou uma instituição. 07 - (TRE-GO/2009 – Cespe/UnB) Entende-se por documento de arquivo a informação textual gerada oficialmente no decurso de ação administrativa ou judicial de órgão público, fixada ou não em suporte. 08 - (ANAC/2009 – Cespe/UnB) A função primária do arquivo é funcional, isto é, ser instrumento da administração. Em um segundo momento, considera-se o valor para a história e a cultura de uma sociedade. 09 - (DFTrans/2008 – Cespe/UnB) Ata de reunião, relatório de atividades e projeto de trabalho são exemplos de categorias documentais. 10 - (MPE-RR/2008 – Cespe/UnB) Os sobrenomes que exprimem grau de parentesco, como Filho, Júnior, Neto, Sobrinho, não são considerados parte ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 38 integrante do último sobrenome, mas são considerados na ordenação alfabética. 11 - (ME/2008 – Cespe/UnB) Considere os seguintes nomes: Antônio Silva José Sousa B. dos Santos Roberto Teixeira Neto Carlos Monte Alegre Ministro Paulo de Tarso Antônia Heredia Herrera III Congresso Nacional de Arquivologia Aplicando-se corretamente as regras de alfabetação, a ordenação alfabética dos nomes acima ficaria na forma apresentada a seguir Congresso Nacional de Arquivologia (III) Heredia Herrera, Antônia Monte Alegre, Carlos Santos, B. dos Silva, Antônio Sousa, José Tarso, Paulo de (Ministro) Teixeira Neto, Roberto. 12 - (ANATEL/2009 – Cespe/UnB) Nome, local, número, data, e assunto são os elementos de um documento que devem ser considerados na ordenação dos documentos de arquivo. 13 - (ANATEL/2010 – Cespe/UnB) A análise cuidadosa do gênero e da natureza dos documentos que chegam a um órgão público ou que dele saem é suficiente para se determinar a escolha dos métodos principal e auxiliares de arquivamento a serem adotados na organização da documentação corrente. 14 - (FUB/2008 – Cespe/UnB) A codificação de um arquivo refere-se à colocação de símbolos, que podem ser letras, números ou cores, de acordo com a classificação e o método de arquivamento adotados. 15 - (TRT-10/2004 – Cespe/UnB) Nos processos que tramitam no TRT, em virtude da inserção freqüente de novos documentos, é indicado o uso de hastes plásticas. 16 - (MTE/2008 – Cespe/UnB) O MTE tem total autonomia para lidar com seus arquivos, pois, no Brasil, não existe ainda uma política nacional que oriente os órgãos e entidades da administração pública federal com relação a arquivos. ARQUIVOLOGIA PARA POLÍCIA FEDERAL CARGO ESCRIVÃO – TEORIA E EXERCÍCIOS PROFESSOR: MAYKO GOMES Prof. Mayko Gomes www.pontodosconcursos.com.br 39 17 - (Ibram/2009 – Cespe/UnB) A gestão documental e a proteção a documentos de arquivo são deveres do poder público definidos na legislação brasileira porque tais documentos, além de úteis como instrumento de apoio à administração, são elementos de prova e informação, valiosos para a cultura e o desenvolvimento científico. 18 - (FUB/2009 – Cespe/UnB) O método alfabético faz parte de sistemas indiretos de arquivamento e necessita de índice para a localização dos documentos. 19 - (PF/2009 – Cespe/UnB) O protocolo é a porta de entrada e de saída dos documentos de uma instituição e, por suas características, faz parte das atividades dos arquivos correntes. 20 - (TST/2008 – Cespe/UnB) Documentos correntes devem passar obrigatoriamente pelo arquivo intermediário antes de serem recolhidos ao arquivo permanente. 21 - (MDS/2006 – Cespe/UnB) Denomina-se transferência a operação pela qual um conjunto de documentos passa de um arquivo para outro, nas diferentes fases de seu ciclo vital. 22 - (MEC/2005 – Cespe/UnB) Como resultado da aplicação da Tabela de Temporalidade, nas instituições públicas e privadas, a arquivística apresenta a racionalização dos processos de transferência e de recolhimento dos documentos. 23 - (TRE-MT/2005 – Cespe/UnB) Cumprindo o ciclo vital, os documentos são transferidos do arquivo
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