Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Equipamentos de Segurança e Salvatagem: Segundo a definição do item 0301 da seção 1 do Capítulo 3 da Normam, as embarcações “SOLAS” são todas as embarcações mercantes empregadas em viagens marítimas internacionais ou empregadas no tráfego marítimo mercantil entre portos brasileiros, ilhas oceânicas, terminais e plataformas marítimas. Pela descrição acima, pode-se aplicar o item 0302, em que as embarcações “SOLAS” deverão cumprir integralmente os requisitos da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS 1974) e suas emendas em vigor, da Convenção Internacional de Linhas de Carga (LL 66) e suas emendas em vigor, da Convenção Internacional para Medidas de Tonelagem de Navios (1969) e suas emendas em vigor, mesmo que não efetuem viagens internacionais. Através do item 0401 da seção 1 do Capítulo 4 da Normam, os equipamentos salva- vidas e de segurança que serão utilizados na embarcação será classificado como CLASSE I, já que: CLASSE I - fabricado conforme requisitos previstos na Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS). Utilizados nas embarcações empregadas na navegação entre portos brasileiros e estrangeiros. CLASSE II - fabricado com base nos requisitos acima, abrandados para uso nas embarcações empregadas na navegação de mar aberto, entre portos nacionais. CLASSE III- para uso nas embarcações empregadas na navegação interior. 5.1.1. Embarcação de Salvamento (Bote de Resgate): Segundo o item 0405 da seção 1 do Capítulo 4 da Normam, embarcação de salvamento é a embarcação que tem função de resgatar pessoas em perigo dentro d’água, assim como reunir e rebocar embarcações de sobrevivência. Através de uma pesquisa de mercado, foi escolhida a embarcação RIBO 420 P SPLING da marca ZODIAC com capacidade para 6 pessoas. As informações principais se encontram a seguir: Figura 1:Embarcação de Salvamento Figura 2: Principais Características da Embarcação 5.1.2. Embarcações de Sobrevivência: Segundo o item 0405 da seção 1 do Capítulo 4 da Normam, embarcação de sobrevivência é o meio coletivo de abandono de embarcação ou plataforma marítima em perigo, capaz de preservar a vida de pessoas durante certo período, enquanto aguarda socorro. São consideradas embarcações de sobrevivência as embarcações salva-vidas (baleeiras), as balsas salva-vidas e os botes orgânicos de abandono. 7.2.2.1 Baleiras: Segundo o item 0407 da seção 1 do Capítulo 4 da Normam, embarcação salva-vidas do tipo baleeira é rígida, tem propulsão própria e é normalmente arriada por turcos ou lançada por queda livre. A embarcação salva-vidas não poderá possuir lotação superior a 150 pessoas e pode ser dos tipos: Figura 3: Exemplo de Baleeira Embarcação salva-vidas totalmente fechada: é dotada de propulsão a motor, é auto- aprumante, podendo ser de três modelos, conforme a aplicação: totalmente fechada, totalmente fechada munida de um sistema autônomo de abastecimento de ar e à prova de fogo; Embarcação salva-vidas parcialmente fechada: é dotada de propulsão a motor, podendo ser auto-aprumante; Embarcação salva-vidas aberta: pode ser com propulsão a motor, a remo, a vela ou outro meio mecânico e sem características de auto-aprumação. Através de uma pesquisa de mercado, foi escolhida a baleeira totalmente fechada BSC- 30MCI da marca Pesbo. Figura 4: Baleeira Selecionada As informações principais se encontram a seguir: Figura 5: Características da Baleeira 7.2.2.2. Balsa Salva -Vidas: Segundo o item 0408 da seção 1 do Capítulo 4 da Normam, as balsas são embarcações com massa acima de 185 kg e estivadas acima de 4,5 m que devem ser lançadas ao mar por meio de dispositivo de lançamento. O tempo máximo de transferência das balsas de um bordo para outro será de 1 minuto. As balsas cujo embarque seja necessário realizar a mais de 4,5 m acima da linha de flutuação do navio leve deverá ser arriada por meio de um dispositivo de lançamento aprovado, já infladas e carregadas. As balsas salva-vidas devem possuir dispositivo de escape automático para que sejam liberadas nos casos de afundamento da embarcação. Através de uma pesquisa de mercado, foi escolhida a balsa BIA-06-CI da marca Nautiflex. Figura 6: Exemplo de Balsa Salva-vidas As informações principais se encontram a seguir: Figura 7: Características da Balsa Para as embarcações que tiverem a proa ou a popa situada a uma distância maior que 100 metros do posto de abandono deverão possuir uma balsa salva-vidas na proa ou na popa, para a qual não é obrigatório possuir dispositivo de escape automático. 7.2.2.3. Bote Orgânico de Abandono: Segundo o item 0409 da seção 1 do Capítulo 4 da Normam, os botes orgânicos de abandono devem poder ser lançados ao mar por 02 homens, sendo que os botes de massa acima de 90 kg devem ser lançados por meio de dispositivo de lançamento (este dispositivo não precisa ser aprovado). Sua estivagem deve contemplar um dispositivo de escape automático para que o bote seja liberado nos casos de afundamento da embarcação. Através de uma pesquisa de mercado, foi escolhido o bote da marca Norsafe. 5.1.3. Equipamentos Individuais de Salvatagem: A seleção dos equipamentos individuais foram feitos de acordo com a NORMAM 1 – Capítulo 04 – Seção 3 – “Equipamentos Individuais de Salvatagem” e o anexo 4B. Então, sabemos que os elementos que constituem os equipamentos individuais de salvatagem são: Coletes Salva-Vidas (Classe 1); Roupa de imersão e meio de proteção térmica (1 unidade); Bóias salva-vidas (8 bóias); Artefatos pirotécnicos Ração de abandono Segue abaixo a tabela referente ao anexo 4B: Figura 8: Equipamentos Individuais de Salvatagem 5.1.3.1. Coletes Salva-Vidas: Segundo o item 0411 da seção 3 do Capítulo 4 da Normam, os coletes salva-vidas deverão ser estivados de modo a estarem prontamente acessíveis e sua localização deverá ser bem indicada. De acordo com este regulamento temos que o número de coletes salva-vidas deve ser igual ao número de tripulantes, ou seja, um para cada tripulante. Além destes, deve haver um número de coletes para crianças sendo no mínimo igual a 10% da tripulação, ou seja, serão adicionados mais 3 coletes para crianças. A seguir temos uma imagem dos coletes salva-vidas, selecionados no site do fornecedor Viking-Life: Figura 9: Exemplo de Coletes Salva-Vidas Desta forma haverá um total de coletes de salva-vidas em cada quarto igual ao número de ocupantes do mesmo, totalizando 30 coletes distribuídos por todos os quartos. Os 3 coletes para crianças estarão dispostos no convés do castelo de proa nos largos corredores. Além destes, de forma a atender a regra, todos os compartimentos abrigáveis devem dispor de coletes, desta forma, haverá mais 3 coletes na Praça de Máquinas, 3 no Passadiço, 5 no convés principal e 5 no convés do castelo de proa, totalizando 46 coletes salva-vidas de adultos e 3 de crianças presentes na embarcação. 5.1.3.2. Roupa de Imersão e Meio de Proteção térmica: Segundo o item 0412 da seção 3 do Capítulo 4 da Norman, a roupa de imersão não será equipamento necessário, visto que a regra não se aplica para embarcações que trafegam exclusivamente em águas jurisdicionais brasileiras, que é o caso da embarcação deste trabalho. A seguir uma imagem ilustrativa de uma roupa de imersão comumente utilizada. Figura 10: Roupa de Imersão 5.1.3.3. Boias Salva- Vidas: Bem como todos os outros equipamentos individuais de salvatagem, a determinação de bóais salva-vidas é prevista no capítulo III da Conveção SOLAS74 e suas emendas. Como mostrado na tabela 9.2, serão necessárias 8 (oito) bóias Classe I ao longo da embarcação. De acordo com o SOLAS, estas bóias deverão estar dispostas em ambos os bordos em todos os conveses abertos, de modo que o tripulante não tenha que se deslocar mais de 12 metros para lançá-la. Outros fatores expostos são: Pelo menos 1 (uma) bóia em cada bordo deve prover uma linha flutuante, com comprimento igual a 2 (duas) vezes a altura no qual ficará estivada acima na linha d’água na condição leve ou 30 metros, o que for maior; Pelo menos metade do número de bóias salva-vidas (4 bóias) deverão estar munidas com dispositivo de iluminação automática; Foram distribuídas ao todo 16 (dezesseis) bóias de 75 centímetros de diâmetro e 2,5 kg ao longo da embarcação, de forma a favorecer a segurança da embarcação, como mostrada na figura a seguir: Figura 11: Boias Salva Vidas 5.1.3.4. Ração de Abandono: 6 bóias Convés Principal, sendo 3 em cada bordo; 4 bóias no Convés do Castelo de Proa, sendo 2 em cada bordo; 2 bóias no Deck A, sendo 1 em cada bordo; 2 bóias no Deck B, sendo 1 em cada bordo. 2 bóias no Deck C, sendo 1 em cada bordo. De acordo com a tabela 9.2, temos: Ração Sólida: Estão previstas 6 (seis) rações sólida para cada balsa para cada pessoa e 6 (seis) para cada baleeira para cada pessoa, totalizando 720 rações sólidas (180 para cada baleeira e 180 para cada balsa). Figura 12: Ração Sólida Ração Líquida: Estão previstas 1,5 litros de rações líquida para cada balsa para cada pessoa e 3 (três) litros para cada baleeira para cada pessoa, totalizando 270 litros de rações líquidas (90 para cada baleeira e 45 litros para cada balsa). Figura 13: Ração Líquida 5.1.4. Comunicação e Artefatos Pirotécnicos: Os artefatos pirotécnicos serão dados pelo item 0414 da seção 3 do Capítulo 4 da Norman, onde conceitua esses artefatos como dispositivos que se destinam a indicar que uma embarcação ou pessoa se encontra em perigo, ou que foi entendido o sinal de socorro emitido. Tais artefatos podem ser utilizados de dia ou à noite e são designados, respectivamente, sinais de socorro e sinais de salvamento. Os sinais de socorro são dos seguintes tipos: Foguete manual estrela vermelha com pára-quedas: O foguete manual estrela vermelha com pára-quedas é o dispositivo de acionamento manual que, ao atingir 300 m de altura, ejeta um pára-quedas com uma luz vermelha intensa de 30.000 candelas por 40 segundos. É utilizado em navios e embarcações de sobrevivência para emitir sinal de socorro visível a grande distância. Pesquisando os modelos comerciais, foi encontrado o foguete manual IFP-201 da Hasintec: Facho manual luz vermelha: O facho manual luz vermelha é o dispositivo de acionamento manual que emite luz vermelha intensa de 15.000 candelas por 60 segundos. É utilizado em embarcações de sobrevivência para indicar sua posição à noite, vetorando o navio ou aeronave para a sua posição. Pesquisando os modelos comerciais, foi encontrado o foguete manual IFL-202 da hasintec: Figura 14: Foguete manual Sinal fumígeno flutuante laranja: O sinal fumígeno flutuante laranja é o dispositivo de acionamento manual que emite fumaça por 3 ou 15 minutos para indicar, durante o dia, a posição de uma embarcação de sobrevivência ou a de uma pessoa que tenha caído na água. Pesquisando os modelos comerciais, foi encontrado o foguete manual IFL-202 da hasintec: Figura 15: Fumígeno flutuante. Os artefatos pirotécnicos foram selecionados baseados no anexo 4C da NORMAM, onde: Como previstos serão empregados: - 20 foguetes manuais estrela vermelha com pára-quedas, sendo 12 para o passadiço (6 em cada bordo), e 4 para cada baleeira; - 12 fachos manuais luz vermelha, sendo 6 para cada baleeira; - 6 sinais funigenos flutuantes laranjas, sendo 4 de 3 minutos (2 para cada baleeira) e 2 de 15 minutos (um emc ada lais do passadiço); Rádio VHF: Previsto no Regulamento 6 do SOLAS são necessários a bordo no mínimo 3 rádios comunicadores VHF, um rádio comunicador extra será instalado na lancha de resgate para eventuais emergências. A figura mostra o modelo escolhido. Figura 16: Rádio Comunicador Transponder de Radar: O item 2.2 do regulamento 6 do SOLAS exige ao menos um transponder de radar no navio. Figura 17: Transponder de Radar www.oceanica.ufrj.br/.../Equipamentos%20de%20Segurança%20e%20S...
Compartilhar