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Lei nº 10.177/1998 - Processo Administrativo em SP

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Aula 03
Legislação p/ PM-SP (Oficial e Soldado) - Com videoaulas	
Professores: Marcos Girão, Paulo Guimarães, Thiago Farias
Legislação para PM-SP 
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AULA 03: Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 
1998 ± Regulamenta o processo administrativo 
no âmbito da Administração Pública Estadual. 
 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Lei nº 10.177, de 30 de dezembro de 1998 ± 
Regulamenta o processo administrativo no âmbito da 
Administração Pública Estadual. 
2 
2. Resumo do concurseiro 16 
3. Questões comentadas 18 
4. Questões sem comentários 27 
 
 
Olá, futuro policial militar! Seja bem vindo a mais uma aula de 
Legislação! 
Nossa missão de hoje é estudar a Lei no 10.177/1998, que 
regulamenta o processo administrativo no âmbito da administração 
pública paulista. 
 
Força! Bons estudos! 
 
 
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1. LEI Nº 10.177, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1998 ± 
REGULAMENTA O PROCESSO ADMINISTRATIVO NO ÂMBITO DA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ESTADUAL. 
 
1.1. Aspectos Gerais e Atos Administrativos 
 
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Administração Pública. A acepção mais comum é aplicável aos processos 
judiciais, mas a Lei nº 10.177/1998 utiliza a mesma expressão para 
designar o conjunto de atos administrativos necessários para 
produzir uma decisão de natureza administrativa. 
A Lei nº 10.177/1998 estabelece normas gerais sobre o 
processo administrativo no âmbito da Administração Pública do Estado de 
São Paulo, mas há outras leis que tratam de processos administrativos 
específicos, a exemplo do Processo Administrativo Disciplinar ± PAD. 
Nesses casos, aplica-se subsidiariamente a Lei nº 10.177/1998. 
 
Artigo 1.º - Esta lei regula os atos e procedimentos administrativos 
da Administração Pública centralizada e descentralizada do Estado 
de São Paulo, que não tenham disciplina legal específica. 
 
As regras estabelecidas pela Lei nº 10.177/1998 alcançam 
tanto a Administração Direta (órgãos componentes do Estado de São 
Paulo), quanto às entidades da Administração Indireta (autarquias, 
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista). 
A Lei não se restringe ao Poder Executivo, mas abrange 
também os poderes Legislativo e Judiciário, bem como o Ministério 
Público e o Tribunal de Contas do Estado. 
Por outro lado, suas normas não se estendem às demais 
esferas federativas (União, outros Estados , Distrito Federal e Municípios). 
 
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Artigo 4.º - A Administração Pública atuará em obediência aos 
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, 
razoabilidade, finalidade, interesse público e motivação dos atos 
administrativos. 
 
Dentre os princípios aplicáveis ao Processo Administrativo 
Federal, quero chamar sua atenção em especial para a motivação, por 
meio da qual se impõe à Administração Pública a obrigação de apresentar 
as razões de fato (o acontecimento, a circunstância real) e as razões 
de direito (o dispositivo legal) que a levaram a praticar determinado ato. 
A Lei nº 10.177/1998 trata do assunto ainda nos dispositivos 
que cuidam da invalidação dos atos administrativos. 
 
Artigo 8.º - São inválidos os atos administrativos que desatendam 
os pressupostos legais e regulamentares de sua edição, ou os princípios 
da Administração, especialmente nos casos de: 
I - incompetência da pessoa jurídica, órgão ou agente de que 
emane; 
II - omissão de formalidades ou procedimentos essenciais; 
III - impropriedade do objeto; 
IV - inexistência ou impropriedade do motivo de fato ou de direito; 
V - desvio de poder; 
VI - falta ou insuficiência de motivação. 
Parágrafo único - Nos atos discricionários, será razão de invalidade 
a falta de correlação lógica entre o motivo e o conteúdo do ato, tendo em 
vista sua finalidade. 
Artigo 9.º - A motivação indicará as razões que justifiquem a edição 
do ato, especialmente a regra de competência, os fundamentos de fato e 
de direito e a finalidade objetivada. 
Parágrafo único - A motivação do ato no procedimento 
administrativo poderá consistir na remissão a pareceres ou manifestações 
nele proferidos. 
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No momento de motivar o ato, o administrador não pode 
limitar-se a indicar o dispositivo legal que serviu de base para a sua 
edição. É essencial que o administrador apresente, detalhadamente, todo 
o caminho que percorreu para chegar a tal conclusão, bem como o 
objetivo que deseja alcançar com a prática do ato. 
Por outro lado, é permitido que a motivação se restrinja à 
remissão a pareceres ou outras manifestações. Em outras palavras, isso 
significa que o agente que praticar o ato pode declarar que está 
acolhendo a motivação exposta em parecer ou outra manifestação que 
conste no processo. 
 
A motivação do ato no procedimento administrativo 
poderá consistir na remissão a pareceres ou 
manifestações nele proferidos. 
 
Lembre-se ainda de que a norma administrativa deve ser 
interpretada e aplicada da forma que melhor garanta a realização do fim 
público a que se dirige. 
Ainda a respeito dos atos administrativos, vamos analisar 
mais alguns dispositivos. 
 
Artigo 10 - A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou 
por provocação de pessoa interessada, salvo quando: 
I - ultrapassado o prazo de 10 (dez) anos contado de sua produção; 
II - da irregularidade não resultar qualquer prejuízo; 
III - forem passíveis de convalidação. 
 
A regra trazida pelo dispositivo é uma manifestação da 
chamada autotutela administrativa, por meio da qual a própria 
Administração Pública deverá anular seus atos inválidos. Há algumas 
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restrições, porém, acerca dessa prerrogativa, com a finalidade de 
assegurar direitos e manter a segurança jurídica. 
Em primeiro lugar temos o prazo de 10 anos, após o qual não 
será mais possível a anulação, em seguida temos o resguardo de 
prejuízos que sejam sofridos pelos administrativos, e em terceiro lugar 
temos os atos que possam ser convalidados, ou seja, que possam ser 
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pelo art. 11. 
 
Artigo 11 - A Administração poderá convalidar seus atos inválidos, 
quando a invalidade decorrer de vício de competência ou de ordem 
formal, desde que: 
I - na hipótese de vício de competência, a convalidação seja feita 
pela autoridade titulada para a prática do ato, e não se trate de 
competência indelegável; 
II - na hipótese de vício formal, este possa ser suprido de modo 
eficaz.A convalidação deverá sempre ser preferida à anulação dos 
atos administrativos. A autoridade que convalida o ato deve ser a mesma 
que tem competência para praticá-lo. Se o ato foi praticado por 
autoridade incompetente, por exemplo, a autoridade competente poderá 
convalidá-lo. 
 
Em seguida temos dispositivos da Lei no 10.177/1998 que 
tratam da competência para a prática de certos atos administrativos. 
Essas informações são importantes e devem ser memorizadas por você, e 
por isso as organizei na tabela a seguir. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS - COMPETÊNCIA 
- Governador do Estado Decreto 
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- Secretários de Estado; 
- Procurador Geral do Estado; 
- Reitores das Universidades 
Resolução 
- Órgãos colegiados Deliberação 
- Todas as autoridades, até o nível de 
Diretor de Serviço; 
- Autoridades policiais; 
- Dirigentes das entidades descentralizadas; 
- Quando estabelecido em norma legal 
específica, outras autoridades 
administrativas 
Portaria 
- Todas as autoridades ou agentes da 
Administração 
Demais atos administrativos, 
tais como Ofícios, Ordens de 
Serviço, Instruções e outros. 
 
Artigo 15 - Os regulamentos serão editados por decreto, observadas 
as seguintes regras: 
I - nenhum regulamento poderá ser editado sem base em lei, nem 
prever infrações, sanções, deveres ou condicionamentos de direitos nela 
não estabelecidos; 
II - os decretos serão referendados pelos Secretários de Estado em 
cuja área de atuação devam incidir, ou pelo Procurador Geral do Estado, 
quando for o caso; 
III - nenhum decreto regulamentar será editado sem exposição de 
motivos que demonstre o fundamento legal de sua edição, a finalidade 
das medidas adotadas e a extensão de seus efeitos; 
IV - as minutas de regulamento serão obrigatoriamente submetidas 
ao órgão jurídico competente, antes de sua apreciação pelo Governador 
do Estado. 
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Regulamento é o nome que damos ao ato normativo que 
possibilita o cumprimento de uma lei. Diversas leis, para serem 
devidamente cumpridas, dependem de uma regulamentação, que 
normalmente dá-se por meio de um decreto. Por essa razão a primeira 
regra acerca dos regulamentos é justamente a de que não pode haver 
regulamento sem uma lei correspondente, não é mesmo!? 
 
Artigo 16 - Os atos administrativos, inclusive os de caráter geral, 
entrarão em vigor na data de sua publicação, salvo disposição expressa 
em contrário. 
 
Em regra, os atos administrativos estão sujeitos à regra da 
publicidade, que deve dar-se por meio da publicação no Diário Oficial do 
Estado ou, quando for o caso, da citação, notificação ou intimação do 
interessado. Nesses últimos casos o interessado é informado acerca do 
ato diretamente, e não apenas por meio da imprensa oficial. 
 
Artigo 19 - Salvo vedação legal, as autoridades superiores poderão 
delegar a seus subordinados a prática de atos de sua competência ou 
avocar os de competência destes. 
 
A competência é a atribuição legal de realizar certos atos. A 
competência para decidir em processos administrativos e para praticar 
atos administrativos é, em regra, conferida à autoridade de menor 
grau hierárquico. Essa determinação possibilita que da sua decisão o 
cidadão possa recorrer às autoridades superiores. 
O que é importante você lembrar acerca deste dispositivo é 
que a competência pode ser, em regra, delegada. 
A delegação nada mais é que o ato administrativo que 
desloca a competência para a prática de determinado ato para outro 
órgão ou autoridade. Ocorre, por exemplo, quando uma autoridade 
superior transfere a competência para a edição de um determinado ato 
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para o seu subordinado, sendo possível a revogação a qualquer tempo 
pela autoridade delegante. 
Essa delegação, entretanto, encontra limites, nos termos do 
art. 20. 
 
Artigo 20 - São indelegáveis, entre outras hipóteses decorrentes de 
normas específicas: 
I - a competência para a edição de atos normativos que regulem 
direitos e deveres dos administrados; 
II - as atribuições inerentes ao caráter político da autoridade; 
III - as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização 
expressa e na forma por ela determinada; 
IV - a totalidade da competência do órgão; 
V - as competências essenciais do órgão, que justifiquem sua 
existência. 
 
ATENÇÃO! Este dispositivo é campeão de provas! Você 
precisa memorizar quais são as situações em que não pode haver 
delegação de competência. 
 
A competência pode ser, em parte delegada. Mas 
essa regra encontra exceções. 
Não podem ser objeto de delegação: 
a) a competência para a edição de atos normativos que regulem 
direitos e deveres dos administrados; 
b) as atribuições inerentes ao caráter político da autoridade; 
c) as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa 
e na forma por ela determinada; 
d) a totalidade da competência do órgão; 
e) as competências essenciais do órgão, que justifiquem sua 
existência. 
 
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Por fim, não é possível que um órgão colegiado delegue suas 
funções, sendo permitida apenas a delegação da execução material de 
suas deliberações. 
 
1.2. Dos Procedimentos Administrativos 
 
1.2.1. Normas Gerais 
 
Artigo 22 - Nos procedimentos administrativos observar-se-ão, 
entre outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e 
o devido processo legal, especialmente quanto à exigência de publicidade, 
do contraditório, ampla defesa e, quando for o caso, do despacho ou 
decisão motivados. 
 
Os requisitos de validade do processo administrativo são 
muito importantes, pois garantem, entre outros aspectos, que não haja 
imposição de atos que prejudiquem os administrados sem que eles 
tenham a chance de influenciar essa decisão. Este basicamente é o 
significado dos requisitos de igualdade entre os administrativos, devido 
processo legal, contraditório e ampla defesa. 
Para atendimento dos princípios do processo administrativo, a 
lei assegura às partes o direito de emitir manifestação, de oferecer 
provas e acompanhar sua produção, de obter vista e de recorrer. 
Quanto às provas, somente poderão ser recusadas, mediante 
decisão fundamentada, quando sejam consideradas ilícitas, impertinentes, 
desnecessárias ou protelatórias. 
 
Artigo 23 - É assegurado a qualquer pessoa, física ou jurídica, 
independentemente de pagamento, o direito de petição contra ilegalidadeou abuso de poder e para a defesa de direitos. 
 
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O direito de petição, como o próprio nome já diz, é aquele que 
assegura a qualquer pessoa a possibilidade de pedir algo à Administração 
Pública, independentemente de pagamento. 
Além do próprio interessado, as entidades associativas, 
quando expressamente autorizadas por seus estatutos ou por ato 
especial, e os sindicatos poderão exercer o direito de petição em defesa 
dos direitos e interesses coletivos ou individuais de seus membros. 
 
1.2.2. Da Instrução 
 
Artigo 25 - Os procedimentos serão impulsionados e instruídos de 
ofício, atendendo-se à celeridade, economia, simplicidade e uti l idade dos 
trâmites. 
 
Temos aqui a menção a mais alguns princípios mais 
diretamente relacionados ao procedimento em si, garantindo que o 
processo administrativo estadual seja rápido e econômico. 
Nesse sentido, a lei estabelece ainda que o órgão ou entidade 
da Administração estadual que necessitar de informações de outro para 
dar andamento ao procedimento administrativo poderá requisitá-las 
diretamente mediante ofício. 
 
Artigo 28 - Quando a matéria do processo envolver assunto de 
interesse geral, o órgão competente poderá, mediante despacho 
motivado, autorizar consulta pública para manifestação de terceiros, 
antes da decisão do pedido, se não houver prejuízo para a parte 
interessada. 
 
A consulta pública é um mecanismo de participação social 
por meio do qual as pessoas podem ser convidadas a opinar a respeito de 
processo administrativo em que haja interesse geral. Esse interesse está 
relacionado à possibilidade de repercussões do processo na coletividade. 
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A consulta pública será divulgada pelos meios oficiais, para 
que os autos possam ser examinados pelos interessados, com prazo para 
oferecimento de alegações escritas. 
Quem tenha comparecido à consulta pública não será 
necessariamente considerado interessado no processo, mas terá o direito 
de obter uma resposta fundamentada da Administração. 
A lei prevê ainda a possibilidade de, antes da tomada da 
decisão, ser realizada audiência pública, ocasião em que poderá haver 
debates presenciais sobre a matéria do processo. 
 
1.2.3. Dos Prazos 
 
Aqui a lei traz uma série de prazos que devem ser observados 
na condução das fases do procedimento. Sinceramente não acho que 
valha a pena tentar memorizar esses vários prazos, mas é importante que 
você leia algumas vezes os dispositivos. 
 
Artigo 32 - Quando outros não estiverem previstos nesta lei ou em 
disposições especiais, serão obedecidos os seguintes prazos máximos nos 
procedimentos administrativos: 
I - para autuação, juntada aos autos de quaisquer elementos, 
publicação e outras providências de mero expediente: 2 (dois) dias; 
II - para expedição de notificação ou intimação pessoal: 6 (seis) 
dias; 
III - para elaboração e apresentação de informes sem caráter 
técnico ou jurídico: 7 (sete) dias; 
IV - para elaboração e apresentação de pareceres ou informes de 
caráter técnico ou jurídico: 20 (vinte) dias, prorrogáveis por 10 (dez) dias 
quando a diligência requerer o deslocamento do agente para localidade 
diversa daquela onde tem sua sede de exercício; 
V - para decisões no curso do procedimento: 7 (sete) dias; 
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VI - para manifestações do particular ou providências a seu cargo: 7 
(sete) dias; 
VII - para decisão final: 20 (vinte) dias; 
VIII - para outras providências da Administração: 5 (cinco) dias. 
§ 1.º - O prazo fluirá a partir do momento em que, à vista das 
circunstâncias, tornar-se logicamente possível a produção do ato ou a 
adoção da providência. 
§ 2.º - Os prazos previstos neste artigo poderão ser, caso a caso, 
prorrogados uma vez, por igual período, pela autoridade superior, à vista 
de representação fundamentada do agente responsável por seu 
cumprimento. 
Artigo 33 - O prazo máximo para decisão de requerimentos de 
qualquer espécie apresentados à Administração será de 120 (cento e 
vinte) dias, se outro não for legalmente estabelecido. 
§ 1.º - Ultrapassado o prazo sem decisão, o interessado poderá 
considerar rejeitado o requerimento na esfera administrativa, salvo 
previsão legal ou regulamentar em contrário. 
§ 2.º - Quando a complexidade da questão envolvida não permitir o 
atendimento do prazo previsto neste artigo, a autoridade cientificará o 
interessado das providências até então tomadas, sem prejuízo do 
disposto no parágrafo anterior. 
§ 3.º - O disposto no § 1.° deste artigo não desonera a autoridade 
do dever de apreciar o requerimento. 
 
1.2.4. Dos Recursos 
 
Artigo 38 - À Procuradoria Geral do Estado compete recorrer, de 
ofício, de decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho 
Normativo do Governador do Estado, sem prejuízo da possibilidade de 
deflagrar, de ofício, o procedimento invalidatório pertinente, nas 
hipóteses em que já tenha decorrido o prazo recursal. 
 
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Veja bem, qualquer pessoa que for afetada por decisão 
administrativa tem o direito de recorrer em defesa de seu interesse ou 
direito. 
A Procuradoria Geral do Estado, porém, assume em 
relação aos recursos o papel de defensora do interesse público. Por isso a 
PGE deverá recorrer de decisões que contrariem normas administrativas, 
e, se o prazo para recorrer já se tiver esgotado, a PGE poderá iniciar o 
procedimento para invalidar o ato. 
 
Artigo 39 - Quando norma legal não dispuser de outro modo, será 
competente para conhecer do recurso a autoridade imediatamente 
superior àquela que praticou o ato. 
 
Em regra, a autoridade competente para julgar o recurso será 
aquela imediatamente superior àquela que proferiu a decisão recorrida. 
Por outro lado, a instância máxima recursal será o Secretário de Estado 
ou autoridade a ele equiparada (na administração centralizada) ou o 
dirigente superior da autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade 
de economia mista (na administração descentralizada). 
 
Em regra, a autoridade competente para julgar o 
recurso administrativo será aquela 
imediatamente superior àquela que proferiu a decisão recorrida. Por outro 
lado, a instância máxima recursal será o Secretário de Estado ou 
autoridade a ele equiparada (na administração centralizada) ou o 
dirigente superior da autarquia, fundação, empresa pública ou sociedade 
de economia mista (na administraçãodescentralizada). 
 
Mas o que será que acontece se a decisão tiver sido proferida 
pelo Governador do Estado ou o dirigente da pessoa jurídica 
descentralizada? A quem vamos recorrer? Este caso é uma exceção, já 
que não temos autoridade superior para recorrer na Administração Pública 
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estadual. Nestes casos caberá o chamado pedido de reconsideração, 
dirigido à própria autoridade que decidiu. Esse pedido de reconsideração 
somente será admitido se contiver novos argumentos. 
Uma outra regra interessante, que possivelmente poderá 
aparecer na sua prova, é a seguinte: os chamados atos de mero 
expediente, bem como os atos preparatórios de decisões, são 
irrecorríveis. 
Isso significa que esses atos mais corriqueiros, que não têm 
conteúdo decisório relevante, não podem ser objeto de recurso. Imagine 
a confusão que haveria se todo e qualquer ato pudesse ser objeto de 
recurso...! 
Vamos voltar então ao procedimento do recurso! 
 
Artigo 43 - A petição de recurso observará os seguintes requisitos: 
I - será dirigida à autoridade recorrida e protocolada no órgão a que 
esta pertencer; 
II - trará a indicação do nome, qualificação e endereço do 
recorrente; 
III - conterá exposição, clara e completa, das razões da 
inconformidade. 
 
A petição do recurso precisa ser clara, indicando a autoridade 
à qual se dirige, a identificação do recorrente e a exposição das razões do 
recurso. 
Esta petição deverá ser apresentada, em regra, no prazo de 
15 dias contados da publicação ou notificação do ato. 
 
Salvo disposição legal em contrário, o prazo para 
apresentação de recurso ou pedido de reconsideração 
será de 15 dias contados da publicação ou notificação 
do ato. 
 
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Artigo 46 - O recurso será recebido no efeito meramente devolutivo, 
salvo quando: 
I - houver previsão legal ou regulamentar em contrário; e 
II - além de relevante seu fundamento, da execução do ato 
recorrido, se provido, puder resultar a ineficácia da decisão final. 
Parágrafo único - Na hipótese do inciso II, o recorrente poderá 
requerer, fundamentadamente, em petição anexa ao recurso, a concessão 
do efeito suspensivo. 
 
O recurso goza de efeito suspensivo quando é capaz de 
suspender a eficácia da decisão recorrida. Quando esse tipo de recurso é 
impetrado, a decisão atacada não precisa ser cumprida enquanto o 
assunto está sendo discutido. 
A regra geral é de que os recursos administrativos não 
tenham efeito suspensivo. Esse efeito, contudo, pode ser atribuído pela 
autoridade competente quando houver o risco de a execução da decisão 
gerar a ineficácia do recurso. 
 
Artigo 49 - A decisão de recurso não poderá, no mesmo 
procedimento, agravar a restrição produzida pelo ato ao interesse do 
recorrente, salvo em casos de invalidação. 
 
Em regra, a decisão do recurso não pode agravar a situação 
do recorrente. Trata-se do famoso princípio da non reformatio in pejus . A 
exceção é o caso de invalidação, em que a decisão proferida venha a ser 
anulada. 
 
 
 
 
 
 
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2. RESUMO DO CONCURSEIRO 
 
A motivação do ato no procedimento administrativo poderá consistir na 
remissão a pareceres ou manifestações nele proferidos. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS - COMPETÊNCIA 
- Governador do Estado Decreto 
- Secretários de Estado; 
- Procurador Geral do Estado; 
- Reitores das Universidades 
Resolução 
- Órgãos colegiados Deliberação 
- Todas as autoridades, até o nível de 
Diretor de Serviço; 
- Autoridades policiais; 
- Dirigentes das entidades descentralizadas; 
- Quando estabelecido em norma legal 
específica, outras autoridades 
administrativas 
Portaria 
- Todas as autoridades ou agentes da 
Administração 
Demais atos administrativos, 
tais como Ofícios, Ordens de 
Serviço, Instruções e outros. 
 
A competência pode ser, em parte delegada. Mas essa regra encontra 
exceções. Não podem ser objeto de delegação: 
a) a competência para a edição de atos normativos que regulem 
direitos e deveres dos administrados; 
b) as atribuições inerentes ao caráter político da autoridade; 
c) as atribuições recebidas por delegação, salvo autorização expressa 
e na forma por ela determinada; 
d) a totalidade da competência do órgão; 
e) as competências essenciais do órgão, que justifiquem sua 
existência. 
 
 
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Em regra, a autoridade competente para julgar o recurso 
administrativo será aquela imediatamente superior àquela que proferiu 
a decisão recorrida. Por outro lado, a instância máxima recursal será o 
Secretário de Estado ou autoridade a ele equiparada (na administração 
centralizada) ou o dirigente superior da autarquia, fundação, empresa 
pública ou sociedade de economia mista (na administração 
descentralizada). 
 
Salvo disposição legal em contrário, o prazo para apresentação de recurso 
ou pedido de reconsideração será de 15 dias contados da publicação ou 
notificação do ato. 
 
 
 
 
 
 
Caro amigo, a parte teórica da nossa aula de hoje se encerra 
aqui. Se ficar alguma dúvida, utilize o nosso fórum, no e-mail ou nas 
redes sociais. 
 
Grande abraço! 
 
Paulo Guimarães 
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3. QUESTÕES COMENTADAS 
 
1. ITESP ± Advogado ± 2008 ± VUNESP (adaptada). Somente 
poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas 
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, 
desnecessárias ou protelatórias. 
 
COMENTÁRIOS: Perfeito! O art. 22, §2o determina que somente poderão 
ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas propostas 
pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, desnecessárias 
ou protelatórias. 
 
GABARITO: C 
 
 
2. ITESP ± Advogado ± 2008 ± VUNESP (adaptada). para 
atendimento dos princípios previstos na lei, são assegurados às partes o 
direito de emitir manifestação, de oferecer provas, exceto o 
acompanhamento da sua produção, de obter vista e de recorrer. 
 
COMENTÁRIOS: O §1o do art. 21 assegura às partes o direito de emitir 
manifestação, de oferecer provas e acompanhar sua produção, de obter 
vista ede recorrer. 
 
GABARITO: E 
 
 
3. ITESP ± Advogado ± 2008 ± VUNESP (adaptada). O 
comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de 
interessado no processo, nem implica no direito de obter da 
Administração resposta fundamentada. 
 
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COMENTÁRIOS: O comparecimento à consulta pública não confere a 
condição de interessado no processo, mas traz o direito de obter uma 
resposta fundamentada da Administração Pública estadual. 
 
GABARITO: E 
 
 
4. Sefaz-SP ± Analista de Finanças e Controle ± 2009 ± ESAF 
(adaptada). Nos procedimentos administrativos observar-se-ão, entre 
outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e o 
devido processo legal, sendo prescindível a ouvida do administrado 
(interessado). 
 
COMENTÁRIOS: A igualdade entre os administrados e o devido processo 
legal são requisitos de validade, mas a paODYUD� ³SUHVFLQGtYHO´� VLJQLILFD�
³GLVSHQViYHO´�� H� SRU� LVVR� R� FRUUHWR� DTXL� VHULD� GL]HU� TXH� RXYLU� R�
administrado é imprescindível. 
 
GABARITO: E 
 
 
5. Sefaz-SP ± Analista de Finanças e Controle ± 2009 ± ESAF 
(adaptada). Todos os sujeitos que forem afetados por decisão 
administrativa podem recorrer em defesa de interesse ou direito, 
independentemente de terem participado do procedimento administrativo. 
 
COMENTÁRIOS: É isso mesmo! Qualquer pessoa que seja afetada por 
decisão administrativa poderá recorrer, mesmo que não tenha participado 
do procedimento. 
 
GABARITO: C 
 
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6. Sefaz-SP ± Analista de Finanças e Controle ± 2009 ± ESAF 
(adaptada). O órgão ou entidade da Administração estadual que 
necessitar de informações de outro para instrução de procedimento 
administrativo, deve requisitá-las mediante ofício, com observância da 
vinculação hierárquica. 
 
COMENTÁRIOS: Essa requisição deve ser feita diretamente, sem 
necessidade de observância de vinculação hierárquica. Apenas um 
simples ofício resolve o problema, nos termos do art. 26. 
 
GABARITO: E 
 
 
7. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2013 ± VUNESP. Assinale a alternativa correta a respeito 
dos recursos, conforme disposto na Lei de Procedimentos Administrativos 
do Estado de São Paulo (Lei n.º 10.177/98) 
 
a) Esgotados os recursos, a decisão final tomada em procedimento 
administrativo formalmente regular não poderá ser modificada pela 
Administração, salvo por decisão de responsabilidade pessoal do 
Governador. 
b) Serão objeto de agravo de instrumento, na esfera administrativa, os 
atos de mero expediente ou preparatórios de decisões. 
c) Salvo disposição legal em contrário, o prazo para apresentação de 
recurso ou pedido de reconsideração será de 30 (trinta) dias contados da 
publicação ou notificação do ato. 
d) Em atendimento ao princípio da supremacia do interesse público, em 
nenhuma hipótese o recurso administrativo será recebido no efeito 
suspensivo, mas somente no devolutivo. 
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e) À Procuradoria Geral do Estado compete recorrer, de ofício, de 
decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho Normativo 
do Governador do Estado. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque neste caso não 
poderá haver modificação da decisão da Administração, salvo por 
anulação ou revisão, ou quando o ato, por sua natureza, for revogável. A 
alternativa B está incorreta porque não existe agravo de instrumento na 
esfera administrativa. Na realidade os atos de mero expediente ou 
preparatórios de decisões são irrecorríveis. A alternativa C está incorreta 
porque, salvo disposição legal em contrário, o prazo para apresentação de 
recurso ou pedido de reconsideração será de 15 dias contados da 
publicação ou notificação do ato. A alternativa D está incorreta porque 
poderá haver efeito suspensivo quando houver previsão legal ou 
regulamentar em contrário; e quando, se provido o recurso, puder 
resultar a ineficácia da decisão final. 
 
GABARITO: E 
 
 
8. PC-SP ± Delegado de Polícia ± 2012 ± PC-SP. De acordo com a Lei 
10.177/98, que regula os atos e procedimentos administrativos no âmbito 
da Administração Pública do Estado de São Paulo, o Delegado de Polícia 
pode baixar 
 
a) Resolução Substitutiva. 
b) Resolução 
c) Deliberação 
d) Decreto Interno 
e) Portaria. 
 
 
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COMENTÁRIOS: Na dúvida, marque portaria! Digo isso porque a portaria 
é o ato que pode ser praticado por um grande número de autoridades. 
Vamos relembrar!? 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS - COMPETÊNCIA 
- Governador do Estado Decreto 
- Secretários de Estado; 
- Procurador Geral do Estado; 
- Reitores das Universidades 
Resolução 
- Órgãos colegiados Deliberação 
- Todas as autoridades, até o nível de 
Diretor de Serviço; 
- Autoridades policiais; 
- Dirigentes das entidades descentralizadas; 
- Quando estabelecido em norma legal 
específica, outras autoridades 
administrativas 
Portaria 
- Todas as autoridades ou agentes da 
Administração 
Demais atos administrativos, 
tais como Ofícios, Ordens de 
Serviço, Instruções e outros. 
 
GABARITO: E 
 
 
9. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2013 ± VUNESP. Conforme dispõe a Lei do Procedimento 
Administrativo do Estado de São Paulo (Lei n.º 10.177/98), na hipótese 
de constatar-se, por exemplo, que uma pensão decorrente de morte 
estava sendo paga pelo Estado ao beneficiário de forma ilegal, esse 
benefício 
 
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a) não poderá ser invalidado pela Administração e nem pelo Judiciário, 
que não têm poderes para fazê-lo em se tratando de benefício já 
incorporado ao patrimônio do pensionista. 
b) poderá ser invalidado pela própria Administração a qualquer tempo, 
independentemente da data da sua concessão, tendo em vista a 
ilegalidade do ato que a gerou. 
c) poderá ser invalidado pela própria Administração se não ultrapassado o 
prazo de dez anos da data da produção do ato que a concedeu. 
d) não poderá ser invalidado pela própria Administração, devendo esta 
buscar a invalidação perante o Judiciário, independentemente do prazo 
que o benefício vinha sendo pago. 
e) não poderá ser invalidado pela Administração, uma vez que se trata de 
prestação de caráter alimentar, que não pode ser revogada. 
 
COMENTÁRIOS: Para acertar a questão precisamos relembrar o art. 10 
da lei, que trata da possibilidade de a Administração anular seus próprios 
atos. 
 
Artigo 10 - A Administração anulará seus atos inválidos, de ofício ou 
por provocação de pessoa interessada, salvo quando: 
I - ultrapassado o prazo de 10 (dez) anos contado de sua produção; 
II - da irregularidade não resultar qualquer prejuízo; 
III - forem passíveis deconvalidação. 
 
GABARITO: C 
 
 
10. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2013 ± VUNESP. Entre outros atos administrativos, a Lei n.º 
10.177/98 prevê como atos de competência privativa a Resolução e, de 
competência comum, a Portaria. Assim sendo, assinale a alternativa que 
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apresenta corretamente autoridades competentes para expedir, 
respectivamente, esses tipos de atos 
 
a) O Governador e Secretários de Estado. 
b) Promotores de Justiça e autoridades policiais. 
c) Dirigentes das Entidades descentralizadas e Reitores das 
Universidades. 
d) Secretários de Estado e Diretores de Serviço. 
e) Procurador Geral do Estado e órgãos colegiados. 
 
COMENTÁRIOS: Para acertar a questão precisamos mais uma vez 
relembrar as tabelas de competência para a prática de cada um dos atos 
administrativos. 
 
ATOS ADMINISTRATIVOS - COMPETÊNCIA 
- Governador do Estado Decreto 
- Secretários de Estado; 
- Procurador Geral do Estado; 
- Reitores das Universidades 
Resolução 
- Órgãos colegiados Deliberação 
- Todas as autoridades, até o nível de 
Diretor de Serviço; 
- Autoridades policiais; 
- Dirigentes das entidades descentralizadas; 
- Quando estabelecido em norma legal 
específica, outras autoridades 
administrativas 
Portaria 
- Todas as autoridades ou agentes da 
Administração 
Demais atos administrativos, 
tais como Ofícios, Ordens de 
Serviço, Instruções e outros. 
 
GABARITO: B 
 
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11. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2010 ± FCC. A legislação estadual que regula o procedimento 
administrativo estabelece que 
 
a) apenas o sujeito passivo do ato administrativo possui legitimidade para 
recorrer da prática do ato. 
b) a impugnação do ato administrativo junto à autoridade 
hierarquicamente superior àquela que o praticou constitui pré-requisito 
para impetração de mandado de segurança. 
c) os atos preparatórios ou de mero expediente são passíveis de recurso 
sem efeito suspensivo. 
d) a Procuradoria Geral do Estado possui legitimidade para recorrer de ato 
administrativo que contrarie súmula administrativa ou despacho do 
governador. 
e) os atos praticados pelo Governador do Estado não são passíveis de 
recurso ou de pedido de reconsideração. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque qualquer pessoa 
que seja afetada pela decisão pode recorrer administrativamente. A 
alternativa B está incorreta porque não há na lei qualquer previsão de 
pré-requisito para impetração de mandado de segurança. Na verdade os 
requisitos para o mandado de segurança constam em lei federal. A 
alternativa C está incorreta porque os atos preparatórios e de mero 
expediente são irrecorríveis. A alternativa E está incorreta porque, apesar 
de não haver previsão de recurso administrativo, os atos do Governador 
do Estado são passíveis de pedido de reconsideração. 
 
GABARITO: D 
 
 
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12. Fundação Casa ± Analista Administrativo ± Direito ± 2010 - 
VUNESP. Considerando o disposto na Lei do Processo Administrativo do 
Estado de São Paulo, assinale a alternativa correta. 
 
a) O Decreto do Governador é o ato administrativo competente que 
poderá prever infrações ou prescrever sanções. 
b) A motivação do ato no procedimento administrativo poderá consistir na 
remissão a pareceres ou manifestações nele proferidos. 
c) A publicação dos atos de conteúdo normativo poderá ser resumida. 
d) Em nenhuma hipótese, as autoridades superiores poderão delegar a 
seus subordinados a prática de atos de sua competência. 
e) Contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado, 
não caberá recurso ou pedido de reconsideração. 
 
COMENTÁRIOS: A alternativa A está incorreta porque somente a lei 
pode prever infrações ou prescrever sanções. A alternativa C está 
incorreta porque os atos de conteúdo normativo precisam ser publicados 
na íntegra. A alternativa D está incorreta porque, salvo vedação legal, as 
autoridades superiores poderão delegar a seus subordinados a prática de 
atos de sua competência ou avocar os de competência destes. A 
alternativa E está incorreta porque das decisões do Governador é cabível 
o pedido de reconsideração. 
 
GABARITO: B 
 
 
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6. QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS 
 
1. ITESP ± Advogado ± 2008 ± VUNESP (adaptada). Somente 
poderão ser recusadas, mediante decisão fundamentada, as provas 
propostas pelos interessados quando sejam ilícitas, impertinentes, 
desnecessárias ou protelatórias. 
 
2. ITESP ± Advogado ± 2008 ± VUNESP (adaptada). para 
atendimento dos princípios previstos na lei, são assegurados às partes o 
direito de emitir manifestação, de oferecer provas, exceto o 
acompanhamento da sua produção, de obter vista e de recorrer. 
 
3. ITESP ± Advogado ± 2008 ± VUNESP (adaptada). O 
comparecimento à consulta pública não confere, por si, a condição de 
interessado no processo, nem implica no direito de obter da 
Administração resposta fundamentada. 
 
4. Sefaz-SP ± Analista de Finanças e Controle ± 2009 ± ESAF 
(adaptada). Nos procedimentos administrativos observar-se-ão, entre 
outros requisitos de validade, a igualdade entre os administrados e o 
devido processo legal, sendo prescindível a ouvida do administrado 
(interessado). 
 
5. Sefaz-SP ± Analista de Finanças e Controle ± 2009 ± ESAF 
(adaptada). Todos os sujeitos que forem afetados por decisão 
administrativa podem recorrer em defesa de interesse ou direito, 
independentemente de terem participado do procedimento administrativo. 
 
6. Sefaz-SP ± Analista de Finanças e Controle ± 2009 ± ESAF 
(adaptada). O órgão ou entidade da Administração estadual que 
necessitar de informações de outro para instrução de procedimento 
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administrativo, deve requisitá-las mediante ofício, com observância da 
vinculação hierárquica. 
 
7. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2013 ± VUNESP. Assinale a alternativa correta a respeito 
dos recursos, conforme disposto na Lei de Procedimentos Administrativos 
do Estado de São Paulo (Lei n.º 10.177/98) 
 
a) Esgotados os recursos, a decisão final tomada em procedimento 
administrativo formalmente regular não poderá ser modificada pela 
Administração, salvo por decisão de responsabilidade pessoal do 
Governador. 
b) Serão objeto de agravo de instrumento, na esfera administrativa, os 
atos de mero expediente ou preparatórios de decisões. 
c) Salvo disposição legal em contrário, o prazo para apresentação de 
recurso ou pedido de reconsideração será de 30 (trinta) dias contados da 
publicação ou notificação do ato. 
d) Em atendimento ao princípio da supremacia do interesse público,em 
nenhuma hipótese o recurso administrativo será recebido no efeito 
suspensivo, mas somente no devolutivo. 
e) À Procuradoria Geral do Estado compete recorrer, de ofício, de 
decisões que contrariarem Súmula Administrativa ou Despacho Normativo 
do Governador do Estado. 
 
8. PC-SP ± Delegado de Polícia ± 2012 ± PC-SP. De acordo com a Lei 
10.177/98, que regula os atos e procedimentos administrativos no âmbito 
da Administração Pública do Estado de São Paulo, o Delegado de Polícia 
pode baixar 
 
a) Resolução Substitutiva. 
b) Resolução 
c) Deliberação 
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d) Decreto Interno 
e) Portaria. 
 
9. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2013 ± VUNESP. Conforme dispõe a Lei do Procedimento 
Administrativo do Estado de São Paulo (Lei n.º 10.177/98), na hipótese 
de constatar-se, por exemplo, que uma pensão decorrente de morte 
estava sendo paga pelo Estado ao beneficiário de forma ilegal, esse 
benefício 
 
a) não poderá ser invalidado pela Administração e nem pelo Judiciário, 
que não têm poderes para fazê-lo em se tratando de benefício já 
incorporado ao patrimônio do pensionista. 
b) poderá ser invalidado pela própria Administração a qualquer tempo, 
independentemente da data da sua concessão, tendo em vista a 
ilegalidade do ato que a gerou. 
c) poderá ser invalidado pela própria Administração se não ultrapassado o 
prazo de dez anos da data da produção do ato que a concedeu. 
d) não poderá ser invalidado pela própria Administração, devendo esta 
buscar a invalidação perante o Judiciário, independentemente do prazo 
que o benefício vinha sendo pago. 
e) não poderá ser invalidado pela Administração, uma vez que se trata de 
prestação de caráter alimentar, que não pode ser revogada. 
 
10. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2013 ± VUNESP. Entre outros atos administrativos, a Lei n.º 
10.177/98 prevê como atos de competência privativa a Resolução e, de 
competência comum, a Portaria. Assim sendo, assinale a alternativa que 
apresenta corretamente autoridades competentes para expedir, 
respectivamente, esses tipos de atos 
 
a) O Governador e Secretários de Estado. 
Legislação para PM-SP 
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b) Promotores de Justiça e autoridades policiais. 
c) Dirigentes das Entidades descentralizadas e Reitores das 
Universidades. 
d) Secretários de Estado e Diretores de Serviço. 
e) Procurador Geral do Estado e órgãos colegiados. 
 
11. Sefaz-SP ± Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças 
Públicas ± 2010 ± FCC. A legislação estadual que regula o procedimento 
administrativo estabelece que 
 
a) apenas o sujeito passivo do ato administrativo possui legitimidade para 
recorrer da prática do ato. 
b) a impugnação do ato administrativo junto à autoridade 
hierarquicamente superior àquela que o praticou constitui pré-requisito 
para impetração de mandado de segurança. 
c) os atos preparatórios ou de mero expediente são passíveis de recurso 
sem efeito suspensivo. 
d) a Procuradoria Geral do Estado possui legitimidade para recorrer de ato 
administrativo que contrarie súmula administrativa ou despacho do 
governador. 
e) os atos praticados pelo Governador do Estado não são passíveis de 
recurso ou de pedido de reconsideração. 
 
12. Fundação Casa ± Analista Administrativo ± Direito ± 2010 - 
VUNESP. Considerando o disposto na Lei do Processo Administrativo do 
Estado de São Paulo, assinale a alternativa correta. 
 
a) O Decreto do Governador é o ato administrativo competente que 
poderá prever infrações ou prescrever sanções. 
b) A motivação do ato no procedimento administrativo poderá consistir na 
remissão a pareceres ou manifestações nele proferidos. 
c) A publicação dos atos de conteúdo normativo poderá ser resumida. 
Legislação para PM-SP 
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d) Em nenhuma hipótese, as autoridades superiores poderão delegar a 
seus subordinados a prática de atos de sua competência. 
e) Contra decisões tomadas originariamente pelo Governador do Estado, 
não caberá recurso ou pedido de reconsideração. 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 
1. C 
2. E 
3. E 
4. E 
5. C 
6. E 
7. E 
8. E 
9. C 
10. B 
11. D 
12. B

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