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Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) Ana Claudia de Assis Calasso-RA: 2569838 Atividades Práticas Supervisionadas DIREITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA São Paulo-SP 2022 OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM COMPETÊNCIAS RELACIONADAS 1 Compreender o Regime Jurídico de Direito Administrativo e interpretar os julgados que tratam sobre princípios Administrativos. 2 Distinguir as diferentes formas organizacionais da Administração Pública e as implicações práticas dessas diferenças considerando a legislação e a jurisprudência sobre o tema. 3 Saber identificar e solucionar problemas que envolvam a regulamentação dos agentes públicos. 4 Analisar os diferentes atos administrativos de forma a identificar suas juridicidade e vicissitude. 5 Projetar as principais garantias decorrentes do cumprimento do devido processo administrativo. I,III,V,VIII,X,XI,XIII ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS As Atividades Práticas Supervisionadas - APS têm deu detalhamento publicado no ambiente virtual de aprendizagem da disciplina. São publicadas na primeira quinzena de aulas e devem ser realizadas pelos estudantes até o limite do prazo da N1, em conformidade com o calendário acadêmico. As APS devem ser realizadas pelos estudantes no próprio ambiente virtual de aprendizagem ou ter seu upload realizado lá, onde também serão corrigidas pelo docente, ficando registradas em sua integralidade. No caso desta disciplina serão previstas como atividades possíveis: 1- Leitura e interpretação de precedentes jurisprudenciais sobre a matéria do Direito Administrativo, especificamente sobre os princípios que norteiam a Administração Pública e ato administrativo considerando os textos abaixo, sobre os quais deve ser elaborada resenha crítica, explanando o seu conteúdo à luz de uma decisão judicial sobre a temática da invalidação ou convalidação do ato administrativo livremente pesquisada pelo estudante. MORGADO, Almir de Oliveira. A Anulação ou Invalidação dos atos administrativos. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, X, n. 41, maio 2007. Disponível em: <http://www.ambito- juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=1791>. Acesso em nov 2017. CAMARGO, Beatriz Meneghel Chagas. A convalidação do ato administrativo. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVI, n. 118, nov 2013. Disponível em: http://www.ambito- juridico.com.br/site/?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=13815>. Acesso em nov 2017. ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA Implantação 2019.2 DIREITO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA AVALIAÇÃO A avaliação da APS será baseada nos princípios de autonomia pedagógica, feedback significativo e metacognição, culminando na autoavaliação do estudante. A nota da APS será atribuída no valor de 0,0 (zero) até 1,0 (um) ponto e vai compor a nota da A2, com base na rubrica de autoavaliação disponível no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Só poderá realizar a autoavaliação o estudante que finalizar a atividade conforme instruções deste documento, postando-a até o dia solicitado pelo professor. RESPOSTA Há vários princípios que norteiam e dão suporte a administração Pública e aos atos administrativos, eles são de grande importância pois, o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado, são os responsáveis por tentar satisfazer as necessidades da sociedade, são elas tais como: educação, cultura, segurança, saúde, etc. Conforme disposto abaixo veremos quais são suas peculiaridades e julgados que fazem parâmetro com os estudos já realizados. Supremacia do Interesse Público sobre o interesse privado- Este princípio norteia os demais, sendo assim, quando um Estado precisa realizar transações ou atividades que sejam conflitantes entre o interesse coletivo e o interesse individual, sempre existirá a supremacia do interesse do público sobre o interesse privado. Legalidade- Este princípio é relacionado com a obrigação do Estado de obedecer às normas legais que são instituídas pelo Poder Legislativo. Impessoalidade- Significa a não discriminação do administrador público, ou seja, na sua atuação ele não pode cometer discriminação em relação a quem o ato atinge, nem para beneficiar, nem para prejudicar. A impessoalidade também deve ser aplicada na pessoa do agente público, sendo assim, quando este pratica um ato ele não pode ser imputado à pessoa do agente. Moralidade- É compreendida como moralidade jurídica o que significa a não corrupção, ou seja, preza pela honestidade e boa-fé de conduta. Publicidade- Todos os atos realizados devem ser transparentes, sendo assim de conhecimento geral da sociedade, em vista disso, qualquer pessoa pode ter acesso ao processo. Eficiência- Estabelece que toda atuação administrativa deve se pautar na busca pela eficiência, onde uma atuação eficiente é aquela que consegue alcançar resultados positivos, sempre com o mínimo de gastos possíveis. Contraditório e Ampla Defesa- De acordo com o disposto no Art. 5°, LV da Carta Magna, é expresso que esses princípios devem ser respeitados no processo judicial e administrativo. Devendo-se observar também a súmula vinculante n°05 e 21 do STF. Autotutela- É o poder que a Administração Pública têm de rever os seus próprios atos praticados, independentemente de provocação de outro órgão, para ser apurado qualquer conflito, ou ato praticado erroneamente. Razoabilidade- A atuação da Administração Pública deve ser realizada por meio de decisões razoáveis e compreensíveis e sempre sendo destinadas à sociedade, ou seja, depende da aceitabilidade social. Segurança jurídica- De acordo com o disposto no Art.2°, parágrafo único, XIII, da Lei 9.784, é vedado que a nova interpretação da norma administrativa venha a retroagir para violar direitos de terceiros. Continuidade- Ela esta prevista na Lei 8.987, onde estabelece que toda atuação administrativa deve ser contínua e ininterrupta. No entanto, existem exceções nas hipóteses de ordem técnica ou inadimplemento do usuário, desde que haja, urgência ou aviso prévio, conforme o disposto no Art. 6°, §3° desta mesma lei. Conforme ementa de julgado abaixo, podemos verificar a importância da utilização dos princípios, como norteadores onde esses assuntos são a pauta para muitas decisões. EMENTA: MANDADO DE SEGURANÇA - REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO - DIREITO À INFORMAÇÃO - DEVER DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA - PRINCÍPIOS DO DIREITO ADMINISTRATIVO - VIOLAÇÃO. Consoante a inteligência do art. 5º, inciso XXXIII, da Constituição Federal, a Administração Pública detém o dever legal de prestar as informações solicitadas pelo administrado, dentro de prazo legal, sob pena de responsabilidade, excetuando-se as hipóteses nas quais o sigilo seja imprescindível à segurança do Estado e da sociedade. O não fornecimento de informação/documentação pela Administração dentro de prazo razoável viola os princípios do Direito Administrativo, em especial os da publicidade e da eficiência. MANDADO DE SEGURANÇA Nº 1.0000.20.466760- 4/000 - COMARCA DE JUIZ DE FORA - IMPETRANTE (S): RAPHAEL MARLON DE FREITAS FERREIRA - AUTORID COATORA: SECRETÁRIO DE ESTADO DE JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. ATO ADMINISTRATIVO É toda manifestação unilateral, de vontade própria da administração pública, que agindo nesta qualidade, tem por fim imediato os deveres de resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou também impor obrigações, tanto aos administrados, quanto a si própria. Os atos da administração pública se subdivide em várias categorias, onde ela sempre pratica esses atos regidos ou pelo direito público ou pelo direito privado, sendo eles atos políticos ou de governo, atos privados, atos materiais e atos administrativos. Não podemos esquecer à presunção de legalidade que opera em favor dos atos administrativos, onde mesmo o ato viciado pode ser executado, quandofor exigível, até que sua invalidade seja declarada, e o mesmo ser retirado do mundo jurídico, por decisão administrativa ou judicial. Já o ato nulo é eficaz enquanto não se proclama a nulidade, daí advindo os inúmeros problemas que esta anomalia jurídica causa no ordenamento, exigindo cada vez mais, criativas e inovadoras soluções para se preservar a lisura e coerência do nosso ordenamento jurídico, e, ao mesmo tempo, preservar a segurança jurídica, sendo assim podemos considerar complexa a questão da produção e do desfazimento dos efeitos de atos declaradamente nulos. Conforme ementa de julgado abaixo, podemos verificar a importância da utilização dos princípios, como norteadores onde esses assuntos são a pauta para muitas decisões. EMENTA: ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. MULTA. GRADAÇÃO DA PENALIDADE. AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO EXISTÊNCIA DE ILEGALIDADE. 1. A fundamentação produzida no acórdão para anular a decisão administrativa que aplicou pena pecuniária à recorrida foi a ausência de motivação para a fixação de multa. Como demonstrado no acórdão recorrido, o ato administrativo questionado reputa-se eivado de ilegalidade, visto que insuficientemente motivado pelo órgão ambiental. Depreende-se que a análise perpetrada pelo juiz não foi sobre o mérito do ato administrativo mas sobre a ilegalidade do ato administrativo produzido sem a devida motivação. BIBLIOGRAFIA https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/933282388/mandado-de-seguranca-ms- 10000204667604000-mg/inteiro-teor-933282425 https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/716158406/recurso-especial-resp-1787922-es- 2018-0326005-6 https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/933282388/mandado-de-seguranca-ms-10000204667604000-mg/inteiro-teor-933282425 https://tj-mg.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/933282388/mandado-de-seguranca-ms-10000204667604000-mg/inteiro-teor-933282425 https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/716158406/recurso-especial-resp-1787922-es-2018-0326005-6 https://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/716158406/recurso-especial-resp-1787922-es-2018-0326005-6 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS AVALIAÇÃO