Buscar

FCGoitia - Breve História do Urbanismo (cap 1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

FERNANDO CHUECA GOITIA
tDre\/e
historia
do urbanismo
EDITORIAL PRESENÇA
PORTUGAL
LIVRARIA MARTINS FONTFS
BRA$II.
LrçÃo 1-
Introiluçã,o, Tipos fundamentais ile ciilado
O estudo da cidade é um tema tão sugestÍvo como ampio
e difuso; a sua abordagem por um só homem é impossível
se tivermos em conta a massa de conhecimentos que ele
teria de acumular. Pode-se estudar uma cidade sob um nú-
mero de ângulos Ínfinito. O da história: <ra história universal
é história de cidadesr, disse Spengler; o da geografia: ça na-
tureza prepara o local e o homem organiza-o de maneira
a satisfazer as suas necessidades e desejosn, afirma Vidal
de la Blache; o da economia: aem nenhuma civilização a vida
das cÍdades se desenvolveu independentemente do comércio
e dã indústrÍarr (Pirenne); o da política: a cidade, segundo
Aristóte1es, é um certo número de cidadãos; o da socioiogia:
rra cidade é a forma e o símbolo de uma relação social inte-
gradan (Mumford); o da arte e arquitecturâ,: (a grairdeza
da arquitectura está ligada à da cidade, e a solidez das ins-
tituições costuma avaliar-se pela dos muros que as prote-
gemr (Alberti). E não são estas as únicas perspectivas pos-
sÍveis, porque a cidade, a maÍs compreensÍvel das obras do
homem, como disse'Walt 'Whitman, engioba tudo, e nada do
que se refere ao homem the é estranho. Não devemos es-
quecer que a própria vida se alberga no seu seio, até ao
ponto de nos confundir e nos fazer crer que sáo as cidades
que vivem e respiram. Tudo o que afecta o homern afecta
a cidade, e é por isso que, muitas vezes, o que há de maiS
recôndito e significativo numa cidade, ser-nos-á dito pelos
poetas e novelistas. A grande novelística do século passado
teve quase sempre uma cÍdade como pano de fund*, e da
t .Ê l1
t,t
ì
mesma mâneira que as melhores descrições do corpo e da
alma de Faris são devidas a, F.alzac, as de Madrid são obra
de Galdós. Ao estudar as cidades, poïtanto, não devem per-
der-se de visia as valiosas fontes que a literatura nos oferece.
Ássim, não é possível obter colheita tão copiosa como
a que o estudo das cidades oferece ao homem de cultura
diligente. Poderemos, quando muito, apontar ideias, desbra-
var caminhos, colocar questões, obter dados, etc., que tudo
terá, fatalmente, muito de fragmentário, e por vezes de des-
conexo.
 primeira dificuldade que encontramos consiste em
definir o que é uma cidade. Ao querermos, à maneira clás-
sica, começar por explicar qual é o projecto do nosso estudo,
a dúvida espreita-nos por trás da primeira porta. Já foi dado
um grande número de definições, algumas das quais, mesmo
que não sejam contraditórias, pelo menos não têm nada que
ver com outras igualmente respeitáveis. Não se trata de erro,
mas sim do facto de estas definições se referirem a conceitos
de cidade inteiramente opostos ou a cidades que são cons-
titutivamente diferentes. A potis grega não tem nada que
ver com a cidade medieval; uma vila cristá e uma medina
muçulmana são distintas uma da outrâ, da mesma maneira
que uma cidade-templo como Pequim e uma metrópole co-
mercial como Nova Iorque.
i Aristóteles disse que (uma cidade é um certo número
i de cidadãos, pelo que ãevemos consideràr a" quem há que
' chamar cidadãos e quem é o cidadão...1 <<Chamamos pois
, cidadão de uma cidade àquele que possui a faculdade de
I intervir nas funções deliberativa e judicial da mesma, e ci,j dade em geral ao número total destes cicladãos, bastante'I para as necessidades da vidall. Esta é uma definição que
corresponde a um conceito político da cidade, e que se adapta
ao tipo de cidade-estado da Grécia. O Estado é a cidade, e
a cidade é o Estado. O problema da cidade como tal trans-
lada-se para o problema da situaçáo ou estado político dos
seus habitantes, os cidadáos.
Afonso o Sábio, define a cidade como todo o lugar en-
cerrado por muralhas, com os arrabaldes e edifícios que
aquelas defendem. Trata-se da cidade medieval, que não se
concebe sem muros que a defendam da ameaça exterior.
1
2
Cantiilon, no século XVIII, imagina a origem de ui:rra'
cidade da seguinte ãàneira: rtSe um príncipe ou um, senh{rr
ii""; súa rõsiooncia num lugar agradável' e se outÏ'ls se-
nSores aí acorrem para se veróm e conviverem em agr:adávei
,ïãiããuãã, este lugar converter-se-a numa cidadesr>. Temos
;úï; ;ónàeito dã cidade barïoca, de .c-arácter ..senhorial
7iliia ui" iìod.t, ) e- emrnentemente consumidora, onde lei na oÌuxo que, ,ug,rrroo'WerneÏ Sombart, esteve rra origem c{as
ãïã"0Ët ciclaães do ocidente, antes do começo cla ei';-t rrr.
dustrial.
Para Ortega y Gasset4, <a cidade é uma tentatirra c'lt-'
seòesião feita pelo- homem para viver fora e frente âo ccs-
;ó;;-dó quat 
^aproveita poiçÕes 
-escoihidas e delimitarlasrr"
ortega y Gasser náróià a su,ã'dêfiniçáo numa diferenciaçáo
raaiõaf êntre cidade e natureza, considerando aquela con'Io
ir*" 
"tiáçào 
abstracta e artificial do homem' Esta é apenas
umá parti, da verdáde, ou pelo menos uma verdade aplicável
a- ã,eterminado tipo de ciãades. Para Ortega, a cidade pol'
ã*ã*renõiu é a ciãade clássica e mediteffânica, onde o eÌe-
mento fundamenial é a praça' aA urbe * dtz ele - é' anLes
Oe mais, o seguinte: pta"ãtu, ágora, local para convetsâ' clis-
ã""ïào, 'eioq,icnciá, política.'E-m rigor,.a urbe clássica não
deviatercasas,masapenasasfachadasnecessár laspíìrã,
delimitar tmu piáçu, cãna artificial que o animal políbiccr
i ret i raaoespaçoagrícoial . . t tÂcidadeclássicanascedeun, l
/ iÀ"li"tõìpo'Àt.i ao ãoméstico. Edifica-se a casa para se estai'
"ãá; 
iú"ã" se a cidade parâ se sair de casa e reunir'se com
i outr'os que também saíram de suas casasrro'
ortuga, poriãttto, move-se dentro da órbita da aidzltie
clássica, tító e, da cidade política. A cidade onde se conversa
e onde os contactos primários predomÍnam sobre os seclill-
dários. A ágora é a giande sala ãe reunião e sede da tertrilía
dá cidade !ue, em 
"sentido lato, é a tertú1ia poiítica. Náo
póa"* restár dúvidas sobre o facto de este tipo de cidade
Ioquaz, conversadora, ter tido muito â veÏ com o desen-lol-
virirenfo da vida citadina, e com o facto de, na medida ern
;ifi
r lli
1i$!ffiisí lÌÁ
tË
Ì !É
' ia
^*t i l
iq
t l
rìt
lrï
it
iil
r l i
ïl
l ir
ii
ii
!l
.1ì
3 cantillon, Essai sur Ia nature du eommerce, Apu!, werrieu'
Sombart, izio i'capitattszno, Rev. de Ocidente, Madrid, 1928' p' 65'
t Obras comPletas, II, P' 408'
5 O. C., ïI, p. 537.
I O. C., II, p. 323.
i l
t
Aristóteles, Política, Livro III, Cap. f.
Lei 6.', TÍtulo XXXIII, Partida ?.;.
1lr1í ì ,J i rn inuiestaloquacidade,decl inaroexercíc iodacida-
ojla*ia. U por isso que'as cidades da cÍvilização anglo'saxónica,
oi,iclad.es ialadas oú reservadas, têm em vida doméstica o que
r.irç:s faita ern vida civil. Esta distinção entre cidades domés-
,-,ixio e cictades públicas é mais profunda do que parece-e náo
i.i; u,ìfi"i"trtemãnte desenvolvida pelos que se têm dedicacio
,,,:r qrstudo da cidade. Uma é cidàde de dentro de portas e
o'ütiã é ciclade de fora de portas. Ainda que pareça paradoxal
,;ç priineira vista, a cidade exteriorizada está muito mais em
rióiiçaó qïe a cidad'e interiorizada' A ques!ão é- óbvia: para
.ìã-;i;i"h,il"dá primeira, o verdadeiro habitat é o exterior'
'à, r'Lïa e a pÍaça, q-ue, embora não tenha tecto, tem paredes(fachadas)-quó a Ë"giugutn do camp-o circundante' Não obs'
;;iil; óiO"A" íntirãa íem o seu hábitat na casa, defendida
por [ectos e paredes. Não tem necessidade de segregar-se
otr* 
"u*p", 
iá bue este, no fundo, é isolador e contribui po-
cterosamenre para à ii.timiOade. Por conseguinte, a cid4de
çuli iacrraaas -é muito mais urbana, se entendermos assim
tr"""""tiããã Opoitu ao campo, do que a cidade de interiores'
Compreende-se perfeitamente, portanto, que, para o homem
fatinïraAo e mediterrânico, o eisencial e definitivo da cidade
seja a praça e o que esta signifíca, a talponto que, quando
esïa tatta, ãao entônoe que se possa chamar cidade a uma ta1
aglomeraçáo urbana.
- I.oi ó que a mim próprio sucedeu quando me encontrei
com a civiliãação e a vída americanas' Tomado por um certo
uspà"to, escreïi o seguinte: aEntão, num esforço para ües'
ptã".f"t-*e de tudo õ que eonhecia, e já sem. vacilar ao en-
Í_rentar os factos 
"ã 
io,ío o seu radicali'smo, atrevi-me 
-a Flo-
Ìr";-"; mim prOprio uma verdade que pode ser subiectiva
__ tarnbém há vêrdades subjectivas - mas que, para mim,
"rttiirúu 
a ser vátida. A veráade é simplesmente a seguinte:
enconlrava-me perante uma civilização sem cidadesn?' Encon'
trand.o-se na América as aglomerações humanas mais gigan-
iãi.ãr, isto podia parecer uma boutade; mas não o será sem-
p; qú; ideãtifiqdemos o conceito de cid'ade com o de vida
ex.teriorizada e civil.
Será difícil, païa os anglo-saxões, aceitarel-Tr a ideia de
qrre thes faltam'"iOaO"s no Éentid.o da ciuítas latina ou da
tcrlis grega. Fode dizer-se, quando muito, gue possuem to'wns'
palavra que provém do inglês antigo tun e do antigo teu'
tónico tinoe, que significa recinto fechado, parte do campo
que corresponde a urna casa ou a uma granja' Não se trata
portanto de um conceito político, mas sim de um conceito
agrário.* 
Os Estados Unidos não têm cidades como nós as enten-
demos, embora existam aglomerações humanas, concentra-
ções industriais, regiões suburbanas, conurbações, etc.
- A este respeito, é sintomática a formação dos povoados
na Nova Ingiaferra. No meio do campo, as casas isoladas
começam a apinhar-se, nunca demasiado, e desde o início
sem se tocarem nem perderem a sua autonomia; contudo,
quando chegam ao centro, deixam um grande espaço vazío,
ihamado cõmmon. Erste common náo é, nem pouco mais
ou menos, uma praça, uma á,gota, mas sim uma parte do cam'
po especialmente preservada. Como se as casas' ao unirem-se,
ientissem a nostalgia do campo deixado para trás e voltassem
a recuperá-io na parte de maior importâncÍa valorizando'o,
exaltando-o. trm vez de uma secessão do cosmos, trata'se de
uma valorizaçâo da paisagem, enquadrando'a conveniente-
rnente. Na pradaria do coTnmon pastam os rebanhos e ru-
minam os Ëovinos por baixo de olmos gigantescos e muito
belos. A cidade doméstica e calada é uma cidade eminente-
mente urbana.
Entre a cidade doméstica e a cidade civil fica flutuando
a cidade islâmica, dificÍlmente referenciável a esta polarirìade.
Em nosso entender, a. chave está nos versículos 4 e 5 do ca-
pítuto XLIX do Coráo, chamado rro santuáriorr: (0 interior
ãa tua casa-disse Maomé-é um santuário: os que o vio-
lem chamando-te quando estás Iá dentro, faltam ao respeito
que d.evem ao intérprete do céu' Devem esperar que saias
dali: exige-o a decência.rr
O muçulmano leva até ao extremo a defesa da sua vida
privada, mas não está na sua natureza permanecer muito
iempo no cárcere que preparou para si próprio, e a sua vida
repárte-se entre o harém e a vida de relação. Não se pode
falar, portanto, de uma plena vida doméstica, já que esta se
acha constitutivamente dividida. Tão pouco se pode dizer que
a vida pública domine, como na cidade clássica, visto que
existe a vida de harém. Este facto, acrescentado à importân-
cia que o factor religioso tem no Islão, acaba por dar à cidade
uma fisionomia especial.
I
L0
Ì F. Chueca , Nueua York, Itorma E Sociedad, Madrid, 1953' p' t2'
', 1
A vida de harém condiciona a organizaçáo da casa mu'
çulmana, concebida como um recinto hermeticamente fechado
ào exterior.e, o que é mais, completamente disfarçado' Va-
ãueanao pelas toituosas ruelas árabes, cheias de cotoveÌos
õ corredores, nunca se sabe se bordejamos os muros de um
grande palácio ou a câsâ miserável onde se âmontoam Ôs
ãeserdados. Tudo está de tat maneira imÌrricado, revolvido
e confuso que a camufiagem é perfeita. uma vida totalmente
reclusa, sem qualquer aspecto exterior, dá lugar a uma difícil
cidade sem fáchaãas, qualquer coisa completamente oposta
à cidade clássica, onde o cênário e a fachada eram o prin-
"lpÃf. úma tal situação 
tinha de levar fatalmente a organizar
r ïíAu doméstica à voita do pátio. Os árabes tomaram este
elemento do mundo hetenísticó, mas transformaram-nO, adap-
tando-o às suas exigência vitais. com o peristilo dos helenos
e o jardim encerrãdo entre taipais, de tradiçáo 
-iraniana,
conçtituíram a casa que desejava-m, dentro da qual podiam
gozàr as delícias da vida ao ar livre dentro de um espaço
ãstritamente prÍvado. Pode dizer-se que a rua não existe na
cidade muçulmana, visto que se trata de apagar a exterioriza-
çáo da vivenda-fachada- que é aquilo em que consiste a
íazáo de ser da rua. O povoado de Nova Inglaterra não tinha
i.,*-pótqne estas, aÌém do maÍs, eram caminhos pelo meio
ao campô e das casas dispersas. As medinas muçulmanas
iamnem não as têm porquè se convertem em inverosímeís
ãoiieaotes entre muios que dificilmente abrem caminho
através de uma complexa e compacta edificação imbricada'
O patio, como desafbgo, tem muito mais importância que
a rua.
Na cidade islâmica tão pouco existe a praça como ele-
mento de relação pública. A função da praça é exercida tam-
tetn po. um õatiô, neste caso pelo pátio da.mesquita.' Mas
como- náo se 
-trata 
agora de pótítica, mas sim de religiáo,
a sua função na vida social é muito diferente. Não estamos
púã"t" u-ma ágora para a discussáo e exercício da dia-
ié"ti"u, mas sim perãnte um espaço para meditaçáo. reli
giosa, e païâ umalassiva deleitaçáo do tempo que flui' Por
ísso, em-vez da praça como entidade urbana aberta, os mu-
çulmanos, inclusivaúente para a vida em comum, continuam
ã pieierir o pátio, onde voltam a encontrar-se fechados, rrpri'
vddo"r, nurna atitude a que poderíamos chamar extático-re-
lieiosa. O único elemento da cidade que adquire vida e que
ãì-ú aominado pelo butício humano é o mercado, alcaçaria
12
ou bazar. NIas istc obeclece já a uma necessidaC"e 
puïaííltìni'e
fut"tï?lali""Ï.,Ë,1,u'il;na está b3",u-19u na vida p''y?d*-I ï::
sentido religioso Oa e*istencia' e daqui 
nasce a sua Íisíononri:l'
Náo pode por rsso ôãntunOtr-se com 
a cidade pública nertr
iao pt.t"o õom a cid"ade doméqtic,a,- ,.
segundo t,";ïfrãri' ãs etementos estruturais 
que co:-rs-
tituem a cidacle 
'lio'ïãâ=.u'^.u 
tlu',? praç?' o1^e{1t]1il's ti-it
blicos e os limitet"q"" u d"fl''"* dentro 
da sua localizaçao
no espaço. De tal 
"ìóao 
qug' 11umâ ãioaoe' todos 
estes eie
mentos rrbedecem uïã"utËioád"* ptotJttdas da 
comunidade'
a circunstân"t", 
"Jpititiãi*';; 
t"{1,; ordem' e a condiqÕes
surgidas no meio tïÃiãJ' ctima e paiiaeem' Todos estes 
ele-
mentos (casa, 
"'u,"dtãõà'-*ot"tmãtttosl 
timites) olredecern n
umâ concepçao uni-táriâ e' assim' não 
pode existir uma ÏrJu
mueulmana com"ããíát góticas' "em 
tima catedraÌ junto :L
umáágorugrá::l;Ï{*:64g:.::^"ï1i#:?iË:*?^riJi,ï
mentoã heterogéneos' Cada estru[ura
unitária. Diz EgIi 
"üuJïlaÀiu f-undamental de 
-uma 
cidade
está implÍcita na t'ou"iïïí"ãìãì"ãiuidual dessa cidadeE' 
obser-
vacáo bastante 
"Ëúãp- 
qye s9 manifesta d'e imediato' com
;ff* evidcncia, na cidade tt:çÏ*3Tao.ro qeia 
'',enas 
unj
) Sfrt^ïïËi'.3ï,ïiil,?Lïiïiãããà..'ï- "ïa"o", por conse guinte, t/ outra coisa; ,r*u âãiãt*inada otganízacáo funcionaÌ que crts-i rariza em esrrur;;;;;t*irir, úf ^'il?^ l3:-::"gl ^ 
nl?,"'ll
clara €vÌuer rur 
"'n;;'' "dïãu'* oúó - 
"*9 :iqi*: ^ 
t"^{1 
:t,:.1'1: "*'
con.iurr:o de casasl à'ï""-'seria gfu.u uitao excessivatnente
:I;ltËË ã; Ë"ó*eno'urbanor&xistem casas no canÌpo'
dispersas ou em grtpã, 
"o*o 
n{s^g1.anjas e hortos' sem' no
^-*--ln nnnstitttírem cidades' a 
"tttããô' 
FoÍ go"lfg:]:Tj,:
hïi?f,ï'J;;:"dËã;;i"uÀ1"' des s a ff istalizaçáo,'_?.1 1, : " u n o'
",em 
relacionamenií-ão* os outros factores determinantes'
A fórmula áã ãiáãaã-muçulmana é a organizaçáo 
de
dentropara fora-ldu 
"u"u 
para a ruu, por assim. dizer)'
quando na cidade àËiaentat õ que se generalizou foi o con'
trário: a partlr il;; previairente traçada' 
c9m ou sem
plano, âs casas roïãm ããuianooo seu lugír e conformando-se
ãom a lei distribuffi;. ffi õiOuAe muçulmanu foi 1..?ta 
que
preva-eceu 
" 
q,r" ãnrigou, a l1u ^? 
acornodar-se' um poLrco
sub-repticiamente, por entre os concavos 
que as casas the
8 Ernst Ï;,gll, CLimate and Two Districts' Consequences 
and De-
mands, Zurique, 1951, P' 18'
i Í
r l
f '
i
I
I
,leixavam. Daqui que as ruas se tenham tornado tortuosas,
lpbirínticas e inverosímeis.
Esba é uma atitude mais imediata e biológica do que a
ria ciclade europeia, elássica ou moderna. A casa significa
o prirnado da necessidade individual, e a rua pressupõe que
::in imperativo superior, que é a exigência da coisa pública,
1;r,i:valeça sobre a casa. A rua representa a ordem ou iei geraÌ
a que se submete o capricho ou a vontade individual. Este
ímperativo superior faltou nas cidades istàmicas, por per-
'i;encerem a urna sociedade primitiva e imperfeita, onde ar
iioção abstractá do bem comum não está desenvolvida. O Ín-
í-lìvícìuo não tem deveres para com a sociedade, e só se sente
ligirdo aos poderes ultraterrenos. Sociedade e política estão
asfixiadas pela religião.
Em grande medida, na cidade espanhola transparece
urna intenção de conciliar a urbe latina, loquaz e dialéctica,
com o hermetismo, com o harém da sociedade islâmica. A vida
elo espanhol, sob este aspecto, é, no entanto, mais dividida
que a do muçulmano. A mulher fica em casa, com uma re-
cluzidíssima vida de relação, e o homem vai para a rua e
llaïa a praça, participar numa vida pública mais intensa que
a do muçulmano. A mulher conforma-se com olhar para a
lua, das paredes espessas com grandes gradeamentos fecha-
rlos e gelosias. É a réplica cristã do aximez muçulmano. Para
alargar o horizonte destes furtivos miradouros, vêem-se ainda,
ern muitas povoações da Andaluzia, frestas abertas nos muros
das fachadas, por onde o olhar pode espraiar-se até mais
J.onge.
Durante a época barroca, a Espanha deu Íorma a uma
cidade típica, a que noutro trabalho chamámos cidade-con-
vento. Naturalmente que outras cidades europeias tiveram
inuitos conventos dentro das suas muralhas e nos arrabaldes,
rnas não passaram de cidades com conventos, enquanto as
nossas acabaram por ser, em alguns casos, conventos que se
i;ornaram cidades. Esta estrutura peculiar, representativa da
Espanha católica sob a Casa de Áustria, é, por paradoxal que
pareça, resultado directo e certamente bem evidente da mor-
Í.otogia pecuiiar da cidade muçulmana. Este é mais um exem-
plo que encontramos de como a nossa religiosidade adcptou
muitas vezes moldes islâmicos.
Muitos conventos espanhóis foram fundados na senda
da Reconquista, em cidades hispano-muçulmanas, e se é ver-
dade clue as igrejas foram geralmente (nem sempre) cons-
:14
truídas a partir de novas plantas, os edifícios da vida mo-
nástica resultaram do acto de encerrar, dentro de altos muros,
casas, palácios, ruelas e passagens estreitas, formando assim
blocos enormes e irregulares que tudo absorviam'. Deste mo-
do se pÍeseïvavam e protegiam, com os novos conventos,
sectores importantes das antigas cidades islâmicas, que se
mantinham fixados para sempre no tempo imóvel, suspenso
para além dos muros. O <privadol característico do modo
de vida muçulmano tinha-se refugiado na mais privada das
sociedades crisLãs: a clausura, Toledo, no entanto, está cheia
de conventos cujas recônditas clausuras, pátios escondidos
e estâncias refrescadas por repuxos dizem muitas coisas
arerca da vida íntima do mouro.
Nas civilizações que nos dizem respeito mais de perto
vemos, portanto, constituídos três tipos de eidades: a/ a
cidade pública do mundo clássico, a ciuítas ïomana, a cidade
por antonomásÍa; b) a cídade doméstica e campesina da ci-
vilização nórdica, e c) a cidade privada e religiosa do ïslão.
É muito difícil, portanto, resumir numa única d.efinição coi-
sas tão diferentes, e não é de estranhar que vários autores
pareçam contradizer-se quando o que acontece, na reaiÍdade,
é que predomina, em cada um delés, uma determinada pers-.
pectiva.
Se não é o carácter da vÍda pública que pode definir
uma cidade, visto haver algumas que o não têm, temos que
pensar num conceito mais amplo que engloba estas espécies
diferentes.
Segundo Spengler, (o que distingue a cidade da aldeia'
não é a extensão, nem o tamanho, mas_ a presença de uma
alma da cidade...> <rO verdadeiro milagre acontece quando
nasce a alma de uma cidade. Subitamente, sobre a espiritua-
lidade geral da cultura, destaca-se a alma da cidade como
uma alma colectiva de nova espécie cujos fundamentos úl-
[Ímos permanecerão para nós envoltos em eterno mistério.
E, uma vez desperta, forma-se um corpo visível. A colecção
de casas aldeã, cada uma com a sua própria história, con-
verte-se nurn todo eonjugado. E este conjunto vive, respira,
cresce, adquire um rosto peculiar, uma forma e uma história
internas. A partir deste momento, além da casa particulat,
t, L. Torres Balbás, al,as ciudades musulmanas y su
zacionu, Reuista del Instituto de Estudios de Admini.stración
n.' 6, 1942.
organi-
LocaI,
15
j
i r
IÌ
II
l
do templo, d.a catedral e d.o palácio, a imagem urbana na l.
sua unidade constitui o objecto de um idioma de formas e 'Jde uma história estilística que acompanha no seu curso todo /o ciclo vital de urnâ culturalr'o.
Na realidade, para uma mente germânica como a deSpengler, a aLma, ou, se se quiser, o eípírito, substitúti a dia-lectica da cÍdade clássica. O Geist em vez do Logos, como
uma categofia mais ampla, mais compreensiva, que o possa
abarcar.
rrHá aglomerações humanas muito consideráveis - con-
tinua Spengler 
- 
que não constituem uma cidade; elas exis-
tem não só em regiões primitivas como as do interior daÁfrica actual, mas também na China posterior, na Índia e
em todas as regiões industriais da Europa e da América
modernas. São centros de uma região, mas não formam, in-
teriormente, mundos completos. Não têm alma. Toda a po-
puiação primitiva vive na aldeia e no campo. Não existe para
ela a essência denominada 'cidade'. Exteriormente haverá.
sem dúvida, agrupamentos que se dístinguem da aldeia; po-
rém, tais agrupãmentos não sáo cldades, mas sim'mercados,
pontos de reunião para os interesses rurais, centros onde não
se pode dizer que se vive uma vida peculiar e própria. Os habi-
tantes de um mercado, mesmo que sejam artesãos ou mer-
cadores, continuam vivendo e pensando como aldeãos. É ne-
c,essário compenetrarmo-nos bem do sentímento especial que
denota o facto de uma atdeia egípcia primitiva 
- 
pequeno
ponto no meio do campo imenso - se converter em cidade.
ESta cidade pode náo ter nada, talvez, que a distinga exte-
riormente; mas espiritualmente é o locaf de onde o homem
contempla agora o carnpo cofito um arredor, como algo dis-
tante e subordinado. A partir deste instante, há duas vidas:
a vida dentro e a vida fora da cidade, e o aldeão sente-o com
a rnesma clatezà que o cidadão. O ferreiro da aldeia e o da
cidade, o alcaide da aldeia e o burgomestre da cidade, vivem
em munclos diferentes. o aldeáo e o cidadão são seres dis-
tintos- Começam por sentir a diferença que os separâ, em
seguida sáo dominados por ela, e acabam por não se com_preender um ao outro. Um aldeão do Noroeste da Alemanha
e outro da Sicília estão hoje mais próximos Ltm do ourro
Spengìer, La decadencia de Occidente, rüo| IÍI, p. 131 cla tra_dução espanhola.
IÕ
lr
l
Ì
;
I
i
j
que o aldeão clo Noroeste e um berlinense. Sob esle poniit i it,
vista existem verdadeiras cidades. E é este.ponto de vjsï.a
que, com a ma,ior evidência, serve de fundamerito "d úÌoïts'
ciência esclarecida de todas as culturasrt".
Ficamos, assirn, com o problemadas cidacies rjem aitlte,,
qLte, na verdade, é um problema grave. Já o tínhamos assi-
nalado aCI talatmos da nossa surpresa' quando vin:os celtas
aglomerações norte-americanas às quais resistimos 3' dar zz
cãtegoria de cidades, não obstante o seu encïme volume e
a suã população. De facto, continua a representar para nós
um esÍoiço clifícil outorgar-lhes este título honroso, o que,
no entantb, náo nos exiúe de termos que as enfrentar pois
constituem um dos fenómenos-chave da rrossa civilização
actual.
Salvo câsos especiais, ou que provêm de outras culturas
distintas da ocidental, a cidade sem alma coincide com a
. cidade a que a revoluqão industrial deu origem. O novo conl-
plexo urbãno consta, segundo LewÍs Mumford, de dois e1e-
-mentos fundamentais: a fábrica e o slum. Sáo eles que, poll
si, constituem o que, impropriamente, se tem chamado ci-
Ìaáae. Utna palavra que, neste caso, não significa mais do que t
.Jum amontoãmento de gente num lugar que pode ser desig-
\nado por um nome próprio para efeitos de correspondência.
'Estas aglomerações urbanas, como tem acontecido, podem
aumentãr mais de cem vezes sem adquirir a mais leve das
instituições que caracterizam uma cidade no sentido socio-
lógico. Ísto é, segundo Mumford, um lugar-onde se condens;a
a [radiçáo social-e onde as possibilidades de constante inter-
câmbio de interacção elevam as actividades humanas a um
alto potencial'2.
Em Espanha, dado o nosso atraso industrial, não co-
nhecemos, nem a conheceremos já, a típica cidade apaleo-
técnical. o nosso atraso terá pelo menos essa vantagern.
Com este vocábulo expressivo de apaleotécnicatr, designa
Mumford a primeira era técnica, com todo o seu caótico e
brutal desenïolvimento, que não teve outra lei nem outro
controlo além da livre concorrência e do zaâssee laire dos
utilitaristas. Esta era paleotécnica deu lugar às cidades mais
11 SPengler, oP. cit . I I I ' 131 e 132.
a2 Iiewis ]\.{umtetd., The Insensate Industrial Town. Aptti' PauL
K. HaÌl e AÌbert J. Reiss, Reacler tn <Urban Sociologytt, The Free Fress,
Glencoe, I l inóis, 1951, P. 82.
'i.' t
ia
ir$err6atcis e sçm alma que os homens puseram de pé, e, o
r.rie 'S mâis gÍave, reputadas como sÍmbolo do progreçso'
úerÌr,ílisse o escritor am€ricano que a fábrica e o slu'nz oram
iì,5 51FS clUaE componentes gssenciais e, por assim dizer, útti-
ca:i. Jei trã,cl temos nem'a praça, nem o conl,Ttlon, nem a ca-
ieclr6l, nem o casfelo, rJem o palácio barroco, nem sequer o
r:reresflg, coÍno eibmentbs.significatÍvos e gue elevam o papel
da cldacle a um plano 6espiritual. Tudo é- dominado pela lei
rr.si:erir cla proclução e dq beirefÍcio çconómico'
" 
çuonfo a morfologia, a ciclade da era técnica aclopta a
áricla'fuuactrícula. O que representou na Grécia um triunfo
do rapíonalísmo, em R.oma clo espírito prático e miiitar, e
i:a A$rérica do sul de uma colonização hierárquica, conver-
teu-se, no século XIX, no instrumento clOS eSpeculadores de
terrenOS, Graças à quadrÍcula, o aproveitamento dos terrenos
era rnáximo,.e a importância igual das ruas fazia com que
Lodos fossem igualúente vaiiosos. Toda' as operaçôes, de
cáÌcuto de rendimentos, de compra-venda, etc. ficava:n ex-
Lraordinariarnente faciliïadas. Não era já a quadrícttia dos
icleólogos nem dos colonizadoles, mas sim a dos traficantes
cle solos.
r A fábrica, além clo tnais, implantava-se nos lugares mais
a,menos e cQm maiores recursos naturais, como o curso dos
rios e as costas marítimas para facilitarem as comunicações.
As belas ribeiras novaiorquinas e o esplendor natural da sua'
baía sáo precísamente as faixas esp,oliadas pelas..exigências
da técnicã, com o seü corolário de fumos e dstritos que só
pór mitagie não atingiram_ zonas como o Rirerside Drive.
be paris [ivesse sido fúldada em plena era paleotécniea, não
terÍarnosagoïaosfamososquais,orgulhoepÍazerdesta
citlade.
ooubrocompdtrenteclacidadepaleotécnica-éoslum,
' Ilsta palavra não tãm tradução em portugtiês, ainda que pu-
clésseilos obtê-la equiparando-a a su5úrbio industrial' Ú slum
ó a Ìrorrível colnieiâ arregimentada onde o instrumento
l iotnetnéconservadodt l ranteanoi te,paravol taraserut i - [ '
lizaclo no clia seguinte, na fábrica' A cidade náo existe'. por- l'
Lirillo, em nenhrim clos seus aspeCtOs espiritUais, S'ciais ou Í
r lomést icos,masésimplesmenteumamáquinadeproduÇáo"
r{ cidade paleotécnica pura não existe, embora Bir-
ini.gl:am, Bradforcl, pittsburg ou Detroit estejam muito prÓ-
:iimãs clisso. O clue existe, em contrapartÍda, é a cidade mista
ãiiãã o, estrutr,iras industriais .sutrstituem cada vez mais a
1tÌ
{rea espiritual e física. Estas estruturas são a fábrica, com
a sua rede de comunicações marítimas, fruviais, ferroviárias,que ocupam um espaço imenso, e o sll.tm, com as suã.s casasíguais e mondtonas, estritamente calculadas corn base no
rendimento económico cro trabalhador; e ainda, o arranira-
-céus, produto típico da economia capitalista.
Nesta cidade paleotécnica, e iguarmente na neotócnica,,
segu'dd uln processo ecorógico natural, as classes privile-giadas fogem das zonas invadidas pera indústria e pero co-
mércio, e váo fixar-se numa periferia cada vez mais alastada,
no meio .le 
'rn 
ambiente campestre, onde o céu está rimpo
e o fumo das fábricas é substituído por um fumo poético
de nuvens. Com o objectivo de compensar esta desagfegação
e de vitalizar espiritualmente o centio das cidades, aËsorvidopel0s escritórios e que nos repele quando estes fecham, ten-
ta-se a forÌnaçáo de centros cívicos que renovem a antiga
função da ágora: com ed.ifícios representativos, curturais, úe
espairecimento, num ambiente harmónico, dignificado pela
arquitectura; tudo com o objectivo de galvanizar uma vida
citadina que se dissolva insensivelmente.
observa-se nesta tendência uma evolução crescente.
O último congresso do C.LA.M. (Congresso Internacionat de
Arquitectura Moderna) foi ded.icado ao estudo do centro
cívico das cidades, e deu lugar a urna púhlicação com o tÍ-
tulo Thn care (centro, coraçã.o) ol the cítE, iracluzido ern
espanhol por El corazón de Ia ciud,ad (o coração da cidade).
Diz-se, no trabalho que lhe serve de introdução e é da autoria
de José Luis Sert: rrO estudo do coração da cidade, e emgeral dos centros de vida comunitária, aparece-nos actual-
mente como oportuno e necessário. As nossas investigações
analíticas demonstram que as zonas centrais das cidadãs são
regueifos estéreis, e aquilo que um dia constituiu o coraqão,
o núeleo das velhas cidades, está hoje d'esintegrado...l rrsem
deixar de reconhecer as enormes vantagens e possibiliclades
'" dos novos meios de telecomunições (rádio, çineina, televisão,
imprensa, etc.) continuamos pensanclo que os locais de reu-
nião pública, como praças, passeios, cafés, casinçs populares,
etc., onde as pessoas podem encontrar-se livremente; apertar
as mãos e escolher o tema rie convelsa que lhes agradè, nãcr
são coisas cio passado e, aincia que devidamente arlaptadas
':'}
i
I
I
I
I
I
l
*-
I .
,.r:i$g;11
i9
r---_
I
\
l
Lrçao r.
Lição 2.
Lição 3.
Lição 4.
Lição 5.
Lição 6.
Llção ?.
Lição 8.
Liçáo 9.
Lição 10.
Introdução. Tipos fundamentais de cidade
A cidade, arquivo da hi;stória .. '
A cidade antiga
A cidade islâmica ...
A cidade medieval ...
A cidade do Renascimento
A cidade barroca ...
A cidade industrial
A cidade do presente. O urbanismo em expansão"'
Ecoiogia urbana ...
ry
23
41
61
B1
101
t27
lSJ
1.75
205
ri L L ro :úri9i111' ;'[t:i t:ï:;31*',?^*
Jïi,,,:ïi,Ì;': i' oÏilijï:*'os Lima
,:t';' , ' I
l(,:scrvatlos totlt'f os dircitos
rrara I lírtgua Ï:l'rtugucsa ì
,*hlilil,si'iJ:L,flf 
",,*o ^
UREANISMO

Outros materiais