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CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 1 Contabilidade (Geral, Análise e Custos) em Exercícios – FGV (com as alterações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08) Prof. Moraes Junior Caro concursando(a), Primeiramente, gostaria de fazer uma breve apresentação: atualmente, sou Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, aprovado em 5o lugar para as Unidades Centrais no concurso de 2005 e trabalho na Coordenação-Geral de Fiscalização. Também ministro aulas de Contabilidade e Matemática Financeira em cursos preparatórios para concursos públicos. Além disso, trabalhei, durante 17 anos, na Marinha da Brasil, como Oficial de carreira, e 1 ano no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, como assessor da presidência. Bom, agora vamos ao curso. Neste curso on-line de Contabilidade em exercícios, reuni 10 provas de concursos anteriores de Contabilidade Geral/Análise das Demonstrações Contábeis/Contabilidade de Custos elaboradas pela FGV (visando ao concurso do ICMS-RJ), comentei e resolvi cada uma das questões, sempre procurando dar uma visão concisa e esclarecedora sobre o(s) assunto(s) a que se refere(m) cada questão. Conteúdo Programático: Aula Conteúdo 00 Fiscal de Rendas – MS – 2000 01 ICMS/RJ – 2007 02 ICMS/RJ – 2008 03 Auditor – TCM/RJ – 2008 04 Fiscal de Rendas – MS – 2006 05 Senado – Analista Legislativo – Contabilidade – 2008 06 Auditor – TCM/PA – 2008 07 Analista de Controle Interno – Secretaria de Administração – Pernambuco – 2008 08 Ministério da Cultura – Técnico em Contabilidade – 2006 09 Companhia Potiguar de Gás – Contador Junior – 2006 Esta metodologia é um pouco diferente da adotada pela maioria dos cursos de exercícios, que, normalmente, separam as questões por assunto, resolvendo e comentando, a cada aula, as questões de determinado assunto. Entretanto, acredito que a metodologia adotada neste curso on-line, permite, ao concursando que já estudou a matéria de Contabilidade (Geral, Análise e Custos), testar os conhecimentos de forma mais realista (simulando uma situação de prova), pois, a cada questão, haverá um assunto diferente. Posso dizer que este curso adota alguns aspectos da “Teoria do Caos” (risos), pois todos os conhecimentos que você adquiriu em um curso teórico de CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 2 Contabilidade (Geral, Análise e Custos) serão testados de forma simultânea, como ocorre na hora da prova. Resumindo, minha intenção com este curso on-line é que você possa, efetivamente, aprender a Contabilidade por meio de exercícios e, também, aprender o modo como banca examinadora prepara as questões, descobrir as intenções da banca em relação às questões e, conseqüentemente, testar seus conhecimentos por meio da resolução das diversas provas elaboradas pela banca examinadora que realizará o concurso da carreira que você tanto almeja e dos simulados que preparei. Neste curso, ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante a aula. Caso você julgue conveniente, poderia testar seu conhecimento previamente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simular uma situação real de prova. Para calcular os tempo de duração das provas, considere um tempo de 3 ou 4 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta metodologia, seu aprendizado será muito mais eficaz. Espero, finalmente, que este curso seja bastante útil a você e que possa, efetivamente, auxiliá-lo na preparação para um concurso público e na conseqüente conquista da tão sonhada vaga para um cargo público. As dúvidas serão sanadas por meio do fórum do curso, que todos os matriculados terão acesso. As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para: moraesjunior@pontodosconcursos.com.br. Por fim, gostaria de salientar a você, concursando: NUNCA DESISTA DOS SEUS SONHOS. Deus nos deu o livre arbítrio para que possamos determinar nosso destino. Se você deseja ser aprovado em um concurso público, lute por isso, faça com dedicação, com sacrifício, sempre visando ao seu objetivo. Desta forma, você conseguirá ser aprovado! Prof. Moraes Junior Maio/2009 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 3 CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS FGV Prova 0. Fiscal de Rendas - MS – 2006 - FGV Índice de questões por assunto: 1. Princípios Fundamentais da Contabilidade 2. Ativo Circulante e Ativo Não Circulante 3. Operações com Duplicatas 4. Passivo Circulante e Passivo Não Circulante 5. Operações com Mercadorias 6. Operações com Mercadorias 7. Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos 8. Demonstração do Fluxo de Caixa 9. Demonstração do Valor Adicionado 10. Operações com Mercadorias 11. Operações com Mercadorias 12. Provisões 13. Operações com Mercadorias 14. Contabilidade de Custos 15. Contabilidade de Custos 16. Provisões 17. Depreciação 18. Reavaliação 19. Participações Societárias 20. Participações Societárias 21. Participações Societárias 22. Participações Societárias 23. Participações Societárias CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 4 Questões Comentadas e Resolvidas 1. De acordo com a Resolução CFC 750/93, assinale a alternativa correta. (a) O princípio da continuidade estabelece que a empresa não poderá ser liquidada. (b) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Ativo. (c) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Passivo. (d) O princípio da oportunidade estabelece que o contador deverá escolher a prática contábil que melhor atenda aos interesses da empresa. (e) O princípio da objetividade estabelece que o contador só poderá reconhecer os atos e fatos que afetam o patrimônio da empresa se esses forem comprovados mediante nota fiscal ou contrato lavrado em cartório. Resolução A Resolução CFC no 750/93 é sempre muito cobrada em prova e trata dos princípios da Contabilidade. É muito importante saber os princípios e seus conceitos para a prova. Portanto, guarde os princípios: Vamos analisar as alternativas: (a) O princípio da continuidade estabelece que a empresa não poderá ser liquidada. Princípio da Continuidade: a continuidade ou não da entidade, bem como sua vida definida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação das mutações patrimoniais qualitativas e quantitativas. Assim, por exemplo, se há previsão de O artigo 3o da Resolução no 750/93 enumera os princípios fundamentais, conforme descrito abaixo: Art. 3º São Princípios Fundamentais de Contabilidade: I) o da ENTIDADE; II) o da CONTINUIDADE; III) o da OPORTUNIDADE; IV) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; V) o da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; VI) o da COMPETÊNCIA; e VII) o da PRUDÊNCIA. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 5 que uma determinadaempresa vai se extinguir no próximo exercício, ao fazer o seu balanço, tal empresa não poderá classificar suas obrigações a longo prazo no passivo exigível a longo prazo, e sim no passivo circulante. Se há, por exemplo, a previsão de que a empresa não irá se extinguir, as despesas a serem apropriadas a longo prazo deverão ser, no atual balanço, classificadas como ativo realizável a longo prazo. Se há, por exemplo, previsão que uma determinada empresa irá se fundir com outra empresa, deverá haver no seu patrimônio líquido a incorporação de todas as reservas e lucros ao capital social, a fim de facilitar a redistribuição das ações na nova empresa após a fusão. Ou seja, não estabelece que a empresa não pode ser liquidada. A alternativa está ERRADA. (b) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Ativo. Princípio da Prudência: sempre que se apresentarem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o Patrimônio Líquido, deve-se adotar o menor valor para os componentes do Ativo e o maior para os componentes do Passivo. Assim, por exemplo, se uma empresa adquiriu matéria-prima por R$ 2.500,00 e, por ocasião do encerramento do seu exercício social, o valor de mercado for de R$ 2.000,00, a empresa deverá avaliar a matéria-prima por R$ 2.000,00, fazendo uma provisão para ajuste ao valor de mercado no valor de R$ 500,00. Se, por exemplo, uma empresa estiver sendo processada por um ex-funcionário, podendo pagar uma indenização de R$ 50.000,00, tal empresa deve supor que pagará, fazendo uma provisão para contingências no referido valor, representando tal conta uma obrigação da empresa (passivo). A alternativa está ERRADA. (c) O princípio da prudência estabelece que, havendo dúvida entre dois valores igualmente válidos, deverá ser considerado o maior valor para o Passivo. A alternativa está CORRETA (vide alternativa anterior). (d) O princípio da oportunidade estabelece que o contador deverá escolher a prática contábil que melhor atenda aos interesses da empresa. Princípio da Oportunidade: o registro do patrimônio e de suas mutações devem ser feitos de imediato e com a extensão correta, independentemente das causas que as originaram. Assim, por exemplo, se uma empresa adquiriu, mercadorias à vista por R$ 4.800,00 em 20 de agosto de 2005, o registro de tal fato deve ser feito nos livros contábeis na mesma data. Ou seja, o contador não deverá escolher a prática contábil que melhor atenda aos interesses da empresa e sim a CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 6 prática contábil que registre o fato de imediato e com a extensão correta. A alternativa está ERRADA. (e) O princípio da objetividade estabelece que o contador só poderá reconhecer os atos e fatos que afetam o patrimônio da empresa se esses forem comprovados mediante nota fiscal ou contrato lavrado em cartório. Primeiramente, convém esclarecer que a objetividade é uma convenção contábil. Além disso, a convenção da objetividade não é tratada na Resolução CFC no 750/93. Ou seja, a alternativa já estaria errada por estes motivos. Contudo, é importante entender o enunciado da “Convenção da Objetividade”: Enunciado: “Para procedimentos igualmente relevantes, resultantes da aplicação dos princípios contábeis, preferir- se-ão, em ordem decrescente: a) os que puderem ser comprovados por documentos e critérios objetivos; b) os que puderem ser corroborados por consenso de pessoas qualificadas da profissão reunidas em comitês de pessoas ou em entidade que possuem autoridade sobre princípios contábeis.” Logo, a convenção da objetividade não estabelece que o contador só poderá reconhecer os atos e fatos que afetam o patrimônio da empresa se esses forem comprovados mediante nota fiscal ou contrato lavrado em cartório. Esta convenção especifica que os atos ou fatos devem ser comprovados por documentos e critérios objetivos. A alternativa está ERRADA. GABARITO: C 2. A respeito da principal característica do Ativo Permanente, que o difere do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazo, assinale a alternativa correta (Ignore a Deliberação CVM 488/05). (a) O ativo permanente diferido é idêntico às despesas antecipadas do ativo circulante. (b) O ativo permanente é avaliado pelo custo histórico de aquisição. (c) O ativo permanente investimento pode ser reavaliado. (d) O ativo permanente representa as aplicações de recursos que a empresa não tem por objetivo transformar diretamente em dinheiro. (e) O ativo permanente representa as origens de recursos classificadas em: Investimentos, Imobilizado e Diferido. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 7 Resolução De acordo com a Lei no 6.404/76, com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e pela MP no 449/08, as contas, no Balanço Patrimonial, serão classificadas do seguinte modo: Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: a) ativo circulante; b) ativo realizável a longo prazo; c) ativo permanente, dividido em investimentos, ativo imobilizado e ativo diferido. c) ativo permanente, dividido em investimentos, imobilizado, intangível e diferido. (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) I - ativo circulante; e (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) II - ativo não-circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Medida Provisória nº 449, de 2008) Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subseqüente e as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte; II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 8 operações que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. (Incluído pela Lei nº 11.638,de2007) Parágrafo único. Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse ciclo. Logo, não mais que se falar em Ativo Permanente, e sim em Ativo Não Circulante – Realizável a Longo, Investimentos, Imobilizado e Diferido. Vamos à análise das alternativas: (a) O ativo permanente diferido é idêntico às despesas antecipadas do ativo circulante. O ativo permanente diferido (extinto pela MP no 449/08) correspondia às aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do resultado de mais de um exercício social, enquanto que as despesas antecipadas do ativo circulante correspondem a despesas do período seguinte pagas antecipadamente. A alternativa está ERRADA. (b) O ativo permanente é avaliado pelo custo histórico de aquisição. De acordo com o art. 183 da Lei no 6.404/76: - os investimentos em participação no capital social de outras sociedades, ressalvado os avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para perdas prováveis na realização do seu valor, quando essa perda estiver comprovada como permanente, e que não será modificado em razão do recebimento, sem custo para a companhia, de ações ou quotas bonificadas. - os demais investimentos, pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para atender às perdas prováveis na realização do seu valor, ou para redução do custo de aquisição ao valor de mercado, quando este for inferior. - os direitos classificados no imobilizado, pelo custo de aquisição, deduzido do saldo da respectiva conta de depreciação, amortização ou exaustão. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 9 - o ativo diferido, pelo valor do capital aplicado, deduzido do saldo das contas que registrem a sua amortização. – os direitos classificados no intangível, pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva conta de amortização. Ou seja, não é todo o ativo não circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível (que equivaleria ao Ativo Permanente) que é avaliado pelo custo de aquisição, visto que há investimentos avaliados pelo Método de Equivalência Patrimonial. A alternativa está ERRADA. (c) O ativo permanente investimento pode ser reavaliado. A reavaliação também foi extinta pela Lei no 11.638/07. Agora, existe o Ajuste de Avaliação Patrimonial, cujo conceito difere da reavaliação de ativos adotada anteriormente. De qualquer maneira, de acordo com a Deliberação CVM no 183/95: “13. A Lei no 6.404/76 menciona que a reavaliação pode ser feita para os "elementos do ativo", o que pode dar o entendimento de abranger não só itens do imobilizado, como de investimentos e ativo diferido, além de estoques, entre outros. A legislação fiscal é mais restritiva e refere-se somente a itens do ativo permanente não abrangendo, portanto, os estoques ou outros ativos constantes do Circulante ou Realizável a Longo Prazo. 14. O entendimento neste Pronunciamento é de que a reavaliação seja restrita a bens tangíveis do ativo imobilizado, desde que não esteja prevista sua descontinuidade operacional.” Logo, o ativo permanente investimento não poderia ser reavaliado. A alternativa está ERRADA. (d) O ativo permanente representa as aplicações de recursos que a empresa não tem por objetivo transformar diretamente em dinheiro. A redação atual, para manter a alternativa correta, seria: O ativo não circulante (Investimentos, Imobilizado e Intangível) representa as aplicações de recursos que a empresa não tem por objetivo transformar diretamente em dinheiro. A alternativa está CORRETA. (e) O ativo permanente representa as origens de recursos classificadas em: Investimentos, Imobilizado e Diferido. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 10 O ativo não circulante representa as aplicações de recursos classificadas em: Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. A alternativa está ERRADA. GABARITO: D 3. A Cia. Comercial Distress está passando por dificuldades financeiras. Seu balanço patrimonial em 01/01/2006 era apresentado conforme segue: Ativo Circulante 10.010,00 Passivo Circulante 11.000,00 Disponibilidades 10,00 Fornecedores 8.000,00 Duplicatas a Receber 10.000,00 Impostos a recolher 3.000,00 Ativo Permanente 4.990,00 Patrimônio Líquido 4.000,00 Imobilizado 4.990,00 Capital Social 4.000,00 Total do ATIVO 15.000,00 PASSIVO + PL 15.000,00 Em 02/01/2006, o gerente da Cia. Comercial Distress foi ao banco e descontou as duplicatas a receber (no valor total de $ 10.000,00). O banco efetuou o depósito na conta corrente da Cia. Comercial Distress no valor de $ 9.980,00. Com base nessas informações, assinale o valor do Passivo Circulante apresentado no Balanço Patrimonial da Cia. Comercial Distress, apurado logo após a realização de tal transação. (a) $ 9.980,00 (b) $ 9.990,00 (c) $ 10.010,00 (d) $ 11.000,00 (e) $ 15.000,00 Resolução Percebe-se, pelo enunciado da questão, que houve um desconto de duplicatas pela empresa no banco, com despesas bancárias de R$ 20,00 (R$ 10.000,00 – R$ 9.980,00). Logo, o lançamento a ser efetuado seria o seguinte: Diversos a Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) Bancos (Ativo Circulante) 9.980 Despesas Bancárias (Despesas) 20 10.000 Ou seja, não houve alteração no Passivo Circulante devido a este lançamento, que continua com o saldo de R$ 11.000,00 (Fornecedores + Impostos a Recolher). CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 11 Neste ponto, há que se destacar os principais lançamentos de desconto de duplicatas, que são muito importantes para a prova: GABARITO: D 4 Em 30/09/2005, a Cia. Compra Bem comprou mercadorias no valor total de $ 24.000,00, a prazo, sendo a seguinte forma de pagamento: 6 prestações trimestrais iguais, vencendo a primeira em 30/12/2005. Considere que a Cia. Compra Bem pagou a prestação que venceu no dia 30/12/2005 e ignore qualquer tributo e qualquer outra informação não apresentada neste enunciado. No Balanço Patrimonial da Cia. Compra Bem apurado em 31/12/2005, qual era o valor dos fornecedores a pagar reconhecidos no Passivo Circulante (PC) e no Exigível a Longo Prazo (ELP), respectivamente? (a) zero e $ 24.000,00 (b) $ 4.000,00 e $ 16.000,00 (c) $ 16.000,00 e $ 4.000,00 (d) $ 16.000,00 e $ 8.000,00 (e) $ 20.000,00 e $ 4.000,00 Resolução Nesta questão, deve ser conhecida como é realizada a distinção de contas classificadas no Passivo Circulante e no Passivo Não Circulante. De acordo com o art. 180 da Lei no 6.404/76, com redação dada pela MP no 449/08, as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para aquisição de direitos do ativo não-circulante, serão classificadas no passivo Lançamentos de Duplicatas Descontadas: 1) Na remessa para o Banco: Diversos a Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) Juros e Comissões Bancárias (Despesa) 2) No pagamento pelo Cliente: Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 3) Falta de pagamento pelo Clienteno vencimento: Duplicatas Descontadas (Ativo Circulante) a Banco Conta Movimento (Ativo Circulante) CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 12 circulante, quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não-circulante, se tiverem vencimento em prazo maior. Contudo, há uma exceção, pois, quando o ciclo operacional (*) da empresa tiver duração maior que o exercício social, a classificação em circulante ou longo prazo terá por base o prazo do ciclo operacional. (*) Ciclo Operacional: tempo que a empresa leva para renovar seus estoques somado ao tempo de recebimento das vendas a prazo. Bom, agora vamos à resolução da questão: I - 30/09/2005: Compra de Mercadorias a prazo = 24.000 Pagamento: 6 prestações trimestrais iguais, vencendo a primeira em 30/12/2005. Valor das Prestações = 24.000/6 = 4.000 Vencimento das Prestações: Primeira Prestação = 30/12/2005 Segunda Prestação = 31/03/2006 Terceira Prestação = 30/06/2006 Quarta Prestação = 30/09/2006 Quinta Prestação = 31/12/2006 Sexta Prestação = 31/03/2007 Passivo Circulante: até 31/12/2006 => 5 prestações = 5 x 4.000 = 20.000 Passivo Exigível a Longo Prazo: após 31/12/2006 => 1 prestação = 4.000 Lançamento em 30/09/2005: Mercadorias (Ativo Circulante) a Diversos a Fornecedores a Pagar (Passivo Circulante) 20.000 a Fornecedores a Pagar (PNC “LP”) 4.000 24.000 II – 31/12/2005: Elaboração do Balanço Patrimonial Primeiramente, cabe destacar que, em 31/12/2005, a primeira prestação já foi paga, de acordo com o seguinte lançamento (ATENÇÃO!!! Esta era pegadinha da questão. O concursando mais desatento marcaria a letra “e”): Fornecedores a Pagar (Passivo Circulante) CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 13 a Bancos (Ativo Circulante) 4.000 Logo, em 31/12/2005, os saldos das contas “Fornecedores” do PC e do PNC “LP” seriam: Fornecedores a Pagar (PC) = 20.000 – 4.000 = 16.000 Fornecedores a Pagar (PNC “LP”) = 4.000 PNC “LP” = Passivo Não Circulante “Longo Prazo” GABARITO: C Com base no enunciado a seguir, responda às questões 5 e 6. A Cia. Comercial Ju-Ju é uma empresa mercantil contribuinte do ICMS por movimentação econômica (alíquota = 20%), contribuinte do IR pelo Lucro Real (25%), contribuinte da CS (10%), contribuinte de PIS e COFINS (2% e 8%, respectivamente), não-contribuinte de IPI nem do ISS. (Observe que, para facilitar os cálculos, as alíquotas deste enunciado não correspondem às alíquotas verdadeiras. Portanto, considere as taxas apresentadas neste enunciado.) Seu estoque inicial de mercadorias, em maio (01/05/2006), era composto por 100 unidades do produto "Felicidade" e estava avaliado pelo valor total de $ 1.000,00. No dia 10/05/2006, a Cia. Comercial Ju-Ju adquiriu 100 unidades do produto "Felicidade". Os dados na nota fiscal de compra eram os seguintes: I - o Fornecedor é um fabricante; II - a compra foi negociada FOB no estabelecimento do fornecedor (free on board no embarque); III - valor das mercadorias (com impostos) = $ 1.500,00 pelas 100 unidades; IV - IPI sobre as mercadorias (10%), por fora; V - ICMS sobre as mercadorias (20%); VI - PIS sobre as mercadorias (2%); VII - COFINS sobre as mercadorias (8%); VIII - frete intermunicipal (com impostos) = $ 500,00; IX - ICMS sobre o frete (20%); X - PIS sobre o frete (2%); XI - COFINS sobre o frete (8%). 5. De acordo com a Instrução SRF 404/04 e com base, somente, nas informações deste enunciado, apure o custo unitário das mercadorias adquiridas em 10/05/2006, que foi lançado no Estoque. (a) $ 14,00 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 14 (b) $ 15,35 (c) $ 15,50 (d) $ 16,00 (e) $ 21,50 Resolução Primeiramente, é necessário conhecer a Instrução SRF 404/04 que fala da COFINS e PIS não cumulativos, ou seja, a COFINS e o PIS não farão parte do custo da mercadoria e será classificada em COFINS e PIS a Recuperar. Além disso, a Instrução SRF 404/04 determina que, para o cálculo do crédito da COFINS e PIS, no caso de revenda de mercadorias, o valor do ICMS integra o custo do bem. Demais conceitos importantes: (I) FOB (Free On Board): Indica que a mercadoria é colocada a bordo por conta do vendedor, correndo a partir daí todas as despesas por conta do comprador. Ou seja, frete e seguro por conta do comprador. (II) ICMS, PIS e COFINS na importação: a base de cálculo inclui o IPI. Aqui, cabe destacar a diferença entre FOB e CIF: Cálculo do custo unitário das mercadorias adquiridas em 10/05/2006: O ICMS, o PIS e o COFINS são recuperáveis, ao passo que o IPI, por não ser recuperável, integra o valor da mercadoria a ser debitado na conta estoque. Como a empresa compradora não é contribuinte do IPI, o PIS e o COFINS incidem sobre o valor do IPI. O valor do frete pago pelo comprador também integra o valor da mercadoria a ser debitado na conta estoque. O ICMS, o PIS e o COFINS sobre o frete são recuperáveis. COMPRAS = R$ 1.500,00 FOB: as despesas de frete/seguro são a cargo do comprador, portanto entram como custos das mercadorias compradas. CIF: as despesas de frete/seguro são a cargo do vendedor, logo estas não integrarão no custo da mercadoria p/ o comprador, mas sim, serão despesas p/ o vendedor. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 15 IPI = 10% x R$ 1.500,00 = R$ 150,00 ICMS = 20% x R$ 1.500,00 = R$ 300,00 PIS = 2% x (R$ 1.500,00 + R$ 150,00) = R$ 33,00 COFINS = 8% x (R$ 1.500,00 + R$ 150,00) = R$ 132,00 FRETE = R$ 500,00 ICMS s/ frete = 20% x R$ 500,00 = R$ 100,00 PIS s/ frete = 2% x R$500,00 = R$ 10,00 COFINS s/ frete = 8% x R$ 500,00 = R$ 40,00 O valor a ser debitado na conta estoque de mercadorias é de: Compras 1.500 (+) IPI s/ Compras 150 (-) ICMS s/ Compras (300) (-) PIS s/ Compras (33) (-) Cofins s/ Compras (132) (+) Frete 500 (-) ICMS s/ Frete (100) (-) PIS s/ Frete (10) (-) Cofins s/ Frete (40) Custo das Mercadorias 1.535 Como foram adquiridas 100 unidades o valor unitário foi de: Custo Unitário das Mercadorias = R$ 1.535,00/100 = R$ 15,35 GABARITO: B 6. Considere que a Cia. Comercial Ju-Ju avalia seu estoque pelo Custo Médio Ponderado Móvel e que no dia 15/05/2006 vendeu 150 unidades da mercadoria "Felicidade" pelo preço unitário de $ 40,00. Com base, somente, nessas informações, apure o Custo dos Produtos Vendidos em 15/05/2006. (a) $ 1.767,50 (b) $ 1.800,00 (c) $ 1.901,25 (d) $ 2.075,00 (e) $ 2.362,50 Resolução Primeiramente, vamos entender o conceito de Custo Médio Ponderado Móvel: Custo Médio Ponderado Móvel: o custo médio de cada unidade em estoque é alterado pelas compras de outras unidades por um preço diferente (a cada nova aquisição de mercadorias, uma nova média é calculada). CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 16 Estoque Inicial = 100 unidades (Valor Total = R$ 1.000,00) Custo das Compras= 100 unidades (Valor Total = R$ 1.535,00 => calculado na questão 36) Custo Médio Ponderado Móvel = (1.000 + 1.535)/200 = 2.535/200 = 12,675 Custo dos Produtos Vendidos = 12,675 x 150 unidades = R$ 1.901,25 GABARITO: C Com base no enunciado a seguir, responda às questões 7 a 9. A Cia. Comercial Complexa e Extensa apurou o seguinte Balanço Patrimonial em 01/01/2005: ATIVO $ PASSIVO + PL $ Ativo circulante 100.000,00 Patrimônio Líquido 100.000,00 Caixa 100.000,00 Capital Social 100.000,00 Durante o primeiro semestre de 2005, ocorreram as seguintes transações: I - Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital Social da empresa em $ 100.000,00, da seguinte forma: $ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro; $ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na cidade de Corumbá; e $ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2008. II - A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à vista. III - A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo. IV - A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2005 (no segundo semestre). V - No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no valor de $ 70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos acordados (inclusive no mês de abril). CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 17 VI - No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por $ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). VII - A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas administrativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despesas, $ 8.000,00 eram referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente a Serviços Contratados de Terceiros. Desconsidere a incidência de qualquer tributo, bem como qualquer outra variável não apresentada neste enunciado. Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como dividendos, mas ainda não foram pagos. 7. De acordo com a Lei 6.404/76, determine o valor total das Origens de Recursos da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresentado na Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos, apurada em 30/06/2005. (a) $ 70.000,00 (b) $ 80.000,00 (c) $ 91.075,00 (d) $ 154.300,00 (e) $ 156.300,00 Resolução Como a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos deixou de ser obrigatória com a publicação da Lei no 11.638/07, é muito provável que não seja mais cobrada em prova. Mas atenção!!! Eu falei “é provável”. Por isso, vou resolver a questão mesmo assim. Há duas maneiras de fazer esta questão. A primeira é por meio dos lançamentos. Para isso, faz-se necessário conhecer o conceito de origem, para a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR): Origens do Capital Circulante Líquido: todas as operações que aumentem o capital circulante líquido: aumento do ativo circulante ou redução do passivo circulante, em operações que envolvam também os grupos não circulantes Vamos analisar cada uma das operações da empresa: I - Os sócios da Cia. Comercial Complexa e Extensa aumentaram o Capital Social da empresa em $ 100.000,00, da seguinte forma: $ 50.000,00 integralizados, imediatamente, em dinheiro; CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 18 $ 30.000,00 integralizados, imediatamente, em um terreno localizado na cidade de Corumbá; e $ 20.000,00 a serem integralizados no ano de 2008. Logo, esta empresa possui um saldo da conta “Capital a Integralizar” de R$ 100.000,00. Os R$ 20.000,00, como somente serão integralizados em 2008, não farão parte do lançamento atual. Lançamento: Diversos a Capital a Integralizar (Patrimônio Líquido – Retificadora) Caixa (Ativo Circulante) 50.000 Terreno (ANC - Investimentos) 30.000 80.000 Observe que, houve um aumento do Ativo Circulante em R$ 50.000,00, caracterizando uma origem. Entretanto, cabe ressaltar, pela DOAR pelo método amplo (adotado por, praticamente, todas as bancas examinadoras), a integralização do capital social em bens do ativo não circulante deve ser classificada como origem e aplicação na DOAR. Portanto, importante: Logo, neste item, houve uma origem de R$ 80.000,00 (origem I). Aqui, cabe destacar as outras exceções: Integralização de Capital em bens do Ativo Permanente: representa origem com aumento de Capital e aplicação no recebimento dos bens do Ativo Permanente. Aquisição de bens do Ativo Não Circulante (Investimentos, Imobilizado e Intangível) pagáveis a Longo Prazo: Neste caso, há uma aplicação pelo aumento do Ativo Não Circulante e ao mesmo tempo uma origem pelo financiamento obtido pelo aumento no Exigível a Longo Prazo. Conversão de Empréstimos de Longo Prazo em Capital: Neste caso há uma origem pelo aumento de capital e, simultaneamente, uma aplicação pela redução do Passivo Não Circulante (Longo Prazo). Venda de bens do Ativo Não Circulante (Investimentos, Imobilizado e Intangível) recebível a Longo Prazo: Operação que também deve ser demonstrada na origem, como se fosse recebido o valor da venda, e na aplicação, como se houvesse o empréstimo sido feito para recebimento a longo Prazo. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 19 II - A Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou 50.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $1,50 a unidade (desconsidere os impostos). O pagamento ao fornecedor foi realizado à vista. Compra de Mercadorias à vista = 50.000 x 1,50 = 75.000 Lançamento: Mercadorias (Ativo Circulante) a Caixa (Ativo Circulante) 75.000 Neste caso, houve um aumento do AC e uma redução no mesmo valor, sem causar alteração nas origens. III - A Cia. Comercial Complexa e Extensa vendeu 45.000 unidades da mercadoria "Dificuldade", por $ 2,00 a unidade (desconsidere os impostos). A venda foi negociada a prazo. Venda a Prazo = 45.000 x 2 = 90.000 Lançamentos: Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) a Receita Bruta de Vendas (Receita) 90.000 CMV (Despesa) a Mercadorias (Ativo Circulante) = 45.000 x 1,50 67.500 Neste caso, houve uma origem de R$ 22.500,00 (origem III), representada pelo resultado da subtração do aumento do AC (R$ 90.000,00) pela redução do AC (R$ 67.500,00). IV - A Cia. Comercial Complexa e Extensa recebeu de seus clientes metade (1/2) das Duplicatas a Receber. O restante das duplicatas vencerá, ainda, em 2005 (no segundo semestre). Metade das Duplicatas a Receber = 90.000/2 = 45.000 Lançamento:Caixa (Ativo Circulante) a Duplicatas a Receber (Ativo Circulante) 45.000 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 20 Neste caso, houve um aumento do AC e uma redução no mesmo valor, sem causar alteração nas origens. V - No início de abril, a Cia. Comercial Complexa e Extensa obteve um empréstimo bancário no valor de $ 70.000,00. O principal deverá ser pago em 2009, mas os juros mensais de $ 400,00 devem ser pagos ao final de cada mês. A Cia. Comercial Complexa e Extensa honrou o pagamento dos juros nos prazos acordados (inclusive no mês de abril). A empresa obteve um empréstimo de R$ 70.000,00 e haverá pagamento de juros mensais de R$ 400,00. Primeiramente, como o valor do principal do empréstimo somente será pago em 2009, o lançamento seria: Bancos (Ativo Circulante) a Empréstimos de LP (PNC “LP”) 70.000 O pagamento dos juros (até o balanço de 30/06/2005) ocorreu em 30/04/2005, 31/05/2005 e 30/06/2005. O lançamento consolidado seria: Juros Passivos (Despesas) a Bancos (Ativo Circulante) = 3 x 400 1.200 Neste item, houve um aumento das origens de R$ 68.800,00 (origem V), representado pelo resultado da diferença entre o aumento do AC (R$ 70.000,00) e a redução do AC (R$ 1.200,00). VI - No início de maio, a Cia. Comercial Complexa e Extensa comprou um caminhão, à vista, por $ 60.000,00. Espera-se que esse veículo tenha uma vida útil de 5 anos, ao final do qual se reduzirá a sucata, e o método de depreciação adotado é o linear – cotas constantes. A Cia. Comercial Complexa e Extensa reconheceu a depreciação mensalmente (inclusive no mês de maio). Neste item, convém relembrar alguns conceitos envolvendo depreciação: Caso exista valor residual (definido abaixo), o custo de aquisição do bem deverá ser subtraído do valor residual para o cálculo da depreciação. Valor Residual: valor provável da realização do bem após ser totalmente depreciado. Caso o valor residual seja diferente de ZERO, deverá ser subtraído do valor do custo de aquisição do bem Taxa de Depreciação = 1/Vida Útil do Bem Depreciação = Custo de Aquisição do Bem x Período x Taxa CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 21 a ser depreciado. Este resultado é que servirá de base de cálculo para a taxa de depreciação. Finalmente, o método de depreciação linear pode ser definido como: Vamos aos cálculos: A – Aquisição do caminhão: Compra de caminhão à vista = 60.000 Lançamento: Caminhão (Ativo Não Circulante - Imobilizado) a Caixa (Ativo Circulante) 60.000 Redução do AC é uma aplicação de recursos. B – Despesas com Depreciação até 31/06/2005: Vida Útil = 5 anos Taxa de Depreciação = 1/5 = 0,2 = 20% ao ano Período Depreciado = maio e junho = 2 meses Depreciação = Método Linear Despesas com Depreciação = Valor do Bem x Período x Taxa ⇒ ⇒ Despesas com Depreciação = 60.000 x 2 meses/12 meses x 0,2 ⇒ ⇒ Despesas com Depreciação = 60.000/6 x 0,2 = 2.000 Lançamento: Despesas com Depreciação (Despesa) a Depreciação Acumulada (ANC – Imob. – Retificadora) 2.000 Método das Quotas Constantes ou Método Linear ou Método da Linha Reta: método de depreciação onde a depreciação acumulada é diretamente proporcional ao tempo, ou seja, é uma função linear. Pode-se calcular a depreciação, por este método, de duas formas: - Aplica-se a taxa constante sobre o valor depreciado; ou - Divide-se o valor depreciado pelo tempo de vida útil. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 22 Não afeta o AC e nem o PC. Logo, não afeta as origens e nem as aplicações. VII - A Cia. Comercial Complexa e Extensa incorreu e pagou despesas administrativas de $ 10.000,00 e despesas comerciais de $ 5.000,00. Dessas despesas, $ 8.000,00 eram referentes a Pessoal e Encargos; e o restante, referente a Serviços Contratados de Terceiros. Pagamento de despesas: Despesas Administrativas = 10.000 Despesas Comerciais = 5.000 Lançamento: Diversos a Caixa (Ativo Circulante) Despesas Administrativas (Despesa) 10.000 Despesas Comerciais (Despesa) 5.000 15.000 Apesar de ter diminuído o AC, não deve ser considerada uma aplicação e sim uma redução da origem, pois faz parte do cálculo do Lucro Líquido do Exercício. Logo, neste item, houve uma redução das origens em R$ 15.000,00 (Redução de Origens VII = 15.000). Cálculo das Origens = Origem I + Origem III + Origem V – Redução VII ⇒ ⇒ Cálculo das Origens = 80.000 + 22.500 + 68.800 – 15.000 ⇒ Cálculo das Origens = 156.300 Uma outra forma de calcular seria considerando a estrutura da DOAR. Primeiramente, de posse dos lançamentos, seria calculado o Lucro Líquido do Exercício: Receita Bruta de Vendas 90.000 (-) CMV (67.500) Lucro Bruto 22.500 (-) Despesas de Juros (1.200) (-) Despesas com Depreciação (2.000) (-) Despesas Administrativas (10.000) (-) Despesas Comerciais (5.000) Lucro Líquido do Exercício 4.300 (origem) Transferência para Lucros Acumulados: Resultado do Exercício a Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) 4.300 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR 23 Para verificar as demais origens vamos analisar os lançamentos efetuados, considerando a estrutura abaixo (DOAR): (+) Resultado Líquido do Exercício 4.300 (+) Depreciação, Amortização, Exaustão 2.000 Lucro Ajustado 6.300 (+) Aumento do PNC Longo Prazo (PNC “LP”) 70.000 (empréstimo obtido) (+) Realiz. do Capital Social e Contrib. para Res. de Cap. 80.000 TOTAL DE ORIGENS = 6.300 + 70.000 + 80.000 = 156.300 Ainda há o cálculo dos dividendos a pagar, que não influencia no resultado da questão, por ser uma aplicação: VIII - Sabe-se que 25% do lucro do semestre foram provisionados como dividendos, mas ainda não foram pagos. Dividendos Provisionados = 25% x LLEx = 25% x 4.300 = 1.075 Lucros ou Prejuízos Acumulados (Patrimônio Líquido) a Dividendos a Pagar (Passivo Circulante) 1.075 GABARITO: E 8. De acordo com o Pronunciamento IBRACON 20/99, determine o valor do Fluxo de Caixa Líquido da Atividade de Investimento da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresentado na Demonstração dos Fluxos de Caixa, apurada em 30/06/2005. (a) $ 91.075,00 negativos (b) $ 90.000,00 negativos (c) $ 60.000,00 negativos (d) $ 13.800,00 positivos (e) $ 113.800,00 positivos Resolução Para a resolução desta questão é preciso saber o conceito de fluxo de caixa líquido da atividade de investimento: Fluxo dos Investimentos: estão ligados aos desembolsos referentes às aquisições de ativos imobilizados, que são utilizados na produção de bens e serviços, de investimentos em outras sociedades, bem como os recebimentos na alienação desses ativos. Incluem, ainda, os desembolsos relativos à concessão de empréstimos a terceiros e os recebimentos na amortização desses empréstimos. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br24 Além disso, há que se ressaltar que um fluxo negativo representa saída de dinheiro do caixa e um fluxo positivo representa entrada de dinheiro no caixa. No caso concreto questão, a única atividade de investimento que ocorreu foi a aquisição de um caminhão, conforme lançamento reproduzido abaixo: Compra de caminhão à vista = 60.000 Lançamento: Caminhão (Ativo Não Circulante - Imobilizado) a Caixa (Ativo Circulante) 60.000 Logo, houve um fluxo de investimento negativo de R$ 60.000,00. GABARITO: C CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 25 9. De acordo com o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP 01/06, determine o Valor Adicionado Total a Distribuir da Cia. Comercial Complexa e Extensa, apresentado na Demonstração do Valor Adicionado, apurada em 30/06/2005. (a) $ 4.300,00 (b) $ 13.500,00 (c) $ 14.700,00 (d) $ 20.500,00 (e) $ 21.500,00 Resolução Esta questão trata da Demonstração do Valor Adicionado, que, a partir da publicação da Lei no 11.638/07, é uma das demonstrações obrigatórias. Sua estrutura está definida na NBC T 3.7, conforme abaixo: Modelo I – Demonstração do Valor Adicionado – EMPRESAS EM GERAL DESCRIÇÃO Em milhares de reais 20X1 Em milhare s de reais 20X0 1 – RECEITAS 1.1) Vendas de mercadorias, produtos e serviços 1.2) Outras receitas 1.3) Receitas relativas à construção de ativos próprios 1.4) Provisão para créditos de liquidação duvidosa – Reversão / (Constituição) 2 – INSUMOS ADQUIRIDOS DE TERCEIROS (inclui os valores dos impostos – ICMS, IPI, PIS e COFINS) 2.1) Custos dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos 2.2) Materiais, energia, serviços de terceiros e outros 2.3) Perda / Recuperação de valores ativos 2.4) Outras (especificar) 3 – VALOR ADICIONADO BRUTO (1-2) 4 – DEPRECIAÇÃO, AMORTIZAÇÃO E EXAUSTÃO 5 – VALOR ADICIONADO LÍQUIDO PRODUZIDO PELA ENTIDADE (3-4) 6 – VALOR ADICIONADO RECEBIDO EM TRANSFERÊNCIA 6.1) Resultado de equivalência patrimonial 6.2) Receitas financeiras 6.3) Outras 7 – VALOR ADICIONADO TOTAL A DISTRIBUIR (5+6) 8 – DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO (*) 8.1) Pessoal CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 26 8.1.1 – Remuneração direta 8.1.2 – Benefícios 8.1.3 – F.G.T.S 8.2) Impostos, taxas e contribuições 8.2.1 – Federais 8.2.2 – Estaduais 8.2.3 – Municipais 8.3) Remuneração de capitais de terceiros 8.3.1 – Juros 8.3.2 – Aluguéis 8.3.3 – Outras 8.4) Remuneração de capitais próprios 8.4.1 – Juros sobre o capital próprio 8.4.2 – Dividendos 8.4.3 – Lucros retidos / Prejuízo do exercício 8.4.4 – Participação dos não-controladores nos lucros retidos (só p/ consolidação) (*) O total do item 8 deve ser exatamente igual ao item 7. Vamos à resolução da questão: 1. Receitas: Receita Bruta de Vendas 90.000 2. Insumos Adquiridos de Terceiros: Custo das Mercadorias Vendidas 67.500 Despesas Administrativas 10.000 Despesas Comerciais 5.000 (-) Despesas com Pessoal e Encargos (8.000) (*) 74.500 3. Valor Adicionado Bruto (1-2) 15.500 4. Retenções Despesas com Depreciação 2.000 5. Valor Adicionado Líquido Produzido pela Entidade (3-4) 13.500 GABARITO: B CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 27 10. Cia. Industrial e Comercial NECC apurou a contagem física de seu estoque (inventário) em 31/12/2005. Segundo identificado, seu estoque estava avaliado a $ 500.000,00, antes de qualquer ajuste eventualmente necessário para os seguintes eventos: I - mercadorias adquiridas por $ 60.000,00, na modalidade "à disposição do comprador no estabelecimento do vendedor" (free on board no embarque), embarcaram no dia 30/12/2005 e só chegaram ao estabelecimento da Cia. Comercial NECC no dia 06/01/2006; II - produtos em elaboração foram remetidos, em 15/12/2005, para beneficiamento numa terceira empresa, a Beneficiamentos Terceirizados Ltda. III - Esses produtos estavam avaliados ao custo de $ 30.000,00 e só retornaram ao estabelecimento da Cia. Industrial e Comercial NECC no dia 04/01/2006. Com base, somente, nessas informações, apure o valor do Estoque Final da Cia. Industrial e Comercial NECC, em 31/12/2005. (a) $ 440.000,00 (b) $ 500.000,00 (c) $ 530.000,00 (d) $ 560.000,00 (e) $ 590.000,00 Resolução I - Estoque Final Apurado em Inventário Físico = 500.000 II – Ajustes: II.1 – Aquisição de Mercadorias em 30/12/2005 = 60.000 Aqui, independe se as mercadorias só chegaram ao estabelecimento do comprador em 06/01/2006, pois o fato gerador ocorreu com a aquisição. Logo, estas mercadorias devem ser consideradas no estoque final no dia 31/12/2005. II.2 – Houve remessa de R$ 30.000,00 em produtos em elaboração para beneficiamento em uma terceira empresa (retornaram à empresa no dia 04/01/2006). Também devem ser considerados no estoque final, pois são produtos em elaboração que foram beneficiados em outra empresa, mas retornarão para serem vendidos. Estoque Final Ajustado = EF Apurado em Inventário Físico + Ajustes ⇒ Estoque Final Ajustado = 500.000 + 60.000 + 30.000 = 590.000 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 28 GABARITO: E 11. A Cia. Comercial Norte-Nordeste adquiriu, em 29/12/2005, mercadorias pelo custo de $ 50.000,00. Os termos do contrato de compra previam que o vendedor traria as mercadorias ao estabelecimento da Cia. Comercial Norte- Nordeste (CIF ou FOB destino). O transporte custou: I - $ 200,00 de empacotamento; II - $ 500,00 de frete. Essas mercadorias foram recebidas pela Cia. Comercial Norte-Nordeste no dia 31/12/2005. No Balanço Patrimonial da Cia. Norte-Nordeste, apurado em 31/12/2005, qual valor deve ter sido adicionado aos Estoques? (a) zero. (b) $ 50.000,00. (c) $ 50.200,00. (d) $ 50.500,00. (e) $ 50.700,00. Resolução Como contrato de compra previa CIF ou FOB destino, os custos de empacotamento e frete correm por conta do vendedor. Logo, o custo das mercadorias para Cia. Norte-Nordeste será igual ao valor de aquisição: Custo das Mercadorias Adquiridas = 50.000 GABARITO: B 12. A Cia. Comercial Phonetel é uma loja de aparelhos celular. Em agosto de 1995 comprou da Motorotel 100 unidades de aparelhos analógicos por $ 100,00 cada, e esperava revendê-los por $ 300,00 cada. Ocorre que, em setembro de 1995, quando a Cia. Comercial Phonetel ainda tinha 80 unidades daquele aparelho analógico em estoque, surgiu a tecnologia de aparelhos digitais. Em função desse avanço tecnológico, a Motorotel passou a vender (aos revendedores) os antigos aparelhos analógicos por $ 40,00 a unidade, e os novos aparelhos digitais por $ 180,00 cada. Por outro lado, a Cia. Comercial Phonetel baixou o preço de venda dos antigos aparelhos analógicos, passando a revendê-los por $ 110,00 cada. Considere que todas as transações são à vista, que não há impostos, e que a Motorotel não tem nenhuma obrigação contratual (nem legal) de substituir o estoque de aparelhos analógicos de seus revendedores por aparelhos digitais.Determine o valor da provisão para redução ao valor de mercado que a Cia. Comercial Phonetel deve reconhecer em seu Ativo Circulante para atender à regra do "Custo ou Mercado – dos dois o menor". CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 29 (a) zero (b) $ 10,00 (c) $ 60,00 (d) $ 290,00 (e) $ 4.800,00 Resolução Cia. Comercial Phonetel I - Agosto de 1995: compra de 100 unidades de aparelhos analógicos por $ 100,00 cada. II – Setembro de 1995: ainda possuía 80 unidades em estoque. Saldo da conta Estoque de Mercadorias = 80 x 100 = 8.000 Devido ao surgimento de nova tecnologia, o fornecedor passou a vender os aparelhos analógicos por R$ 40,00. Além disso, a comercial Phonetel passou a revender estes aparelhos por R$ 110,00. De acordo com art. 183, da Lei no 6.404/76, os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da companhia serão avaliados pelo custo de aquisição, deduzido de provisão para ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior. Como os aparelhos analógicos ainda estão sendo vendidos por R$ 110,00, valor maior que o custo unitário de aquisição dos aparelhos (R$ 100,00), não há razão para realizar provisão para ajuste dos estoques ao valor de mercado. Logo, não há provisão a ser realizada. ATENÇÃO!!! A pegadinha da questão era a seguinte: o examinador queria induzir o concursando a pensar que o custo de aquisição dos aparelhos analógicos, como diminuiu de R$ 100,00 para R$ 40,00, geraria uma provisão de R$ 60,00 por unidade, o que daria uma provisão total de R$ 4.800,00 (80 unidades x R$ 60,00). Isto está errado, mas havia resposta (letra “e”). Você deve comparar o valor de aquisição (R$ 100,00) ao valor de mercado do produto (R$ 110,00). Como o valor de mercado é maior, não há provisão a fazer. ATENÇÃO!!! GABARITO: A CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 30 13. A Cia. Phillipe-Cruz, fabricante de cigarros, costuma comprar todas as folhas de tabaco fornecidas por seus produtores rurais na época da safra (março de cada ano), mesmo que tal quantidade seja superior à estimativa de consumo no processo produtivo de um ano (até a safra do próximo ano), porque, dessa forma, a empresa aproveita o baixo preço e armazena a matéria-prima em silos de última geração que lhe permitem manter as folhas de tabaco por 10 anos, preservando as características originais. Considere que, no início de março de 2006 (antes da safra), a Cia. Phillipe-Cruz tinha em estoque de matéria-prima 100kg de folhas de tabaco, avaliados pelo valor total de $ 10.000,00. No mês de março de 2006, a safra foi excelente, e a Cia. Phillipe-Cruz comprou de seus produtores rurais 1 000kg de folhas de tabaco ao valor total de $ 111.000,00. Quando chega em 31/12/2006, o gerente do almoxarifado da Cia. Phillipe-Cruz identifica que foram consumidos efetivamente 450kg de folhas de tabaco no processo produtivo. Nessa mesma data, o diretor de produção verifica no orçamento que a estimativa de consumo de folhas de tabaco para o próximo ano (2007) é de 530kg. Ignore qualquer tributo e considere, somente, as informações apresentadas neste enunciado. Considerando que a Cia. Phillipe-Cruz avalia seu estoque de matéria-prima pelo critério PEPS, determine o valor do estoque de matéria- prima (folhas de tabaco) classificado no Realizável a Longo Prazo. (a) zero (b) $ 13.200,00 (c) $ 13.320,00 (d) $ 71.500,00 (e) $ 72.150,00 Resolução Primeiramente, vamos ao conceito do método PEPS de controle de estoques: PEPS ou FIFO (Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai, First-In-First- Out): por este método, à medida que ocorrem as vendas, vai-se dando baixa no estoque a partir das primeiras compras (mercadorias mais antigas), ou seja, vendem-se ou consomem-se antes as primeiras mercadorias compradas. Cia. Phillipe-Cruz Início de março de 2006: Estoque Inicial = 10.000 (100 kg de folhas de tabaco) Mês março de 2006: Compras = 111.000 (1.000 kg de folhas de tabaco) Custo Unitário = 111.000/1.000 = 111 CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 31 Em 31/12/2006: I - Folhas de Tabaco consumidas no processo produtivo = 450 kg Logo, como o método utilizado é o PEPS, saíram as seguintes quantidades do estoque: 100 kg do Estoque Inicial 10.000 350 kg da Compras = 350 x 111 38.850 450 kg de Folhas de Tabaco 48.850 Estoque Final = (1.000 – 350) = 650 kg Estoque Final = 650 kg x R$ 111,00 = 72.150 II - Estimativa de consumo de folhas de tabaco para 2007 = 530 kg Estoque Final (Ativo Circulante) = 530 kg x R$ 111,00 = 58.830 Estoque Final (ANC “LP”) = (650 – 530) = 120 kg Estoque Final (ANC “LP”) = 120 kg x R$ 111,00 = 13.320 GABARITO: C 14. A Cia. Industrial 501 S/A só fabrica o produto JSC, tem uma capacidade instalada que lhe permite produzir, no máximo, 2.000 unidades do produto JSC, por mês. Em janeiro de 2006, a Cia. Industrial 501 S/A incorreu nos seguintes gastos: I - matéria-prima direta: $ 7,00 por unidade de JSC fabricada; II - mão-de-obra direta: $ 3,00 por unidade de JSC fabricada; III - aluguel do parque fabril: $ 9.000,00 por mês; IV - salário dos diretores: $ 12.000,00 por mês; V - força, luz, água e esgoto: $ 16.000,00 por mês. Sabendo-se que o preço de venda de cada unidade do produto JSC é $ 40,00 e considerando, somente, essas informações, e sem considerar, portanto, a legislação tributária, determine a quantidade de produtos JSC que a Cia. Industrial 501 S/A precisa fabricar e vender por mês para ter um lucro operacional mensal de $ 20.000,00. (a) Não adianta, sempre vai apurar prejuízo. (b) 1.234 unidades (valor arredondado) (c) 1.728 unidades (valor arredondado) (d) 1.900 unidades CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 32 (e) 2.000 unidades Resolução Para resolver esta questão é preciso conhecer o método de custeio por absorção (quando a questão não mencionar o método de custeio utilizado, deve-se utilizar o método de custeio por absorção). Vamos à resolução da questão. I – Cálculo do Custo dos Produtos Vendidos (CPV): Primeiramente, temos que calcular os custos indiretos de fabricação e, para isso, é necessário saber a diferença entre custos de fabricação e despesas: Custo: Corresponde ao gasto com bens ou serviços que serão utilizados na produção de outros bens ou serviços, ou seja, são gastos relacionados à atividade de produção. Método do Custeio por Absorção Estoque inicial de materiais diretos (+) Custo de Aquisição das compras de materiais diretos (-) Estoque final de materiais diretos (=) Materiais Diretos Consumidos (MD) (+) Mão-de-Obra Direta (MOD) (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) (=) Custo de Produção do Período (CPP) (+) Estoque inicial de produtos em elaboração (-) Estoque final de produtos em elaboração (=) Custo da Produção Acabada (+) Estoque inicial de produtos acabados (-) Estoque final de produtos acabados Custo dos Produtos Vendidos (CPV) CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 33 Exemplos: Salários e encargos sociais dos funcionários que trabalham na produção Matéria-prima utilizada no processo produtivo Combustíveis e lubrificantes utilizados nas máquinas da fábrica Aluguéis das instalações da fábrica Seguro das instalações da fábrica Seguros do maquinário utilizado na produção Depreciação dos equipamentos utilizados na produção Gastos com manutenção das máquinas utilizadas na produção Despesas: são gastos com bens ou serviços não utilizados nas atividades produtivas e consumidos com a finalidade de obtenção de receitas. Ou seja, as despesas são itens que reduzem o patrimônio e que possuem a característica de representar sacrifícios no processo de obtenção de receitas. Exemplos: Salários e encargos sociais do pessoal de vendas Salários e encargos sociais do pessoal da administração da indústria Energia elétrica consumida nas instalações da administração da indústria Gastos com combustíveis e refeições do pessoal de vendas Conta telefônica da administração e do pessoal de vendas Aluguéis e seguros das instalações da administração da indústria Voltando à questão, teríamos os seguintes custos indiretos de fabricação: Custo Indiretos de Fabricação (CIF) Aluguel do parque fabril 9.000 força, luz, água e esgoto (*) 16.000 25.000 (*) Como nada foi dito se a força, luz, água e esgoto era do parque fabril ou não, considera-se como um custo de produção. Logo, “Salários de Diretores” é uma despesa e vai direto para a DRE. A questão pede a quantidade a ser produzida e vendida no período (Q) para obter um lucro operacional de R$ 20.000,00. Como toda a quantidade produzida será vendida e não houve informação dos estoques iniciais de produtos em elaboração e de produtos acabados, podemos considerar que: CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 34 Estoque Inicial de Produtos em Elaboração = 0 Estoque Final de Produtos em Elaboração = 0 Estoque Inicial de Produtos Acabados = 0 Estoque Final de Produtos Acabados = 0 (=) Materiais Diretos Consumidos (MD) 7 x Q (+) Mão-de-Obra Direta (MOD) 3 x Q (+) Custos Indiretos de Fabricação (CIF) 25.000 (=) Custo de Produção do Período (CPP) 25.000 + 10 x Q (+) Estoque inicial de produtos em elaboração 0 (-) Estoque final de produtos em elaboração 0 (=) Custo da Produção Acabada 25.000 + 10 x Q (+) Estoque inicial de produtos acabados 0 (-) Estoque final de produtos acabados 0 Custo dos Produtos Vendidos (CPV) 25.000 + 10 x Q II – Cálculo da quantidade a ser produzida e vendida: Receita Bruta de Vendas = Preço de Vendas x Quantidade = 40 x Q Receita Bruta de Vendas 40 x Q (-) Deduções da Receita Bruta 0 Receita Líquida de Vendas 40 x Q (-) CPV (25.000 + 10 x Q) Lucro Bruto 30 x Q – 25.000 (-) Salários dos Diretores (12.000) Lucro Operacional 20.000 30 x Q – 37.000 = 20.000 ⇒ 30 x Q = 57.000 ⇒ Q = 1.900 unidades GABARITO: D 15. Com relação à classificação dos custos quanto ao volume (também chamada de classificação quanto à formação), analise as afirmativas a seguir: I. Quanto ao volume, os custos são classificados em direto e indireto. II. O custo fixo unitário varia inversamente ao volume produzido. III. O custo variável total varia proporcionalmente ao volume produzido. Assinale: (a) se somente a afirmativa I estiver correta. (b) se somente a afirmativa II estiver correta. (c) se somente a afirmativa III estiver correta. (d) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 35 (e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. Resolução Vamos analisar as alternativas: I. Quanto ao volume, os custos são classificados em direto e indireto. Os custos, em relação à apropriação aos produtos fabricados, podem ser divididos em custos diretos e custos indiretos. Os custos, em relação aos níveis de produção (volume), podem ser divididos em custos fixos, custos variáveis, custos semivariáveis e custos semifixos. A afirmativa é FALSA. II. O custo fixo unitário varia inversamente ao volume produzido. Custos fixos são aqueles cujos valores permanecem inalterados, independentemente do volume de produção da empresa. O custo fixo unitário é calculado dividindo-se os custos fixos pela quantidade produzida. Logo, o custo fixo unitário varia inversamente ao volume produzido, ou seja, quanto maior o volume produzido, menor o custo fixo unitário, e vice-versa. A afirmativa está CORRETA. III. O custo variável total varia proporcionalmente ao volume produzido. Os custos variáveis são aqueles cujos valores são alterados em função do volume de produção da empresa, ou seja, quanto maior o volume de produção, no período, maior será o custo variável (os custo variáveis variam direta e proporcionalmente com o volume). A afirmativa está CORRETA. GABARITO: E 16. Determinada empresa mercantil vendeu mercadorias a prazo (por $ 20.000,00) para um cliente muito especial, de forma que lhe concedeu 20 meses de prazo de pagamento, ou seja, a venda efetuada (30/11/2005) será cobrada numa única parcela, somente em 02/07/2007. Considerando que o departamento financeiro estima que a probabilidade de esse cliente não honrar sua dívida é de 10%, determine o valor e a classificação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) no Balanço Patrimonial apurado em 31/12/2005. CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 36 (a) Não se deve contabilizar a PCLD, porque não é mais dedutível do Imposto de Renda. (b) Não se deve contabilizar a PCLD, porque 10% não são relevantes. (c) Deve-se contabilizar a PCLD no valor de $ 2.000,00, como retificadora do Ativo Circulante. (d) Deve-se contabilizar a PCLD no valor de $ 2.000,00, sendo $ 1.200,00 como retificadora do Ativo Circulante e $ 800,00 como retificadora do Realizável a Longo Prazo. (e) Deve-se contabilizar a PCLD no valor de $ 2.000,00, como retificadora do Realizável a Longo Prazo. Resolução O conceito desta questão é o seguinte: Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa: é o valor provisionado ao final de cada exercício social para cobrir, no exercício seguinte, perdas decorrentes de não recebimento de direitos da empresa (Ex: Duplicatas a Receber, Clientes). O valor da provisão é obtido a partir da aplicação de um percentual (baseado em estudos realizados tendo por base as perdas ocorridas nos últimos exercícios) sobre os valores dos direitos existentes na época do Balanço Patrimonial. ATENÇÃO!!! A provisão para créditos de liquidação duvidosa não é dedutível para fins de apuração do lucro real (Regulamento do Imposto de Renda), mas isto não que dizer que a empresa não possa fazer a provisão. Esta era a “pegadinha” da questão. ATENÇÃO!!! De acordo com os dados da questão: Em 30/11/2005, a Empresa Mercantil vendeu mercadorias a prazo por R$ 20.000,00: o pagamento será efetuado em parcela única, no dia 02/07/2007 (após o término do exercício seguinte). Lançamento: Duplicatas a Receber (ANC Realizável a Longo Prazo) a Receita Bruta de Vendas 20.000Também haveria o lançamento referente ao custo das mercadorias vendidas (transcrito abaixo), mas não foram informados os valores e nem influencia no resultado da questão: Custo das Mercadorias Vendidas a Mercadorias (Ativo Circulante) CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 37 De acordo com o Departamento Financeiro da empresa, a probabilidade de esse cliente não honrar sua dívida é de 10%. Logo, haveria uma constituição da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (PCLD) no Balanço Patrimonial apurado em 31/12/2005. Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa = 10% x 20.000 = 2.000 Lançamento: Despesas com Provisão a PCLD (ANC Realizável a Longo Prazo – Retificadora) 2.000 GABARITO: E CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 38 17. A Cia. Industrial Máquina Velha tem um parque fabril composto por máquinas adquiridas em janeiro de 1998 por $ 100.000,00 (à vista), as quais são depreciadas pelo método da linha reta – cotas constantes (desde a data de aquisição), estimando-se o tempo de vida útil de 10 (dez) anos e valor residual nulo. Em 31/12/2005, a Cia. Industrial Máquina Velha resolveu reavaliar seu Ativo Imobilizado e identificou que tais máquinas valem $ 30.000,00. De acordo com a Lei 6.404/76 e com os critérios estabelecidos pela Deliberação CVM 183/95, determine o acréscimo líquido que a reavaliação gerou no Patrimônio Líquido da Cia. Industrial Máquina Velha, em 31/12/2005. (Considere que a Cia. Industrial Máquina Velha é contribuinte do IR à alíquota de 25% e ignore quaisquer outros tributos e informações.) (a) zero (b) $ 7.500,00 (c) $ 10.000,00 (d) $ 20.000,00 (e) $ 30.000,00 Resolução Primeiramente, vamos aos dados da questão (questões sobre reserva de reavaliação não devem ser mais cobradas, pois a reavaliação foi extinta pela Lei no 11.638/07): Cia. Industrial Máquina Velha Máquinas = 100.000 (adquiridas em janeiro de 1998) Depreciação pelo método da linha reta – cotas constantes (desde a data de aquisição) Vida útil = 10 (dez) anos Valor residual = 0 Em 31/12/2005: Reavaliação do Ativo Imobilizado Reavaliação das Máquinas = 30.000 De acordo com a Deliberação CVM 183/95: Impostos Incidentes sobre a Reserva de Reavaliação 34. A reavaliação positiva representa acréscimo de patrimônio líquido que será tributado futuramente pela realização dos ativos. Considerando-se esse ônus existente sobre a reavaliação, no momento de seu registro deve-se reconhecer a carga tributária (imposto de renda e contribuição social) devida sobre a futura realização dos ativos que a geraram. O lançamento contábil deve ser efetuado a débito de conta retificadora da reserva de reavaliação (que pode ser através de conta retificadora para controle fiscal) e a crédito de provisão para imposto de CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 39 renda no Exigível a Longo Prazo. Esta provisão será transferida para o Passivo Circulante à medida que os ativos forem sendo realizados. Os valores dos impostos e contribuições registrados no passivo devem ser atualizados monetariamente, em consonância com o disposto no item 38. As eventuais oscilações nas alíquotas dos impostos e contribuições devem ser reconhecidas, se aplicável, em contrapartida à correspondente conta retificadora da reserva de reavaliação. 35. Essa provisão para impostos incidentes sobre a Reserva de Reavaliação não deverá ser constituída para ativos que não se realizarão por depreciação, amortização ou exaustão e para os quais não haja qualquer perspectiva de realização por alienação ou baixa , como é o caso de terrenos . Nessa hipótese, o ônus fiscal somente será reconhecido contabilmente no futuro quando, por mudança de circunstâncias, ocorrer a alienação ou baixa. Retornando à questão: I – Cálculo do valor contábil da máquina em 31/12/2005: Taxa de Depreciação = 1/Vida útil = 1/10 anos = 10% ao ano Período = de janeiro/1998 a dezembro/2005 = 8 anos Depreciação Acumulada = Custo de Aquisição (*) x Período x Taxa (*) Como o valor residual é igual a zero, o cálculo da depreciação terá como base de cálculo o custo de aquisição do bem. Depreciação Acumulada = 100.000 x 8 x 10% = 80.000 Valor Contábil do Bem = Custo de Aquisição – Depreciação Acumulada Valor Contábil do Bem = 100.000 – 80.000 = 20.000 Lançamento: Depreciação Acumulada (ANC - Imobilizado – Retificadora) a Máquinas (ANC - Imobilizado) 80.000 II – Reavaliação: como as máquinas foram reavaliadas em R$ 30.000,00, haverá a constituição da Reserva de Reavaliação no valor de R$ 10.000,00, conforme cálculo abaixo: Reserva de Reavaliação = Valor da Reavaliação – Valor Contábil Reserva de Reavaliação = 30.000 – 20.000 = 10.000 Lançamento: CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 40 Máquinas (ANC - Imobilizado) a Reserva de Reavaliação (Patrimônio Líquido) 10.000 Além disso, a constituição da Provisão para o Imposto de Renda, conforme especificado na Deliberação CVM 183/95: Provisão para IR = 25% x Reserva de Reavaliação Provisão para IR = 25% x 10.000 = 2.500 Lançamento: Provisão para IR (Patrimônio Líquido – Retificadora) a Tributos Diferidos (PNC “LP”) 2.500 Logo, o acréscimo líquido do Patrimônio Líquido será de: Acréscimo Líquido = Reserva de Reavaliação – Provisão p/ IR Acréscimo Líquido = 10.000 – 2.500 = 7.500 GABARITO: B 18. De acordo com a Lei 6.404/76 e com os limites estabelecidos pela Deliberação CVM 183/95, analise as afirmativas a seguir: I. A reavaliação é permitida para todo e qualquer item do ativo permanente imobilizado. II. A reavaliação só é permitida para os itens tangíveis do ativo permanente imobilizado. III. A reavaliação corresponde à diferença entre o valor de realização e o valor contábil do bem ora reavaliado. Assinale: (a) se somente a alternativa I estiver correta. (b) se somente a alternativa II estiver correta. (c) se somente a alternativa III estiver correta. (d) se somente as alternativas I e III estiverem corretas. (e) se somente as alternativas II e III estiverem corretas. Resolução Questões sobre reserva de reavaliação não devem ser mais cobradas, pois a reavaliação foi extinta pela Lei no 11.638/07. Vamos analisar as alternativas de acordo com a Lei no 6.404/76 e com os limites estabelecidos pela Deliberação CVM 183/95: CURSO ON-LINE – CONTABILIDADE GERAL DE ANÁLISE E CUSTOS COM ATUALIZAÇÕES DA LEI No 11.638/07 E DA MP No 449/08 EM EXECÍCIOS P/ICMS-RJ PROFESSOR: MORAES JÚNIOR www.pontodosconcursos.com.br 41 I. A reavaliação é permitida para todo e qualquer item do ativo permanente imobilizado. De acordo com o art. 182, § 3°, da Lei no 6.404/76, serão classificadas como reservas de reavaliação as contrapartidas de aumentos de valor atribuídos a elementos do ativo em virtude de novas avaliações com base em laudo aprovado pela assembléia-geral. Ou seja, a lei só fala em elementos do ativo, dando a entender que qualquer elemento do ativo poderia ser avaliado. Além disso, de acordo com a Deliberação CVM no 183/95: “13. A Lei no 6.404/76
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