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Transtorno Dissociativo e Conversivo

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Transtorno Dissociativo Conversivo
 
 
 
 
 
Introdução
Os transtornos dissociativos conversivos correspondem a quadros clínicos em que existe uma perda parcial ou completa nas funções habitualmente integradas de memória, consciência, identidade, e nas sensações e controle dos movimentos corporais. 
Esses transtornos correspondem aos quadros tradicionalmente chamados de histéricos, portanto, podem ser vistos como uma nova leitura de um texto dos mais antigos (a histeria). 
Conceitos básicos
Dissociação: separação entre os elementos de uma unidade; neste caso, perda da unidade psíquica, na qual a consciência (entendida como o todo momentâneo da vida psíquica e que inclui memória e identidade) se altera temporariamente. 
Conversão: transposição de um conflito psíquico (numa tentativa de resolução) em sintomas somáticos, presentes basicamente nos sistemas neuromuscular voluntário (paralisias) ou sensório-perceptivo (anestesia). 
Quadros Clínicos
Quadros basicamente dissociativos
Amnésia dissociativa: Caracteriza-se por uma perda de memória, que abrange frequentemente acontecimentos recentes, física ou emocionalmente traumáticos (ex., mortes, acidentes). Tem início súbito e duração de algumas hora a poucos dias. Adultos jovens são mais acometidos.
Fuga dissociativa: Caracterizada pelos fatos descritos no quadro anterior, aos quais se soma uma viagem despropositada para longe dos locais habituais, com a adoção de uma nova identidade. Geralmente com duração de alguns dias, pode eventualmente se manter por períodos prolongados. Parece ser um transtorno raro e mais frequente em homens.
Estupor dissociativo: Consiste no estado de dimunuição extrema ou mesmo ausência de movimentos voluntários e de responsividade a estímulos externos (sons, luzes, etc.). O paciente permanece deitado ou sentado, não fala, nem se movimenta, entretanto percebe-se que ele não está dormindo ou inconsciente. 
Transtornos de transe e possessão: Quadros em que há uma perda temporária da identidade´pessoal e da noção do ambiente onde se está, podendo também ocorrer de o paciente agir como se estivesse tomado por outra personalidade ou espírito. Pode haver uma repetição de movimentos e sons.
Transtorno de personalidade múltipla. Caracteriza-se pela existência aparente de duas ou mais personalidades distintas dentro de um mesmo indivíduo, com alternância entre elas. Cada personalidade tem características distintas (nome, idade, história, traços físicos e psicológicos), podendo haver uma personalidade dominante. 
Quadros basicamente conversivos
Transtornos motores dissociativos: Caracterizam-se pela perda da capacidade de mover completa ou parcialmente um ou mais membros do corpo, sem evidência de transtorno físico que a justifique. 
Convulsões dissociativas: Apresentam-se como imitações de crises epilépticas (pseudoconvulções), geralmente sem alguns dos fenômenos comuns na epilepsia, como incontinência urinária, mordedura da língua e escoriações devidas à queda. 
Anestesia e perda sensorial dissociativas: Áreas anestésicas configuram uma espécie de imaginação funcional que exclui as percepções táteis, dolorosas e térmicas de segmentos corporais, não obedecendo às leis de inervação das vias da sensibilidade. 
Quadros mistos
Transtornos dissociativos (ou conversivos) mistos: Elementos dos diferentes quadros já descritos se misturam, tanto dentro de um mesmo grupo (por exemplo, diversos quadros basicamente conversivos), como entre quadros pertencentes aos dois grupos (dissociativo e conversivo).
Diagnóstico
O diagnóstico dos transtornos dissociativos (ou conversivos) é feito pela identificação dos quadros clínicos já expostos (sintomatologia dissociativa e/ou conversiva). A isso se juntam as características de personalidade que, se não estão presentes em todos os pacientes, exercem papel fundamental em muitos, configurando o "cenário completo" da histeria.
A avaliação, portanto, deve incluir exames físicos e neurológicos, complementados por exames subsidiários quando sugeridos a partir dessas avaliações. 
Tratamento
A abordagem terapêutica dos transtornos dissociativos (ou conversivos) depende de uma avaliação global de cada situação clínica.
Psicoterapia: Nos quadros dissociativos (ou conversivos) mais severos, com pacientes disponíveis e com capacidade de "insight", as modalidades reconstrutivas de psicoterapia, como a psicanálise, devem ser indicadas. 
Psicofármacos: São utilizados sintomaticamente. São comuns quadros depressivos associados, quando então tornam-se úteis os antidepressivos, usados de acordo com os princípios gerais da terapia antidepressiva: não há indicação de um antidepressivo em particular, as características de cada caso devem orientar a conduta. 
A ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA SAÚDE MENTAL. 
Os problemas do indivíduo e sua família com distúrbios mentais atingem também a comunidade,e não devem ser considerados casos isolados. Sendo assim a enfermagem em saúde mental adquire uma nova dimensão,que é família, comunidade e meio ambiente, o qual o indivíduo em sofrimento convive. O movimento de saúde mental comunitário mudou o tratamento psiquiátrico e a prestação de assistência à saúde mental de ambientes de internações prolongadas, como hospitais psiquiátricos, para os de serviços substitutivos , como os CAPS.
A finalidade principal desta assistência é promover, na medida do possível, a recuperação do paciente como ser humano,de maneira que ele possa conviver na sociedade.
Referências
Psiquiatria : transtornos dissociativos e conversivos.
Dr. José Atilio Bombana
Fontes de Imagens: Google

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