Buscar

Aula 1 – Introdução à Análise das Demonstrações Financeiras

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

Aula 1 – Introdução à Análise das Demonstrações Financeiras
Prof. Dr. Alexsandre Lira Cavalcante
1
Objetivo da Aula: Introduzir o aluno no estudo das principais características da Análise das Demonstrações Financeiras.
2
1. Objetivo da Administração Financeira
O objetivo da Administração Financeira é maximizar o patrimônio dos acionistas.
3
2. Função do Administrador Financeiro
A função do Administrador Financeiro é orientar as decisões de investimentos e financiamentos a serem tomadas pelos dirigentes da empresa.
4
3. Papel do Contador
O papel do Contador é fornecer as demonstrações financeiras para os acionistas, administradores financeiros e dirigentes, que são, em geral, os grandes tomadores de decisão dentro da empresa.
5
4. Conceito de Análise das 
Demonstrações Financeiras
Técnica contábil que é uma ferramenta poderosa à disposição das pessoas físicas e jurídicas relacionadas à empresa, como acionistas, dirigentes, bancos, fornecedores, clientes e outros interessados nas informações geradas na empresa. 
Começa onde termina o trabalho do contador. 
Enquadra-se na área da Contabilidade e Finanças. (MATARAZZO, 2010).
6
5. Objetivos da Análise das 
Demonstrações Financeiras
A Análise das Demonstrações Financeiras (ou Análise de Balanços) objetiva extrair informações das várias Demonstrações Financeiras para a tomada de decisões. (MATARAZZO, 2010). 
Sabemos que as demonstrações financeiras fornecem uma série de dados sobre a empresa, de acordo com regras contábeis pré-estabelecidas. A Análise de Balanços transforma esses dados em informações.
Sendo assim, a Análise Financeira de Balanços permite realizar avaliações acerca do patrimônio da empresa e das decisões que foram tomadas, tanto em relação ao passado, retratado nas demonstrações financeiras, como em relação ao futuro, espelhado no orçamento financeiro.
7
6. Diferença entre Dados e Informações
É importante a distinção entre dados e informações: (MATARAZZO, 2010).
Dados são números ou descrição de objetos ou eventos que, isoladamente, não provocam nenhuma reação no leitor.
Informações: representam, para quem as recebe, uma comunicação que pode produzir reações ou uma decisão, frequentemente acompanhada de um efeito-surpresa.
8
Exemplo 1:
Quando se diz que o Brasil tem uma população de X milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de Y trilhões de reais, tem-se dois dados. Porém, quando se divide, o Produto Interno Bruto pela população encontra-se o PIB per capita que também é um dado. Todavia, quando se constrói uma série histórica desse PIB per capita (time series) e quando se compara esse PIB per capita com a de outros países (cross section) pode-se chegar à conclusão de que o Brasil é um país pobre, mas que vem ganhando posição em relação a outros países. Aí se tem uma informação!!!
9
Exemplo 2:
As demonstrações financeiras mostram que a empresa tem $ Y milhares de dívida. Isto é um dado. A conclusão de que a dívida é excessiva ou é normal, de que a empresa pode ou não pagá-la é informação.
Resumindo: O objetivo da Análise de Balanços é produzir informações.
10
7. Quantidade Excessiva de Dados
As demonstrações financeiras publicadas de uma empresa podem apresentar centenas de números, isto é, dados. Vejamos; em média temos aproximadamente 40 contas em um Balanço Patrimonial, 20 na Demonstração de Resultado do Exercício, 20 na Demonstração de Fluxos de Caixa e 20 na Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido perfazendo um total de 100 valores. 
Nas companhias abertas, passa-se para 200 ou 300 valores publicados em vista da comparação com os exercícios anteriores. As Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras acrescentam um número incontável de dados àqueles dos balanços. Excesso de valores para quem muitas vezes deseja apenas saber se a empresa pode ou não pode receber crédito!!!
Daí a importância de transformar-se, 300 ou mais dados em informação !!!
11
8. Sequência do Processo de Análise
Fatos ou eventos econômicos-financeiros
Processo 
Contábil
 
Demonstrações Financeiras = Dados
 
Técnicas de Análise de Balanços
Informações financeiras para a tomada de decisões
 
12
9. Diferença entre Contador e Analista de Balanços
Para um contador a preocupação básica são os registros das operações. Na aquisição de uma máquina, por exemplo, quais são os custos que comporão o custo de aquisição, a taxa de depreciação, qual será sua classificação correta no balanço e sua atualização monetária? O contador procura captar, organizar e apresentar dados. Sua matéria-prima são fatos de significado econômico-financeiro expressos em moeda local. Seu produto final são as demonstrações financeiras.
13
9. Diferença entre Contador e Analista de Balanços
Contador:
Preocupação básica: registros das operações. 
Papel do contador: procura captar, organizar e apresentar dados. 
Matéria prima: fatos de significado econômico-financeiro expressos em moeda local. 
Produto final: demonstrações financeiras.
14
9. Diferença entre Contador e 
Analista de Balanços
O analista de balanços preocupa-se com as demonstrações financeiras que, por sua vez, precisam ser transformadas em informações que permitam concluir se a empresa merece ou não crédito, se vem sendo bem ou mal administrada, se tem ou não condições de pagar suas dívidas, se é ou não lucrativa, se vem evoluindo ou regredindo, se é eficiente ou ineficiente.
15
9. Diferença entre Contador e 
Analista de Balanços
Analista de balanços:
Preocupação básica: preocupa-se com as demonstrações financeiras
Papel do analista: transformar os dados contidos nas demonstrações financeiras em informações 
Matéria prima: as demonstrações financeiras.
Produto final: relatório de análise.
16
10. Produto da Análise de Balanços
O produto da Análise de Balanços são relatórios escritos em linguagem corrente. 
Na medida do possível, recomenda-se uso de gráficos como auxiliares para simplificar as conclusões mais complexas.
17
11. Linguagem Descomplicada
Ao contrário das demonstrações financeiras, os relatórios de análise devem ser elaborados como se fossem dirigidos a leigos, ainda que não o sejam. 
Sua linguagem deve ser inteligível por qualquer mediano dirigente de empresa, gerente de banco ou gerente de crédito. 
A Análise de Balanços deve assumir o papel de tradução dos elementos contidos nas demonstrações financeiras.
18
12. Informações Produzidas pela 
Análise de Balanços
Situação Financeira; 
Situação Econômica; 
Desempenho; 
Eficiência na utilização dos recursos; 
Pontos fortes e fracos; 
Tendências e perspectivas; 
Quadro evolutivo; 
Adequação das fontes às aplicações de recursos; 
Causas das alterações na situação financeira; 
Causas das alterações na rentabilidade; 
Evidências de erros da administração; 
Providências que deveriam ser tomadas e não foram;
Avaliação de alternativas econômico-financeira futuras.
19
13. Exemplo de Relatório
O grau de endividamento da empresa encontra-se em nível razoável em relação ao ramo de atividade; entretanto, vem crescendo de maneira indesejável, pois há dois anos podia ser considerado bom. A composição do endividamento mostra um perfil de dívida insatisfatório devido à excessiva participação das obrigações de curto prazo. Já a liquidez da empresa pode ser considerada boa. (MATARAZZO, 2010).
20
14. Metodologia de Análise
A Análise de Balanços baseia-se no raciocínio científico. Na maioria das ciências, o processo de tomada de decisões obedece mais ou menos a mesma sequencia:
Extraem-se índices das demonstrações financeiras;
Comparam-se esses índices com os padrões, desenvolvidos e aprimorados, apoiando-se na estatística;
Ponderam-se conjuntamente as diferentes informações e chega-se a um diagnóstico ou conclusões, mental ou formalmente;
Tomam-se decisões (A etapa de decisão nem sempre estará imediatamente presente, pois poderá ser tomada por outra pessoa).
Observações Importantes: As etapas 1, 2 e 3 devem ser feitas sempre em sequência e estar perfeitamente
coordenadas. Cada etapa se vale de técnicas próprias.
21
Referências
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BRASIL. Lei n°. 6.404 de 15 de dezembro de 1976. Dispõe sobre as sociedades por ações. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/Leis/L6404consol.htm>. Acesso em: 20 mar. 2008.
BRASIL. Lei n°. 11.638 de 28 de dezembro de 2007.  Altera e revoga dispositivos da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei nº 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas à elaboração e divulgação de demonstrações financeiras. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11638.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016.
BRASIL. Lei n°. 11.941 de 27 de maio de 2009. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/lei/l11941.htm >. Acesso em: 14 ago. 2016.
MARION, José Carlos. Análise das demonstrações contábeis: contabilidade empresarial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
MATARAZO, Dante Carmine. Análise Financeira de Balanços: abordagem básica e gerencial. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2010.
RIBEIRO, Osni Moura. Estrutura e análise de balanços fácil. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2009.
ROSS, Stephen A., WESTERFIELD, Randolph W., JORDAN, Bradford D. Princípios de Administração Financeira. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2000.
22
Obrigado...
23

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando