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Atividade Estruturada 8

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Atividade Estruturada- Testamento Vital aula 8
1-Podem as formas testamentárias versar sobre direitos não patrimoniais?
Muito embora os artigos 1.857 e 1.858 digam que o testamento é ato pelo qual alguém dispõe da totalidade dos seus bens, ou parte deles, para depois de sua morte. Apesar dos dois artigos limitarem os patrimônios, o parágrafo segundo do artigo 1.857 trás uma modalidade não patrimonial deixando claro que as cláusulas não patrimoniais são validas. Poderá o testador reconhecer filhos havidos fora do casamento (artigo 1.729, parágrafo único), reabilitar filho indigno (artigo 1.818), instituir fundação (artigo 62), imposição de clausulas restritivas se houver justa causa (artigo 1.848).
2- Joana, ao negar o tratamento médico, está dispondo sobre um direito de personalidade. Pergunta-se: o que são direitos de personalidade; quais são as suas principais características?
Os direitos de personalidade são os direitos subjetivos que cada ser humano. Esta elencado na CF\88 no artigo 5º, X. São eles: A intimidade, a vida privada, a honra e as imagens das pessoas. E possuem características peculiares, são elas: A) são absolutos, isto é, são oponíveis contra todos, erga omnes, impondo a coletividade o dever de respeita-los; B)generalidade, os direitos da personalidade são outorgados a todas as pessoas, pelos simples fato d existirem; C)extra patrimonialidade, os direitos da personalidade não possuem conteúdo patrimonial direto, aferível objetivamente; D)indisponibilidade, nem por vontade própria do individuo o direito da personalidade pode mudar de titular; E)imprescritibilidade, inexiste um prazo para seu exercício, não se extinguindo pelo seu não uso; F)Impenhorabilidade, os direitos da personalidade não são passiveis de penhora; G)Vitaliciedade, os direitos da personalidade são inatos e permanentes, acompanhando a pessoa desde seu nascimento ate sua morte.
3- O direito à vida, sem dúvida é direito fundamental, assim como o direito à saúde. Trata-se o direito à vida de direito absoluto? Justifique a sua resposta, destacando se Juliana poderia dele dispor em testamento.
Muito embora a vida seja um direito fundamental, a própria CF, ao autorizar a pena de morte, em caráter excepcional, em seu artigo 5º, XLVII, “a” e o Código Penal, o qual admite, entre outras hipóteses, o homicídio em estado de necessidade, artigo 24, ou em legitima defesa, artigo 25, ou a realização de diversas de determinadas formas de aborto, artigo 128, I e II. Por admitir tais hipóteses, a vida não se caracteriza como direito absoluto,
4- O que é testamento vital ou biológico ou ‘living will’?
O testamento vital consiste num documento, devidamente assinado, em que o interessado juridicamente capaz declara quais tipos de tratamentos médicos aceitam ou rejeitam, o que deve ser obedecido nos casos futuros em que se encontre em situação que o impossibilite de manifestar sua vontade, como, por exemplo, o coma. Ao contrário dos testamento em geral, que são atos jurídicos destinados a produção de efeitos post mortem, os testamentos vitais são dirigidos á eficácia jurídica antes da morte do interessado.
5- O testamento vital é testamento ou poderia ser aceito como tal? Explique sua resposta.
Brasil tal modalidade é aceita como testamento, mais para isso é necessário que preencha os requisito formais e desde que seja feito por pessoa absolutamente capa (embora os testamentos contemplados pelo Código Civil possam ser realizados pelos maiores de 16 anos, consoante estipula o seu art. 1.860, parágrafo único) sendo também fundamental averiguar se o consentimento é prestado de forma livre e espontânea, isto é, isento de erro, dolo ou coação. 
Ultrapassada a análise dos requisitos de validade, subsistirá a discussão quanto ao conteúdo do documento. Afinal, não estão assentadas as discussões a respeito da possibilidade de recusa a tratamento médico necessário para preservar a vida do paciente, ou quanto à legitimidade da supressão da vida humana pela eutanásia, nem mesmo nos casos de ortotanásia (ou eutanásia passiva), em que ocorre a interrupção de tratamento vital, deixando-se de ministrar a medicação adequada ao paciente em estado terminal e irreversível. Por isso, ainda que se reconheça a possibilidade da elaboração de um testamento vital, embora sem previsão legal, poderia surgir outro empecilho à validade do ato: como os arts. 104, II e 166, II do Código Civil exigem que todo ato jurídico depende da licitude do objeto, poderá ser questionada a subsistência do testamento vital, sobretudo por aqueles que entendem que a vida, bem maior de todos, deve sempre ser preservada a qualquer custo, ainda que contra a vontade do próprio paciente.
Aqui, no entanto, devemos apontar que admitimos ser direito do paciente optar pela submissão ou não a qualquer tipo de intervenção médica. Além disso, nos manifestamos a favor da morte digna e da possibilidade de haver a interrupção de tratamentos que apenas prolonguem a vida do paciente que já se encontre em estágio irreversível. Portanto, compete estabelecer as balizas do entendimento que adotamos: de plano, proclamamos à partida que a vida, além de não ser disponível, prevalece sobre todos os demais direitos, por ser aquela o alicerce destes. Por isso, em situações em que se coloca em causa o direito à vida, numa eventual colisão com outros bens ou valores, pode-se defender que, em princípio, a primazia recai sobre o primeiro.
ALUNOS:
Iuri Vicente Sampaio Pinheiro – 20141026321
Roberto Renato Soares Marques Junior – 201402248881
Allan Albino Campos - 201402051735
Rafael da Costa Vall Lloveras - 201401226701

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