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Resenha de COLAPSO

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS - UNIMONTES
LABORATÓRIO DE ECOLOGIA VEGETAL
Érica Vanessa Durães de Freitas
RESENHA: COLAPSO
Montes Claros 
2017
O COLAPSO
“Como as sociedades escolhem os fracassos ou o sucesso”
Autor: Jered Diamond 
O livro traz em seu prologo um paralelo entre duas fazendas de laticínios americanas, a fazenda Hulls e a Fazenda Gardar, separadas por um longo território, e pelo tempo, em sua comparação ele traz a discussão sobre o colapso, nas sociedades, compara as duas fazendas, cita que ambas estão mal localizadas para produção de laticínios, e dá explica a situação das duas fazendas atualmente, a fazenda Hulls está em Expansão, localizada em Montana - EUA, porém a fazenda Gardar se apresenta apenas em suas “ruinas” ainda bem conservadas na Groenlândia Nórdica, após mais de 500 anos de abandono e morte de habitantes por guerras civis e militares, ele usa a comparação das duas fazendas para mostrar que até mesmo as sociedades mais ricas e tecnologicamente mais avançadas de hoje em dia enfrentam problemas ambientais e econômicos crescentes que não devem ser subestimados, levantando grandes questões como: será que nossa próspera sociedade acabará tendo o mesmo destino? 
Nesse contexto o autor define o colapso como uma drástica redução da população e/ou complexidade política, econômica e social, numa área considerável, durante um longo tempo. Salientando que há uma grande suspeita que a maior parte desses misteriosos colapsos tenha sido provocada por problemas ecológicos, causados pelas pessoas. Sendo esses eventos chamados de suicídio ecológico não intencional ecocídio - que vem sendo confirmada por descobertas em décadas recentes feitas por arqueólogos, climatologistas, historiadores, paleontólogos e palinologistas. 
Os processos que levaram ao colapso de algumas as sociedades do passado e danificaram o meio ambiente, dividem-se em oito categorias: desmatamento e destruição do hábitat, problemas com o solo (erosão, salinização e perda de fertilidade), problemas com o controle da água, sobrecaça, sobrepesca, efeitos da introdução de outras espécies sobre as espécies nativas e aumento per capita do impacto do crescimento demográfico. Esses colapsos do passado tendem a seguir cursos similares, de modo que o crescimento populacional leva a expansão da agricultura e irrigação dentre outras práticas que, se não sustentáveis levaram a um ou mais dos oito tipos de dano ambiental listados anteriormente, resultando em terras marginais de cultivo novamente abandonadas. 
Para a sociedade, as conseqüências incluem escassez de comida, fome, guerras onde muita gente luta por poucos recursos, e derrubada de elites governantes pelas massas desiludidas, posteriormente a redução da população por diversos fatores como, fome, guerra, entre outros, além da destruição da organização política e econômica. Nos piores casos de colapso total, todos os membros de uma sociedade emigram ou morrem. Porém, o colapso não é invariável para todas as sociedades do passado: diferentes sociedades ruíram em diferentes graus e de modos diferentes, enquanto outras sociedades simplesmente não entraram em colapso. 
Nesse sentido o livro apresenta uma série de questionamentos como: que torna certas sociedades especialmente vulneráveis? Quais foram os processos pelos quais as sociedades do passado cometeram ecocídio? Por que algumas sociedades do passado não conseguiram ver os erros que estavam cometendo, e que deviam ser óbvios? Que soluções foram bem-sucedidas no passado? ... e diz que se formos capazes de responder a tais perguntas, talvez possamos identificar quais sociedades estão correndo mais risco atualmente, e que medidas poderiam ser tomadas para ajudá-las, pois na verdade as sociedades não estão fadadas ao colapso devido a dano ambiental, e sim por um conjunto de fatores, nos quais são apresentados quatro desses fatores - dano ambiental, mudança climática, vizinhança hostil e parceiros comerciais amistosos - podem ou não se mostrar significativos para uma sociedade em particular.
Ainda em seu Prologo o livro traz uma série de fatos e questionamentos relacionados aos danos ambientais e a infuencia para o homem (e influência do homem) podem levar ao colapso, nisso o autor apresenta sua formação como biólogo e seu trabalho com aves, e sua relação com grandes empresas, De modo a obter um ponto de vista intermediário, já que acredita que se os ambientalistas não se envolverem com as grandes empresas, que estão entre as forças mais poderosas do mundo moderno, não será possível resolver os problemas ambientais mundiais. O Prologo ainda traz uma introdução sobre os outros capítulos do livro que está dividido em 3 partes.
O capitulo 1, de Colapso, traz uma bela e riquíssima apresentação dos problemas ambientais e ecológicos de Montana, contada na visão de vida dos moradores tradicionais de montana, e dos novos moradores que são atraídos por Montana por sua singular beleza, Richard traz também em seu livro sua experiência de vida, e amizade com seus vizinhos citando sempre a questão social, política e econômica do local.
Há várias experiências de vida e de relatos, e de inúmeras atividades econômicas e de exploração ambiental que já cobram seus efeitos colaterais a sociedade de Montana, que é considerada como um dos locais preservados nos Estados Unidos, podemos ver inúmeros problemas causados pela mineração e ainda ameaças, vindas de minerações antigas já desativadas, o avanço imobiliário do local que cada vez mais subdivide os terrenos em terrenos menores, a questão climática que é inapropriada para a produção alimentícia no local devido ao clima frio e seco, a falta de oportunidades e de empregos para os cidadãos tradicionais, além de pequenos desconfortos sobre a exploração e/ou proteção florestal, e até mesmo em relação ao aquecimento global que já afeta as irrigações de montana.
Dentre os relatos um dos proprietários de uma fazenda de laticínios explica de uma forma sucinta os problemas em que vivem.O fazendeiro Tim Hulls fala que "A economia de uma fazenda é difícil porque o maior valor que se pode tirar da terra aqui em Bitterroot é vendendo-a para a construção de casas e loteamentos. Os fazendeiros de nossa região são obrigados a decidir: devemos continuar com as nossas fazendas ou vender a terra para moradia e retiro? Não existe nenhum produto legal que possamos plantar que nos permita competir com o valor imobiliário de nossa terra, de modo que não podemos comprar mais terra. Em vez disso, o que determina a nossa sobrevivência é sermos o mais eficiente possível nos 300 hectares que já temos ou arrendamos. Nossos custos, assim como o custo das caminhonetes, aumentaram, mas ainda recebemos por um galão de leite o mesmo que recebíamos há 20 anos. Como lucrar com uma margem de lucro ainda mais estreita? Temos de adotar novas tecnologias, o que exige capital, e temos de continuar nos educando, para aplicar esta tecnologia às nossas circunstâncias. Precisamos abandonar os velhos métodos, portanto, o relato explica uma preocupação geral dos moradores tradicionais de montana, em relação a sua subsistência no local em meio as dificuldades constantes.
O livro mostra que mesmo sendo aparentemente equilibrada ambientalmente montana já sofre não só dos 5, mais sim dos 12 problemas ambientais discutidos no texto. E ainda pondera em relação a toda a nação dos Estados unidos, de modo a explicar o porquê de falar de Montana e inicialmente como objeto deste primeiro capítulo de um livro sobre colapsos sociais, já que nem Montana, nem os EUA em geral, correm risco iminente de colapso e finalmente mostra, utilizando Montana como exemplo a importância de refletir a questão econômica que reflete na questão ambiental e vice-versa.

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