Buscar

Dharavi, A Urbanização da Maior Favela da Ásia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

�
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Fichamento de Estudo de Caso
Emerson Frank Martoni
Trabalho da Disciplina Poder Local e Sociedade,
 Tutor: Prof.ª Carla Rabelo Barrigio
São Paulo 
2017
FICHAMENTO
TÍTULO: Poder Local e Sociedade
CASO: Dharavi: A Urbanização da Maior Favela da Ásia
REFERÊNCIA: IYER, Lakshmi; MACOMBER, John. Dharavi: A Urbanização da Maior Favela da Ásia. Harvard Business School, 711 – P04, 2011.
TEXTO: O texto da economista Lakshmi Iyer e do professor de Finanças John Macomber, relata as tentativas do Estado de Maharashtra, na Índia, de urbanizar Dharavi, considerada, à época do texto, a maior favela da Ásia.
 Uma comunidade habitada por um milhão de pessoas, com uma densidade populacional que chega a 18.000 em um único acre de terra, de intensa atividade comercial e cultural, marcada por diversos contrastes e condições sub-humanas de habitabilidade, Dharavi está localizada numa região estratégica de Mumbai, maior cidade da Índia, uma das maiores do mundo e a capital financeira do país. 
 Tal localização e potencial despertou no Governo e na iniciativa privada o desejo de transformar Dharavi numa região que contribua para o crescimento econômico da Mumbai, engrossando o processo de enfrentamento econômico que a Índia tem feito à China. Diante disto, é possível afirmar que a especulação imobiliária e a pressão do capital financeiro têm feito o Estado elaborar seguidas propostas de urbanização, higienizadoras e gentrificadoras, travestidas de estratégia de promoção de bem-estar à população local.
 Mukesh Mehta, arquiteto responsável pela proposta de urbanização que concederia o terreno à iniciativa privada desde que essa relocasse a população local em apartamentos de 28m² em arranha-céus que viriam a ser construídas numa pequena região da atual Dharavi, é filho de um empresário do ramo do aço e estudou arquitetura no Instituto Pratt no Brooklyn, Nova Iorque.
 Atualmente Mehta é um dos maiores entusiastas da ideia de que a Índia torne-se uma potência mundial, onde Mumbai superaria economicamente a rival chinesa Shangai, o que exige a construção de um novo estrato social no país, razão pela qual ele acredita que as favelas, depósitos humanos onde ninguém paga impostos, devem ser extintas. Para ele se a Índia se transformar numa sociedade consumidora ideal, ela precisa desenvolver uma classe média verdadeira, cujo motor é a habitação.
 Para as empreiteiras, as principais preocupações são o custo de construção, custo de capital, e as receitas da venda de unidades, a análise deve considerar vários aspectos de risco, incluindo o risco político, risco cambial, risco de mercado e risco de execução. Para a população, no entanto, a discussão abrange aspectos sociais, a dinâmica local, inclusive econômica - o local é forte produtor de couro - além dos vínculos e laços estabelecidos.
O modelo de parceria público-privada para urbanização de favelas traz à tona questões latentes no modelo de urbanização das cidades ao redor do mundo, que em geral atendem mais aos interesses do capital que aos dos moradores, exigindo estratégias de resistência e de garantia de participação local na formulação de políticas.
No caso de Dharavi, boa parte das propostas consistia em destinar uma pequena parte da área atual a moradias populares de 28m² amontoadas em arranha céus e destinar a área restante a moradias de alto padrão e zonas comerciais.
Comumente estes processos são marcados por falta de diálogo e transparência, desrespeito à história local, homogeneização das pessoas, e, sobretudo, atendimento a interesses privados em detrimento dos coletivos, prática absolutamente reprovável em qualquer regime democrático, mas que acontece diariamente em diversas cidades do mundo. Felizmente, na mesma proporção têm eclodido movimentos de resistência aos abusos do poder econômico no cotidiano das nossas cidades, dando origem ao que passamos recentemente a denominar de Direitos Urbanos.
LOCAL: Biblioteca da Universidade
�

Outros materiais