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CENTRO UNIVERCITÁRIO ESTACIO 
DE SÃO PAULO
ANDERSON SALOMONI MONTEIROS
 ANTONIA BATISTA LIMA 
 CINTIA DA SILVA PRATES
 ESTER OLIVEIRA
 JOCELINDA OLIVEIRA LUCAS
 RADIJA APARECIDA JESUS DE MATOS 
A FESTA DO DIVINO
ESPIRITO SANTO
PROF.ª ORIENTADOR: VACELON SOARES DE ALENCAR.
SÃO PAULO
2017
CENTRO UNIVERCITÁRIO ESTACIO
DE SÃO PAULO
ANDERSON SALOMONI MONTEIROS
 ANTONIA BATISTA LIMA 
 CINTIA DA SILVA PRATES
 ESTER OLIVEIRA
 JOCELINDA OLIVEIRA LUCAS
 RADIJA APARECIDA JESUS DE MATOS 
	
	Atividade Estruturada apresentada à disciplina: Cultura Brasileira. Curso Pedagogia Centro Universitário Estácio de São Paulo, sob a orientação da Prof.ª. Vacelon Oliveira de Alencar. 
SÃO PAULO 2017
 
A festa do divino 
Sua origem 
O surgimento da Festa do Divino Espirito Santo se inicia em Portugal no século XIV, ela acontece cinquenta dias após a Pascoa, no dia de pentecoste. Dia em que a terceira pessoa da Santíssima Trindade desceu sobre os apóstolos de Cristo em forma de língua de fogo, como descreve a Bíblia no “Novo Testamento”. Com o intuito de promover a união entre pai e filho, a Rainha D. Isabel de Aragão faz uma promessa para o Divino Espirito Santo. Caso seu pedido fosse atendido ela faria uma peregrinação por todo o mundo, levando uma replica de sua coroa, pedindo donativos para ajudar os necessitados. Esta tradição se estendeu por Portugal em conventos franciscanos, com grandes banquetes destinados aos pobres como forma de esmola. Este evento ainda existente nos dias atuais, em algumas cidades portuguesas. Com a colonização de Portugal em terras brasileiras veio sua cultura e costumes, com os açorianos veio a Festa do Divino Espirito Santo que foi ganhando forças. Podemos afirmar que a maior herança Portuguesa que temos é a religiosidade.
A Festa do Divino Brasileira
A Festa do Divino como popularmente é conhecida no Brasil, foi se espalhando por todo o nosso território brasileiro, mas principalmente em nossos litorais, do Maranhão até ao sul do país. Alguns pontos desse evento se preservaram, mas com tantas misturas culturais e a nossa miscigenação foram inevitáveis algumas mudanças. A festa do divino no Brasil é uma das maiores festas religiosas, que arrasta multidões movidas pela Fé e esperança. É uma festa com muito luxo, roupas de cetim e veludo e grandes banquetes, são um dos pontos fortes do evento. A coroação do imperador (ou da imperatriz) é o momento mais esperado da festa. Cada região tem uma característica diferente na sua comemoração, porem a Pomba Branca é o símbolo universal do Espirito Santo, em destaque na bandeira. Os folclores presente são variáveis, temos as grandes cavalgadas, Moçambique e as congas. Também temos as danças como o cururu, o jongo e o fandango. Temos também as batalhas, as peças de teatros, os mascarados, a alvorada. As caixeiras e suas ladainhas são quase que sagradas. 
Esta influência religiosa foi tão forte em nossa cultura que podemos encontrar sua presença nas tribos indígena Kiripuna no Amapá. Sua festividade ocorre durante nove dias com as mesmas simbologias do culto do Divino, bandeira, a Coroa, a novena e o recolhimento de esmolas também compõe esta festa. 
Suas principais características
 
A festa do Divino começa ter seu planejamento meses antes de seu acontecimento, para que houvesse uma organização foi criada a Irmandade que era composta apenas por homens, durante muito tempo foi assim. Mas esta proibição foi quebrada tanto aqui, quanto em Portugal, e nos dias de hoje podemos ver muito mais a presença de mulheres do que homens em sua organização. Em parceria com a igreja e a sociedade, esta irmandade faz a festa acontecer. Uma festa que depende financeiramente em muitos casos apenas da contribuição da comunidade e do Imperador que é escolhido como anfitrião. Mas em alguns lugares se tem uma contribuição politica, e a festa é realizada em um formato de quermesse, rompendo a tradição de uma festa movida apenas pela fé. É uma festa com muitos lucros, por ser uma festa religiosa, mas também profana atrai muitas pessoas nos dias de folias. A Festa do Divino é integrada de muitas características bem expressivas. 
O Império do Divino 
A Festa do Divino tem traços bem medievais, como palanques que simboliza a corte e coretos, com a presença do imperador (ou imperatriz), representada geralmente por crianças, assim como os demais componentes da corte. 
Para fazer a arrecadação de donativos ou Bodo, que ajuda na organização da festa, tem a saída da Folia do Divino. Ela vai passando nas casas dos fiéis, com os foliões cantadores levando a Bandeira do Divino, ilustrada pela Pompa Branca, em busca de doações. 
Para termos uma ideia do quanto é importante o Império do Divino. O titulo de Imperador do Brasil, surgiu pelo fato de que as pessoas estavam mais familiarizadas com o titulo de imperador do que de Rei. 
A Bandeira do Divino
A bandeira é vermelha para representar o fogo, a forma que o Espirito Santo teria se manifestou para os apóstolos e a virgem Maria, no dia de Pentecostes. 
A bandeira representa o Espirito Santo, em seu centro tem sempre uma pomba branca com raios de luz aos seus pés, normalmente são sete raios que simboliza os sete Dons (Fortaleza, Sabedoria, Piedade, Ciências, Temor a Deus, Conselho, e Entendimento.) que seria a luz dos anjos sobre seus devotos. Assim como todos os pontos da festa, a bandeira também tem seu luxo, ela é sempre em tecido vermelho, muitas vezes de veludo ou cetim, em formato triangular, geralmente o devoto que esta responsável pela festa quem á faz. Pode ser feita em bordado ou tingida. Os devotos colocam nela fitas de varias cores que simboliza suas graças recebidas, outros fazem um nó nas fitas, que representa pedido de novas promessas feitas. No mastro em seu topo, há uma imagem do divino pousando sobre ela, sendo levada (é uma honra ser o escolhido para carregar, e muito desejado por todos) por toda peregrinação dos foliões. No último sábado que antecede o dia de Pentecostes a Bandeira do Divino é hasteada, no centro da praça da igreja matriz da cidade, ou no quintal da casa do imperador. E nessa ocasião é tradição que o capitão (anfitrião, imperador) faça uma confraternização distribuindo chá, pão e biscoito. Esta confraternização varia muito, o que se serve e a maneira que se faz, pois cada região tem sua cultura e costumes. 
Esta linda festa teve uma grande homenagem feita pelo cantor e compositor Ivan Lins, ele escreveu uma musica para a “BANDEIRA DO DIVINO”, que leva seu nome como o titulo da música, onde relata a religiosidade e a busca por uma vida melhor. https://www.letras.mus.br/ivan-lins/46430/ Lins, Ivan. A BANDEIRA DO DIVINO. 
O BODO 
O Bodo é o ato de doar roupas, comidas presentes ou dinheiro para os pobres. Mais uma herança dos Portugueses, que foi adotada pela nossa cultura. O bodo na festa do Divino é arrecadado durante os dias de festas, e tudo que se arrecadado é doado ao final. Sua simbologia é despertar a fraternidade e igualdade entre todos. 
A Coroa do Divino
A coroa traz para a festa à imponência do Culto ao Divino, ela geralmente é feita em prata com apenas quatro imperiais, assim como era as coroas de Portugal. Mas também já é uma característica que esta se perdendo. No culto ao divino é coroado o imperador que foi escolhido para ser o anfitrião da festa. A coroa traz a união com o divino, acredita se que a pessoa que usa a coroa faz a união do que esta abaixo dela e encima. A coroa também representa a imortalidade, a humildade de um corpo que se curva e a cabeça que se abaixa. 
Aqui no Brasil se tem a tradição de coroar apenas uma pessoa, imperador ou imperatriz. E ao final da festa se dá o nome do próximo a ser coroado no ano seguinte. Mas em algumas cidades açorianas podemos encontrar varias coroações. 
Comidas Típicas da Festado Divino.
As comidas são muito variadas já que cada cultura tem sua gastronomia regional. Cada estado ou país tem suas particularidades, os pratos são oferecidos em momentos específicos de acordo com os principais acontecimentos da festa, geralmente cada prato tem uma simbologia. Mas este fato também é uma característica que em muitos lugares já não se segue. Normalmente são barracas típicas em uma quermesse, os donos são devotos do divino, e parte do que arrecadam é doado para a Paróquia da cidade. Vamos citar aqui, os pratos mais tradicionais:
Em Pirenópolis: uma das mais importantes Festas do Divino, a comida é bem regional. O prato principal é o afogado, um caldo de carne com batatas servido com a farinha de mandioca torrada, em pequenas cumbucas. Servido sempre depois da entrada dos palmitos. Junto acompanha o tortinho, um bolinho de carne feito em formato de meia lua, sua massa é feita de farinha de milho branca e amarela. O churrasco dos sete Dons é temperado apenas com sete iguarias. Também tem as bebidas como, a rosa – sol bebida a base de cachaça, e o vinho quente.
Em Mogi das Cruzes e no Alto do Tietê, podemos notar a influência oriental em nossa cultua. Os pratos típicos são geralmente comidas japonesas como, o yakissoba, tempurá e o sukiyaki. Os doces são frutas cristalizadas de damasco, figo, doce abobora doce de batata. Estes doces podem ser encontrados em qualquer época do ano no mercadão Municipal de Mogi das Cruzes, em quase todas as barracas são penduradas em saquinhos vermelho de celofane. 
Em algumas regiões são servidos o feijão tropeiro, o feijão gordo, arroz com pequi, farofa de carne seca, baião de dois, mandioca frita, galinhada, etc... Seria impossível citar todos os pratos ou iguaria que enriquece esta festa. Cada vilarejo, comunidade região tem seus costumes, em alguns lugares já podemos encontrar comidas mais populares como, a coxinha, pastel, empadas frituras em geral. Em algumas comunidades estas comidas são ainda mais simples, eles distribuem apenas o pão com vinho e alguns biscoitos. Isso não diminui o valor da festa, pois este ato de servir um banquete aos fieis é para expressar a essência da confraternização e da união entre os povos. O período que ocorre a festa ao Divino Espirito Santo é para inserir a paz, o amor, a oração, a esperança de dias melhores. 
A festa do Divino Espirito Santo em Mogi das Cruzes 
Mogi das Cruzes é uma cidade próxima de São Paulo, com muitos imigrantes japoneses. A festa do divino chegou à cidade no final século XVII, é uma das mais antigas Festas ao Divino e uma das maiores. 
Preparo da Festa 
A festa começa ser preparada, um ano antes do culto, com a escolha do novo casal que serão os responsáveis por todo preparo da festa. Esta escolha é feita através da indicação de pessoas que já tenham participado da festa, a escolha final é feita pelo Bispo da Diocese. São escolhidas somente pessoas que fazem parte da paroquia. Quando escolhidos suas obrigações será de arrecadar fundos para a festa. Terão que preparar bingos, chás, eventos que envolva a comunidade. Estes fundos são direcionados a igreja, onde parte será gasto para o evento, e a outra, será para as necessidades da paroquia. A duração da festa é de onze dias, e começa sempre na quinta- feira e acaba no domingo de Pentecoste. 
Alvorada e Passeatas. 
A Alvorada se inicia no primeiro sábado, com um grupo de quatro homens que vão com seus instrumentos cantando pelas ruas da cidade, cada noite segue um caminho diferente, passando nas casas dos mais necessitados, com eles segue também a folia do divino. É tradição que nesta caminhada os fiéis que os seguem, levem suas lanternas lembrando um tempo que mão tinha luz na cidade, ou para pagar suas promessas. 
A Quermesse 
A quermesse é realizada todas as noites até termino da festa, no bairro de Mogilar. Onde acontece a venda das comidas e bebidas típicas. Toda noite se apresenta grupos folclores com danças, musicas e teatros. 
A entrada dos Palmitos	
É o momento mais esperado da festa, simbolizando a chegada dos colonos á festa de Pentecoste, e dos fiéis das áreas rurais, que vinham para cidade no dia da festa para agradecer a boa colheita. Um momento folclórico e de muita valia a Festa do Divino Espirito Santo de, de Mogi das cruzes, e a única que tem estes traços. A chegada é feita em carros de bois como se era feito antigamente, pois era o meio de transporte usado pelos seus antepassados. 
A chegada é sempre uma grande procissão de carros de bois, muitas pessoas nas calçadas apreciando o cortejo que é composto pelos festeiros, capitães, agricultores rurais. Os carros de bois e as carroças são enfeitados com fitas, flores. Nos carros de bois são trazidos produtos agrícolas, que simboliza a fartura da colheita. A entrada dos Palmitos é pelo fato de que antigamente, enfeitava as ruas com folhas de palmitos, mas por questões ecológicas em 1985 foi proibido o corte das palmeiras, que é uma planta nativa da região. A entrada dos Palmitos acontece no sábado que se antecede o domingo de pentecostes, a saída é realizada em frente á capela Santa Cruz. Segue em carreata arrastando dos os peregrinos até o local da quermesse, onde é distribuído o famoso e tão esperado “Afogadâo” um caldo considerado, muitos fiéis acredita na cura ao tomar. A comida é regional, para acompanhar o Afogadão tem o tortinho, churrasco dos setes Dons, bebidas feita a base de cachaças e vinho quente. Sem mencionar nos doces cristalizados, feitos na cidade por senhoras da paroquia. 
Procissão 
No dia de Pentecostes é realizada a procissão que segue louvando o Espirito Santo, a caminhada se inicia da Catedral Santana pelas ruas da cidade, acompanhados de grupos Folclóricos, de Congada, Moçambique e Marujada, são grupos de pessoas que cantam louvores ao Divino. Segue com eles os personagens da realeza, e o festeiro responsável pela festa, que tem o dever de conduzir o mastro que será usado para hastear bandeira do Divino. 
O hasteamento será na igreja matriz, e terá que ser recepcionado com presentes aos que participaram da caminhada, com chás, bebidas e bolos, o ato da confraternização. No caminho vão passando em ruas com tapetes ornamentados feitos pela população local, cada tapete tem uma simbologia, e durante este percurso uma pomba branca é solta por uma menina. E vão sendo realizados pequenos discos no caminho e orações. 
A FESTA DO DIVINO EM ALCANTARA 
A Festa do Divino Espirito Santo de Maranhão foi trazida pelos colonizadores açorianos e é uma das mais tradicionais festas ao Divino do Brasil. Seus preparativos começa ser organizado um ano antes das datas comemorativas, com o máximo de dedicação dos moradores da pequena vila, procurando sempre manter suas características natas. A festa de Alcântara atrai muitos turistas para a cidade, ajudando o comercio local. Ela é considerada um patrimônio cultural imaterial, pela secretaria do estado do Maranhão. A Festa do Divino em Alcântara tem uma singularidade que a diferencia das demais que conhecemos. A mais marcante é a presença das caixeiras com suas caixas do Divino, o outro fato é o calendário que se segue, o calendário religioso dos terreiros principalmente os de São Luiz, conhecidos como Tambor de Mina ou popularmente conhecidos como casas de Culto Afros Maranhenses. Ela não perde seu vinculo com a igreja católica por ter esta particularidade, pois á uma fusão entre culturas e crenças, e um respeito multo por suas diferenças, onde se agrega mais valores, assim tornando a festa de Alcântara uma grande diversidade cultural que tem que ser preservada, e difundida em nossa sociedade. 
As Caixeiras		
As caixeiras são de suma importância na festa do divino, principalmente nas realizadas no nordeste dos pais. Elas são as responsáveis de levar a comitiva de fiéis com suas ladainhas e cantos por todo vilarejo, tocando suas caixas abrem e encerram o culto ao Divino. Este cargo é ocupado por mulheres negras, com idades acima dos quarenta anos, normalmente moradorasda periferia. É um cargo passado de geração em geração, exigindo que tenha um total conhecimento sobre o culto, às musicas, e o molejo do improviso. 
As ladainhas das caixeiras são consideradas um patrimônio cultural (assim como a Festa do Divino Espirito Santo) que corre o risco de acabar. Em Alcântara onde tem uma das principais festas do Divino elas são presença forte e tem um grande valor cultural para o estado do Maranhão. Procurando uma forma de imortalizá-las foram feitas pesquisas, e dessas pesquisas surgiu o livro “No bater das caixas do divino” que também traz um CD com suas orações cantadas ao divino. Com o intuito de não permitir que este folclore cultural se acabe foram feitos mais dois volumes de livros-CD com o titulo de “Caixeiras do Divino Espirito Santo de São Luís do Maranhão Disco 1 e 2. Livros produzidos pela “ Associação Cultual Caburé do Rio de Janeiro em 2005.”
A Festa do Império 	
A organização da festa é sempre com características imperiais, uma tribuna é montada para possa receber os homenageados da festa. A festa em Alcântara se inicia com o levantamento do mastro. O mastro é enfeitado pelos homens da comunidade, em seu topo é colocada à bandeira do Dino Espirito Santo. 
E os mesmos á carrega pela vila histórica de ruas de pedra e muitas ladeiras. Cerca de setenta homens vão sendo guiados pelas caixeiras com suas caixas do Divino. As caixeiras vão tocando suas caixas e cantando suas ladainhas e improvisos. A cada parada recebem de moradores o Boldo, que vão sendo colhidos para a confraternização final. É uma festa de muita devoção e Fé principalmente pelos moradores locais, que fazem esta peregrinação para pagar suas promessas, ou para fazer novos pedidos ao Divino. Na maioria dos casos são pedidos de cura das suas enfermidades. Porem como se trata de um movimento cultural que se ramificou por todo Maranhão tem muitos turistas que vão apenas para conhecer mais sobre a cultura local e festejar com os foliões. Seguem até a Praça da Igreja do Carmo para o levantamento do mastro que irá ficar hasteado até o ultimo dia da festa. E durante dias, vão acontecendo os eventos no salão principal com o Imperador e sua tribuna composta por seus mordomos –mor. Um dos fatos que não se diferencia das demais festas ao Divino que temos em todo território brasileiro é a fartura. Todos dos dias que se segue com as comemorações, são servidos fartos banquetes. Com comidas típicas da região e muita carne são servidos com doces e bebidas.
A SUBIDA DOS BOIS. 
No dia que se antecede o dia de Pentecostes é realizado a subida dos bois que saem da praça do jacaré, são animais bem robustos, em seus chifres e rabos coloca se fitas coloridas, puxados pelo pescoço, vão sendo levados por homes pelas ruas da humilde vila, o mesmo caminho que percorreram os Foliões do Divino, são levados até o abatedor, sua carne é partida e separada em sacolas para que no dia seguinte seja distribuída para os idosos da cidade, servida no grande banquete final. Parece um pouco cruel, mas com este ritual é que se permite a ação da confraternização e a demonstração de amor ao próximo. O ultimo dia da festa também podemos afirmar que seja o inicio da próxima. É quando se tem a descida da bandeira do Divino e o banquete final, com a presença de todos, é feito a entrada do Imperador na Igreja e seus mordomos. Nesse momento é feito o anuncio do próximo Imperador ou Imperatriz, a partir deste dia se inicia todo o processo para a próxima festa do Divino Espirito Santo. 
A FESTA DO ALTO TIETE 
A festa do alto Tiete é uma que mais foge das tradições das Festas do Divino. Ela se inicia na cidade em um momento muito triste para a comunidade. Em 1930 com a epidemia que se alastrou pela cidade atingindo muitos moradores ribeirinhos. Movidos pela Fé ao Divino Espirito Santo, foi feito uma promessa pelos moradores que se caso a doença se extinguisse eles fariam uma festa anual em sua homenagem, como forma de agradecimento. Neste período epidêmico eram feitas descidas pelo canal do rio Tiete, nas casas e fazendas ribeirinhas, levando ajuda á quem estivesse sofrendo com esta enfermidade e infelizmente matou muitas pessoas. E com esta mesma característica usada para ajudar os doentes surgiu o ritual realizado pelos irmãos do Divino. Os irmãos seguem durante quarenta dias descendo e subindo o rio levando sua cantoria, comitiva de foliões que já são esperados pelos moradores ribeirinhos, que os recepcionam com muita fartura e donativos para ajudar na festa final ao Divino. Este momento é conhecido como “Pouso do Divino”. No ultimo sábado do ano é o final da peregrinação, e é quando os moradores vão para as margens do rio para ver o tradicional encontro das canoas. 
 
Conclusão
A Festa do Divino nós mostra que existe respeito á diversidade cultural e que a confraternização é um ato de puro amor e respeito ao próximo. Nossa cultura é formada por varias etnias e á todo momento passa por transformações. O povo Brasileiro é um povo de muita Fé, pudemos notar ao estudar sobre o Divino Espirito Santo, o quanto é valioso e exaltado, principalmente pelas classes mais humilde, que são sempre as mais atingidas pela falta de igualdade social. 
Pesquisando sobre o assunto pudemos notar que o ritual do culto ao Divino tem diversas características, porém a simbologia da festa é sempre mantida, o ato da fraternidade esta sempre presente nas festas. 
A herança de cultura por mais que tenha um toque regional é singular, a dedicação na preparação dos festejos com todos os detalhes da decoração rituais. 
BIBLIOGRAFIA
Tirado do Google – 23/10/ 2017
http://liquidificadordigital.blogspot.com.br/2010/05/cortejo-do-mastro-reune-milhares-em.html
https://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_do_Divino_Esp%C3%ADrito_Santo
https://educacao.uol.com.br/disciplinas/cultura-brasileira/festa-do-divino-comemoracao-tem-sete-seculos-de-existencia.htm
http://www.portalsaofrancisco.com.br/curiosidades/festa-do-divino

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