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TG. ED. V

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LICENCIATURA EM SOCIOLOGIA
TRABALHO EM GRUPO 
ED - ESTUDOS DISCIPLINARES V
Denise Rodrigues da Silva – R.A.: 1629408
Ederson Fabiano Araújo – R.A.: 1626584
POLO SUZANO
2017
ESTUDOS DISCIPLINARES V 
		
A Globalização e a Dimensão Comercial
Trabalho em Grupo para Avaliação do Curso de Graduação em Licenciatura em Sociologia apresentado a UNIP – Universidade Paulista
Professor: Maurício Manzalli
SÃO PAULO 
2017
RESUMO
 Este trabalho tem como objetivo descrever uma analise acerca da Globalização e da Dimensão Comercial que ganhou força com o auge do neoliberalismo desde a década de 80 e que contribuiu para o aumento da pobreza e o protecionismo em âmbito internacional.
 Palavra-chave: Globalização e suas causas, Globalização e o Neoliberalismo.
		ABSTRACT
This paper aims to describe an analysis about Globalization and the Commercial Dimension that gained strength with the rise of neoliberalism since the 1980s and which contributed to the increase of poverty and protectionism at the international level.
         Keyword: Globalization and its causes, Globalization and Neoliberalism.
SUMÁRIO
1 - RESUMO..............................................................................................................................3
2 - ABSTRACT..........................................................................................................................3
3 – SUMÁRIO...........................................................................................................................3
4– A GLOBALIZAÇÃO E SUAS ORIGENS........................................................................4
5 – CARACTERISTICAS DA GLOBALIZAÇÃO ECONÔMICA NA ATUALIDADE..5
6- AS DIMENSÕES COMERCIAIS COM A CONSEQUÊNCIA DA GLOBALIZAÇÃO...........................................................................................................6
7 – CONSIDERAÇÕES FINAIS.............................................................................................8
8 – REFERÊNCIAS..................................................................................................................9 
A mentira está no controle da globalização que tenta unificar o mercado financeiro, prometendo progressos e investimentos, porém homens já vivem escravizados em nome do capitalismo.
Helgir Girodo
 A Globalização e suas origens
 Muitos defendem que globalização surge desde a aurora dos tempos, desde que o homem começou a evoluir e as primeiras civilizações a trocarem contatos. Esses contatos entre os povos difundiram linguagens e modo de vida, nos últimos tempos, com a banalização dos meios de comunicação a globalização sofreu um processo de aceleração bastante rápida.
 Atualmente o período de globalização é uma continuidade a aquilo que podemos chamar de expansão do capitalismo e do Ocidente, iniciada com os descobrimentos.
 Percebemos que a Globalização é contemporânea da modernidade e do desenvolvimento capitalista, iniciada à partir do séc. XIX e que recentemente passa por um processo de aceleração.
 A Globalização é um fenômeno que esta relacionada a outros processos sociais, designada como pós-modernização ou pós-industrialização.
 A Globalização começou antes de Cristo, onde a civilização Helênica e a civilização Romana permitiram a expansão do mercado entre cidades tão distantes como o Norte de África, o Norte da Europa e o Meio Oriente. Estas trocas foram possíveis, claro, devido ao mar Mediterrâneo. Em maior ou menor escala todas as regiões participaram neste processo e viram-se beneficiadas com o aperfeiçoamento das suas técnicas, através da aquisição de conhecimentos que adquiriam nas trocas que se efetuavam entre as diferentes civilizações, o que ao longo dos tempos levou a uma melhoria da qualidade de vida dos Homens naqueles tempos.
 Nasce então nesse tempo a disciplinas como a Filosofia, a Matemática, a Medicina, a Geografia, a Astronomia, o Direito, e os sistemas de Governo Democráticos, que se expandiram ao redor do mundo. Iniciando-se na Grécia toda a civilização e que foi mais tarde dominada pelos Romanos que se aproveitam de grande parte do desenvolvimento que os Gregos já tinham alcançado. Temos como o exemplo desta expansão o alfabeto que hoje utilizamos que foram criados pelos Fenícios, expandiu-se de uma forma rápida por todo o mundo, este povo havia também naquele tempo criado uma extensa rede de rotas de navegação.
 Devido a varias conjeturas desde Guerras, fomes e Pestes ainda na Idade Média, a Europa se via num período de escuridão, aonde a evolução que foi alcançada pelos povos assim como a globalização sofreu um grande retrocesso.
 O comércio dava-se a nível local e cada região da Europa fechou-se em si mesma. Perdeu-se o contato que até então existia entre os povos.
 A globalização desapareceu arrastando consigo instituições, leis, normas, culturas, para ficar apenas retratado em livros ao cuidado de monges nos mosteiros à espera do Renascimento, momento em que se inicia o lento processo que nos levaria até à globalização atual.
 Ao longo da historia a retenção cujos privilégios e monopólios eram afetados pela liberalização do comercio, opunha-se a esta mesma liberalização.
 
Características da Globalização Econômica na atualidade
 O FMI e o Banco Mundial (Bird) consideram a globalização boa para o crescimento dos países em vias de desenvolvimento, mas não por si só.
 Com a globalização o país tende a crescer sempre que o comercio e os mercados de capitais se liberalizem e se mantenha uma politica fiscal e monetária rígida.
 O seu propósito é aumentar o crescimento com baixa inflação e sem défice fiscal.
 Os países subdesenvolvidos que seguem a estas regras para se converterem num país desenvolvido, recebem o nome de “Consenso de Washington”.
 É este consenso que não só confere à globalização as suas características dominantes, como também legitima estas últimas como sendo as únicas possíveis ou as únicas adequadas.
 Sendo também conhecido por “Consenso Neoliberal”, o Consenso de Washington adquiriu o seu nome pelo facto de ter sido em Washington em meados da década de 80, que ele foi subscrito pelos Estados Centrais do sistema mundial, as politicas de desenvolvimento, e especificamente o papel do Estado na economia.
 Em relação às dimensões da globalização, nem todas estão inscritas da mesma forma neste consenso, mas todas são afetadas pelo seu impacto, logo então, os princípios para assegurar o crescimento econômico desejado devem ser considerados.
 Segundo o Consenso de Washington o Estado deve intervir cada vez menos na economia porque esta tem princípios autorreguladores.
 Na escala global, a economia necessita ser cada vez mais regulada e dominada por um sistema financeiro, as agências financeiras como o Banco Mundial e o FMI tem grande importância neste contexto.
 Os processos de produção devem ser flexíveis e multilocais, ou seja, as empresas multinacionais não se devem prender pelas fronteiras nacionais.
 Esta economia deve assentar no baixo custo dos transportes e nas tecnologias de informação e comunicação.
 No que concerne às políticas econômicas nacionais, estas devem abrir-se ao mercado mundial e os preços nacionais devem adaptar-se aos preços internacionais.
 Deve dar-se prioridade à economia de exportação, promover-se a redução da inflação e da dívida externa.
 Desenvolver a proteção aos direitos de propriedade, o setor empresarial do estado deve ser privatizado, pois as empresas privadas são mais eficientes que as estatais.
 Por fim deve haver uma redução das políticas sociais do estado. 
 Desta politica econômica resultou o aumento da produção à escala mundial a um ritmo de 20% anualmente, só que se tem assistido a um aumentodas desigualdades sociais, usamos como indicadores a saúde, esperança média de vida à nascença, análise das condições de vida de uma população.
As Dimensões Comerciais com Consequência da Globalização
  Em 16 de setembro de 1999 a Folha de São Paulo publicou uma matéria falando sobre um relatório do BIRD (Banco Mundial)  que apontava  o auge até então da abertura  do neoliberalismo, porem salientando os índices de pobreza ainda mais acentuados, tendo em vista que a melhoria da renda média e redução da pobreza nem sempre andam juntas,  e fazendo previsões ainda mais drásticas nos anos que se seguiam,  mais especificamente para o ano de 2015,  onde a previsão seria de 1,9 bilhão de pessoas nestas condições de pobreza.
 Devemos  salientar que as praticas mercantilistas permitidas e facilitadas pelo estado frente à mundialização da economia ganhando cada vez mais força com a globalização, foi um dos fatores que acabou conduzindo nossa política econômica a crise instalada nos dias de hoje exatamente como previsto em 1999.
 Com a interdependência dos países no final dos anos 80 até os dias de hoje, verificou-se que as dimensões comerciais da globalização propiciaram de maneira não opcional e em escala crescente a  liberalização das trocas que estimulou a diminuição das taxas alfandegárias, dos processos dos transportes e da criação de organizações de comercio, facilitando assim a vida dos países globalizadores e tornando a vida do trabalhador dos países globalizados cada vez menos valorizada.
 A nível empresarial,  surgiram as multinacionais e suas praticas mercantilistas,  onde a concepção do produto permanece sediada em países da Europa e EUA enquanto parte da realização do produto é entregue a fabricas localizadas em países menos desenvolvidos onde a mão de obra é mais barata.
 Em um  mundo capitalista globalizado, as dimensões comerciais da globalização avançaram fronteiras, aproximando distancias e propiciando a comercialização e a transnacionalização de culturas, mas também nos conduziram a um momento de transição política e econômica,  interna e externa como é o caso  das manifestações que vem ocorrendo no Brasil assim como o desfecho em andamento das políticas do mundo Árabe que através da viabilidade e facilidades de informações trazidas  com a globalização tem chocado o mundo.
 Em 1999 as previsões do BIRD (Banco Mundial), indicariam de que a crise poderia se estender gradativamente pelos próximos 25 anos, mas se consideramos que já se passaram 18 anos em 2017, ainda temos 7 anos longos de crise ainda pela frente e ainda aparentemente mais preocupante.
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 A Globalização está profundamente enraizada em nosso cotidiano, e fenômenos como o aumento das redes de contatos com intensidade elevada nas relações econômicas, sociais e culturais. Com isso também a revolução tecnológica atualmente reduz o custo das comunicações, o que possibilita a expansão de ideias juntamente com os costumes, práticas e crenças de forma mais rápida. O aumento da participação transnacional, onde o volume e intensidade dos canais de contatos que são disponíveis para a comunidade cresceram tanto que estes atores podem coordenar suas atividades comerciais de forma mais eficiente, dando origens ao aparecimento de maior numero de organizações internacionais com maior participação dos atores sociais mesmo estes e situando a enorme distancia. Ocorre então, o encolhimento do espaço e da redução do tempo onde o mundo passa a ser um campo único, no qual o capitalismo atua e os fluxos de capitais se tornam mais sensíveis de vantagens relativas de determinadas localizações.
 Por outro lado, países pobres, de periferia, não possuem tanta interação entre si e por si somente constroem sua identidade de estado. Sendo assim, a globalização tecnológica que melhoram os meios de cultivos dos alimentos e baixam custos não chegam a todos os países do mundo de forma igualitária. 
 Á medida que, fruto da globalização, o mundo passa de uma economia agrícola a uma industrial e desta para uma de informação, as limitações e falhas dos mercados explicam cada vez mais o aumento do desemprego, e os mercados mostram-se incapazes de poder administrar os seus recursos eficientemente.
 Por outro lado a liberalização dos sistemas financeiros implicou que muitos bancos locais fossem adquiridos por bancos estrangeiros em países subdesenvolvidos, os quais dificultam o acesso ao crédito das pequenas empresas locais, pois esses bancos são mais propensos a emprestar dinheiro a empresas transnacionais o que provoca a quebra das pequenas empresas locais e o consequente aumento do desemprego.
 O sistema financeiro mundial com livre mobilidade de capitais incrementou a vulnerabilidade de muitos países a crises externas e aos caprichos dos investimentos especulativos.
REFERÊNCIAS
ALBROW, MARTIN & ELIZABETH KING, EDS. Globalization, knowledge and society: readings from international sociology. London: Sage Publications, 1990. 
HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 2003.
PENA, Rodolfo F. Alves. "Consenso de Washington"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/consenso-washington.htm>. 
SANTOS, Milton. Por uma outra globalização. São Paulo: Record, 2000.

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