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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Prof. Edna Raquel Hogemann
Aula 9: FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
Pág 138 a 149
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
CONTEÚDO DESTA AULA
Fontes e Integração do Direito
•	Conceito de fontes do Direito. 
•	A classificação das fontes.
•	A Lei e seu processo de produção.
•	Os costumes.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
*
 
 Compreender: o conceito de Fontes do Direito e sua classificação.
 o processo de produção legislativa.
 Distinguir: as fontes formais mediatas e imediatas das fontes materiais mediatas e imediatas do Direito e o porquê desta distinção.
	as fontes materiais das formais do direito.
	o papel da lei e dos costumes como fontes formais do direito.
Nossos objetivos nesse encontro
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
CONCEITO DE FONTES DO DIREITO
AULA 1
Apresenta, basicamente, três espécies:
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 1. FONTES MATERIAIS 
Moral
*
São os fatos sociais, as próprias forças sociais criadoras do Direito. Constituem a matéria-prima da elaboração deste, pois são os valores sociais que informam o conteúdo das normas jurídicas. As fontes materiais não são ainda o Direito pronto, perfeito, mas para a formação deste concorrem sob a forma de fatos sociais econômicos, políticos, religiosos, morais.
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FONTES MATERIAIS
*
*
São aquelas fontes que criam diretamente as normas jurídicas, representadas pelos órgãos legiferantes:
a) Fontes materiais diretas ou imediatas
- O Poder Legislativo- quando elabora e faz entrar em vigor as leis;
- O Poder Executivo – quando excepcionalmente elabora Leis;
- O Poder Judiciário – quando elabora jurisprudência ou quando excepcionalmente legisla;
- Os Doutrinadores – quando desenvolve trabalhos, elaboram doutrinas utilizadas pelo aplicador da lei e,
- A Própria sociedade- quando consagra determinados costumes.
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*
b) Fontes materiais indiretas ou mediatas:
São fatos ou fenômenos sociais que ocorrem em determinada sociedade trazendo como conseqüência o nascimento de novos valores que serão protegidos pela Norma Jurídica.
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b) Fontes históricas
São os documentos jurídicos e coleções coletivas do passado que continuam a influir nas legislações do presente. 
Como exemplo: a Lei das Doze Tábuas, em Roma; o célebre Código de Hamurabi, na Babilônia; o Corpus Juris Civilis, de Justiniano etc. 
São fontes históricas do Direito brasileiro, por exemplo, o Direito Romano, o Direito Canônico, as Ordenações do Reino, o Código de Napoleão, a legislação da Itália fascista sobre o trabalho.
AULA 1
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c) Fontes formais
Seriam a lei, os costumes, a jurisprudência e a doutrina. O Estado cria a lei e dá, ao costume e à jurisprudência, a força desta. O positivismo jurídico defende a idéia de que fora do Estado não há Direito, sendo aquele a única fonte deste. As forças sociais, os fatos sociais seriam tão-somente causa material do Direito, a matéria-prima de sua elaboração, ficando esta sempre a cargo do próprio Estado, como causa eficiente.
 
AULA 1
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A lei seria causa formal do Direito, a forma de manifestação deste – Fonte formal imediata.
As fontes formais vêm a ser as artérias por onde correm e se manifestam as fontes materiais.
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AULA 1
12
QUADRO SINÓTICO DAS FONTES DO DIREITO
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A LEI E SEU PROCESSO DE PRODUÇÃO.
 
É toda norma jurídica oriunda dos órgãos de soberania, aos quais, segundo a constituição política do Estado, é conferido o poder de ditar regras de Direito. 
(Ruggiero)
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LEI
Lei em sentido amplo ou em sentido lato: indica o jus scriptum (direito escrito). Referência genérica que inclui a lei propriamente dita (ordinária ou complementar), a medida provisória e o decreto. 
Lei em sentido estrito: é a lei comum e obrigatória, emanada do Poder Legislativo, no âmbito de sua competência.
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PROCESSO DE ELABORAÇÃO LEGISLATIVA
O processo de elaboração de uma lei consiste numa sucessão de fases e de atos que vão desde a apresentação de seu projeto até a sua efetiva concretização, tornando-se obrigatória. 
Assim temos: iniciativa, discussão-votação-aprovação, sanção-veto, promulgação, publicação e entrada em vigor.
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O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções.
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ATOS DO PROCESSO LEGISLATIVO
O processo legislativo é o conjunto de atos preordenados visando à criação de normas de Direito, com previsão constitucional. São eles:
1 - INICIATIVA LEGISLATIVA - É a faculdade que se atribui a alguém ou a um órgão para apresentar projetos de lei ao Legislativo. (art. 60, 61 e seu parágrafo 2º)
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2 - VOTAÇÃO : 
Constitui ato coletivo das Casas do Congresso. Geralmente é precedida de estudos e pareceres de comissões técnicas (permanentes ou especiais) e de debates em plenário. É ato de decisão (art. 65 e 66), que se toma por maioria de votos:
a) maioria simples (art. 47) para aprovação de lei ordinária
b) maioria absoluta dos membros das Câmaras, para aprovação de lei complementar (art. 69)
c) maioria de três quintos dos membros das Casas do Congresso, para aprovação de emendas Constitucionais (art.60, § 2º)
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3. SANÇÃO - é a adesão do Chefe do Poder Executivo ao projeto de lei aprovado pelo Legislativo; pode ser expressa (art. 66, caput) ou tácita (art. 66, parágrafo 3º).
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4. VETO - é o modo pelo qual o Chefe do Executivo exprime sua discordância com o projeto aprovado, por entendê-lo inconstitucional ou contrário ao interesse público (art. 66, parágrafo 1º). 
 O veto pode ser total, recaindo sobre todo o projeto, ou parcial, quando atingir somente parte dele.
 O veto é relativo, não trancando de modo absoluto o andamento do projeto (art. 66, parágrafos 1º e 4º da CF).
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ATENÇÃO !!!
Caso o veto seja rejeitado por votação da maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em escrutínio secreto, o projeto se transforma em lei, sem sanção, que deverá ser promulgada. Não se alcançando a maioria mencionada, o veto ficará mantido, arquivando-se o projeto.
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5. PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO - Promulga-se e publica-se a lei, que já existe desde a sanção ou veto rejeitado. É errado falar em promulgação de projeto de lei.
Promulgação é a declaração da existência da lei. É meio de se constatar a existência da lei. A lei é perfeita antes de ser promulgada; a promulgação não faz lei, mas os efeitos da lei só se produzirão depois dela.
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*
A publicação da lei constitui instrumento pelo qual se transmite a promulgação aos destinatários da lei. É condição para que a lei entre em vigor, tornando-se eficaz (ou efetiva).
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DIFERENÇA ENTRE PROMULGAR E OUTORGAR UMA NORMA
Norma promulgada, democrática ou popular (votada ou convencional): tem um processo de positivação proveniente de acordo ou votação.
Exemplo: a Constituição de 1988.
Norma outorgada: é imposta por um grupo ou por uma pessoa, sem um processo regular de escolha do legislador, ou seja, sem a participação popular.
Exemplo: AI-5.
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TÉCNICA LEGISLATIVA 
A elaboração legislativa exige, acima de tudo, bom senso e responsabilidade, pois as leis interferem, direta ou indiretamente, na vida das pessoas. 
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ETAPAS DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA 
a) Definição da matéria a ser normatizada;
b) Verificação da possibilidade jurídica;
c) Estudo da matéria, pesquisa da legislação e jurisprudência (verificar SEMPRE se existe lei pré-existente ou consolidação acerca da matéria);
d) Elaboração de anteprojeto;
e) Revisão do anteprojeto;
f) Redação final.
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1. PARTE PRELIMINAR
a) Epígrafe - indica o tipo da proposição: Projeto de lei, Projeto de lei complementar, Projeto de resolução, Proposta de emenda à Constituição, Projeto de decreto legislativo.
b) Ementa – deve resumir com clareza o conteúdo do ato, para efeito de arquivo e, principalmente, pesquisa, devendo, caso altere norma em vigor, fazer referência ao número e ao objeto desta.
Fórmula de promulgação – deve indicar a autoridade ou o órgão legiferante (ex: A Assembléia Legislativa”) e descrever a ordem de execução, traduzida pelas formas verbais "decreta", "resolve" e "promulga".
PARTES DA PROPOSIÇÃO LEGISLATIVA
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EXEMPLOS:
A Mesa da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo, nos termos do § 3º do artigo 22 da Constituição do Estado, promulga a seguinte Emenda ao texto constitucional:
ou
O GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS:Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
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2. PARTE NORMATIVA ORDENAÇÃO DO TEXTO LEGAL :
a) Artigo – frase que encerra um comando normativo. 
• Tem numeração ordinal até o 9º e cardinal a partir do 10. 
• Quando se tratar de um só artigo, deve ser grafado como “Artigo único”.
• Deve conter um único comando normativo, fixado em seu caput
• As exceções ou os complementos devem ser fixadas em suas divisões (parágrafos e incisos)
• As palavras em língua estrangeira devem ser destacadas (itálico, negrito, aspas)
• Suas frases iniciam-se com letras maiúsculas e terminam com ponto final
*
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2. PARTE NORMATIVA 
Os artigos se desdobram em parágrafos ou em incisos; 
Os parágrafos de desdobram em incisos; 
Os incisos se desdobram em alíneas; 
As alíneas se desdobram em itens.
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CAPUT é a idéia principal é o Artigo:
  São pequenos núcleos com comandos da lei. Por exemplo:
 Art. 1º É proibido usar camisa amarela nos domingos. (Caput)
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b) Parágrafo – é a fórmula de umas das divisões do artigo.
• Deve completar o sentido ou abrir exceções à norma contemplada no caput do artigo
• É representado com numeração ordinal, após o símbolo §
• Se houver um só parágrafo, será grafado como “Parágrafo único”.
• Pode desdobrar-se em incisos.
*
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Parágrafos são ressalvas ou desdobramentos do que diz o caput (artigo). Exemplo:
 Art. 1º É proibido usar camisa amarela nos domingos.
 §1º A camisa poderá ter detalhes vermelhos.
 §2º Será permitido o uso de camisa amarela no domingo de Páscoa.
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*
INCISO – é usado para exprimir enumerações relacionadas ao caput do artigo ou ao parágrafo.
• É expresso em algarismo romano
• É iniciado com letra minúscula e termina com ponto e vírgula; salvo o último inciso do artigo, que termina com ponto final
• Pode desdobrar-se em alíneas.
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Incisos são enumerações ou subdivisões que podem ser feitas dentro de artigos ou parágrafos. Por exemplo:
 Art. 1º É proibido usar camisa amarela nos domingos.
§1º A camisa poderá ter detalhes vermelhos.
I – O detalhe não poderá ultrapassar 30% da camisa.
II – Não poderá ter nenhum detalhe vermelho na parte de trás da camisa.
§2º Será permitido o uso de camisa amarela no domingo de Páscoa. I – Desde que o domingo não caia no dia 01 do mês.
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d) Alínea – é usada para enumerações relativas ao texto do inciso.
• É grafada em letra minúscula, seguida de parênteses
• Seu texto inicia-se com letra minúscula e termina com ponto e vírgula, com exceção da última alínea do inciso
• Pode desdobrar-se em item (ex: art. 12 CF).
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Alíneas são usadas para enumeração. Por exemplo:
 Art. 6º São cariocas:
 a) aqueles que nascem no município do Rio de Janeiro;
 b) aqueles que nascem na Ilha de Paquetá;
 c) aqueles que nascem em cima da Ponte Rio-Niterói.
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e) Item – é usado para enumerações relativas ao texto da alínea.
• É grafado por algarismos arábicos, na forma cardinal, seguido de ponto
• O texto do item inicia-se com letra minúscula e termina em ponto e vírgula, com exceção do último item da alínea.
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*
PARTE FINAL DA LEI
a) Cláusula de vigência: “ esta lei entra em vigor na data de sua publicação” ou “... entra em vigor “x” dias após sua publicação”. Na ausência da cláusula revogatória, vale a regra da Lei de Introdução ao Código Civil, ou seja, entra em vigor 45 dias após sua publicação. É errado dizer que a lei “entrará” em vigor.
b) Cláusula revogatória: deve indicar expressamente as leis ou os dispositivos legais revogados. Em caso de consolidação de leis, utiliza-se a fórmula: "são formalmente revogados, por consolidação e sem interrupção de sua força normativa...“. 
c) Disposições transitórias: possui numeração própria, iniciando-se por artigo 1º, no final do texto legal.
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3. OS COSTUMES
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O termo costume deriva do latim consuetudine, de consuetumine, hábito, uso.
 É a prática social reiterada e considerada obrigatória. O costume demonstra o princípio ou a regra não escrita que se introduziu pelo uso, com o consentimento tácito de todas as pessoas que admitiram a sua força como norma a seguir na prática de determinados atos.
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Hermes Lima afirma que os costumes apresentam 02 elementos constitutivos, um é externo e o outro é interno. O externo é o objetivo, de natureza material, é o uso constante e prolongado. O interno é de natureza psicológica ou subjetiva, que é o reconhecimento geral de sua obrigatoriedade.
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Embora alguns autores não façam distinção entre costume e uso, outros advertem que o costume se distingue dos usos sociais em geral porque a comunidade o considera obrigatório para todos, e sua violação acarreta uma responsabilidade jurídica e não apenas uma reprovação social. 
O costume não se confunde, então, com as demais normas sociais ou de cortesia, desprovidas de coercitividade. 
O costume é a mais antiga e autêntica fonte de
direito
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FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
*
Direito Consuetudinário ou Costumeiro
Ao conjunto das normas costumeiras em vigor num Estado, convencionou-se chamar direito costumeiro, também denominado direito não-escrito, expressão esta que não tem caráter absoluto, visto que, às vezes, normas costumeiras são consolidadas, como, p. ex., a publicação intitulada "Assentamentos de Usos e Costumes da Praça de São Paulo", elaborada pela Junta Comercial e publicada no Diário Oficial do Estado. 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
OS COSTUMES PODEM SER
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
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Como se prova a existência dos costumes? 
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A prova se fará dos mais diversos modos: documentos, testemunhas, vistorias, etc. Em matéria comercial, porém, devem ser provados por meio de certidões fornecidas pela juntas comerciais que possuem fichários organizados para este fim.
Art. 337 do Código de Processo Civil - “A parte que alegar direito municipal, estadual, estrangeiro ou consuetudinário, provar-lhe-á o teor e a vigência, se assim determinar o juiz”.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
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FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
Aconteceu nas férias
 
Finalmente de férias. Ana Maria colocou o biquíni de bolinha amarelinha e seguiu Marcelo direto para a praia. E qual não foi sua surpresa ao descobrir que no final da praia num canto aprazível, cercado de palmeiras e jangadas que saiam e chegavam cheinhas de peixes, havia uma praia de naturismo. Isso mesmo. Tudo mundo nu em pêlo. Ana Maria desviou o olhar, meio sem graça. Mas, não pode evitar o constrangimento quando Marcelo gritou para que tirasse o biquíni e o acompanhasse até o local onde todos se divertiam a valer completamente pelados, pois era costume.
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FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
Imediatamente Ana Maria lembrou-se do disposto no art. 233 do Código Penal:
 “Art. 233 - Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público:
Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa”.
E agora, o que fazer? Ana Maria está diante de uma grande dúvida. 
Várias questões surgiram em sua mente. 
São elas:
 a) A prática de naturismo pode ser entendida como costume jurídico?
b) Em que espécie de costume se enquadra o naturismo?
c) O artigo 233 do Código Penal foi revogado pelo costume? E por alguma decisão do STJ?
d) Pode o costume revogar a lei?
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
a) A prática de naturismo pode ser entendida como costume jurídico?
Resposta: O naturismo não pode ser entendido como costume, por não reunir os dois elementos essenciais, quais sejam: objetivo – prática reiterada da conduta e subjetivo – convicção da obrigatoriedade. Assim, o naturismo pode até ser entendido como um costume social dependendo da moral social, mas não jurídico.
 
b) Em que espécie de costume se enquadra o naturismo?
Resposta: Costume contra legem, uma vez que sua prática viola preceito do artigo 233 do Código Penal. Sua admissibilidade dá-se em razão do reconhecimento de pessoas com estilos de vida diferentes, que também precisam ser tutelados, desde que tais comportamentos não violem a ordem pública, daí a delimitação de um espaço para que tal prática seja realizada.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
c) O artigo 233 do Código Penal foi revogado pelo costume? E por alguma decisão do STJ?
Resposta: Não. Os costumes contra legem não podem revogar lei. Uma lei somente pode ser revogada por outra lei, conforme preceitua o artigo 2° da LICC. Pela decisão do STJ também não, pois decisão judicial não revoga lei, somente as declaratórias de inconstitucionalidade.
d) Pode o costume revogar a lei?
Resposta: Levando em consideração o fato do nosso direito apresentar uma origem romano-germânica, caracterizando o sistema legalista, temos que nosso o primado é da lei. Neste sentido a LICC, no seu art. 2º, estabelece que uma lei só pode ser revogada por outra.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
A respeito do processo legislativo na Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir: 
I. O Presidente vetará projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, se considerá-lo, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. 
II. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei. As medidas provisórias vigoram imediatamente, mas perderão sua eficácia desde sua edição, se não forem convertidas em lei pelo Congresso Nacional, no prazo previsto na Constituição. 
III. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
Assinale: 
(a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(b) se apenas a afirmativa I estiver correta.
(c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
 (d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
 (e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
 
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
A respeito do processo legislativo na Constituição Federal de 1988, analise as afirmativas a seguir: 
I. O Presidente vetará projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional, se considerá-lo, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público. O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. 
II. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei. As medidas provisórias vigoram imediatamente, mas perderão sua eficácia desde sua edição, se não forem convertidas em lei pelo Congresso Nacional, no prazo previsto na Constituição. 
III. O processo legislativo compreende a elaboração de emendas à Constituição, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções. 
Assinale: 
(a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
(b) se apenas a afirmativa I estiver correta.
(c) se apenas a afirmativa III estiver correta.
 (d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
 (e) se todas as afirmativas estiverem corretas.
 
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FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
I- No plano jurídico, fontes do Direito expressam a origem das normas jurídicas, podendo-se classificar as fontes em dois grandes blocos, designados de fontes materiais e fontes formais.
II - As fontes materiais enfocam o momento pré jurídico, constituindo-se nos fatores que conduzem à emergência e construção da regra de Direito.
III - As fontes formais enfocam o momento tipicamente jurídico, considerando a regra já plenamente construída, os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais essas regras se revelam para o mundo exterior, ou seja, os meios pelos quais se estabelece a norma jurídica.
IV - Os costumes são fontes do direito.
Assinale: 
(a) todas as proposições estão corretas
(b) apenas quatro proposições estão corretas
 (c) apenas três proposições estão corretas
 (d) apenas duas proposições estão corretas.
(e) apensas uma proposição está correta.
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
FONTES E INTEGRAÇÃO DO DIREITO
I- No plano jurídico, fontes do Direito expressam a origem das normas jurídicas, podendo-se classificar as fontes em dois grandes blocos, designados de fontes materiais e fontes formais.
II - As fontes materiais enfocam o momento pré jurídico, constituindo-se nos fatores que conduzem à emergência e construção da regra de Direito.
III - As fontes formais enfocam o momento tipicamente jurídico, considerando a regra já plenamente
construída, os mecanismos exteriores e estilizados pelos quais essas regras se revelam para o mundo exterior, ou seja, os meios pelos quais se estabelece a norma jurídica.
IV - Os costumes são fontes do direito.
Assinale: 
(a) todas as proposições estão corretas
(b) apenas quatro proposições estão corretas
 (c) apenas três proposições estão corretas
 (d) apenas duas proposições estão corretas.
(e) apensas uma proposição está correta.
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GALERA, POR HOJE É SÓ!
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