Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Biblioteca_1034502.pdf Material Didático – Aula 2 Prof. - Fernanda Boudou 1 É a ciência que estuda os alimentos, suas ações, integração e equilíbrio relacionado à saúde e a doença. Código Nacional de Saúde - Decreto-Lei 986/1969 Alimento é toda substância ou mistura de substâncias, no estado sólido, líquido, pastoso ou qualquer outro adequado, que objetiva fornecer ao organismo humano os elementos normais ao seu processo nutricional. É o material que o organismo recebe para satisfazer as necessidades de manutenção, crescimento, trabalho e renovação dos tecidos. Alimento São substâncias químicas que constituem os alimentos e que têm a função de nutrir o organismo para o seu perfeito funcionamento. Nutrientes Ser assimilável; Possuir uma ou mais substâncias nutritivas que possam ser assimiladas; Não ser tóxico ou prejudicial; Servir para manutenção e conservação da espécie e do indivíduo; Ser isento de contaminação física, química ou biológica. Fundamental! Atributo Mudanças visíveis Valor nutritivo Perda de vitaminas, minerais, lipídeos e proteínas Textura Perda de solubilidade, perda da Capacidade de retenção de água(CRA), endurecimento, abrandamento Sabor e odor Rancidez, odor a cozido e caramelo, odores estranhos Cor Enfraquecimento, escurecimento, cores estranhas Fenômeno primário Consequências Atributos alterados Hidrólise de lipídeos Ácidos graxos livres reagem com proteínas Hidrólise de polissacarídeos Açúcares redutores reagem com proteínas Oxidação lipídica Hidroperóxidos reagem com outros componentes Ação mecânica nas frutas Rompimento de células, liberação de enzimas e O2 Cor Desnaturação de proteínas, inativação de enzimas Textura, odor e valor nutritivo Temperatura; Tempo; Velocidade de reação; Ph; Composição do alimento – substratos; Composição da fase gasosa; Atividade de água. • As Leis da Alimentação foram definidas por Pedro Escudeiro – 1937- são consideradas a base de uma alimentação saudável - Lei da quantidade, qualidade, Harmonia e Adequação • 1. Lei da Quantidade – A quantidade de alimentos deve ser suficiente para cobrir as exigências energéticas do organismo e manter em equilíbrio o seu balanço. Cada indivíduo necessita de quantidades específicas para manter suas funções orgânicas e atividades diárias, sem excessos nem restrições. • 2. Lei da Qualidade – O regime alimentar deve ser completo em sua composição, para oferecer ao organismo todas as substâncias que o integram. A variedade de alimentos fornece todos os nutrientes necessários ao bom funcionamento do seu corpo. Quanto mais coloridas forem as suas refeições, mais diversidade de nutrientes você estará ingerindo. • 3. Lei da Harmonia – A quantidade dos diversos nutrientes que integram a alimentação deve manter uma relação de proporção entre si , ou seja, um equilíbrio, pois as substâncias não agem isoladamente, mas em conjunto. . O organismo aproveita corretamente os nutrientes quando estes se encontram em proporções adequadas. Exemplo: A relação entre a ingestão de carboidratos, proteínas e gorduras. • 4. Lei da Adequação – A finalidade da alimentação está subordinada à sua adequação ao organismo – Ao estado fisiológico (gestação, lactação), hábitos alimentares (deficiência de nutrientes), condições sócio-econômicas (acesso aos alimentos), alterações patológicas (presença de doenças) e os ciclos da vida (crianças, adolescentes, adultos e idosos) - fazem com que o organismo tenha necessidades nutricionais diferenciadas. Tanto a alimentação deve ser quantitativamente suficiente, qualitativamente completa, além de harmoniosa em seus componentes e adequada à sua finalidade e a quem se destina. • Uma alimentação saudável pode ser resumida em 3 palavras chaves: equilíbrio, variedade e moderação. Energéticos Reguladores Construtores Água, vitaminas e minerais Os alimentos deste grupo trabalham muito, porque ajudam o organismo a se renovar e a se fortalecer Neste grupo estão os alimentos ricos em proteínas animais: carne, peixe, frango, clara dos ovos, leite e derivados, como queijo e iogurte. Também existem as proteínas de origem vegetal: grãos ( feijão, lentilha, grão-de- bico, soja e frutas que contêm óleo (amendoim, nozes e amêndoa. As proteínas são necessárias para o bom funcionamento do corpo, pois são essenciais na formação das células. Os glóbulos vermelhos do nosso sangue, os nossos pêlos, cabelos e unhas, necessitam das proteínas para a sua formação. Os alimentos energéticos dão força e energia, sendo ricos em açúcares e gorduras. Para obter energia, o nosso organismo recorre primeiro aos açúcares. Sustentam as atividades muscular e mental, e também o funcionamento dos órgãos. Mas quando se comem muitos, podemos engordar. A batata- frita, o sorvete e o chocolate são grandes fontes de gordura. Usamos a gordura para armazenar energia, e para manter a temperatura do corpo. Se estamos com falta de açúcar, usamos as nossas reservas de gordura. Os alimentos reguladores ajudam o corpo a funcionar como um relógio. São ricos em vitaminas e sais minerais, que encontramos nas verduras, frutas e legumes. Outros alimentos ricos em fibras, como grãos, pão e massa integrais, também entram neste grupo. As verduras e frutas, são ricas em fibras e ajudam o estômago e o intestino a funcionar melhor. Mantêm o organismo em funcionamento, pois regulam as funções vitais e ajudam os órgãos a trabalhar. Verduras e legumes são especialmente ricos em água e sais minerais. Algumas frutas, como o melão e a melancia, têm quase 90% de água. Na água, encontramos alguns sais minerais, que também são encontrados numa série de alimentos, desde carnes até aos vegetais. A água é essencial para o corpo - constitui cerca de 70% do nosso peso e até os nossos ossos têm água, e tudo aquilo que comemos. Regular a temperatura corporal; Conferir estrutura, aparência e sabor aos alimentos: Atuar como solvente; Carreador de nutrientes e impurezas; Reagente e meio de reação; POREM - Determinar a susceptibilidade dos alimentos à deterioração. Alimento Conteúdo de água (%) Carnes Suína 53-60 Bovina 50-70 Frango 74 Peixe 65-81 Leite 85-90 Ovo 70-75 Frutas Maça, laranja 90 Abacate, banana 74-80 Vegetais Beterraba, brócolis, cenoura 85-90 Feijão, couve-flor, alface 90-95 Fonte: Adaptado de Fennema (1996) e Bobbio & Bobbio (1995). SAIS MINERAIS Os sais minerais são muitos, e cada um faz um trabalho diferente. Cálcio:mantém os ossos firmes Ferro: importante para a respiração celular (ele é um componente fundamental do sangue, pois faz a troca de gás carbónico pelo oxigénio) Fósforo:importante para o funcionamento dos músculos Sódio: regula a quantidade de água no corpo Potássio:ajuda no metabolismo das proteínas e na contracção dos músculos Iodo: regula o funcionamento da tiróide, uma glândula responsável pelo crescimento. Zinco:ajuda o sistema imunológico Cobre: atua na formação dos tecidos da pele Sal: para cozinhar chama-se cloreto de sódio. É obtido pela evaporação da água do mar, em lugares chamados salinas. VITAMINAS São parte da constituição das enzimas e proteínas que promovem as reações químicas no organismo. Sem elas as reações não acontecem, ou acontecem muito lentamente, o que prejudica o bom funcionamento do corpo. Vitamina Para o que é bom Onde encontrar A Visão Leite, queijo, iogurte, legumes Frutas e legumes de cor laranja: cenoura, laranja B12 Ficar forte Ovos C Sistema imunológico Limão, laranja, acerola D Ossos Leite, queijo, iogurte E Envelhecimento Espinafre, sementes de girassol K Sangue Verduras de cor verde- escura: espinafre, couve, agrião A Pirâmide alimentar - criada nos EUA/1992 - divide os alimentos em grupos básicos e demonstra a forma mais correta de se alimentar em termos proporcionais diariamente (PT – 10 a 15%; CH 55 -60% e LIP 25 – 30%) RDC n°39/2001 – é um instrumento sob forma gráfica de orientação da população para uma alimentação saudável. Diferentes populações possuem diferentes fatores, como hábitos alimentares, disponibilidade de alimentos Adaptação as necessidades Brasileiras A Pirâmide alimentar objetiva promover mudanças de hábitos alimentares enfatizando a proporcionalidade, moderação e variedade dos alimentos, visando a saúde do indivíduo e prevenção de doenças. Segundo Pedro Escudeiro - PT – 10 a 15% CHO - 55 -60% LIP - 25 – 30% Guias Alimentares da população Brasileira PT – 10 a 15% CHO - 55 -75% LIP - 25 – 30% PIRÂMIDE ALIMENTAR ADAPTADA À REALIDADE BRASILEIRA - Antiga - Grupo do arroz, pão, massa, batata, mandioca: destacou-se a presença do arroz integral, pão de forma integral, pão francês integral, farinha integral, biscoito integral, aveia, e inclusão da quinoa e do cereal tipo matinal; - Grupo das frutas: houve o realce maior para as frutas regionais: caju, goiaba, graviola e a inclusão dos sucos e salada de frutas. - Grupo das verduras e legumes: foram incluídas as folhas verdes escuras, repolho, abobrinha, berinjela, beterraba, brocolis, couve flor, cenoura com folhas, e a salada com diferentes vegetais. - Grupo do leite, queijo e iogurte: maior visibilidade a todos os alimentos do grupo como fonte importante de riboflavina (B2) e principal fonte de cálcio na alimentação. Iogurte apresenta alto valor nutricional. - Grupo das carnes e ovos: maior destaque para os peixes do tipo salmão e sardinha e peixes regionais e para os cortes mais magros e grelhados, frango sem pele e ovos. - Grupo dos feijões e oleaginosas: o feijão e a soja como preparação culinária, a lentilha e o grão de bico, e as oleaginosas como castanha do Brasil e castanha de caju - Grupo dos óleos e gorduras: houve destaque para o azeite. - Grupo de açúcares e doces: colocou-se o chocolate e o açucareiro Dieta de 2000 calorias/dia 6 refeições ao dia Prática no mínimo de 30 minutos de atividade física diariamente BASE DA PIRÂMIDE ALIMENTAR Composta por alimentos fontes de energia (Cereais, Tubérculos e Raízes). Devem ser consumidos em várias refeições, já que são os principais fornecedores de energia do organismo. Por exemplo: Café da manhã: Cereais ou pães. Almoço e jantar: arroz, macarrão, batata. 6 porções 1 porção equivale a 150 Kcal EXEMPLOS DE PORÇÃO (medida caseira) Arroz cozido (branco ou integral) - 4 colheres (sopa) Batata cozida - 1 1/2 unidade Pão de forma - 2 fatias Pão francês - 1 unidade Cereal matinal sucrilhos - 1 xícara (chá) Macarrão cozido - 3 1/2 colheres (sopa) SEGUNDO NÍVEL Representa os alimentos ricos em fibras, sais minerais, vitaminas e água, ou seja, HORTALIÇAS E FRUTAS. 3 porções 1 porção equivale a 15 Kcal Acelga crua picada - 9 colheres (sopa) Alface - 15 folhas Berinjela cozida - 2 colheres (sopa) Beterraba - 2 colheres (sopa) Pepino - 4 colheres (sopa) Pimentão cru - 3 colheres (sopa) Tomate - 4 fatias GRUPO HORTALIÇAS EXEMPLOS DE PORÇÃO – medida caseira Devem entrar nas principais refeições, em forma de saladas, refogados ou incorporados a outros pratos. GRUPO FRUTAS 3 porções 1 porção equivale a 35 Kcal Banana prata - 1/2 unidade Goiaba - 1/4 unidade Laranja pêra - 1 unidade Maçã - 1/2 unidade Mamão papaya - 1/3 unidade Manga - 1/2 unidade Melancia e melão - 1 fatia EXEMPLOS DE PORÇÃO – medida caseira Deve entrar na alimentação em grande variedade, e são boas opções como complementos de lanches, sobremesas e sucos. TERCEIRO NÍVEL A adaptação brasileira subdividiu este nível de acordo com qualidade protéica de cada tipo de alimento, hábitos alimentares e a contribuição de micronutrientes de cada tipo de alimento. São a principal fonte de cálcio, responsável pelo crescimento dos ossos. Também fornecem proteínas, necessárias para o crescimento. GRUPO LEITE E DERIVADOS 3 porções 1 porção equivale a 120 Kcal Iogurte integral natural - 1 copo Leite em pó integral - 2 colheres (sopa) Leite semi desnatado - 1 copo (requeijão) Queijo de minas - 1 1/2 fatia Queijo mussarela - 3 fatias Queijo prato - 2 fatias Requeijão - 1 1/2 colher (sopa) EXEMPLOS DE PORÇÃO – medida caseira GRUPO CARNES E OVOS 1 porção 1 porção equivale a 190 Kcal São ainda fontes de vitaminas do Complexo B, ferro, fósforo, magnésio, zinco e outros minerais. Devem ser consumidas nas refeições principais, como almoço e jantar. GRUPO DAS LEGUMINOSAS EXEMPLOS DE PORÇÃO – medida caseira 1 porção 1 porção equivale a 55 Kcal Feijão cozido - 1 concha Grão de bico cozido - 1 1/2 colher (sopa) Lentilha cozida - 2 colheres (sopa) Soja cozida - 1 colher de servir Este grupo fornece a maior parte da proteína da alimentação básica do brasileiro. São colocadas à parte por não possuem os mesmos valores nutritivos que as carnes e ovos. Bife grelhado - 1 unidade Carne de peru tipo blanquet - 15 fatias Peito de frango grelhado - 1 unidade Lingüiça de porco cozida - 1 gomo Merluza cozida - 2 filés Ovo mexido - 1 unidade EXEMPLOS DE PORÇÃO 1 porção 1 porção equivale a 110 Kcal Açúcar mascavo - 1 colher (sopa) Açúcar refinado - 1 colher (sopa) Glucose de milho (Karo) - 2 colheres (sopa) Mel - 2 1/2 colheres (sopa) EXEMPLOS DE PORÇÃO – medida caseira GRUPO AÇÚCARES Representa alimentos ricos em GORDURAS e AÇÚCARES e por serem altamente calóricos, grandes porções ou o freqüente consumo destes alimentos, inibem o apetite para alimentos mais saudáveis e podem promover a obesidade infantil TOPO DA PIRÂMIDE GRUPO GORDURAS 1 porção 1 porção equivale a 73 Kcal Azeite de oliva - 1 colher (sopa) Bacon - 1/2 fatia Manteiga - 1/2 colher (sopa) Margarina - 1/2 colher (sopa) Margarina light - 1 colher (sopa) EXEMPLOS DE PORÇÃO – medida caseira Tipos de guias de alimentação Pirâmide Alimentar Brasileira Nova Roda dos Alimentos de Portugal (México, Grã- Bretanha) Pagode da China. 37 Pirâmide dos Estados Unidos em 1992 pelo USDA gorduras e óleos, •carboidratos complexos, batata 20% •generosas de verduras e •Legumes, Harvard, 2003 •Atividade física •Alimentos integrais •Separa de tipos gorduras •Controle de bebidas alcoólicas. 38 Nova 2005 •Cereais (na cor laranja): cereais integrais diários 500 gramas, almoço (225 gramas) • Legumes (na cor verde): de preferência cor verde-escura, os vegetais alaranjados (cerca de 600 gramas/pessoa) •Frutos (na cor vermelha): frutos variados, de preferência frescos, mas podem ser igualmente frutos secos, congelados, enlatados, cristalizados, 400 gramas. • Lacticínios (na cor azul): de preferência desnatados, 600 gramas/pessoa. • Carne e peixe (na cor lilás) e aves e proteínas vegetais como feijão, fava: até às 150-180/pessoa atividade física, 30-60 minutos. 40 Grupos Americana Brasileira Cereais 6 - 11 6 Frutas 2 - 4 3 Hortaliças 3 - 5 3 Leite e derivados 2 - 3 3 Carnes 2 - 3 (inclui leguminosas) 1 Leguminosas - 1 Açucares Consumo moderado 1 Gorduras 1 41 Tabela comparativa entre as porções Americana e brasileira DISTRIBUIÇÃO DOS NUTRIENTES NOS ALIMENTOS Os alimentos estão distribuídos na pirâmide em 4 níveis de acordo com o nutriente que mais se destaca na sua composição Propriedades fisico-química Estado físico Natureza - Inorgânicos e orgânicos Composição química - proteínas, lipídios, carboidratos, vitaminas e minerais. A classificação dos alimentos quanto as propriedades físico-química: • Muito ácido (pH < 4,0): picles, molho catchup, suco de abacaxi, maioneses. • Ácidos (4,0 < pH < 4,5): extratos e molhos de tomate, sucos de laranja. • Pouco ácido (pH > 4,0): carne, leite, queijo, manteiga. Alimento Processado É todo material alimentício, devidamente acondicionado, que possui uma vida útil acima da alcançada em estado natural, sendo utilizado para isso métodos físicos, químicos e/ou físico- químicos. É toda substância de origem animal, vegetal ou mineral, em estado bruto, que para ser utilizada como alimento, precisa sofrer um tratamento e/ou transformação de natureza química, física ou biológica. Podem ser classificadas de acordo com sua estabilidade em: perecíveis, semiperecíveis e não perecíveis. Perecíveis - são matérias-primas que se alteram rapidamente, a menos que sejam submetidas a processos de conservação. Geralmente requerem baixas temperaturas de estocagem para melhor estabilidade - vida útil de alguns dias quando refrigerados e de meses quando congelados. Exemplos: leite, carnes frescas, frutas e hortaliças. Semi-perecíveis – possuem estabilidade aumentada em decorrência de técnicas aplicadas em seu processamento. A estabilidade pode ser estendida por 30 a 90 dias, quando mantidas em refrigeração. Exemplos: produtos cárneos defumados, queijos curados. Não perecíveis - podem ser estocadas a temperaturas ambiente por um período de tempo prolongado, sem que haja crescimento microbiano suficiente para se caracterizar a deterioração. Exemplos: cereais, grãos, produtos desidratados e produtos enlatados. ALIMENTOS SIMPLES - São aquelas substâncias que por ação de enzimas dos sucos digestivos são transformadas em metabólitos (açúcares, lipídios, proteínas). ALIMENTOS COMPOSTOS São substâncias de composição química variada e complexa, de origem animal ou vegetal, ou formada por uma mistura de alimentos simples (leite, carne, frutas, etc). ALIMENTOS APTOS PARA O CONSUMO ou Genuíno São aqueles que respondendo às exigências das leis vigentes, não contém substâncias não autorizadas que constituam adulteração, vendendo-se com a denominação e rótulos legais. Alimento Adulterado – alimento impuro, impróprio ou nocivo a saúde. De acordo com a Lei Federal 9.677/98, a adulteração de alimentos é configurada como crime hediondo contra a saúde pública. Alimento Alterado – quando a composição química e as características organolépticas foram alteradas por processos físicos, químicos ou microbianos, que podem ocorrer durante a sua fabricação, conservação ou transporte. Alimento Falsificado - alimento elaborado com a finalidade de copiar a aparência e características gerais de outro alimento legítimo, e se denominam como este, porém não são. Alimento Contaminado – alimentos contaminados por patogênos ou substâncias químicas. Alimentos secos ( em pó ou granulares); Alimentos líquidos ; Alimentos semi-sólidos (queijos duros e chocolate); Alimentos úmidos (carnes, peixes e vegetais); Alimentos semiviscosos e pastosos (pudins, molhos, etc.) e alimentos líquidos contendo sólidos (compotas de frutas, vegetais em salmoura e produtos enlatados em geral); Alimentos com emulsão (manteiga e margarina); Quanto a Natureza: Orgânicos –energéticos, reguladores e construtores Inorgânicos – sais minerais e água. Composição química – Proteínas, carboidratos, lipidios, vitaminas e minerais GIBNEY, M.J. et al. Introdução à Nutrição Humana. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan, 2005. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica do Adulto – Barueri, SP: Manole, 2002. DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. SÁ, N. G de. Nutrição e Dietética. 7ª. Ed. Ver. E atual. – São Paulo: Nobel, 1990. GIBNEY, M.J. et al. Introdução à Nutrição Humana. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan, 2005. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica do Adulto – Barueri, SP: Manole, 2002. DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. SÁ, N. G de. Nutrição e Dietética. 7ª. Ed. Ver. E atual. – São Paulo: Nobel, 1990. Biblioteca_1052976.pdf ALIMENTOS FUNCIONAIS Material didático – Aula 2 Prof. – Fernanda Boudou ALIMENTOS FUNCIONAIS Os alimentos funcionais ou nutracêuticos são alimentos ou substancias biologicamente ativas que colaboram para melhorar o metabolismo e prevenir problemas de saúde. Nutrientes isolados, suplementos alimentares, ervas e lactobacilos devem ser incluídos na categoria de funcionais. • Os produtos que são vendidos e consumidos como alimentos são funcionais e aqueles que um componente, em particular, foi isolado e é vendido na forma de barras, cápsulas, pós, entre outros são nutracêuticos. • Esses alimentos possuem potencial para promover a saúde através de mecanismos não previstos através da nutrição convencional, devendo ser salientado que esse efeito restringe- se à promoção da saúde e não à cura de doenças (Sanders, 1998). • Além de fornecerem energia para o corpo e nutrição adequada, produzem efeitos que promovem benefícios à saúde, auxiliando na redução e prevenção de doenças: - promovem o aumento da capacidade de defesa do organismo. - apresentam atividade antioxidante, prevenindo câncer. - melhora da flora intestinal, redução do colesterol , da pressão arterial, propriedades antiviral e antibacteriana outros. • O consumo regular desses alimentos pode ser uma alternativa para conter o avanço dessas doenças e fazer com que as pessoas se conscientizem que a alimentação tem um papel fundamental sobre a saúde delas. • Os consumidores estão cada vez mais conscientes da ligação entre saúde e nutrição. A tendência atual é dar preferência à prevenção e não à cura de doenças. Mecanismo de ação • atividade antioxidante; • detoxificação de enzimas; • estimulação do sistema imune; • redução do colesterol e da pressão arterial; • propriedades antiviral e antibacteriana. ANTIOXIDANTES • Os antioxidantes são um conjunto heterogêneo de substâncias (vitaminas, minerais, entre outros) naturais que bloqueiam o efeito danoso dos radicais livres. • O termo antioxidante significa "que impede a oxidação de outras substâncias químicas", as quais ocorrem nas reações metabólicas ou por fatores exógenos. ANTIOXIDANTES • Vitamina C • Vitamina E • Betacaroteno • Flavonóides • Selênio • Zinco • Licopeno • Cobre • Compostos fenólicos PROBIÓTICOS E PREBIÓTICOS • Os probióticos são microrganismos vivos que podem ser agregados como suplementos na dieta, afetando de forma benéfica o desenvolvimento da flora microbiana no intestino. • Os prebióticos são oligossacarídeos (fibras) não digeríveis, porém fermentáveis cuja função é mudar a atividade e a composição da microbiota intestinal com a perspectiva de promover a saúde do hospedeiro. As fibras dietéticas e os oligossacarídeos não digeríveis são os principais substratos de crescimento dos microrganismos dos intestinos. EXEMPLOS DE COMPONENTES FUNCIONAIS DOS ALIMENTOS COMPONENTE FONTE ATIVIDADE NUTRACÊUTICA Carontenóide ( betacaroteno, licopeno) Vegetais e frutos amarelos e alaranjados Neutralizam os RL, protegem CA de próstata Ac. Graxo ômega-3 e 6 Peixe, azeite de oliva Memória, visão e previnem DCNT Flavonóides Frutas, chás, Neutralizam RL e previnem CA Fenóis Frutas cítricas, hortaliças Antioxidante, previnem doenças degenerativas Isotiocianatos Vegetais crucíferos (couve- flor e outros) Antioxidante, reduzem risco de CA Pré e probióticos Iogurte, cebola, Flora intestinal EXEMPLOS DE COMPONENTES FUNCIONAIS DOS ALIMENTOS COMPONENTE FONTE ATIVIDADE NUTRACÊUTICA Fitoesterópides Milho, soja, trigo ↓ colesterol sanguíneo Saponinas Soja e derivados ↓ LDL colesterol ,enzimas anti CA Fitoestrogênio Soja e derivados ↓ sintomas da menopausa, proteção cardiovascular, ↓ LDL e triglicerídeos Lignanas Linhaça, vegetais menopausa Sulfitos Alho, cebola, vegetais crucíferos Sistema imune, ↓ LDL Taninos Chocolate, uva, frutas vermelhas Melhoram função urinária, ↓ risco de DCV (Doenças Cardiovasculares) • Baseada em alimentos funcionais - alimentos que exercem funções importantes além da nutrição, como diminuição do colesterol sanguíneo, prevenção do aparecimento de câncer, etc. PIRÂMIDE ALIMENTAR FUNCIONAL PIRÂMIDE ALIMENTAR FUNCIONAL DIFERENÇAS PARA A PIRÂMIDE TRADICIONAL Os cereais refinados que encontravam-se na base da pirâmide passam a estar no topo, prevalecendo a importância das fibras e outros nutrientes dos alimentos integrais; A carne vermelha e a manteiga estão também a fazer parte do topo da pirâmide, devido à sua composição rica em gordura saturada. Até agora nenhum órgão de saúde brasileiro recomenda a utilização desta nova pirâmide – em estudo. As maiores diferenças : GIBNEY, M.J. et al. Introdução à Nutrição Humana. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan, 2005. CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica do Adulto – Barueri, SP: Manole, 2002. DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. SÁ, N. G de. Nutrição e Dietética. 7ª. Ed. Ver. E atual. – São Paulo: Nobel, 1990. Referências bibliográficas • GIBNEY, M.J. et al. Introdução à Nutrição Humana. Rio de Janeiro. Ed. Guanabara Koogan, 2005. • CUPPARI, L. Guia de Nutrição: Nutrição Clínica do Adulto – Barueri, SP: Manole, 2002. • DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. • TEXEIRA NETO, F. Nutrição clínica. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2003. • MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. • SÁ, N. G de. Nutrição e Dietética. 7ª. Ed. Ver. E atual. – São Paulo: Nobel, 1990. Biblioteca_1052978.pdf MACRONUTRIENTES – PROTÉINA MATERIAL DIDÁTICO – AULA 3 PROF. - FERNANDA BOUDOU CONCEITOS Proteína vem do grego protos = primeiro - primeiro lugar, mais importante Contem Carbono, Hidrogênio, Oxigênio e 16% de Nitrogênio São macromoléculas resultantes da condensação de moléculas aminoácidos (aa) através da ligação peptídica Ligação peptídica - conecta a extremidade ácida de aa com a extremidade amino de outro formando uma ligação em uma cadeia protéica. CONCEITOS As proteínas são polipeptídios que resultam na condensação de milhares de moléculas de aminoácidos. As proteínas são formadas por 20 aminoácidos em diversas proporções CONCEITOS Todos os aminoácidos tem a mesma estrutura básica – um átomo de carbono ( C ) central com um hidrogênio (H ), um grupo amino (NH2) e um grupo ácido (COOH). Porém os átomos de carbono precisam formar quatro ligações. Nessa quarta ligação é que se distingue cada aminoácido. CLASSES DE AMINOÁCIDOS: Classificados como: Essenciais, Não-essenciais, Condicionalmente essenciais. a) ESSENCIAIS - como indica a palavra essencial, esses aa são necessários na dieta e não podem ser deixados de fora Não são sintetizados endogenamente OU por completo. Problemas genéticos que resultam na deficiência de síntese de alguns aminoácidos levam ao desenvolvimento de sérias doenças A falta ocasiona alterações nos processos bioquímicos e fisiológicos e na síntese proteica Nove aminoácidos são classificados como essenciais. . HISTIDINA, ISOLEUCINA, LEUCINA, LISINA, METIONINA, FENILALANINA, TRIPTÓFANO, VALINA, TREONINA CLASSES DE AMINOÁCIDOS: b) NÃO-ESSENCIAIS - O corpo é capaz de sintetizar os aa sozinhos São igualmente importantes na estrutura protéica, no entanto se houver deficiência na ingestão pode ser sintetizado em nível celular a partir de aminoácidos essenciais ou de precusores contendo carbono e nitrogênio, ou seja as proteínas presentes nos alimentos fornecem esses aa, mas não é essencial que forneçam. O corpo pode produzir aa não-essenciais recebendo nitrogênio para formar o grupo amino e fragmentos de carboidrato ou gordura. São: Alanina, Asparagina, ác. Aspártico, ác. Glutâmico e Serina. Alguns autores consideram os condicionalmente essenciais também não–essenciais resultando em 11 aa, e por motivos fisiológicos passam a ser chamados condicionalmente essenciais. CLASSES DE AMINOÁCIDOS: c) CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS – às vezes um aa não-essencial se torna essencial sob circunstâncias especiais. Sob certa condições fisiológicas ou em função de uma determinada condição clínica, esses aminoácidos, que são normalmente sintetizados pelo organismo não são dispensáveis, devem ser consumidos na dieta. - podem ser considerados essenciais para o organismo São eles: Arginina, Cisteína, Glutamina, Glicina, Prolina e Tirosina. Glutamina: atuam como nutriente energético para as células imunológicas. Arginina: papel importante na cicatrização de feridas CLASSES DE AMINOÁCIDOS: CONT. CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS. Estresse fisiológico grave, doença e desordens genéticas também podem tornar um aa condicionalmente indispensável. Como : Sintetiza Tirosina a partir da fenilalanina : O corpo normalmente utiliza o aa essencial fenilalanina para produzir Tirosina , logo se a dieta não fornecer fenilalanina suficiente ou o corpo não conseguir realizar a conversão (devido doença fenilcetonúria), a Tirosina se torna condicionalmente essencial (vai ser essencial)devido a condição clínica. fenilalanina - peixe, ovo, carne, leite Tirosina - peixe, abacate e nozes CLASSES DE AMINOÁCIDOS: CONT. CONDICIONALMENTE ESSENCIAIS. O organismo humano pode sintetizar a Cisteína a partir do aa essencial metionina. Entretanto quando a dieta é pobre em metionina, a cisteina deve ser consumida, tornando este um aminoácido indispensável durante este período. Quando a CISTEÍNA é exposta ao ar e sob determinada condições fisiológicas (incluindo no interior da proteína), a cisteína se oxida formando a CISTINA, composta por 2 cisteínas. A cisteína é encontrada em: alho, cebola,brócoles, outros A Cistina é encontrada no soro do leite bovino não tratado e leite materno. PROTEÍNAS - ESTRUTURA Uma proteína pode se apresentar em diferentes graus de estruturação: Primária, secundária, terciária, quaternária São mantidas por vários tipos de ligação e/ou interações entre os vários grupos funcionais dos aminoácidos que as compõem. PROTEÍNAS – ESTRUTURA Estrutura primária - Ligações covalentes entre os resíduos - estrutural plana: Ligação peptídica e Pontes dissulfeto Estrutura secundária - Estrutura primária + Pontes de hidrogênio entre átomos da cadeia principal Estrutura terciária - Estrutura secundária + Ligações não- covalentes entre átomos da cadeia lateral com outros átomos da cadeia lateral ou cadeia principal Ligações : Interações hidrofóbicas , Interações eletrostáticas , Pontes de hidrogênio e Pontes salinas Estrutura quaternária - Ligações não-covalentes entre átomos de cadeias terciárias distintas em multímeros ou quando uma proteína tem duas ou mais cadeias (ou subunidades) polipeptídica PROTEÍNA - COMPOSIÇÃO QUÍMICA: As proteínas podem ser: EXÓGENAS ( provenientes da dieta) ENDÓGENAS( degradação das proteínas celulares do próprio organismo). As proteínas da dieta pela digestão e subsequente absorção pelo intestino fornecem aminoácidos ao organismos. A função básica da proteína é o fornecimento de aa para formação e manutenção do tecido corporal. Mas ela cumpre diversas funções: reguladoras, defesa, transporte dos fluidos biológicos, balanço hídrico e função hormonal. PROTEÍNAS - CLASSIFICAÇÃO De acordo com a natureza química Quanto ao Número de Cadeias Polipeptídicas Quanto à Forma De acordo com seu papel biológico De acordo com seu valor nutritivo CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA : PROT. SIMPLES, CONJUGADAS E DERIVADAS a) Proteínas simples, homoproteínas ou holoproteínas: São as que por hidrólise, fornecem exclusivamente os aa. Ex: glicil-alanina + água = glicina + alanina Estas proteínas de acordo com a solubilidade, as condições de coagulação, o comportamento frente a um aquecimento, as precipitações com sais, são agrupadas em: CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA : PROT. SIMPLES, CONJUGADAS E DERIVADAS Protoaminas (salmina, chupeína e estorina- espermas de peixes); Histonas(escombrina-esperma de cavalo); Albuminas: ovoalbumina (clara de ovo), lactoglobulina ( leite), soroalbumina (soro sanguíneo); Globulinas: ovoglobulina (ovo), lactoglobulina (leite), soroalbulina (soro sangüíneo), amandina (amêndoas); Glutelinas(: glutenina (trigo). Prolaminas ou gliadinas: zeína (milho), gliadina (trigo), linina (malte). Albuminóides: queratina (cabelo, cascos, unhas, chifres), fibroína (seda), elastina (tendões). CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA : PROT. SIMPLES, CONJUGADAS E DERIVADAS (Proteinas simples – detalhada natureza química) Protoaminas: são proteínas de caráter básico, solúveis em água e incoaguláveis pelo calor. Ex: salmina (esperma de salmão), chupeína (esperma de arenque), estorina (esperma de esturjão). Histonas: proteínas solúveis em água e insolúveis em solução de amônia e coaguláveis pelo calor. Ex: escombrina (esperma de cavalo). CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Cont. Proteinas simples – detalhada natureza química) Albuminas: são proteínas solúveis na água, solúveis em soluções diluídas de sais e coaguláveis pelo calor. Ex: ovoalbumina (clara de ovo), lactoglobulina (leite), soroalbumina (soro sanguíneo) Globulinas: são proteínas insolúveis em água, solúveis em solução de sais e coaguláveis pelo calor. Ex: ovoglobulina (ovo), lactoglobulina (leite), soroblobulina (soro sangüíneo), amandina (amêndoas). CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Cont. Proteinas simples – detalhada natureza química) Glutelinas: são proteínas insolúveis em água, solúveis em soluções de ácidos ou bases e, coaguláveis pelo calor. Ex: glutenina (trigo). Prolaminas ou gliadinas: são proteínas insolúveis em água, em soluções de sais, soluções de ácidos e soluções de bases. Ex: zeína (milho), gliadina (trigo), linina (malte). Albuminóides: são proteínas que apresentam função de suporte ou proteção; são insolúveis em água, soluções de sais e soluções de bases. Ex: queratina (cabelo, cascos, unhas, chifres), fibroína (seda), elastina (tendões). CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA b) Proteínas conjugadas, complexas ou heteroproteínas: são as que por hidrólise, produzem aa ao lado de outros compostos denominados núcleo prostético ou grupo prostético. c) Grupo prostético - é parte da proteína que não é aminoácido – Ou seja, combinações de molécula não-proteíca unidas a uma molécula protéica. d) De acordo com a natureza do grupo prostético, as heteroproteínas podem ser: CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Cont. Proteínas conjugadas, Glicoproteínas: grupo prostético = glicídeo. Ex: mucina (saliva), osseomucóide (ossos), gonadotrofina coriônica (ovário), etc. Fosfoproteínas: grupo prostético = ácido fosfórico. Ex: caseina (leite), vitelina (gema do ovo). Cromoproteínas: grupo prostético = pigmento (substância colorida). Ex: hemoglobina (sangue dos vertebrados), clorofila (vegetais verdes), etc. CLASSIFICAÇÃO - DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA b) Cont. Proteínas conjugadas, Nucleoproteínas: grupo prostético = ácido nucleico (RNA ou ARN = ácido ribonucleico e DNA ou ADN = ácido desoxirribonucleico) Ex: citoglobulinas (citoplasma), nucleoplasma (núcleos celulares). Metaloproteínas: grupo prostético = metal. Ex: hemoglobina (sangue). Lipoproteínas: grupo prostético = ácidos graxos . As liproproteínas, tal como LDL e HDL, são ligadas com lipídeos. c) Proteínas derivadas: São as derivadas da hidrólise parcial de proteínas naturais, e inclui as substâncias formadas a partir de proteínas simples e conjugadas. Subdivididas em proteínas derivadas primárias e proteínas derivadas secundárias. CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA c) Cont.Proteínas derivadas: I. Proteínas derivadas PRIMÁRIAS - Estas derivadas de proteína são formados por processos que causam apenas mudanças leves na molécula da proteína e em suas propriedades. Não há digestão hidrolítica das ligações peptídicas. II. As proteínas derivadas primárias são sinônimas de proteínas desnaturadas. CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA c) Cont.Proteínas derivadas PRIMÁRIAS - CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Proteanas São produtos insolúveis formados pela ação de água, ácidos diluídos ou enzimas. Eles são formados particularmente de certas globulinas, mas diferem das globulinas por serem insolúveis em soluções salinas diluídas. Metaproteínas São formados por ação adicional de ácidos e álcalis sobre as proteínas. Elas são geralmente solúveis em ácidos e álcalis diluídos, mas são insolúvel em solventes neutros. Proteínas coaguladas São produtos insolúveis formados pela ação de calor ou álcool sobre proteínas naturais. Produtos semelhantes também podem ser formadas por ação de luz ultravioleta, raios x ou pressão muito alta. Ex.: albumina de ovo cozida, carne cozida e outras proteínas, proteínas precipitadas pelo álcool. c) Cont.Proteínas derivadas: II. Proteínas derivadas SECUNDÁRIAS Estas substâncias são formadas na digestão hidrolítica progressiva das ligações peptídicas das moléculas de proteína. CONT. CLASSIFICAÇÃO DE ACORDO COM A SUA NATUREZA QUÍMICA Podem ser: Monoméricas e Oligoméricas: a) Proteínas Monoméricas - Formadas por apenas uma cadeia polipeptídica. b) Proteínas Oligoméricas - Formadas por mais de uma cadeia polipeptídica; São as proteínas de estrutura e função mais complexas. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS QUANTO AO NÚMERO DE CADEIAS POLIPEPTÍDICAS a) Proteínas Fibrosas - Na sua maioria, são insolúveis nos solventes aquosos e possuem pesos moleculares muito elevados. CONT. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS QUANTO À FORMA - FIBROSAS E GLOBULARES Incluem: colágeno do tecido conjuntivo, as queratinas dos cabelos, a conchiolina das conchas dos moluscos, ou ainda a fribrina do soro sanguíneo ou a miosina dos músculos. . b) Proteínas Globulares - De estrutura espacial mais complexa, são mais ou menos esféricas, geralmente solúveis nos solventes aquosos e os seus pesos moleculares situam-se entre 10.000 e vários milhões e facilmente desnaturadas. CONT. CLASSIFICAÇÃO DAS PROTEÍNAS - QUANTO À FORMA Nesta categoria situam-se as albuminas e globulinas do sangue, plasma e hemoglobinas, globulinas das sementes do feijão e soja, caseínas do leite, albumina do ovo. PROTEÍNAS – DESNATURAÇÃO Ocorre quando as proteínas se desenrolam, perdem suas formas e consequentemente sua capacidade de funcionar Ocorre com a quebra das ligações secundárias e terciárias e geralmente é irreversível. Os fatores que causam a desnaturação: • Calor: ↑ 10°C • Radiação UV: mudança na conformação, ruptura de ligação covalente, ionização. • pH: >10,0 ou < 3,0 • ↓ solubilidade • Mudança na capacidade de ligar água • Perda da atividade biológica • ↑ viscosidade • Dificuldade de cristalização • ↑ reatividade química e outros PROTEÍNAS – DESNATURAÇÃO É utilizada na indústria de alimentos para inativação de enzimas indesejáveis que impediriam a sua conservação e permite que no cozimento a proteína seja mais bem utilizada pelo organismo. A cor branca da clara do ovo cozido deve-se à desnaturação de sua proteína que é a ovoalbumina. a) Proteínas Estruturais ou de Construção: são as responsáveis pela construção dos tecidos. Colágeno (ossos, cartilagem, tendões e pele); Queratina (pelos, cabelo, unha); Miosina (músculos responsáveis pela contração); Albumina (plasma sangüíneo); Hemoglobina (hemáceas – transporta gases). b) Proteínas Reguladoras: são as que controlam e regulam as funções orgânicas. Enzimas (são catalisadoras das reações do metabolismo: amilase, maltase, pepsina, etc) Hormônios (regulam as funções orgânicas: insulina, gastrina e etc) CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO: ESTRUTURAIS, REGULADORAS, PROTETORAS, BALANÇO HÍDRICO, FUNÇÃO HORMONAL, RESERVA, COAG.SANGUÍNEA E TRANSPORTE ENZIMAS: • São catalisadores biológicos formados por longas cadeias de aminoácidos • Função de viabilizar as atividades das células quebrando-as ou juntando-as. - amilase, maltase, pepsina, etc • A atividade enzimática controlada, pelo organismo, através da liberação ou captação de inibidores PROTEÍNAS c) Proteínas Protetoras ou de Defesa: A proteína é utilizada para a síntese de leucócitos e anticorpos que ajudam na defesa contra doenças e infecções. Ex.: Antitoxinas: neutralizam as toxinas dos agentes de infecção, como as bactérias; Aglutininas: aglutinam certos agentes de infecção; Opsoninas: tornam os agentes de infecção mais facilmente atacados pelos fagócitos; Lisinas: dissolvem certos agentes de infecção CONT. CLASSIF. DAS PROT. - DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO d) Balanço hídrico: Ajudam no controle do balanço hídrico por todo o organismo por exercer função osmótica. EX: ALBUMINA. e) Função Hormonal – Muitos hormônios são, na verdade, proteínas especializadas na função de estimular ou inibir a atividade de determinados órgãos, sendo portando reguladores do metabolismo. Ex. o hormônio pancreático insulina que, lançado no sangue, contribui para a manutenção da taxa de glicemia . Também hormònio do crescimento, corticotrofina, etc. CONT. CLASSIF. DAS PROT. - DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO f) Reserva – Sementes de plantas armazenam proteínas para a germinação. Ex. gliadina do trigo, albumina do ovo e a caseína do leite. g) Coagulação sangüínea - vários são os fatores da coagulação que possuem natureza protéica. EX: fibrinogênio, globulina anti-hemofílica CONT. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO CONT. CLASSIF.DAS PROT. DE ACORDO COM O PAPEL BIOLÓGICO h) Transporte – Muitas proteínas são transportadoras de nutrientes e metabólitos entre fluidos e tecidos. EX: Na forma de lipoproteínas participa no transporte de triglicerídeos, colesterol, fosfolipídes e vitaminas lipossolúveis. A hemoglobina é uma proteína que transporta oxigênio dos alvéolos para os tecidos e gás carbônico dos tecidos para os pulmões. Transferrina carreador de ferro no sangue *O excesso de PTN, aumenta a gordura, problemas cardiovasculares, comprometimento dos rins(toxidade) e aumento do ácido úrico. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O VALOR NUTRITIVO PROTEINAS COMPLETAS E INCOMPLETAS O valor biológico de uma proteína é determinado pelo conteúdo absoluto em aa essenciais e pela relação ponderal dos a.a. essenciais e os a.a. não essenciais (BELITZ, 1999). • A natureza da proteína e o padrão dos aa influenciam sua qualidade dietética. a) PROTEÍNAS COMPLETAS (ALTO VALOR BIOLOGICO) Contêm todos os aminoácidos essenciais em quantidade e proporção suficientes para atingir as necessidades corporais. As proteínas de origem animal são em sua grande maioria consideradas como referência em termos de composição de aminoácidos. Ex: ovo, leite, queijo,carne,ave e peixe, soja (Produtos de soja são as únicas fontes vegetais de proteínas completas) CONT. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O VALOR NUTRITIVO b) PROTEÍNAS INCOMPLETAS – BAIXO VALOR BIOLÓGICO São deficientes em 01 ou mais aminoácidos essenciais. Geralmente de origem vegetal ( grãos, legumes,nozes, sementes) Limitantes do valor nutritivo AMINOÁCIDO LIMITANTE – é o aa essencial que esta em pequena quantidade ou ausente no alimento CONT. CLASSIF. DAS PROT. DE ACORDO COM O VALOR NUTRITIVO b) Cont. proteinas imcompletaas - baixo valor biológico Fonte proteica Amino ácido limitante Trigo, cereias (cereais) Lisina Arroz (cereais) Lisina Legumes Triptofano Trigo e centeio Treonina Milho, cereais Lisina and triptofano Feijão (leguminosas) Metionina (or cisteina) ovos, frango Nenhum; referência para proteína absorvida ESTRATÉGIAS PARA MELHORAR A QUALIDADE DA PROTEINA: As proteínas vegetais contribuem para a ingestão protéica total da população = BAIXO CUSTO. • Uma mistura adequada de cereais (TRIGO, MILHO,ARROZ) deficiente em LISINA com leguminosas (FEIJÃO,ERVILHAS) deficiente em METIONINA e CISTEÍNA, consumidos em uma mesma refeição em proporções balanceadas pode apresentar valores nutricional equivalentes as de origem animal. • A MISTURA DE DIFERENTES FONTES VEGETAIS COMO LEGUMINOSAS E CEREAIS PROPORCIONA COMBINAÇÃO DE ALTO VALOR BIOLÓGICO PROTEÍNAS – RECOMENDAÇÕES OMS – ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION FAO/OMS/UNU,1985 CRIANÇAS PROTEÍNA DE BOA QUALIDADE (g/kg/dia) 1,1 - 2,0 1,20 2,1 - 3,0 1,15 3,1 - 5,0 1,10 5,1 - 12 anos 1,0 WHO,2003 10 a 15 % do VET 0,8 a 1,0 g/kg de peso/dia Hipoprotéica < 0,8 g/kgP/dia <10 % VET Normoprotéica 0,8 -1,0 g/kgP/dia 10 -15% VET Hiperprotéica > 1,0 g/kgP/dia > 15% VET PROTEÍNAS – DEFICIÊNCIA: DESNUTRIÇÃO: • Definida como estado patológico de diferentes graus de intensidade e variadas manifestações clínicas. • Quanto a origem: primária(dietética) ou secundária(condicionada) • Na desnutrição primária o consumo inadequado de nutrientes é o determinante. É muito menos comum em adultos • A forma secundária é causada por alguma afecção ou necessidades nutricionais aumentadas. CONT. PROTEÍNAS – DEFICIÊNCIA: cont. DESNUTRIÇÃO: Formas graves: MARASMO e o KWASHIORKOR. A desnutrição em criança compromete a velocidade de crescimento e desenvolvimento, muitas vezes com alterações irreversíveis se a deficiência nutricional ocorrer durante a gestação, lactação ou nos primeiros anos de vida. CARACTERÍSTICAS DO KWASHIORKOR: • Mais comum em crianças entre 18 a 24 meses. • Foram amamentadas no peito por toda a vida e depois foram rapidamente desmamada. (chegada de um irmão). • Trocam o leite materno por uma dieta diluída - • carboidratos e proteínas • • Edemas nos pés, nas pernas, abdome pela falta de proteínas. PROTEÍNAS CARACTERÍSTICAS DO MARASMO: • Apresentam aparência edemaciada • Pouca ou nenhuma gordura corporal • É uma forma crônica de deficiência energética e protéica – inanição básica. • Pode afetar indivíduos de todas as idades com fontes alimentares inadequadas. PROTEÍNAS BIBLIOGRAFIA . WHITNEY, E; ROLFES, S.R. Nutrição 1 – Entendendo os nutrientes. São Paulo: Cengage Learning, 2008 CHEMIN S.M.S.S.; MURA J.D.P. Tratado de Alimentação, Nutrição e Dietoterapia. São Paulo: Roca, 2008. DUTRA-DE-OLIVEIRA J.E., MARCHINI J.S. Ciências Nutricionais – Aprendendo a Aprender. 2ed. São Paulo: Sarvier, 2008. MAHAN L.K.; ESCOTT-STUMP S. Krause - Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 10ed. São Paulo: Roca, 2001. Biblioteca_1065885.pdf FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE NUTRIÇÃO Composição de Alimentos CARBOIDRATOS MATERIAL DIDÁTICO - AULA 4 Prof.: Fernanda Boudou CARBOIDRATOS • São os compostos carbônicos mais abundantes existentes. E para a nutrição é a maior fonte disponível de nutriente presente nos alimentos. O corpo converte os carboidratos em glicose para obter energia imediata e em glicogênio para a energia de reserva. Devido capacidade limitada de armazenamento, todos os carboidratos ingeridos além das necessidades do indivíduo, são convertidos e armazenados na forma de gordura. • 1 g fornece 4 kcal, 50-75% do total de calorias a serem ingeridas COMPOSIÇÃO QUÍMICA São produzidos pelos vegetais, através da fotossíntese. Constituídos de C, H e O. A fórmula geral é (CH₂O)ᶰ, onde n indica o número das proporções repetidas . As formas mais simples são chamadas de açúcares (açúcares simples ou duplos) e as mais complexas ( amido e fibras dietéticas). Quimicamente são: poliidroxialdeídos ou poliidroxicetonas e seus derivados. COMPOSIÇÃO QUÍMICA Possuem na intimidade de sua molécula: água, CO² e energia luminosa (síntese); Os animais não são capazes de sintetizar Carboidratos a partir de substratos simples não- energéticos dependentes dos vegetais para obter essa energia; Maior fonte disponível de nutrientes presentes nos alimentos como: glicose, frutose, galactose, sacarose, lactose, amido e celulose. CLASSIFICAÇÃO DOS CHOs O termo Sacarídeo é utilizado como nome de uma classe de CHO, vindo da palavra saccharum que significa açúcar – uma unidade de sacarídeo é uma unidade única de açúcar. Os CHO são classificados de acordo com o número de unidades de açúcar que fazem parte de sua estrutura: simples e complexos Simples - São substâncias de baixo peso molecular, estruturas pequenas que apresentam 1, 2 unidades de açúcar. Ex.: monossacarídeo (Glicose, frutose, galactose), e dissacarídeo (Maltose, sacarose, lactose) Complexos - São polímeros de peso molecular elevado, grandes, complexos, com várias unidades de sacarídeos Ex.: Polisacarídeo (Amido, Celulose, glicogênio) ESTRUTURA DOS CHO • Monossacarídeos: – São açúcares simples • Glicose, frutose e galactose • Todos os outros CHOs devem ser efetivamente digeridos até esses monossacarídeos para serem absorvidos. ESTRUTURA DOS CHO - Monossacarídeos: GLICOSE: o maior monossacarídeo encontrado no organismo e amplamente distribuído na natureza - frutas, vegetais e mel. ; Também denominada de Dextrose glicose produzida pela hidrolise do amido de milho; Conhecido como Açúcar do sangue refere-se a glicose que é extremamente dependente desta. Mecanismos fisiológicos mantêm as concentrações de glicose sérica adequadas; ESTRUTURA DOS CHO • Cont.Monossacarídeos: – FRUTOSE ou levulose: • É o açúcar simples mais doce ; • As frutas contem de 1 a 7% e o mel até 40%; • Encontrada nas frutas mais doces devido a quebra da sacarose- com o amadurecimento parte das reservas de amido se transformam em açúcar. • Xarope de milho mudança enzimática da glicose do amido de milho em frutose – alimentos processados, frutas enlatadas, bebidas leves • Aumento considerável da ingestão (23%) presente em bebidas, cereais, produtos de panificação e de confeitaria. ESTRUTURA DOS CHO • Cont. Monossacarídeos: – GALACTOSE: – Geralmente não é encontrada como monossacarídeo livre na dieta. Na maioria das vezes vem da digestão do açúcar do leite ou lactose - Presente no leite, produtos lácteos e diversos vegetais e frutas. • Galactosemia: incapacidade que alguns lactentes têm de metabolizar a lactose. A galactose e a frutose são metabolizadas no fígado para incorporação nas vias metabólicas para glicose ou glicogênio. ESTRUTURA DOS CHO • Dissacarídeos: – Formados por 2 monossacarídeos • Ligação entre grupo aldeído ou cetona com o grupo hidróxila • São pares dos 3 monossacarídeos (glicose, frutose e galactose) – Os três mais importantes na nutrição humana são: maltose, sacarose, lactose ; – MALTOSE (açúcar do malte): • Glicose + glicose • Maior fonte: grãos em germinação • Ex.: Produção da cerveja – Maltose Malte ESTRUTURA DOS CHO • Cont. Dissacarídeos: – SACAROSE: • Frutose + Glicose ; • Mais familiar – açúcar de mesa. A Sacarose provém somente dos vegetais e é encontrado na cana-de-açúcar, açúcar da beterraba e mel; • A sacarose dessa fontes pode ser purificada em vários graus – dependendo da intensidade da refinação, o produto transforma-se nos açúcares conhecidos de cor marrom (mascavo), branca ou em pó. • O melado é um subproduto da produção do açúcar – é uma forma de sacarose. ESTRUTURA DOS CHO • Cont. Dissacarídeos: – LACTOSE: • Glicose + galactose; • Produzida quase exclusivamente nas glândulas mamárias de animais lactantes; • Responsável por 7,5 a 4,5% da composição do leite em humanos e nas vacas, respectivamente; • É o menos doce dos dissacarídeos; • Melhora a absorção do cálcio • INTOLERÂNCIA: criou uma controvérsia quanto ao consumo de leite em adultos por muitos apresentarem deficiência enzimática. – Sintomas: náuseas e vômitos, cólicas abdominais, flatulência e diarréia ESTRUTURA DOS CHO - Polissacarídeos Contém de 10 a mais de 3.000 unidades de monossacarídeos; A maior parte é glicose; É a forma como os CHOs são armazenados nas plantas (amilose e amilopectina) e nos tecidos animais (glicogênio) Na maioria dos vegetais ocorre transformação de glicose em amido durante o amadurecimento – ervilha, milho são doces quando jovens Frutas como banana e pêssego transformam amido em açúcar quando amadurecem. Amido, Celulose e Glicogênio ESTRUTURA DOS CHO Cont. Polissacarídeos: AMIDO Estrutura complexa, se quebram lentamente e fornecem energia por longo período. Para ser utilizado pelo organismo a membrana externa pode ser quebrada por cozimento ou grelha. Fornece sabor, e é formado por duas porções: Amilose: contém de 15 20% da molécula de amido – mais fácil digestão Amilopectina: contém de 80 a 85% da estrutura do amido - devido sua cadeia mais complexa, dificulta o acesso das enzimas responsáveis por sua degradação e menor digestibilidade em relação a amilose. Um parte desse amido chega ao cólon e promove também um efeito prebiótico (amido resistente).** A proporção entre as frações de amilose e amilopectina influência na digestibilidade dos diferentes tipos de amido; ESTRUTURA DOS CHO Cont. Polissacarídeos CONT. AMIDO ** O processamento hidrotérmico e a origem botânica do amido podem dificultar o acesso da enzima e retardar a digestão, quando o mesmo está contido em vegetais integrais, grãos e sementes AMIDO RESISTENTE AGENTE PREBIÓTICO ** Fontes: tubérculos (batatas), cereais em grãos(arroz, trigo e milho), leguminosas (feijão, ervilha), sementes de plantas (As plantas armazenam glicose como amido). CHO COMO PREBIÓTICOS ** Prebióticos são substâncias que estimulam o crescimento de espécies de Microrganismos que atuam como Probióticos (inibem o crescimento do MOS patogênicos); Oligossacarídeos do leite humano inibem a adesão de bactérias patogênicas à mucosa intestinal; Frutanas: Favorecem a multiplicação de espécies de MOS; ↓ velocidade de absorção de glicose; Fontes: aspargo, alho, alho poró, cebola, alcachofra, raiz de chicória, entre outros. ESTRUTURA DOS CHO • Cont. Polissacarídeos – GLICOGÊNIO • Polissacarídeo de reserva animal • É armazenado no fígado e no tecido muscular; • Função significativa no balanço energético humano; • Ajudam a regular o metabolismo proteico; • Ajuda a manter o nível de açúcar normais durante períodos de jejum (ex.: sono) e provoca combustão imediata para ações musculares. • Não constitui fonte dietética, pois quando o animal morre a quantidade de glicogênio é transformada, logo a carne tem pouca quantidade quando preparada. ESTRUTURA DOS CHO • Cont. Polissacarídeos – CELULOSE • Formado por moléculas de glicose, não digeríveis; • Constituinte principal da estrutura dos vegetais; • Não é digerida pelas enzimas do intestino humano e torna-se importante fonte de volume nas dietas – logo não fornecem energia para o corpo. • Incluído no grupo das FIBRAS DIETÉTICAS ** FUNÇÕES DOS CHO Reserva energética: Amido nos vegetais Glicogênio no fígado e no músculo: protege as células de danos e funções metabólicas reduzidas e ajuda a regular o metabolismo protéico; Sustentação: Celulose, Quitina, outros. * celulose (vegetal como componente da parede celular) * Quintina( animal como componente do exoesqueleto) Participam de mecanismos de defesa: glicoproteínas e imunoglobulinas; Funcionamento adequado do sistema nervoso central: Suprimento de energia para os neurônios; principal combustível energético mediador do SNC. Como o cérebro não armazena glicose, depende do suprimento constante desse carboidrato pelo organismo. FUNÇÕES DOS CHO Regulação do metabolismo dos lipídios: relação de quantidade de carboidratos com a quebra da gordura para formação imediata de energia. Assim, carboidratos suficientes na dieta evitam a formação de corpos cetônicos(formação de lipídios em glicose devido jejum) Fornecem energia ao organismo: – 4 Kcal; Facilitam o transporte e excreção de substâncias tóxicas do sangue: – Ex.: Ácido glicurônico que se conjuga com a bilirrubina. FUNÇÕES DOS CHO Economizam a utilização das proteínas da dieta: – Evitam a GLICONEOGÊNESE(processo através do qual precursores como lactato, piruvato, glicerol e aminoácidos são convertidos em glicose). Para sintetizar a glicose sem obter carboidratos na dieta, saem aminoácidos (componentes das proteínas) dos músculos, uma parte para serem oxidados in loco e a outra parte vai ao fígado originar glicose FUNÇÕES DOS CHO • Coração - glicogênio é uma fonte emergencial de energia para a contração cardíaca • Aparelho digestivo - todo aparelho digestório sofre influência: Boca - amilase salivar é adicionada ao carboidrato, estimulada pela presença deste na boca e pela mastigação, preparando o amido para iniciar a digestão no estômago. Logo, a digestão do amido se inicia na cavidade bucal que é capaz de digerir parcialmente a Amilase em Maltose. Estômago – peristalse, provocando ondas que misturam os alimento ao suco gástrico, formando o quimo. Intestino delgado – os carboidratos são transformado em monossarídeos (glicose, frutose e galactose) pela ação das enzimas intestinais e pancreáticas. ÍNDICE GLICÊMICO (IG) Define-se como o aumento da área sob a curva da glicemia em resposta a uma dose padronizada de CHO, ou seja, a resposta da curva glicêmica acima do nível de glicose sanguínea em jejum (Teixeira Neto, 2003); Método de classificação de alimentos de acordo com o potencial de aumentar a glicose no sangue. REGULAÇÃO DO AÇÚCAR NO SANGUE - ÍNDICE GLICÊMICO Alimentos ricos em CHO possuem diferentes capacidades para elevar a glicemia, devido diferença na velocidade de absorção; Possuem diferentes respostas glicêmicas ASSIM, cada alimento tem um valor de IG. Embora as dietas com baixo índice glicêmico possam reduzir a resposta glicêmica pós-prandial (2 h após a refeição) os estudos a longo prazo não têm confirmado estes achados. Desta forma, a monitorização da glicemia ainda é considerada um guia para identificar as respostas específicas de cada alimento sobre a glicemia. ÍNDICE GLICÊMICO Alimentos de índice alto: – Batatas – Pães “brancos” – Cereais processados Alimento de índice moderado: – Sorvetes – Bolos – Bolachas – Chocolates Alimento de índice baixo: – Leguminosas – Produtos lácteos – Frutas CARGA GLICÊMICA • A carga glicêmica (CG) inclui, o índice glicêmico do alimento e a quantidade de CHO disponíveis na porção de alimento consumida. • Alguns estudiosos vêem o índice glicêmico como não fidedigno, visto que o mesmo não considera as porções reais consumidas por um indivíduo, sugerindo, assim, a CG como melhor preditor de risco de doenças crônicas, entre as quais a obesidade e as diferenças físicas e químicas dos alimentos. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS - SUBSTITUIÇÃO DO AÇÚCAR NA ALIMENTAÇÃO Feita, normalmente, através de adoçantes artificiais ou naturais; Adoçantes: não alcançam a mesma resposta fisiológica mediada por neurotransmissores no cérebro; < saciedade > impulso para o consumo de lipídios Naturais (xilitol, manitol, sorbitol, frutoligossacarídeos) ou artificiais (ciclamato, sacarina, aspartame, acesulfame-k) não devem ser consumidos em excesso, nem de forma contínua. Aspartame- aprovado para uso Ciclamato – Esta sendo considerado para aprovação como adoçante de mesa e não como aditivo. RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS - SUBSTITUIÇÃO DO AÇÚCAR NA ALIMENTAÇÃO Consumo moderado de açúcares , em torno de 20kcal/dia - representa 1 colher de chá (5g) Açúcar deve representar , no máximo, 25% da ingestão total de energia diária - segundo DRIs (Ingestão Dietética de Referência) As recomendações dos guias alimentares representam 10% da ingestão diária total de energia - concordado pela OMS (organização Mundial de Saúde) e FAO (Organização da Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS DOS CHO RDA – 130g/dia - 45% a 65% de ingestão de energia Valores diários – 300g com base na dieta de 2000kcal Escolha uma variedade de grãos- preferencialmente integrais (trigo, arroz integral e aveia) Consuma 3 porções de frutas e hortaliças /dia e 6 de cereais FONTES DE CHOs Frutas e Sucos de frutas Cana-de-açúcar Hidrólise do amido e da sacarose da cana- de-açúcar Malte Leite e derivados (pequenas quant.) Tubérculos, raízes, cereais e leguminosas Mel Pectinas, gomas e mucilagens FIBRAS ALIMENTARES • São carboidratos resistentes à digestão e absorção (não são quebradas pelas enzimas digestivas no corpo) - logo não fornecem energia para o corpo. Muitas fibras são polissacarídeos • Parte estrutural das plantas e encontrado em todos os derivados della: hortaliças, frutas, grãos e leguminosas. • É o termo técnico utilizado para nominar as partes dos alimentos vegetais que resistem ao processo de digestão. O citoesqueleto dos vegetais são fibras vegetais ou dietéticas. São substâncias indisponíveis como fonte de energia, porque não são passíveis de hidrólise pelas enzimas do intestino humano. Sofrem fermentação por bactérias intestinais, sendo consideradas polissacarídeos não amiláceos (MENDONÇA, 2010) CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FUNÇÕES - Fibras solúveis e Insolúveis • Fibras solúveis – Absorvem água para formar gel, logo são solúveis em água e são facilmente digeridas pelas bactérias do cólon(fermentáveis). Tem como função retardar a absorção de glicose, reduzir o tempo de esvaziamento gástrico conferindo maior saciedade e diminuição dos níveis de colesterol sanguíneo (reduz gordura). • Fontes: frutas (maça, banana, pera, pêssego e morangos, etc), aveia, cevada, leguminosas (feijão, lentilha, soja,grão de bico.) Maior teor de fibras solúveis é o feijão • São associadas a proteção contra doenças do coração, hipercolesterolemia e diabetes pois diminuem os níveis de colesterol e glicose no sangue. CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS E FUNÇÕES • Fibras Insolúveis – Não absorvem água para formar gel , logo são insolúveis em água, e não se fermentam tão rapidamente . Incham e aceleram o trânsito intestinal com o muco liberado pelas células epiteliais da parede intestinal. Retiram as substâncias potencialmente tóxicas mais rapidamente do sistema orgânico • Aumenta o bolo fecal, favorece o peristaltismo (aceleram o trânsito intestinal - evacuação), prevenção e alívio da constipação intestinal, aceleração do esvaziamento gástrico, redução do risco de câncer de intestino. • Encontradas nos grãos integrais e vegetais (aipo, salsão, repolho, ervilha , folhas, cascas dos grãos de milho, farinha integral, frutas com sementes), cenoura, vagem, beterraba, tomate, morango, maçã, pera,laranja, mexerica, uva e acerola CLASSIFICAÇÃO QUANTO AS ORIGENS E FUNÇÕES • Fibras dietéticas – aparecem naturalmente em plantas intactas. Diminuem a concentração do colesterol no sangue, promovem o funcionamento normal do intestino estimulando a peristalse e prevenindo a constipação. Pacientes diabéticos devem consumir fibras regularmente(devido absorção lenta dos nutrientes) • Fibras funcionais – extraídas de plantas ou manufaturadas e possuem efeitos benéficos para o ser humano. • Fibras Totais - Fibras dietéticas + Fibras funcionais Essas definições foram criadas para adaptar a rotulagem de produtos que podem conter novas fontes de fibras com efeitos benéficos. O ácido fítico é encontrado frequentemente com a fibra (casca de castanhas, sementes e grãos), mas não se sabe dizer se é fibra ou ambos se ligam com minerais , evitando a absorção. Logo poderia apresentar riscos de deficiência de mineriais , mas é mínimo se a ingestão de fibra é moderada e a ingestão de minerais adequada. FIBRAS FIBRA MENOS SOLÚVEL Tipo de fibra Principais componentes químicos Fontes Principais funções Celulose Glicose (Ligações β-1-4) Trigo integral, farelos, vegetais Capacidade de retenção de água aumentada, aumentando assim o volume fecal e diminuindo o tempo de trânsito intestinal Hemicelulose Xilose, manose, galactose Farelo, grãos integrais Lignina Fénois Frutas e sementes comestíveis, vegetais maduros Fermentação produz ácidos graxos de cadeia curta associados ao risco diminuído de formação de tumor FIBRAS FIBRA MAIS SOLÚVEL Tipo de fibra Principais componentes químicos Fontes Principais funções Gomas Galactose e ácido glicorônico Aveia, leguminosas, goma guar (extraida de plantas, utilizada como espessante em sorvetes, etc), cevada Causam a formação de gel, diminuindo assim o esvaziamento gástrico, digestão lenta, tempo de trânsito intestinal e absorção de glicose Pectinas Ácido poligalacturônico Maçãs, morangos, cenoura, frutas cítricas Também se ligam a minerais, lipídios e ácidos biliares, aumentando a sua excreção, diminuindo assim o colesterol sérico FIBRAS FIBRAS FUNCIONAIS (ISOLADAS OU EXTRAÍDAS) Tipo de fibra Principais componentes químicos Fontes Principais funções Quitina Glicopiranose Suplmento das carapaças de caranguejos e lagostas Reduz o colesterol sérico Frutanos (incluindo inulina) Polímeros de frutose Extraídos de fontes naturais: chicória, cebolas, etc Prebióticos que estimulam o crescimento de bactérias benéficas no intestino, utilizados como substituto para gordura Betaglicanas Glicopiranose Aveia e farelo de cevada Reduz o colesterol sérico Polissacarídeo algáceos (carragenina) Isolados de algas e algas marinhas Formação de gel – usados como espessantes, estabilizadores (podem ser tóxicos EFEITOS SOBRE A SAÚDE o Prevenção da obesidade e diabetes tipo 2 o Perda de peso (baixo teor de gorduras e açúcares adicionados) o Conforme o conteúdo nos alimentos, pode influenciar a resposta glicêmica e o metabolismo da glicose o Evita constipação, diverticulite, hemorróidas e CA de cólon. o São consideradas como prebióticos o Aumentam o bolo fecal, estimulam o peristaltismo e o trânsito intestinal o Favorecerem o aumento da relação LDL/HDL e reduz o colesterol sérico o Protegem contra doenças do coração e derrame cerebral Problemas relacionados com o Alto Consumo de Fibras - Fatores anti-nutricionais inibem enzimas digestivas, diminuem a absorção de minerais - Constipação intestinal, se não tiver consumo adequado de água - Produção excessiva de gases: flatulência e dores abdominais Ingerir gradualmente RECOMENDAÇÕES DIÁRIA Beber muito líquido – amaciar as fibras enquanto elas se deslocam pelo trato GI FDA – 25g ou 11,5g por ingestão de 1000 kcal / dia DRIs – 14g por ingestão de 1000kcal/dia Ingestão adequada quando a RDA não pode ser estabelecida : 14g/1000kcal/dia Homens – 19-50 anos - 38g/1000kcal/dia e a partir de 51 anos 30g/dia Mulheres - 19-50 anos - 25g/1000kcal/dia e a partir de 51 anos 21g/dia Consuma cereais integrais, Frutas com cascas (Ex. Pêra) e vegetais (batata ) com cascas, Verduras cruas e Frutas secas REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • DUTRA-DE-OLIVERA, J. E. & MARCHINI, J. S. Ciências Nutricionais: Aprendendo a aprender. 2ª. edição. São Paulo: Sarvier, 2008. • MAHAN, K. & ESCOTT-STUMP, S. KRAUSE: Alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2010. • GIBNEY, M. J., MACDONALD, I.A., ROCHE, H.M. Nutrição e metabolismo. 1 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. • WHITNEY.E.; ROLFES S. R. Entendendo os Nutrientes. V1.1ª ed. 2008. OBRIGADA! Biblioteca_1075627.pdf FACULDADE ESTÁCIO DE SERGIPE NUTRIÇÃO LIPÍDIOS COMPOSIÇÃO DE ALIMENTOS MATERIAL DIDÁTICO – AULA 5 INTRODUÇÃO -
Compartilhar