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! OLHO ! • O olho é formado pelo bulbo do olho + nervo óptico. • ÓRBITA: contém o bulbo do olho e as estruturas acessórias a visão. • REGIÃO ORBITAL: área da face sobre a órbita e o bulbo do olho que inclui as pálpebras superior e inferior, além do aparelho lacrimal. ÓRBITAS • São cavidades ósseas na face. As paredes mediais das duas órbitas são separadas pelos seios etmoidais e pelas partes superiores da cavidade nasal. • As órbitas contém e protegem os bulbos dos olhos e as estruturas acessórias da visão: - p á l p e b r a s : l i m i t a m a s ó r b i t a s anteriormente e controlam a exposição da região anterior do bulbo do olho. - músculos extrínsecos do bulbo do olho: posicionam os bulbos dos olhos e levantam as pálpebras superiores. - nervos e vasos no trajeto para os bulbos e músculos. - fáscia orbital: circunda os bulbos e os músculos. - túnica mucosa (conjuntiva): reveste as pálpebras e a face anterior dos bulbos e a maior parte do aparelho lacrimal. PÁLPEBRAS • As pálpebras e o líquido lacrimal, secretado pelas glândulas lacrimais protegem a córnea e o bulbo do olho contra lesão e irritação. • Quando fechadas, as pálpebras cobrem o bu lbo do o lho anter io rmente , protegendo-o contra a lesão e contra a luz excessiva. • M a n t é m a c ó r n e a ú m i d a p o r espalhamento do liquido lacrimal. • A s p á l p e b r a s s ã o r e v e s t i d a s internamente por túnica mucosa transparente (túnica conjuntiva do bulbo). • Os cílios estão nas margens das pálpebras. As grandes glândulas sebáceas associadas aos cílios são glândulas ciliares. Gabriela Reis Viol ! OLHO ! APARELHO LACRIMAL • Glândula lacrimal: situa-se na fossa da glândula lacrimal acima da órbita; secreta o líquido lacrimal (solução salina f i s i o l óg i ca aquosa com enz ima bactericida). O líquido umidifica e lubrifica as superfícies da conjuntiva e da córnea além de fornecer a córnea alguns nutrientes e O2 dissolvido. Quando produzido em excesso formam- se as lágrimas. - A produção de líquido lacrimal é e s t i m u l a d a p o r i m p u l s o s parassimpáticos do NC VII. O líquido flui pela ação da gravidade. - Quando a córnea seca, o olho pisca, empurrando um película de líquido mediamente sobre a córnea. Dessa forma, o líquido lacrimal com material estranho é empurrado e acumulado no lago lacrimal de onde é drenado para o saco lacrimal. A partir deste saco, o líquido segue para o meato nasal inferior através do dueto lacrimonasal. • Ductos excretos da glândula lacrimal • Ducto lacrimonasal: conduz o líquido lacrimal para o meato nasal inferior. BULBO DO OLHO • Contém o aparelho óptico do sistema visual. • Suspenso por seis músculos extrínsecos que controlam seu movimento. • Túnica fibrosa (camada externa): esclera e córnea. • T ú n i c a v a s c u l a r ( c a m a d a intermediária): corticoide, corpo ciliar e íris. • Túnica interna (camada interna): retina com parte óptica e não visual. Localiza- se os fotorreceptores. • Esclera é a parte opaca resistente da túnica fibrosa (camada externa), é o l oca l de f i xação dos múscu los extrínsecos e íntrínsecos do bulbo de olho. Conhecido como o “branco do olho”, é relativamente avascular. • Córnea é a parte transparente da túnica fibrosa, ela parece protrair-se do bulbo do olho quando vista lateralmente devido a sua convex idade . To ta lmen te avascular, nut r ida por capi lares periféricos e líquidos existentes sobre suas faces internas e externas (líquido lacrimal e humor aquoso). A córnea é muito sensível ao toque, sua inervação é realizada pelo nervo oftálmico. • Corioide é uma camada marrom- avermelhada escura situada entre a esclera e retina. Os vasos maiores estão localizados externamente e os vasos mais finos são muito internos. Essa camada é responsável pelo "olho ve rme lho ” . A co r t i co ide f i xa -se firmemente ao estrado pigmentoso da Gabriela Reis Viol ! OLHO ! retina mas pode ser arrancado da esclera com facilidade. • Corpo ciliar é um espessamento muscular e vascular. Une a corioide a íris e fixa-se a lente (cristalino). A contração e relaxamento do músculo liso circular do corpo ciliar controlam o foco da lente. As pregas em sua face interna secretam o humor aquoso que ocupa o segmento anterior do bulbo do olho, o interior do bulbo anterior ao cristalino. • Íris está sobre a face anterior do cristalino, é um diafragma contrátil fino com abertura central a pupila, para dar passagem à luz. Dois músculos involuntários controlam o tamanho da pupila: músculo esfíncter da pupila circular (constritor da pupila) e o músculo dilatador da pupila. • Retina é a camada neural sensitiva do bulbo do olho. É formada por duas partes funcionais com localização distinta: uma parte óptica e uma parte cega. - Óptica: sensível aos raios luminosos visuais com 2 estratos (nervoso e pigmentoso). O estrato nervoso é sensível a luz. O estrato pigmentoso é formado por uma única camada de células que reforça a propriedade de absorção da luz pela corioide para reduzir a dispersão da luz no bulbo. - Cega/Ciliar: continuação do estrato pigmentoso e uma camada de células de sustentação. Estende-se sobre o corpo ciliar e a face posterior da íris. • A face interna da parte posterior do bulbo do olho é denominado fundo do olho. A retina do fundo inclui uma área bem definida chamada disco do nervo óptico onde as fibras sensitivas e os vasos conduzidos pelo nervo óptico (NC II) entram no bulbo do olho. Como NÃO contém fotorreceptores o disco do nervo ó p t i c o é i n s e n s í v e l a l u z , consequentemente é chamado de “ponto cego”. Gabriela Reis Viol ! OLHO ! • M á c u l a l ú t e a e s t á l o c a l i z a d a lateralmente ao nervo óptico, ela só é visível quando a retina é examinada com luz sem vermelho. É uma pequena área com cones fotorreceptores especiais especializados pada acuidade visual. No centro da mácula encontra-se a fóvea central, área de maior acuidade visual. • A artéria central da retina (ramo do a. Oftálmica) supre a retina. Os cones e bastonetes recebem nutrientes da lamina capilar do corioide. • No trajeto até a retina, as ondas luminosas at ravessam os meios refrativos do bulbo do olho: córnea, humor aquoso, lente e humor vítreo. A córnea é o meio refrativo primário (desvia a luz no máximo grau), focalizando uma imagem invertida sobre a retina fotossensível do fundo do bulbo do olho. • Humor aquoso ocupa o segmento anterior do bulbo do olho. O segmento anterior é subdividido pela íris e pupila. A câmara anterior do bulbo do olho é o espaço entre a córnea e a íris/pupila. A câmara posterior está situada entre a íris/pupila e o cristalino. O humor aquoso é produzido na câmara posterior pelos processos ciliares do corpo ciliar. Sua função é fornecer nutrientes para a córnea avascular e a lente. O humor é retirado pelo plexo do limbo. OBSERVAÇÃO: a pressão intraocular é um equilíbrio entre a produção e a drenagem de humor aquoso. • Lente/Cristalino situa-se anteriormente ao corpo vítreo (onde localiza-se o humor vítreo). O músculo ciliar do corpo ciliar modifica o formato da lente. Na ausência de estimulação nervosa o diâmetro do anel muscular relaxado é MAIOR. Gabriela Reis Viol ! OLHO ! • Humor vítreo é um liquido aquoso contido no corpo vítreo, alémde dar passagem a luz, mantém a retina no lugar e sustenta a lente. • Músculo levantador da pálpebra superior sofre oposição da gravidade na maior parte do tempo. Uma interrupção do estímulo simpático provoca ptose permanente (queda da pálpebra superior). • Os 4 músculos retos seguem em sentido anterior ao bulbo do olho e originam-se de uma bainha fibrosa (anel tendíneo comum) que circunda o canal óptico e a parte da fissura orbital superior. São nomeados de acordo com suas posições em relação ao bulbo do olho: superior, inferior, medial e lateral. Suas ações estão relacionados a elevação, abaixamento, adução e e abdução. • Os 2 músculos oblíquos relacionam-se a abdução, abaixamento e giro do bulbo do ele. São o superior (abaixamento da pupila) e inferior (elevação da pupila). NERVOS DA ÓRBITA • Os grandes nervos ópticos conduzem nervos sensitivos, que transmitem impulsos gerados por estímulos ópticos. São nervos cranianos (NC II) por convenção, mas na verdade são tratos de fibras do sistema nervoso central formados por neurônios. • Os nervos ópticos saem das órbitas através dos canais ópticos e em seu trajeto são circundados por meninges cranianas e pelo espaço subaracnóideo. • As extensões intraorbitais da dura-mater e aracnóide constituem a bainha do nervo óptico. • Os nervos que suprem os músculos oculares são: oculomotor, troclear e abducente. VASCULATURA DA ÓRBITA • A vascularização da órbita provém principalmente da artéria oftálmica (ramo da artéria carótida interna) • A artéria central da retina (ramo da artéria oftálmica - que se origina inferiormente ao nervo óptico) perfura a bainha do nervo óptico e segue dentro dele até o bulbo do olho. Seus ramos distribuem-se sobre a face interna da retina. NÃO possui circulação colateral em nenhuma fase da vida. • A drenagem venosa da órbita se faz através das veias oftálmicas superior e inferior, que atravessam a fissura orbital superior e entram no seio cavernoso. Gabriela Reis Viol ! OLHO ! • A v e i a c e n t r a l d a r e t i n a e n t r a diretamente no seio cavernoso, mas pode se unir a uma das veias oftálmicas. • O seio venoso da esclera é uma estrutura vascular que circunda a câmara anterior do bulbo do olho e através da qual o humor aquoso retorna a circulação sangüínea. SUPERFÍCIE DO OLHO APARELHO LACRIMAL • A parte anterior da esclera é coberta pela túnica conjuntiva do bulbo, que contem vasos sangüíneos conjuntivais visíveis. Quando irritados, os vasos podem aumentar bastante e a túnica conjuntiva assume uma aparência bem rosada. • Esclera opaca azulada: crianças e lactentes. • Esclera amarela: idosos. • A parte transparente anterior do olho é a córnea que é contínua com a esclera. • No angulo medial do olho observa-se o lago lagrimal. • As glândulas tarsais constituem a secreção gordurosa da secreção lacrimal, sua composição adiposa retarda a evaporação das lágrimas. • Composição da secreção lacrimal: componente aquoso (glândula lacrimal) + c o m p o n e n t e m u c o s o ( c é l u l a s caliciformes) + componente lipídico (glândulas tarsais). Gabriela Reis Viol ! OLHO ! Gabriela Reis Viol DESCOLAMENTO DE RETINA As camadas da retina em desenvolvimento são separadas no embrião pelo espaço intrarretiniano. Durante o período fetal inicial, a camadas se fundem fechando este espaço. Embora o estrato pigmentoso fixa-se firmemente a corioide, a fixação do estrato nervoso não é firme. Logo, pode haver descolamento de retina após um golpe no olho. O descolamento da retina, geralmente resulta da entrada de líquido entra os estratos nervoso e pigmentoso. Os sintomas são flashes luminosos ou pontos flutuando na frente do olho. FRATURAS DE ÓRBITA Quando golpes fortes causam impacto na margem óssea da órbita fraturam a mesma. Em face da pequena espessura das paredes medial e inferior da órbita, um golpe no olho pode causar fratura das paredes orbitais. A lesão traumática indireta que descola as paredes orbitais é denominada FRATURA EM EXPLOSÃO. As fraturas da parede medial podem acometer os seios etmoidal e esfenoidal, enquanto as fraturas da parede inferior pode acometer o seio maxilar. A parede superior, por sua vez, pode ser facilmente perfurada por um objeto cortante e penetrar o lobo frontal do encéfalo. Resultam em hemorragia intraorbital, que exerce pressão sobre o bulbo do olho causando exoftalmia (potrusão). Pode resultar no comprometimento das áreas adjacentes: sangramento do seio maxilar, deslocamento dos dentes, fratura dos ossos nasais, obstrução das vias respiratórias e infecção que poderia se disseminar para o seio cavernoso através da veia oftálmica. PRESBIOPIA E CATARATA A medida que as pessoas envelhecem as lentes enrijecem e tornam-se mais achatadas. Essas alterações reduzem a capacidade de focalização, distúrbio denominado presbiopia. Algumas pessoas também apresentam perda de transparência da lente por áreas de opacidade - catarata (cristalino). A extração da catarata associada a um implante intraocular é uma opção. Consiste na retirada da lente, preservado sua cápsula para a introdução de uma lente sintética. ! OLHO ! Gabriela Reis Viol GLAUCOMA A velocidade da saída do humor aquoso através do seio venoso da esclera para a circulação sanguínea deve ser igual à velocidade de produção do humor aquoso. Caso haja diminuição acentuada da drenagem em razão de obstrução da via de saída, a pressão aumenta nas câmaras anterior e posterior do olho, causando o glaucoma. A compressão da túnica interna do olho (retina) e das artérias da reina pode causar cegueira se a produção de humor aquoso não for reduzida para manter a pressão intraocular normal.
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