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ÓRGÃOS DOS SENTIDOS Professor Alexandre Hyppolito Barnabe � Percepção do ambiente: audição, tato, olfato, paladar e visão � Visão: conexão com os estímulos luminosos; sistema neuronal até o encéfalo � Retina: reações químicas – estimulo em atividade neural � Cadeias de neurônios – área visual (imagens) � Mecanismos complexo envolvendo diferentes mecanismos anatômicos com funções muito especializadas OLHOS � Orgão receptor de estímulo luminoso – bulbo ocular � Orgãos auxil iares de proteção – órgãos acessórios do olho � Condução das impressões visuais – nervos ópticos � Formação da imagem – quiasma óptico, trato óptico, área óptica no lobo occipital OLHOS � Bulbo do olho: Túnicas fibrosa, vasculosa e interna do bulbo (esclera, córnea, corioide, corpo ciliar, íris, retina); � Anexos: Músculos oculares, pálpebras, aparelho lacrimal; � Nervo óptico; � Área visual do córtex cerebral OLHOS (OCULUS) � Em relação ao porte do animal: Gato>Cão>Equino>Bovino>Suino � Dois segmentos de diferentes curvaturas e tamanhos � Forma esferoide que varia entre as espécies: � Equino: Achatamento rostrocaudal (Ø trans 50mm e long 45mm) � Carnívoros: Quase esférico � Aves: 3 formas variadas, desde discoides até tubulares BULBO OCULAR (BULBUS OCULIS) � ● Câmara anterior (camera anterior) entre a córnea e a íris; � ● Câmara posterior (camera posterior) entre a íris, o corpo ciliar e a lente; � ● Câmara postrema (camera vitrea, camera postrema) por trás da lente, cercada pela retina ESTRUTURA DO BULBO � 3 túnicas superpostas: � Externa ou fibrosa: Envoltório conjuntival firme – define a forma do bulbo ocular (confere forma e proteção) � Córnea: segmento rostral transparente � Esclera: túnica ocular branca opaca � Média ou vasculosa: Nutrição do bulbo do olho e a regulação do formato da lente e do tamanho da pupila � Coróide � Corpo ciliar � Íris � Interna ou nervosa: Consiste em grande parte em tecido nervoso e é a camada mais diretamente envolvida com a visão, isto é, a conversão de estímulos visuais em impulsos nervosos para processamento pelo cérebro � Retina � Nervo óptico CONSTITUIÇÃO DO BULBO ANATOMIA DO OLHO � Câmara anterior do bulbo: Entre o epitél io poster ior da córnea e a super fície anter ior da ír is (humor aquoso) � Câmera poster ior do bulbo: Entre a super fície poster ior da ír is , o corpo ci l iar, a zônula ci l iar e a super fície anter ior da lente (humor aquoso) � Câmera do Corpo v ít reo: Atrás do cr istal ino, envolta pela retina (humor vítreo) ANATOMIA DO OLHO � Substancia própria da esclera – fibras colágenas estratificadas paralelamente à superfície, atravessadas por fibras elásticas esparsas � Fibras elásticas atuam na pressão intraocular do bulbo e inserção dos músculos extrínsecos do bulbo. � Espessura da parede: � 0,5mm no equador até 2mm polo caudal � Área crivosa da esclera: N. óptico, vasos e nervos � Ânulo da esclera (ângulo esclerocorneal): anel de fibras colágenas elásticas � Drenagem do humor aquoso (regularização pressão ocular) ESCLERA � Porção transparente da túnica fibrosa, permite a passagem de luz � Carnívoros: curvatura discreta �Ungulados: ovalada transversalmente � Avascular – nutrição por meio de difusão desde a periferia – rede marginal em arcos, fluido lacrimal e liquido da câmera anterior. CÓRNEA � Composta por 5 camadas: ● Epitélio anterior (epithelium anterius); ● Lâmina limitante anterior ou membrana de Bowman (lamina limitans anterior); ● Substância própria (substantia propria); ● Lâmina limitante posterior ou membrana de Descemet (lamina limitans posterior); ● Epitélio posterior (epithelium posterius) ou endotélio da câmara anterior (epithelium camerae anterioris CÓRNEA � Epitél io anter ior da córnea – epitél io plano estrati f icado não queratinizado – umedecida por f luido lacr imal como proteção (componente mucoso, l iquido e gorduroso) � Substancia própria da córnea - f ibras colágenas paralelas estrati f icadas em lamelas e uma substancia basal fuida Entre as camadas de fibras, encontra-se uma densa rede de fibras nervosas sensoriais nuas e autônomas � Lâmina l imitante poster ior – finamente reticular, proteínas � Epitél io da câmera poster ior – epitél io plano de uma camada – revestimento da câmera anterior **Associação de camadas promove difusão seletiva de água, manutenção da transparência da córnea e secreta proteínas CÓRNEA � Frouxa união com a esclera � Câmera escura: Tecido conjuntivo frouxo, células pigmentares, fibras elásticas, musculatura lisa, rede de fibras nervosas e INTENSA VASCULARIZAÇÃO � Coroide � Corpo ciliar � Íris TÚNICA VASCULAR (ÚVEA) Túnica pigmentada intensamente vascularizada que envolve a parte posterior do bulbo do olho ● Lâmina supracorioide (lamina suprachoroidea); ● Lâmina vascular (lamina vasculosa); ● Lâmina corioideocapilar (lamina choroidocapillaris); ● Lâmina basilar (lamina vitrea) **tapete lúcido: Porção dorsal da coróide, forma uma área de reflexão de luz e de coloração variada. CORÓIDE � Alguns animais , porém, têm, at rás da ret ina, uma área chamada tapete lúc ido, que é fe i ta de substâncias com propr iedades ref letoras, como os espelhos, que aumentam a quant idade de luz percebida. É por conta do tapete lúc ido - - uma pel ícula color ida com cer to br i lho - - , que os o lhos de a lguns animais , como cães , cavalos e bois br i lham, ou melhor, re f letem a luz ao serem at ing idos por e la . Já nos o lhos dos su ínos e do homem, por exemplo, que não apresentam essa reg ião ref letora , ta l caracter íst ica não é obser vada. � O tapete lúc ido é uma adaptação noturna. Isso s ign i f ica que, fazendo ref let i r a luz que inc ide nos o lhos , há um aumento da est imulação dos fotorreceptores - - as cé lulas sens íve is à luz - - , proporc ionando a v isão em locais escuros ou v isão noturna. CORÓIDE � Projetam-se da coroide em direção ao polo anterior até a íris – ao nível da lente – fibras zonulares - recoberto internamente pela parte cega da retina � Fibras elásticas, células pigmentadas, vasos sanguíneos e fibras musculares cil iares estão inseridos no tecido conectivo do corpo cil iar � inervação gânglio cil iar: parassimpático = contração; simpático = relaxamento � Entre o corpo cil iar e a esclera está o músculo cil iar l iso, que atua na acomodação (capacidade do olho em focalizar objetos próximos ou distantes, alterando o formato da lente). CORPOS CILIARES � Continuação do corpo ciliar (parte mais anterior da túnica vascular � A íris divide o espaço entre a lente e a córnea em câmaras anterior e posterior, que se comunicam por meio da pupila � Consiste em três camadas: �camada epitelial localizada anteriormente �camada média de estroma de tecido conjuntivo que contém os dois músculos lisos (m. esfíncter, m. dilatador da pupila) � camada posterior de epitélio pigmentado da retina � A coloração da íris determina a coloração do olho ÍRIS � Face posterior: recoberta pela porção cega da retina e epitélio pigmentado � Grânulos irídicos (rum e eq): formação do epitélio pigmentado e vascularizado � Inervação: N. ciliares curtos que surgem no gânglio ciliar. � Fibras simpáticas pós ganglionares – M. dilatador da pupila – vasos da íris e processos ciliares. � Impulsos parassimpáticos – N. oculomotor – M. esfíncter da pupila e o M. ciliar – miose e acomodação da lente �Subs parassimpática ou colinérgica (pilocarpina) – contração da pupila e dos M. ciliares. � Alcaloides (atropina e hioscina) causam o bloqueio desses impulsos – midríase passiva e paralisia da acomodação. � Substância simpáticas ou adrenérgicas (noradrenalina e catecolamina). ÍRIS GRÂNULOS ÍRIDICOS � Células pigmentadas (melanina) estiverem bem compactadas, a íris será castanho-escura �Mais esparsas, a íris será mais clara e amarelada � Mínimo de células pigmentadas, a íris parece azulada � Albinos a íris é totalmente desprovida de pigmentos ÍRIS � A retina pode ser dividida nas seguintes partes: ● Parte cega da retina (pars caeca retinae) com: � Parte ciliar da retina (pars ciliaris retinae); � Parte irídica da retina (pars iridica retinae); ● Parte óptica da retina (pars optica retinae). TÚNICA INTERNA DO BULBO (RETINA) � A túnica interna ou nervosa do bulbo do olho contém células receptoras fotossensíveis e é conhecida como retina. � É um prolongamento do encéfalo, ao qual permanece ligada pelo nervo óptico. � A retina começa quando o nervo penetra a coroide e termina na margem pupilar. � Os dois terços posteriores ou um pouco mais da retina podem ser atingidos pela luz que adentra a pupila. (parte óptica da retina) � O terço anterior é “cego” (parte cega da retina), sendo representado principalmente pela fina camada pigmentada que se prolonga até o corpo ciliar e o lado posterior da íris. RETINA � A parte óptica é consideravelmente mais espessa que a parte cega e compõe-se de: � Estrato pigmentoso externo (stratum pigmentosum);envolve as células fotoreceptoras (cones e bastonetes). Na área do tapete lúcido, não há pigmento no estrato pigmentoso da retina. Auxilia na visão noturna. � Estrato nervoso interno (stratum nervosum), que inclui camada fotorreceptora e camada sináptica; envolve os neurônios da retina, vão formar três cadeias. RETINA � Os neurônios da retina formam cadeias de três neurônios sucessivos interconectados que podem ser facilmente identificados histologicamente. ● 1º neurônio: – Estrato neuroepitelial (stratum neuroepitheliale): bastonetes e cones; – Estrato nuclear externo (stratum nucleare externum); – Estrato plexiforme externo (stratum plexiforme externum); ● 2º neurônio: – Estrato nuclear interno (stratum nucleare internum): neurônios bipolares; – Estrato plexiforme interno (stratum plexiforme internum); ● 3º neurônio: – Estrato ganglionar (stratum ganglionare): neurônios multipolares; – Estrato das neurofibras (stratum neurofibrarum). RETINA � A presença de grande concentração de pigmento retiniano e coróideo torna escuro o interior da parte posterior do olho, semelhante à parte interna de uma câmera fotográfica � As células receptoras fotossensíveis da retina são os bastonetes e os cones: �Bastonetes: receptores sensíveis para preto e branco (noite). Os bastonetes contêm discos membranosos preenchidos com rodopsina, que é responsável pela transdução de energia luminosa em energia química �Cones: receptores sensíveis para visão de cores (dia). Os cones apresentam uma construção semelhante, mas não contêm rodopsina como pigmento fotossensível, mas outros, como a iodopsina RETINA � Aparentemente os gatos conseguem diferenciar as cores azul e verde, mas de resto possuem uma percepção fraca para cores. � Os ruminantes e os equinos não identificam as cores vermelha e azul. � O suíno possui um espectro de cores semelhante ao dos humanos. � O cão possui visão dicromática (azul e amarelo), o que significa que podem diferenciar estímulos com comprimentos de onda predominantemente cur tos e longos. � Em resumo podemos dizer que os cães e os gatos em relação aos humanos têm um maior campo visual, mas a visão binocular é menor, têm menor acuidade visual, percepcionam menos cores, mas têm uma melhor visão noturna. RETINA � Em casos de descolamento retiniano, a retina costuma se separar entre o epitélio pigmentado e os estratos nervosos da retina. � Dessa forma, o suprimento nutricional para os bastonetes e cones é removido e as células fotorreceptoras se degeneram RETINA � II nervo craniano � O diâmetro do nervo óptico mede cerca de 1 mm no gato, 2 mm no cão e 5 mm no equino � Passa caudalmente pela gordura intraorbital e pelo músculo retrator do bulbo � Penetra o crânio através do forame óptico e dos canais ópticos NERVO ÓPTICO (NERVUS ÓPTICUS) � É biconvexa, apresenta dois polos, o anterior e o posterior, um equador e um eixo central que coincide com o eixo óptico do olho. � A superfície posterior geralmente é mais convexa do que a anterior. � No adulto, a lente é avascular e os nutrientes são obtidos pela difusão dos humores aquoso e vítreo. LENTE (LENS) � Estruturas da lente: ● Cápsula da lente (capsula lentis); ● Epitélio da lente (epithelium lentis); ● Fibras da lente (fibrae lentis). LENTE � Em alguns animais idosos, a lente torna-se turva, prejudicando a visão; essa condição é conhecida como catarata . � No adulto, a lente é avascular e os nutrientes são obtidos pela difusão dos humores aquoso e vítreo. LENTE � Massa gelatinosa, composta principalmente por água (humor vítreo) � Ocupa espaço entre a lente e a retina, e mantém a última em contato com a coroide � Diferentemente do humor aquoso, o humor vítreo não é reposto de forma contínua, portanto, seu volume é constante. � O humor aquoso é um líquido fluido de coloração clara que, além de suas propriedades refrativas, desempenha importante papel na manutenção da pressão intraocular. CORPO VÍTREO HUMOR AQUOSO ● Órbita (orbita) com o corpo adiposo da órbita (corpus adiposum orbitae); ● Fáscias orbitais; ● Musculatura extrínseca do bulbo do olho (musculi externi bulbi oculi); ● Aparelho lacrimal (apparatus lacrimalis); ● Vasos e nervos. ANEXOS DO OLHO � A órbita é a cavidade cônica na face lateral do crânio que contém o bulbo do olho e maioria dos anexos oculares � Revestida por uma camada de tecido conectivo, a periórbita, a qual se deriva do periósteo � Inseridos no corpo adiposo da órbita estão as fáscias, os músculos, os vasos e os nervos � Animais muito magros, esses corpos adiposos são reduzidos e os olhos afundam na órbita � No cão e no gato, elas se projetam para a frente, enquanto em herbívoros elas são mais laterais ÓRBITA � O bulbo do olho é circundado por três camadas fasciais irregularmente cônicas. A mais externa delas é a periórbita, internamente à periórbita estão as fáscias musculares superficial e profunda. FÁSCIAS ORBITAIS � Os músculos importantes para o funcionamento do olho formam três grupos: músculos intrínsecos, extrínsecos e palpebrais : � Intrínsecos: regulam o diâmetro da pupila e o formato da lente (m. esfíncter da pupila, m. dilatador da pupila) � Palpebrais: músculos da pálpebra e da cabeça (m.levantador da pálpebra superior) � Extrínsecos: movimento do bulbo:● Músculos retos dorsal, ventral, medial e lateral; ● Músculos oblíquos dorsal e ventral; ● Músculo retrator do bulbo do olho. MUSCULATURA � As pálpebras são pregas musculofibrosas que podem cobrir a face anterior do bulbo do olho para bloquear luminosidade, proteger a córnea e ajudar a manter a córnea úmida. � Há três pálpebras nos mamíferos domésticos: a pálpebra superior (palpebra superior), a pálpebra inferior (palpebra inferior) e a terceira pálpebra, prega semilunar da conjuntiva (plica semilunaris conjunctivae, palpebra tertia). � Três camadas: pele, uma camada média musculofibrosa e a membrana mucosa (a conjuntiva palpebral). PÁLPEBRAS (PALPEBRAE) PÁLPEBRAS (PALPEBRAE) �O aparelho lacrimal consiste na glândula lacrimal propriamente dita, em glândula(s) associada(s) à terceira pálpebra, em diversas glândulas acessórias pequenas e em um sistema de ductos que transporta o líquido lacrimal (lágrimas), após ter banhado o olho, em direção à cavidade nasal para evaporação. �Produção lacrimal insuficiente resulta em opacificação. APARELHO LACRIMAL (APPARATUS LACRIMALIS) Teste de Jones � A irrigação principal é realizada pela artéria oftálmica externa , um ramo separado da maxilar. � As artérias que se originam das artérias oftálmica externa e malar (um ramo menor da maxilar) podem ser divididas em três grupos: � (1) as que irrigam o bulbo do olho � (2) asque irrigam os músculos oculares e � (3) as que deixam a órbita para suprir as estruturas adjacentes, associadas ou não ao olho. VASCULARIZAÇÃO � A inervação do olho e de suas estruturas acessórias é realizada por seis nervos cranianos. A maioria deles entra no cone orbital, mas alguns chegam diretamente às estruturas acessórias. � 1) Nervo óptico (II) ingressa na órbita pelo forame óptico . Ele é bem frouxo, com o objetivo de permitir os movimentos do olho, e revestido por meninges. � 2) Nervo oculomotor (III) penetra na órbita por meio do forame orbital (fissura; forame orbitorredondo em ruminantes e suínos) e emite ramos para os músculos levantadores da pálpebra, os retos dorsal, medial e ventral, o oblíquo ventral e parte dos músculos retratores. INERVAÇÃO � 3) Nervo troclear (IV) acompanha o terceiro nervo e inerva o músculo oblíquo dorsal. � 4) Nervo trigêmeo (V) emitem ramos ao olho. � 5) Nervo abducente (VI) adentra pelo forame orbital, inervando a maior parte dos músculos retrator do bulbo e reto lateral. � 6) Nervo facial (VII) passa entre o olho e a orelha, aproximando- se pela região posterior das pálpebras INERVAÇÃO � Conjuntivite, úlcera córnea, retinopatia, uveíte, ceratite, glaucoma, catarata. � A perda da inervação simpática resulta no afundamento do olho, na protrusão da terceira pálpebra e na constrição da pupila (síndrome de Horner). A dilatação da pupila (midríase) é desencadeada por medo, excitação ou dor. � Inervação parassimpática controlam tanto a acomodação da lente como a resposta de contração pupilar (miose) à luz. EXPRESSÕES CLÍNICAS Protrusão de terceira pálpebra Síndrome de Haw Conjuntivite cão Ceratoconjuntivite seca Mídriase Miose Anisocoria Gênese de Alexandria
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