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31/10/2016 1 VITAMINAS INTRODUÇÃO O que são e para que servem? Micronutrientes essenciais encontrados em pequenas quantidades na maioria dos alimentos Em sua maioria não são sintetizadas pelo corpo Indispensáveis para o funcionamento fisiológico normal do organismo - síntese de ATP, manutenção, crescimento, desenvolvimento e reprodução Atuam como doadores e receptores de hidrogênio e elétrons, hormônios ou coenzimas. VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS São solúveis em meios lipídicos e em alimentos que contém gorduras, vitaminas A, D, E e K; São relativamente termoestáveis; Sua digestão ocorre por intermédio dos sais biliares, e são transportadas pelo sistema linfático, até os locais de armazenamento (fígado, tec. adiposo). VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS São aquelas que são solúveis em água, como a vitamina C e as vitaminas do complexo B; Estão presentes tanto em fontes animais quanto vegetais; Possuem absorção facilitada, sendo conduzidas via circulação sistêmica e utilizadas quase em sua totalidade no metabolismo energético; Essas vitaminas não são, em indivíduos sadios, armazenadas no organismo, sendo, todo excesso consumido excretado pela urina. Vitaminas Fontes Doenças provocadas pela carência (avitaminoses) Funções no organismo A fígado de aves, animais e cenoura problemas de visão, secura da pele, diminuição de glóbulos vermelhos, formação de cálculos renais combate radicais livres, formação dos ossos, pele; funções da retina D óleo de peixe, fígado, gema de ovos raquitismo e osteoporose regulação do cálcio do sangue e dos ossos E verduras, azeite e vegetais dificuldades visuais e alterações neurológicas K fígado e verduras desnutrição, má função do fígado, problemas intestinais atua na coagulação do sangue, previne osteoporose B1 cereais, carnes, verduras, levedo de cerveja beribéri atua no metabolismo energético dos açúcares B2 leites, carnes, verduras inflamações na língua, anemias, seborréia atua no metabolismo de enzimas, proteção no sistema nervoso. B5 fígado, cogumelos, milho, abacate, ovos, leite, vegetais fadigas, cãibras musculares, insônia metabolismo de proteínas, gorduras e açúcares B6 carnes, frutas, verduras e cereais seborréia, anemia, distúrbios de crescimento crescimento, proteção celular, metabolismo de gorduras e proteínas, produção de hormônios B12 fígado, carnes anemia perniciosa formação de hemácias e multiplicação celular C laranja, limão, abacaxi, kiwi, acerola, morango, brócolis, melão, manga escorbuto atua no fortalecimento de sistema imunológico, combate radicais livres e aumenta a absorção do ferro pelo intestino. H noz, amêndoa, castanha, lêvedo de cerveja, leite, gema de ovo, arroz integral eczemas, exaustão, dores musculares, dermatite metabolismo de gorduras, M ou B9 cogumelos, hortaliças verdes anemia megaloblástica, doenças do tubo neural metabolismo dos aminoácidos, formação das hemácias e tecidos nervosos PP ou B3 ervilha, amendoim, fava, peixe, feijão, fígado insônia, dor de cabeça, dermatite, diarréia, depressão manutenção da pele, proteção do fígado, regula a taxa de colesterol no sangue PRINCIPAIS MÉTODOS ANALÍTICOS DAS VITAMINAS LIPOSSOLÚVEIS Cromatografia Líquida de Alta Eficiênia - CLAE Cromatografia Gasosa – CG Bioensaio 31/10/2016 2 CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA - CLAE Método físico-químico de separação por migração diferencial dos componentes da amostra, que interagem de formas diferentes com as duas fases imiscíveis: a fase móvel e a fase estacionária. A preparação da amostra inclui procedimentos como saponificação, extração com solvente orgânico e purificação Detectores utilizados: UV, fluorescência, índice de refração, eletroquímicos, entre outros. CROMATOGRAFIA GASOSA - CG Método de análise química por separação de compostos que podem ser vaporizados sem decomposição, em que as substâncias são quantificadas pela ordem que saem da coluna e pelo tempo de retenção na mesma. Utiliza fase móvel gasosa e fase estacionária líquida. BIOENSAIO Método de análise que avalia a resposta de um organismo à uma determinada dieta. Os animais são tratados com soluções específicas para cada tecido e para cada composto analisado, o que permite a visualização do que ocorreu com o organismo. Vitamina A - fígado Vitamina D - ossos Vitamina K - sangue PRINCIPAIS MÉTODOS ANALÍTICOS DAS VITAMINAS HIDROSSOLÚVEIS Cromatografia Líquida de Alta Eficiência - CLAE Método Fluorimétrico Método Microbiológico MÉTODO FLUORIMÉTRICO Técnica utilizada na determinação qualitativa ou quantitativa de substâncias nas quais ocorre o fenômeno da fluorescência. 31/10/2016 3 MÉTODO MICROBIOLÓGICO Uso da vitamina como micronutriente essencial para os micro-organismos cultivados; Conforme o crescimento da cultura, é estipulada a quantidade de vitamina. Algumas das espécies utilizadas: Enterococcus faecalis Lactobacillus plantarum Lactobacillus fermentum Lactobacillus casei VITAMINAS E OS MÉTODOS Vitamina C Método fluorimétrico não distingue ácido ascórbico de ácido dehidroascórbico, ambos com atividade de vitamina C; Método titulométrico mede apenas o acido ascórbico. Niacina B3 Método microbiológico não distingue o ácido nicotínico da nicotinamida. VITAMINAS E OS MÉTODOS Piridoxina B6 Método microbiológico não apresenta resposta igual para os vitâmeros, mede apenas o valor total. Ácido Fólico B9 Método microbiológico não apresenta resposta igual para os vitâmeros, mede apenas o valor total. Método CLAE não mede todos os vitâmeros de maneira correta. CONCLUSÃO O método CLAE é o mais utilizado para a análise de vitaminas apesar de seu alto custo. Existem métodos mais baratos que também são eficazes - ex: Microbiológico para vitaminas hidrossolúveis Os métodos nem sempre são eficazes pois há: Mais de uma substância com atividade biológica da mesma vitamina; Vitaminas presentes em pequenas quantidades nos alimentos; Presença de substâncias interferentes; Facilidade de isomerização de algumas vitaminas. METODOLOGIAS Este método é aplicado para a determinação de vitamina C ou ácido L- ascórbico, em alimentos in natura ou enriquecidos, quando a quantidade da referida vitamina for maior que 5 mg e baseia-se na oxidação do ácido ascórbico pelo iodato de potássio. DETERMINAÇÃO DE VITAMINA C COM IODETO DE POTÁSSIO Material Papel de filtro qualitativo Dessecador Estufa Balança analítica Béqueres de 50 e 250 mL Erlenmeyer de 300 mL Pipetas Bureta Reagentes Solução de ácido sulfúrico a 20% v/v Solução de iodeto de potássio a 10%, m/v Solução de amido a 1%, m/v 31/10/2016 4 Procedimento Homogeneíze a amostra e pese uma quantidade que contenha ao redor de 5 mg de ácido ascórbico. Transfira para um frasco Erlenmeyer de 300 mL com auxilio de aproximadamente 50 mL de água. Adicione 10 mL de solução de ácido sulfúrico a 20%. Homogeneíze e, se necessário, filtre para outro frasco Erlenmeyer, lavando o filtro com água e logo após com 10 mL da solução de ácido sulfúrico a 20%. Adicione 1 mL da solução de iodeto de potássio a 10% e 1 mL da solução de amido a 1%. Titule com solução de iodato de potássio até coloração azul. Dependendo da quantidade de vitamina C contida na amostra, utilize solução de iodato de potássio 0,02 M ou 0,002 M. Analise sempre a amostra em duplicata e faça uma prova em branco. Cálculo 100 x V x F = vitamina C mg por cento m/m P V = volume de iodato gasto na titulação F = 8,806 ou 0,8806,respectivamente para KIO3 0,02 M ou 0,002 M P = n° de g ou mL da amostra
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