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SISTEMA NERVOSO MOTOR E AUTONÔMICO FUNÇÕES E CARACTERÍSTICAS GERAIS. Rita de Cássia Siqueira Pestana AULA 4 – FISIOLOGIA HUMANA AULA 4 – FISIOLOGIA HUMANA OBJETIVOS: · Descrever os aspectos morfofuncionais do Sistema Nervoso Autonômico. · Discorrer sobre as divisões Simpática e Parassimpática destacando seus aspectos morfológicos e suas ações antagônicas, complementares e cooperativas nos diferentes órgãos. · Explicar os efeitos do Simpático e Parassimpático nas funções viscerais (ritmo cardíaco, movimentos respiratórios, pressão arterial, motilidade do trato gastrintestinal, vesical, sudorese). · Identificar e diferenciar as vias simpática e parassimpática, seus componentes, os neurotransmissores e receptores adrenérgicos e colinérgicos e descrever seus efeitos. · Comparar as diferenças estruturais e funcionais dos componentes somático e autonômico do sistema nervoso. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO CONTROLA O FUNCIONAMENTO DO MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO, MÚSCULO LISO E GLÂNDULAS FIBRAS EFERENTES VISCERAIS ESPECIAIS NÃO FAZEM PARTE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ► inervam músculos estriados esqueléticos branquioméricos – músculos da cabeça, exceto alguns da região dos olhos. FIBRAS EFERENTES VISCERAIS GERAIS INTEGRAM O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO ► relacionada com a inervação músculos lisos, estriado cardíaco e glândulas. SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO # Atua sem controle consciente # É regulado por centros encefálicos, principalmente hipotálamo e tronco encefálico, que recebem entradas do sistema límbico e outras regiões do cérebro. FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO # Auxiliar o corpo a manter um ambiente interno constante ou balanço biológico global das funções corpóreas (homeostase) _ ex.: regulação do aumento súbito da pressão arterial regulação do tamanho da pupila a diferentes intensidades da luz constrição dos vasos sanguíneos superficiais em resposta ao frio regulação da frequência cardíaca em função do esforço # Propiciar ajustes (neurovegetativos) que dão suporte a execução de comporta- mentos motivados: defensivo, alimentar, sexual. COMPARAÇÃO ENTRE O SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO E VISCERAL SOMÁTICO VISCERAL Neurônios sensoriais originados nos receptores paraos sentidos especiais e somáticos Neurônios sensoriais associados ainteroceptores Neurôniosmotores regulam as atividadesexcitatóriasdosm.m.estriados esqueléticos (ações voluntárias e conscientes) Neurôniosmotores regulam as atividades visceraisexcitatóriasou inibitórias dosm.m.liso, estriado cardíaco egll. (ações involuntárias e inconscientes) Via motora consiste em 1 neurônio motor Via motora consiste em 2 neurônios motores (pré e pós-ganglionar) VIAS MOTORAS DO SISTEMA NERVOS SOMÁTICO E VISCERAL SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR CURTO NEURÔNIO PÓS-GANGLIONAR LONGO SISTEMA PARASSIMPÁTICO NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR LONGO NEURÔNIO PÓS-GANGLIONAR CURTO PRINCIPAIS PROCESSOS REGULADOS PELO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES # No Sistema Nervoso Autônomo Simpático – corpos dos neurônios pré-ganglionares nos cornos laterais da substância cinzenta do segmento tóraco-lombar (T1-L2) NEURÔNIOS PRÉ-GANGLIONARES # No Sistema Nervoso Autônomo parassimpático – corpos dos neurônios nos núcleos dos nervos cranianos no tronco encefálico e nos cornos cinzentos laterais do segmento sacral (S2-S4) – divisão craniossacral GÂNGLIOS SIMPÁTICOS # São locais de sinapses entre os neurônios pré-ganglionares e os pós- ganglionares simpáticos. # 2 grupos: GÂNGLIOS DA CADEIA SIMPÁTICA OU PARAVERTEBRAIS GÂNGLIOS PRÉ-VERTEBRAIS GÂNGLIOS SIMPÁTICOS GÂNGLIOS PARAVERTEBRAIS _ Estendem-se da base do crânio ao cóccix. GÂNGLIOS PRÉ-VERTEBRAIS _ Ficam próximos das grandes artérias abdominais _ Ex.: gânglio celíaco, gânglio mesentérico superior GÂNGLIOS PARASSIMPÁTICOS # Estão localizados perto ou dentro da parede do órgão visceral. # Ex.: gânglio ciliar, gânglio pterigopalatino, gânglio submandibular e óptico PLEXOS AUTONÔMICOS # São formados pelos axônios dos neurônios simpáticos e parassimpáticos, no tórax, no abdome e na pelve. # Muitos estão situados ao longo de artérias principais. # Principais plexos: _ no tórax: plexo cardíaco (na base do coração) plexo pulmonar (posterior a cada pulmão) _ no abdome e na pelve: plexo celíaco (solar) (ao redor do tronco celíaco) plexo mesentérico superior plexo mesentérico inferior plexo hipogástrico (ant. a L5) NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES 1- neurônio pré pode fazer sinapse com o pós no gânglio onde chega 2- neurônio pré pode subir ou descer nos gânglios da cadeia simpática, antes de fazer sinapse com o neurônio pós. 3- neurônio pode prosseguir sem fazer sinapse através da cadeia ganglionar simpática, fazendo sinapse com neurônio pós no gânglio pré-vertebral. DIFERENÇAS ENTRE O SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E PARASSSIMPÁTICO NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES DO SNA # Baseado nos neurotransmissores que produzem e liberam, os neurônios podem ser classificados como: _ COLINÉRGICOS – liberam acetilcolina (Ach) _ ADRENÉRGICOS – liberam norepinefrina ou noradrenalina (NE) FARMACOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO NEURÔNIOS COLINÉRGICOS # Incluem: Neurônios pré-ganglionares simpáticos e parassimpáticos Neurônios pós-ganglionares simpáticos que inervam as glândulas sudoríparas Neurônios pós-ganglionares parassimpáticos # Os receptores colinérgicos são proteinas integrais da membrana no neurônio pós- sináptico. RECEPTORES COLINÉRGICOS # Receptores nicotínicos e muscarínicos fixam Ach. # Receptores nicotinicos – estão presentes na membrana plasmática dos dendritos e corpos celulares dos neurônios pós- ganglionares simpáticos e parassimpáticos, e na placa motora da junção neuro-muscular. obs: denominação de nicotínicos porque a nicotina imita os efeitos da Ach ao se ligar a esses receptores. RECEPTORES COLINÉRGICOS # Receptores muscarínicos – estão presentes nas membranas plasmáticas de todos os efetores parassimpáticos. # A maior parte das glândulas sudoríparas recebe sua inervação a partir de fibras pós-ganglionares simpáticas colinérgicas, apresentando receptores muscarínico. Obs: denominação porque um veneno extraído do cogumelo, muscarina, imita as ações da Ach, quando se fixa neles. # Ativação dos receptores nicotínicos pela Ach: _ despolarização da célula pós-ganglionar. # Ativação dos receptores muscarínicos: _ às vezes causa despolarização e outras hiperpolarização, dependendo do tipo particular de célula que os contêm. _ ligação da Ach a receptor muscarínico inibe os esfíncteres do músculo liso da íris do olho, contraindo-o. _ efeitos colinérgicos são rápidos porque a acetilcolinesterase (AChE) inativa rapidamente a Ach. NEURÔNIOS ADRENÉRGICOS # A maioria dos neurônios pós-ganglionares simpáticos é adrenérgica. # A norepinefrina é liberada na fenda sináptica e liga-se a receptores adrenérgicos, provocando excitação ou inibição da célula efetora. # norepinefrina desencadeia efeitos mais longos que a Ach. RECEPTORES ADRENÉRGICOS # Tipos: receptores e # Norepinefrina estimula receptores # Epinefrina estimula receptores e Obs: NE é inativado pela catecol-O- Metiltransferase (COMT) ou pela monoamina oxidase (MAO) EFEITOS FISIOLÓGICOS DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO A MAIORIA DOS ÓRGÃOS É INERVADA PELAS DUAS DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO, QUE ATUAM EM OPOSIÇÃO UMA À OUTRA; AS DUAS DIVISÕES PODEM AFETAR OS ÓRGÃOS DE FORMA DIFERENTE, PORQUE SEUS NEURÔNIOS PÓS-GANGLIONARES LIBERAM NEUROTRANSMISSORES DISTINTOS E OS ÓRGÃOS EFETUADORES CONTÉM RECEPTORES ADRENÉRGICOS E COLINÉRGICOS. RESPOSTAS SIMPÁTICAS DURANTE ESTRESSE FÍSICO OU EMOCIONAL, A DIVISÃO SIMPÁTICA DOMINA A DIVISÃO PARASSIMPÁTICA # FAVORECENDO AS FUNÇÕES CORPORAIS QUE PODEM MANTER A ATIVIDADE FÍSICA VIGOROSA, COM RÁPIDA PRODUÇÃO DE ATP. # REDUZ AS FUNÇÕES CORPORAIS QUE FAVORECEM O ARMAZENAMENTO DE ENERGIA # EMOÇÕES ESTIMULAM A DIVISÃO SIMPÁTICA RESPOSTAS DE LUTA-OU-FUGA ATIVAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E LIBERAÇÃO DE HORMÔNIOS PÕEM EM CURSO UMA SÉRIE DE RESPOSTA FISIOLÓGICAS CONHECIDAS COMO RESPOSTA DE FUGA-OU-LUTA. EFEITOS DA RESPOSTA DE LUTA-OU-FUGA 1- AS PUPILAS DOS OLHOS DILATAM-SE 2- FREQUÊNCIA CARDÍACA, A FORÇA DE CONTRAÇÃO CARDÍACA E A PRESSÃO ARTERIAL AUMENTAM 3- VIAS AÉREAS DILATAM-SE, PERMITINDO O MOVIMENTO MAIS RÁPIDO DO AR PARA DENTRO E PARA FORA DOS PULMÕES 4- OS VASOS SANGUÍNEOS QUE SUPREM OS RINS E TRATO GASTROINTES- TINAL CONTRAEM-SE 5- OS VASOS SANGUÍNEOS QUE SUPREM OS M.M. ESQUELÉTICOS E CARDÍACOS, FÍGADO E TECIDO ADIPOSO, DILATAM-SE 6- HEPATÓCITOS REALIZAM GLICOGENÓLISE E OS ADIPÓCITOS A LIPÓLISE 7- AUMENTA NÍVEL DE GLICOSE SANGUÍNEA 8- PROCESSOS QUE NÃO SÃO ESSENCIAIS PARA ENFRENTAR A SITUAÇÃO DE ESTRESSE SÃO INIBIDOS OS EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA TÊM DURAÇÃO MAIS LONGA E SÃO MAIS DISPERSOS QUE OS EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO PARASSIMPÁTICA 1 -Fibras pós-ganglionares divergem de forma mais acentuada, ativando muitos tecidos simultaneamente; 2- A acetilcolinesterase inativa rapidamente a acetilcolina, enquanto a norepinefrina permanece na fenda sináptica por mais tempo; 3- Epinefrina e norepinefrina, secretadas para o sangue pelas adrenais, intensificam e prolongam as respostas produzidas pela NE liberada pelos neurônios pós-ganglio- nares simpáticos. RESPOSTAS PARASSIMPÁTICAS AUMENTA AS RESPOSTAS DE REPOUSO-E-DIGESTÃO; SUSTENTAM AS FUNÇÕES CORPORAIS QUE CONSERVAM E RESTAURAM A ENERGIA CORPORAL, DURANTE OS PERÍODOS DE REPOUSO E RECUPERAÇÃO; NOS INTERVALOS DE CALMA, ENTRE OS PERÍODOS DE EXERCÍCIO, OS IMPULSOS PARASSIMPÁTICOS PARA AS GLL. DIGESTIVAS E PARA O M. LISO NO TRATO GASTRINTESTINAL, PREDOMINAM SOBRE OS IMPULSOS SIMPÁTICOS, PERMITINDO QUE OS ALIMENTOS SEJAM DIGERIDOS E ABSORVIDOS; AS RESPOSTAS PARASSIMPÁTICAS REDUZEM AS FUNÇÕES CORPORAIS QUE MANTÊM A ATIVIDADE FÍSICA. RESPOSTAS PARASSIMPÁTICAS - SLUDD Salivação Lacrimejamento Urinação Digestão Defecação ALÉM DO AUMENTO DAS RESPOSTAS SLUDD, AS RESPOSTAS PARASSIMPÁTICAS REDUZEM: * FREQUÊNCIA CARDÍACA * DIÂMETRO DAS VIAS AÉREAS (broncoconstrição) * DIÂMETRO DAS PUPILAS (constrição) REFLEXOS AUTONÔMICOS SÃO RESPOSTAS QUE OCORREM QUANDO OS IMPULSOS NERVOSOS PERCORREM UM ARCO REFLEXO AUTONÔMICO TÊM PARTICIPAÇÃO FUNDA- MENTAL NA REGULAÇÃO DAS CONDIÇÕES CONTROLADAS DO CORPO: # PRESSÃO ARTERIAL (ajuste da frequência cardíaca, da força de contração ventricular e diâmetro dos vasos sanguíneos) # RESPIRAÇÃO (pela regulação das vias aéreas) # DIGESTÃO (ajustes na motilidade e tônus muscular do TGI) # DEFECAÇÃO E MICÇÃO (regula a abertura e fechamento dos esfíncteres) COMPONENTES DO ARCO REFLEXO AUTONÔMICO 1- RECEPTOR – na extremidade distal do neurônio sensorial, na sua maioria associado a interoceptores. 2- NEURÔNIO SENSORIAL – conduz impulsos nervosos para o SNC 3- CENTRO INTEGRATIVO – interneurônios no SNC, transmitem sinais dos neurônios senso- riais para os neurônios motores até o efetor. 4- NEURÔNIOS MOTORES – conduzem im- pulsos nervosos desencadeados pelo centro integrativo do SNC para os órgãos efetuadores. (pré e pós-ganglionar) 5- EFETOR - m. liso, m. estriado cardíaco e glândulas. CONTROLE AUTONÔMICO PELOS CENTROS SUPERIORES O CENTRO INTEGRATIVO PARA AS RESPOSTAS AUTONÔMICAS FICA NA MEDULA ESPINAL, TRONCO ENCEFÁLICO E HIPOTÁLAMO. GERAM A SAÍDA DA RESPOSTA PARA O EFETOR VISCERAL, EM GERAL SEM NOSSA PERCEPÇÃO CONSCIENTE O HIPOTÁLAMO É O PRINCIPAL CENTRO DE CONTROLE E DE INTEGRAÇÃO DO SNA. RECEBE ENTRADAS SENSORIAIS RELACIONADAS: * ÀS FUNÇÕES VISCERAIS À OLFAÇÃO À GUSTAÇÃO ÀS VARIAÇÕES DE TEMPERATURA DA OSMOLARIDADE DAS CONCENTRAÇÕES SANGUÍNEAS DE VÁRIAS SUBSTÂNCIAS ÀS EMOÇÕES A SAÍDA DO HIPOTÁLAMO INFLUENCIAM CENTROS AUTONÔMICOS NO TRONCO ENCEFÁLICO: CENTRO CARDIOVASCULAR CENTRO DA SALIVAÇÃO CENTRO DA DEGLUTIÇÃO CENTRO DO VÔMITO E DA MEDULA ESPINAL: *CENTROS REFLEXOS DA DEFECAÇÃO E MICÇÃO BIBLIOGRAFIA ESTÁCIO ENSINO SUPERIOR. Programa do Livro Universitário. Fisiologia Humana. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. (cap 4, p. 96-136) (material extraído de: Fisiologia / Margarida de Mello Aires – Princípios de Anatomia e Fisiologia / Gerard J. Tortora, Sandra Reynolds Grabowisk) BIBLIOGRAFIA Textos complementares para consultas e/ou pesquisas: · BEAR , M.F. et al. Neurociências, desvendando o Sistema Nervoso, 2ªed, Artmed,2002 (cap. 8; p. 265, 266, 267 e 268; cap.12; p. 408, 422 e 432). · AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia. 3. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008. (cap. 16; p. 242-257; cap.17: p.258-265; cap. 19: p.278-287). · TORTORA, Gerard J & GRABOWSKI, Sandra R. Princípios de Anatomia e Fisiologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.(cap.15, p.440-464; cap.16, p. 465-468).
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