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Sistemas de Forças Prof. Clésio INTRODUÇÃO • Análise dos efeitos das forças que atuam em estruturas e equipamentos de engenharia. Força • Ação de um corpo sobre o outro, é uma grandeza vetorial. • Sistema de forças, combinação através da lei do paralelogramo. • Ação da tração no cabo sobre o suporte, fig 2/1ª. Fig. 2/1 • Vetor P de módulo P. • O efeito sobre o suporte depende de p e o ângulo θ. • E da posição do ponto de aplicação A. • Qualquer variação de um dos três parâmetros altera a ação sobre o suporte A. • Força deve ser especificada pelo módulo, direção e ponto de aplicação (vetor fixo). Efeitos Externos e Internos. • Exemplo da fig. 2/1 a. • Efeitos de P ao suporte são as forças reativas, exercidas no suporte pela e pelos parafusos. • Forças externas podem ser aplicadas ou reativas. • Efeitos das forças (P) internas sobre o suporte são as forças e deformações resultantes distribuídas por o todo o material do suporte. Principio da Transmissibilidade. • A força P pode ser aplicada em qualquer ponto da placa do suporte em A , B ou qualquer outro ponto sem alterar os efeitos de P sobre a placa, fig 2/2. Fig. 2/2 Efeitos externos são a força exercida na placa pelo mancal de suporte em O e a força exercida na placa pelo suporte com rolamento em C. Classificação das forças • Força de contato ou de corpo • Contato físico • Corpo dentro de um campo de forças(gravitacional, elétrico, magnético) • Concentradas ou distribuídas • SI Newton (N), no LMT kgf Ação e reação • 3ª Lei de Newton toda força de ação corresponde a uma força de reação de igual intensidade e sentido oposto Forças concorrentes • Suas linhas de ação se interceptam em um ponto • Forças F1 e F2 na Fig. 2/3 a. • Fig. 2/3 b, princípio da transmissibilidade, forças aplicadas em pontos diferentes. • Fig. 2/3 c, lei do triângulo, movendo a linha de ação de uma das forças. • Fig. 2/3 d, deve ser evitada perde-se a alinha de ação correta, pois R não passa por A. • Matematicamente Fig. 2/3 Componentes vetoriais • Frequente há a necessidade de se substituir a força por suas componentes vetoriais em direções convenientes para determinada aplicação • Relação de uma força com as componentes vetoriais ao longo dos eixos dados, não deve ser confundidas com as projeções perpendiculares, fig. 2/3 e Um Caso Especial de Adição de Vetorial • Forças F1 e F2 paralelas, conforme fig. 2/4 • Duas forças iguais colineares e opostas F, não produz efeito externo sobre o corpo. • F1 e F gera R1, F2 e –F gera R2 → R1 +R2 = R Fig. 2/4 SITEMA DE FORÇAS BIDIMENSIONAIS Componentes Retangulares • Decomposição bidimensional de um vetor mais comum – retangulares (regra do paralelogramo) fig. 2/5 F = Fx + Fy Fx e Fy componentes vetoriais de F nas direções x e y. Fx = Fxi e Fy = Fyj Fx e Fy componentes esca- lares x e y de F fig. 2/5 • Componentes escalares podem ser positivos ou negativos dependendo do quadrante para qual F aponta. Convenções para Descrever os Componentes de um Vetor • │F│ F - intensidade (quantidade), sempre positivo • Componentes escalares em itálico sem negrito – exemplos 2/1 e 2/3 • Representação das componentes em linhas tracejadas e as forças por linhas cheias fig. 2/5 • Problemas reais normalmente estão sem os eixos de referência • Cabe ao estudante escolher de acordo com a conveniência • Varia conforme a geometria e as direções do problema Determinando as Componentes de uma Força • As dimensões nem sempre são dadas nas direções horizontal e vertical • Os ângulos não precisam ser medidos no sentido anti-horário a partir do eixo x • A origem das coordenadas não precisa estar na linha de ação das forças • Esboço cuidadoso é sempre interessante e ajuda a tornar ageometria mais clara • A fig. 2/7 mostra a linha de ação de F2 deslocada de O para a extremidade de F1 (Regra do triângulo) Fig. 2/7 • O termo ƩFx, significa a soma algébrica das componentes escalares em x • Ex: 2/1 Pag.22 até Ex: 2/4 Pag.24 e problemas Pag. 25 Momento • Tendência de um corpo girar em relação a um eixo devido a aplicação de uma força • Qualquer linha que não intercepte e não seja paralela, a linha de ação da força → tendência a rotação M (torque) • Ex – Fig . 2/8 a. Momento em torno de um Ponto • Fig. 2/8 b , corpo bidimensional submetido a uma força F atuando em seu plano • Módulo do momento, é proporcional ao mó- dulo da força e a intensidade do braço de alavanca perpendicular a ação da força • O momento M é um vetor, perpendicular ao plano do corpo, seu sentido depende da dire- ção da força F, tende a girar o corpo • Regra da mão direita, fig. 2/8 c. Fig. 2/8 • SI ( N.m) • Sistema gravitacional (LFT) , (kgf.m) • Fig. 2/8 d. todas as forças atuando em um plano. • Direção, (+) sentido anti-horário, (-) sentido horário Produto Vetorial • Problemas bidimensionais e tridimensionais, conceito vetorial para o cálculo do momento M • Fig. 2/8 b, momento de F em relação ao ponto A • r é um vetor de posição, do ponto de referencia A a linha de ação da força F • O módulo do momento é dado por; M = Fr.sen.α = F. d • Sequência rx F • Ex: 2/5 Pag. 31 Teorema de Varignon • O momento de uma força em relação a qualquer ponto, é o somatório dos momentos dos componentes da força em relação ao mesmo ponto. • Ex fig. 2/9 a, P e Q componentes não retangulares de R Fig. 2/9 R = P + Q → r x R = r x (P+Q) Mo = r x R = r x P + r x Q Ex : 2/5 e 2/6 BINÁRIO • Momento provocado por duas forças não colineares iguais e opostas • Duas forças iguais e opostas F e – F, separadas por uma distância d, fig. 2/10 a • Soma em todas as direções é zero • Tendência de rotação • Momento combinado de duas forças em relação a um eixo normal a seu plano e passando por um ponto qualquer em seu plano O M = F.(a+d) – F.a M = F.d O modulo é independente da distância a O Fig. 2/10 Método da Álgebra Vetorial • Produto Vetorial, fig. 2/10 b • rA e rB são vetores posição de O até os pontos arbitrários A e B • rA – rB = r • M pode ser representado por vetor livre, fig. 2/10 c, sentido convenção, fig.2/10 d Binários Equivalentes • Mudar os valores de F e d não altera o binário, fig. 2/11 mostra quatro diferentes configurações do mesmo binário M Fig. 2/11 Sistemas de Força-Binário • Efeito de uma força sobre um corpo, tendência de empurrar ou puxar o corpo na direção da força e de girar o corpo em relação a qualquer eixo fixo que não intercepte a linha de ação da força. Fig. 2/12 • Ex: 2/7 e 2/8 Fig. 2/12 Resultantes • É um sistema mais simples que pode substituir as forças originais sem alterar o efeito externo ao corpo rígido sobre o qual as forças estão atuando. • Equilíbrio, condição na qual a resultante de todas as forças atuando no corpo é nula (estática). • Resultante não nula, aceleração, F = m.a (dinâmica) • Tipo mais comum, todas as forças, F1, F2 e F3 atuando num plano x-y, fig. 2/13 a • Obtenção do módulo e direção da resultante R, através do polígono, fig. 2/13 b • Solução gráfica, R é obtida preservando-se as linhas de ação das forças e adicionando-se os vetores pela regra do paralelogramo, usando o principio da transmissibilidade. • Somando-se todos os momentos em O Mo, obtemos o sistema força-binário único. Fig. 2/14 c • Na fig. 2/14 d , ache a linha de ação de R, forçando R a ter um Mo em relação a O • Sistemas de força da Fig. 2/14 a e fig. 2/14 d são semelhantes • Ʃ(F.d) na fig. 2/14 a é semelhante a R.d na fig.2/14 d Fig. 2/14 Princípio dos Momentos • Resumido na forma da equação • Reduz um sistema de forças a sistema de força-binário em um ponto O arbritário, onde d é a distância do ponto O a linha de ação de R, teorema de Varignon • Num sistema de forças concorrentes, somatório dos momentos ƩMo em relação a um ponto O é zero. Fig. 2/15 • Ex: 2/9 Fig. 2/15 SISTEMAS DE FORÇAS TRIDIMENSIONAIS Componentes Retangulares • Muitos problemas de mecânica, necessitam analise na três dimensões, ortogonais. Fig. 2/16 Fig. 2/16 • Vetores unitários, i, j e k estão nas direções x,y e z • Módulo da força F multiplicado pelo vetor unitário nF, determina a direção F F = F. nF • Na maior parte dos casos, a direção de uma força é descrita por dois pontos sobre a linha de ação de uma força, ou por dois ângulos que orientam a linha de ação. Especificação por dois pontos na linha de ação da força. • Conhecendo-se as coordenadas dos pontos A e B, F pode ser escrito, fig. 2/17 • As componentes escalares x, y e z de F são os coeficientes escalares dos vetores unitários i, j e k Fig. 2/17 Especificação por dois ângulos que orientam a linha de ação da força • Considere a geometria da fig. 2/18 e que os ângulos θ e φ são conhecidos. • Projetar F nas componentes horizontal e vertical. • Projetar então a componente horizontal Fxy , nas componentes x e y • As quantidades Fx, Fy e Fz são as componentes escalares de F • Escolha do sistema de coordenadas arbitrário Fig. 2/18 Produto Escalar • Operação vetorial denominada produto escalar, expressa as componentes retangulares de uma força F • Produto escalar de dois vetores P e Q, fig. 2/19 a Fig. 2/19 • Projeção ortogonal P.cos α de P na direção de Q multiplicado por Q • Ou projeção ortogonal Q.cos α de Q na direção de P multiplicado por P • Ambos os casos, produto escalar dos dois vetores é um escalar • Se n é um vetor unitário em uma direção, a projeção de F na direção n, fig. 2/19 b tem módulo Fn = F.n • Quantidade vetorial Fn = (F.n).n ou Fn = F.nn • Cossenos diretores de n são α , β e γ então podemos escrever n na forma vetorial • Neste caso o seu módulo é unitário • Se os cossenos diretores de F, em relação aos eixos de referência, x-y-z, são l, m e n, então a projeção de F na direção n • i, j e k tem o mesmo comprimento e são ortogonais. Ângulo entre Dois Vetores • Força F, formando um ângulo θ com a direção do vetor unitário n, então pela definição do produto escalar F.n = Fn.cos θ = F.cos θ , onde │n│= 1, então o ângulo entre F e n é o ângulo entre quaisquer vetores P e Q • Se F é perpendicular a direção da linha de direção do vetor unitário n cos θ = 0, então F.n = 0 • Fig. 2/20 , produto escalar dos vetores P e Q que não se interceptam • Q vezes a projeção de P’ sobre Q, P’.Q.cos α = P.Q cos α , P’ e P são iguais pois são vetores livres • Ex: 2/10 Fig. 2/20 Momento e Binário • Análise bidimensional, modulo de um momento por multiplicação escalar • Analise tridimensional, distância perpendicular entre a linha da força aplicada até o ponto, pode levar a cálculo tedioso • Vantajoso utilizar o produto vetorial Momentos em Três Dimensões • Fig. 2/21 a força F , ponto O • Ponto O e linha de ação de F formam o plano A • Mo = F . D • Vetor Mo, perpendicular ao plano, no eixo que passa por O • Produto vetorial r x F, e tem módulo (r.senα).F=F.d, direção e sentido estabelecido pela regra da mão direita Avaliando o Produto Vetorial • Expansão do determinante • Exame detalhado através da fig. 2/22, mostra as três componentes de F atuando em um ponto A em relação a O por vetor r • Valores escalares determinado por Fig. 2/22 Fig. 2/21 • Momento em Relação a um Eixo Arbitrário • É possível expressar um MA de F a qualquer eixo λ que passa por O, fig. 2/23 Fig. 2/23 • n um vetor unitário na direção λ • Produto escalar Mo.n, componente de Mo na direção λ, é igual a módulo de MA de F em relação a λ • Expressão vetorial de MA de F em relação a λ • Onde r x F = Mo • r x F x n, produto escalar triplo, expresso pelo determinante • Onde α,β e γ cossenos diretores do vetor unitário n O Teorema de Varignon em Três Dimensões • Fig. 2/24 , sistema de forças concorrentes F1, F2 e F3, somatório dessas forças em relação a O • r x F1 + r x F2 + r x F3 + ...... = r x (F1 + F2 + F3 + .......) = r x ƩF • Usando-se a propriedade distributiva para produto vetorial • A soma dos momentos de sistema de forças concorrentes em relação a um ponto é igual ao momento de sua soma em relação ao mesmo ponto • Binários em Três Dimensões • Fig. 2/25 duas forças iguais e sentidos opostos F e –F, vetor r vai de qualquer ponto B na linha de ação de –F , para qualquer ponto A na linha de ação de F • Pontos A e B localizados pelos vetores posições rA e rB , a partir de qualquer ponto O , o momento combinado das duas forças em relação a O Fig. 2/25 • rA – rB = r, referência em relação a O desaparece • Módulo de M é M = F.d • d, distância perpendicular entre as linhas de ação das duas forças • O momento de um binário é um vetor livre • O momento de uma força em relação a um ponto é um vetor móvel • Obedecem todas as regras que governam as quantidades vetoriais, fig. 2/26 Fig. 2/26 • Substituição de uma força F por seu sistema de força-binário equivalente, fig. 2/27 • Ex: 2/11, 2/12 e 2/13 Fig. 2/27 Resultantes • Combinação de forças mais simples, substituindo um sistema de forças sem alterar o efeito externo sobre o corpo rígido, fig 2/28 a Fig. 2/28 Forças Resultantes • Somente a 1ª equação é usada, não existe momentos em relação ao ponto de concorrência Forças Paralelas • R é a soma algébrica das forças dadas e sua posição da linha de ação, é obtida pelo princípio dos momentos Mo = r x R • r, vetor posição do ponto de referência força-binário O à linha de ação final de R • Mo é a soma do momento das forças individuais em relação a O Forças Coplanares • Visto na seção de resultantes em um plano • Torçor Resultante • Torque resultante M paralelo a uma força resultante R, fig. 2/29 a resultante é denominada torçor , exemplo aperto do parafuso chave de fenda Fig. 2/29 • Qualquer sistema geral de forças pode ser representado por um torçor aplicado ao longo de uma linha de ação única, fig. 2/30 Fig. 2/30 • Ex: 2/17, 2/18 e 2/19
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