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6 1. INTRODUÇÃO As normas regulamentadoras são compostas por obrigações relativas a medicina e segurança do trabalho que devem ser cumpridas pelos empregadores e trabalhadores de empresas privadas, públicas e órgãos do governo que tenham seus empregados regidos pela CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas). (INBEP, 2017) Em 08 de Junho de 1978 a partir da lei n.º 6.514 de 1977 que se refere a segurança e medicina do trabalho, o Ministério do Trabalho criou as normas regulamentadoras afim de promover saúde e segurança do trabalho nas empresas, pois na década de 70 o Brasil era o país com maior número de acidentes de trabalho. (SEGURANÇA DO TRABALHO, 2012). No Brasil, o setor da construção civil e de todas as outras áreas de trabalho eram carentes de orientações para que pudesse realizar melhorias no ambiente de trabalho, muitos contratos eram feitos de maneira informal, feitos até no próprio canteiro de obras, e por falta de orientações estimava se que a cada sete empregados um sofria acidente de trabalho. O país avançou muito desde a década de 70 e as normas regulamentadoras também, elas passam por constantes mudanças em função ao avanço tecnológico e métodos trabalhistas, essas mudanças ou até mesmo a criação de uma nova norma é feita pela Comissão Tripartite, que é composta por empregados, empregadores e representantes do governo. (CASA DO CONSTRUTOR, 2016). 2. OBJETIVO As normas regulamentadoras têm por objetivo a regulamentação da legislação relativa a medicina e segurança do trabalho, proporcionar e assegurar a saúde do trabalhador, determinar procedimentos preventivos a acidentes e dispor de equipamentos de proteção individual e coletiva. 7 3. NR 6 – NORMA REGULAMENTADORA 6: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI 3.1. SOBRE A NR 6 A NR 6, corresponde as obrigatoriedades sobre empregadores e empregados quanto a utilização de equipamentos de uso individual destinados a proteger a saúde e integridade física do trabalhador. Estes equipamentos são qualificados quanto aos agentes que oferecem risco a saúde e segurança oferecendo aos trabalhadores proteção a cabeça, aos olhos e face, a quedas, ao tronco, respiratória, auditiva, aos membros inferiores e superiores, ou seja, ao corpo inteiro. O uso do EPI é fundamental e pode assegurar que o profissional não seja exposto a doenças ocupacionais, que podem surgir no decorrer do tempo. Se utilizados de maneira correta, podem prevenir acidentes e salvar vidas. 3.2. RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR De acordo com a NR 6, os EPI’s devem ser fornecidos gratuitamente pelas empresas, sempre adequado aos riscos da função, em ótimo estado de conservação e funcionamento. A empresa deve exigir o uso dos equipamentos durante a jornada de trabalho, realizar orientações e treinamentos sobre o uso correto dos mesmos, deve também registrar o devido fornecimento ao trabalhador. No caso de equipamentos perdidos ou danificados, é responsabilidade da empresa substituí-lo imediatamente. A empresa deve se atentar em fornecer os equipamentos de proteção individual que são aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho. Caso alguma irregularidade seja observada, o empregador deve comunicar imediatamente o MTE – Ministério do Trabalho e Emprego. 8 3.3. RESPONSABILIDADES DO EMPREGADO Os empregados devem utilizar os EPI’s somente para a finalidade a que se destina, devem responsabilizar-se pela conservação do seu equipamento, cumprir as determinações dadas pelo empregador sobre seu uso adequado e comunica-lo quando houver qualquer alteração que torne seu uso improprio. 3.4. FABRICANTES Os fabricantes tanto nacionais quanto importadores devem seguir algumas especificações contidas na NR 6 como comercializar somente o equipamento de proteção individual que tiverem certificado de aprovação – CA, para isso o fabricante deve ser cadastrado no Ministério do Trabalho e Emprego – MTE. Devem também se responsabilizar pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao CA comunicar o MTE sobre qualquer alteração feita dos dados cadastrais, comercializar EPI’s com as instruções técnicas no idioma nacional, contendo orientação quanto a sua utilização, manutenção e demais informações para seu uso. 3.5. CERTIFICADO DE APROVAÇÃO – CA O Certificado de Aprovação – CA é um documento muito importante dentro das empresas, ele é expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego – MTE afim de garantir a qualidade e funcionalidade de um determinado EPI, pois antes de chegar aos pontos de venda os equipamentos devem ser submetidos a diversos testes para provar a sua eficácia quanto proteção, durabilidade e conforto no momento da utilização. Se for aprovado depois desses testes o EPI recebe seu Certificado de Aprovação – CA e sua comercialização é autorizada. Segundo o item 6.9.3 da NR 6, estabelece que todo EPI deve apresentar em caracteres inapagáveis, o nome comercial da empresa que o fabrica, o lote de fabricação e o número do CA. No caso de EPI’s importados, o nome da empresa importadora, o lote de fabricação e o número do CA. 9 O Certificado de Aprovação – CA tem validade de cinco anos para os equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO - Sistema Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial e validade de dois anos para equipamentos vinculados a avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO. 3.6. COMPETÊNCIA DO MINISTERIO DO TRABALHO – MTE 3.6.1. CABE AO ÓRGÃO NACIONAL DO MTE: Fiscalizar a qualidade do equipamento de proteção individual – EPI, cadastrar o fabricante ou importador, estabelecer regulamentos técnicos para ensaios, receber e examinar a documentação para emitir ou renovar o Certificado de Aprovação – CA, suspender o cadastro do fabricante ou importador e cancelar o CA. 3.6.2. CABE AO ÓRGÃO REGIONAL DO MTE: Recolher amostras de EPI, fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade dos mesmos e aplicar as penalidades cabíveis pelo descumprimento da norma regulamentadora - NR 6. 3.7. DESCUMPRIMENTO DA NR 6 A NR 6 é responsável pela geração de multas e processos judiciais no âmbito trabalhista, isso porque constantemente esta norma é descumprida por ambos os lados, empregado e empregador. Os acidentes de trabalho, ou doenças profissionais causadas pela negligência da empresa em fornecer os EPI’s necessários para o colaborador, podem implicar em processo civil e criminal por omissão. Se durante uma fiscalização, o colaborador não estiver utilizando o EPI, a empresa terá que pagar multa. O valor dessa multa depende do risco que o colaborador corre e do número de funcionários irregulares. 10 Caso aconteça algum acidente de trabalho em que o colaborador não estiver utilizando o devido EPI, além de multas, a empresa será obrigada a indenizar o funcionário, em alguns casos, também será obrigada a pagar um adicional de insalubridade de 40% do salário do funcionário, por todo o período que ele trabalhou, incluindo férias e FGTS. Além de correr o risco de processos civil e criminal, acarretando até o embargo ou mesmo a interdição da empresa. 4. ANEXO I – LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Figura 1: Equipamentos de Proteção Individual Fonte: Internet, domínio público. 4.1. EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA Esse meio de proteção tem larga aplicação nas atividades onde há trabalhos em níveis diferentes,onde objetos elevados possam cair acidentalmente ou onde o próprio meio em que a pessoa se movimenta possibilita batidas na cabeça 11 Figura 2: EPI de proteção da cabeça Fonte: Internet, domínio público. 4.1.1. CAPACETE a) Para proteção contra impactos de objetos sobre o crânio; b) Para proteção contra choques elétricos; c) Para proteção do crânio e face contra agentes térmicos. 4.1.2. CAPUZ OU BALACLAVA a) Para proteção do crânio e pescoço contra riscos de origem térmica; b) Para proteção do crânio, face e pescoço contra respingos de produtos químicos; c) Para proteção do crânio e pescoço contra agentes abrasivos e escoriantes. 4.2. EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE Existe uma grande variedade de modelos para atender a diferentes formatos de rosto e preferências do usuário. A escolha requer a análise dos riscos e testes com os usuários. Também é importante avaliar o tipo de lente ideal para cada atividade. Os materiais existentes são policarbonato, resina orgânica, resina com tratamento e cristal. 12 Figura 3: EPI de proteção visual Fonte: Internet, domínio público. 4.2.1. ÓCULOS a) Para proteção dos olhos contra impactos de partículas volantes; b) Para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; c) Para proteção dos olhos contra radiação ultravioleta; d) Para proteção dos olhos contra radiação infravermelha. 4.2.2. PROTETOR FACIAL a) Para proteção da face contra impactos de partículas volantes; b) Para proteção da face contra radiação infravermelha; c) Para proteção dos olhos contra luminosidade intensa; d) Para proteção da face contra riscos de origem térmica; e) Para proteção da face contra radiação ultravioleta. 4.2.3. MÁSCARA DE SOLDA a) Para proteção dos olhos e face contra impactos de partículas volantes, radiação ultravioleta, radiação infravermelha e luminosidade intensa. 13 4.3. EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA A Proteção Auditiva é necessária para proteger o usuário contra o nível de pressão sonora que ultrapassar a barreira dos 85 dBA. Para tanto, o uso do protetor auditivo deve ocorrer durante todo o período de exposição ao ruído Figura 4: EPI de proteção auditiva Fonte: Internet, domínio público. 4.3.1. PROTETOR AUDITIVO b) Circum-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora c) De inserção para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora d) Semi-auricular para proteção do sistema auditivo contra níveis de pressão sonora 4.4. EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA Os respiradores protegem o trabalhador da inalação de contaminantes gerados por agentes químicos e biológicos. O controle dos agentes químicos no ambiente de trabalho deve continuar sendo feito mesmo com o uso destes EPI’s. Isso inclui a utilização de substâncias menos tóxicas, ventilação exaustora adequada, filtros, lavadores de gases e acompanhamento dos efluentes. 14 Figura 5: EPI de proteção respiratória Fonte: Internet, domínio público. 4.4.1. RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR NÃO MOTORIZADO: a) Peça semifacial filtrante (PFF1) para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; b) Peça semifacial filtrante (PFF2) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas e fumos; c) Peça semifacial filtrante (PFF3) para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos; d) Peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros para material particulado tipo: P1 para proteção das vias respiratórias contra poeiras e névoas; e ou P2 para proteção contra poeiras, névoas e fumos; e ou P3 para proteção contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos; e) Peça um quarto facial, semifacial ou facial inteira com filtros químicos e ou combinados para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado. 15 4.4.2. RESPIRADOR PURIFICADOR DE AR MOTORIZADO: a) Sem vedação facial tipo touca de proteção respiratória, capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores; b) Com vedação facial tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos e ou contra gases e vapores. 4.4.3. RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO LINHA DE AR COMPRIMIDO: a) Sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; b) Sem vedação facial de fluxo contínuo tipo capuz ou capacete para proteção das vias respiratórias em operações de jateamento e em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; c) Com vedação facial de fluxo contínuo tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; d) De demanda com pressão positiva tipo peça semifacial ou facial inteira para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio maior que 12,5%; e) De demanda com pressão positiva tipo peça facial inteira combinado com cilindro auxiliar para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS). 4.4.4. RESPIRADOR DE ADUÇÃO DE AR TIPO MÁSCARA AUTÔNOMA a) De circuito aberto de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS); 16 b) De circuito fechado de demanda com pressão positiva para proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração de oxigênio menor ou igual que 12,5%, ou seja, em atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS). 4.4.5. RESPIRADOR DE FUGA a) Tipo bocal para proteção das vias respiratórias contra gases e vapores e ou material particulado em condições de escape de atmosferas Imediatamente Perigosas à Vida e a Saúde (IPVS). 4.5. EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO Esses EPI’s tem o objetivo de proteger o corpo do trabalhador ou parte dele contra riscos mecânicos, térmicos, químicos, elétricos, radioativos ou umidade. Figura 6: EPI de proteção do tronco Fonte: Internet, domínio público. 4.5.1. VESTIMENTAS a) Para proteção do tronco contra riscos de origem térmica; b) Para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica; c) Para proteção do tronco contra riscos de origem química; d) Para proteção do tronco contra riscos de origem radioativa; e) Para proteção do tronco contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. 17 f) Para proteção do tronco contra umidade proveniente de operações com uso de água. g) Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra riscos de origem mecânica. 4.6. EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES Esses EPI’s tem a função de protegerem os membros inferiores dos trabalhadores contra riscos mecânicos - como abrasão, corte e perfuração, riscos químicos e riscos biológicos - como fungos e bactérias. Figura 7: EPI de proteção de membros superiores Fonte: Internet, domínio público. 4.6.1. LUVAS a) Para proteção das mãos contra agentes abrasivos e escoriantes; b) Para proteção das mãos contra agentes cortantes e perfurantes; c) Para proteção das mãos contra choques elétricos; d) Para proteçãodas mãos contra agentes térmicos; e) Para proteção das mãos contra agentes biológicos; f) Para proteção das mãos contra agentes químicos; g) Para proteção das mãos contra vibrações; h) Para proteção contra umidade proveniente de operações com uso de água; i) Para proteção das mãos contra radiações ionizantes. 18 4.6.2. CREME PROTETOR a) Creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores contra agentes químicos. 4.6.3. MANGA a) Para proteção do braço e do antebraço contrachoques elétricos; b) Para proteção do braço e do antebraço contra agentes abrasivos e escoriantes; c) Para proteção do braço e do antebraço contra agentes cortantes e perfurantes; d) Para proteção do braço e do antebraço contra umidade proveniente de operações com uso de água; e) Para proteção do braço e do antebraço contra agentes térmicos. 4.6.4. BRAÇADEIRA a) Para proteção do antebraço contra agentes cortantes; b) Para proteção do antebraço contra agentes escoriantes. 4.6.5. DEDEIRA a) Dedeira para proteção dos dedos contra agentes abrasivos e escoriantes. 4.7. EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES Os pés são protegidos por diferentes calçados de uso profissional que são conhecidos como calçados de segurança, já as pernas do trabalhador são protegidas por calças e perneiras de segurança. 19 Figura 8: EPI de proteção dos membros inferiores Fonte: Internet, domínio público. 4.7.1. CALÇADO a) para proteção contra impactos de quedas de objetos sobre os artelhos; a) Para proteção dos pés contra agentes provenientes de energia elétrica; b) Para proteção dos pés contra agentes térmicos; c) Para proteção dos pés contra agentes abrasivos e escoriantes; d) Para proteção dos pés contra agentes cortantes e perfurantes; e) Para proteção dos pés e pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água; f) Para proteção dos pés e pernas contra respingos de produtos químicos. 4.7.2. MEIA a) Meia para proteção dos pés contra baixas temperaturas. 4.7.3. PERNEIRA a) Para proteção da perna contra agentes abrasivos e escoriantes; b) Para proteção da perna contra agentes térmicos; c) Para proteção da perna contra respingos de produtos químicos; d) Para proteção da perna contra agentes cortantes e perfurantes; e) Para proteção da perna contra umidade proveniente de operações com uso de água. 20 4.7.4. CALÇA a) Para proteção das pernas contra agentes abrasivos e escoriantes; b) Para proteção das pernas contra respingos de produtos químicos; c) Para proteção das pernas contra agentes térmicos; d) Para proteção das pernas contra umidade proveniente de operações com uso de água. e) Para proteção das pernas contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. 4.8. EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO Figura 9: EPI de proteção de corpo inteiro Fonte: Internet, domínio público. 4.8.1. MACACÃO a) Proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra agentes térmicos; b) Para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos; c) Para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de operações com uso de água. d) Para proteção do tronco e membros superiores e inferiores contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. 21 4.8.2. VESTIMENTA DE CORPO INTEIRO a) Para proteção de todo o corpo contra respingos de produtos químicos; b) Para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de operações com água; c) Condutiva para proteção de todo o corpo contra choques elétricos. d) Para proteção de todo o corpo contra umidade proveniente de precipitação pluviométrica. 4.9. EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE NÍVEL Esses EPI’s são exigidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego - MTE, sempre que o trabalho for realizado acima de dois metros do solo e houver risco de queda. Um sistema de proteção contra quedas é formado por ancoragem, elemento de conexão e cinto paraquedista garante a proteção efetiva. Com talabarte ou trava-quedas, o elemento de ligação executa a união entre a ancoragem e o cinto. Já o cinto paraquedista envolve o corpo do trabalhador de forma ergonômica e possui ponto para conexão ao sistema Figura 10: EPI de proteção contra quedas Fonte: Internet, domínio público. 4.9.1. CINTURÃO DE SEGURANÇA COM DISPOSITIVO TRAVA-QUEDA a) Proteção do usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal. 22 4.9.2. CINTURÃO DE SEGURANÇA COM TALABARTE a) Para proteção do usuário contra riscos de queda em trabalhos em altura; b) Para proteção do usuário contra riscos de queda no posicionamento em trabalhos em altura. 23 5. NR 9 - NORMA REGULAMENTADORA 9: PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS 5.1. DO OBJETO E CAMPO DE APLICAÇÃO Através desta Norma Regulamentadora - NR se torna obrigatório à elaboração e implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através do controle de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais. As ações do PPRA devem ser desenvolvidas no domínio de cada empresa, sob a responsabilidade do empregador, com a participação dos trabalhadores, sendo sua amplitude dependente das características dos riscos e das necessidades de controle. Para efeito desta NR, são considerados riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador. Consideram-se agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão. Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros. 24 5.2. DA ESTRUTURA DO PPRA O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá estar descrito em um documento-base, contendo no mínimo, a seguinte estrutura: a) Planejamento anual com estabelecimento de metas, prioridades e cronograma; b) Estratégia e metodologia de ação; c) Forma do registro, manutenção e divulgação dos dados; d) Periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA. Deverá ser efetuada, sempre que necessário e pelo menos uma vez ao ano, uma análise do PPRA para avaliação do seu desenvolvimento e realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades. 5.3. DO DESENVOLVIMENTO DO PPRA O Programa de Prevenção de Riscos Ambientais deverá incluir as seguintes etapas: a) Antecipação e reconhecimentos dos riscos; b) Estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle; c) Avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores; d) Implantação de medidas de controlee avaliação de sua eficácia; e) Monitoramento da exposição aos riscos; f) Registro e divulgação dos dados. Se houver o reconhecimento dos riscos ambientais deverá conter os seguintes itens: a) A sua identificação; b) A determinação e localização das possíveis fontes geradoras; c) A identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho; d) A identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos; e) A caracterização das atividades e do tipo da exposição; f) A obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; 25 g) Os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literatura técnica; h) A descrição das medidas de controle já existentes. Sempre que necessária deverá ser realizada a avaliação quantitativa: a) Comprovar o controle da exposição ou a inexistência riscos identificados na etapa de reconhecimento; b) Dimensionar a exposição dos trabalhadores; c) Subsidiar o equacionamento das medidas de controle. Figura 11: Riscos no ambiente de trabalho. Fonte: Internet, domínio público. 5.4. DAS MEDIDAS DE CONTROLE Deverão ser adotadas as medidas necessárias suficientes para a eliminação, a minimização ou o controle dos riscos ambientais sempre que forem verificadas uma ou mais das seguintes situações: a) Identificação, na fase de antecipação, de risco potencial à saúde; b) Constatação, na fase de reconhecimento de risco evidente à saúde; c) Quando os resultados das avaliações quantitativas da exposição dos trabalhadores excederem os valores dos limites previstos na NR-15 ou, na ausência destes os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH - American ConferenceofGovernmental Industrial Higyenists, ou aqueles que venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os critérios técnico-legais estabelecidos; 26 d) Quando, através do controle médico da saúde, ficar caracterizado o nexo causal entre danos observados na saúde os trabalhadores e a situação de trabalho a que eles ficam expostos. O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá obedecer à seguinte hierarquia: a) Medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à saúde; b) Medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de trabalho; c) Medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de trabalho. A colocação de medidas de caráter coletivo deverá ser acompanhada de treinamento dos trabalhadores quanto os procedimentos que assegurem a sua eficiência e de informação sobre as eventuais limitações de proteção que ofereçam. Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo- se à seguinte hierarquia: a) Medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho; b) Utilização de equipamento de proteção individual - EPI. A utilização de EPI no domínio do programa deverá considerar as Normas Legais e Administrativas em vigor e envolver no mínimo: a) Seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário; b) Programa de treinamento dos trabalhadores quanto à sua correta utilização e orientação sobre as limitações de proteção que o EPI oferece; c) Estabelecimento de normas ou procedimento para promover o fornecimento, o uso, a guarda, a higienização, a conservação, a manutenção e a reposição do EPI, visando garantir as condições de proteção originalmente estabelecidas; 27 d) Caracterização das funções ou atividades dos trabalhadores, com a respectiva identificação dos EPI’s utilizados para os riscos ambientais. O PPRA deve determinar critérios e mecanismos de avaliação da eficácia das medidas de proteção implantadas. Figura 12: Monitoramento do PPRA. Fonte: Internet, domínio público. Figura 13: Medição de Ruídos. Fonte: Internet, domínio público. 5.5. DO NÍVEL DE AÇÃO. Finalizando esta NR, considera-se nível de ação o valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico. 28 5.6. DO MONITORAMENTO Deve ser realizada uma avaliação sistemática e repetitiva da exposição a um dado risco, para o monitoramento da exposição dos trabalhadores e das medidas de controle, visando à incorporação ou modificação das medidas de controle, sempre que necessário. 5.7. DO REGISTRO DE DADOS Deverá ser mantido pelo empregador ou instituição um registro de dados, de forma a constituir um histórico técnico e administrativo do desenvolvimento do PPRA. Os dados deverão ser mantidos por um período mínimo de 20 (vinte) anos e estar sempre disponível aos trabalhadores ou seus representantes e para as autoridades competentes. 5.8. DAS RESPONSABILIDADES E DAS INFORMAÇÕES Cabe ao empregador estabelecer, implementar e assegurar as responsabilidades de cumprimento do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) permanentes dentro da empresa. Os empregadores deverão orientar os trabalhadores dos riscos que podem ocorrer no local de trabalho e disponibilizar meios de prevenções aos riscos, de forma que consigam se protegerem dos mesmos, porém, deverão garantir que em situações de graves riscos possam interromper de imediato suas atividades, e, orientar o superior do acontecimento para que possa tomar as devidas providencias. O trabalhador tem o dever de colaborar e participar da implantação e execução do PPRA, porém, seguindo as orientações estabelecidas nos treinamentos oferecidos, e, notificar para seu superior os riscos que em seu ponto de vista, implica com a saúde dos trabalhadores. Os trabalhadores interessados terão o direito de apresentar suas propostas, e assim, receberão as orientações da proteção aos riscos ambientais. 5.9. EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA No Brasil, há cerca de 700.000 registros ao ano de acidades de trabalho, se categorizado como o quarto pais, porém, há um grande avanço, que se diz resultado da utilização do EPC e do EPI. (AREASST, 2016) 29 Os equipamentos de proteção coletiva (EPC), está integrado na NR 9, entretanto, existe um processo de identificação dos riscos, para que o uso seja adequado de maneira segura, utilizando em últimos casos os equipamentos de proteção individual (EPI). (AREASST, 2016) O intuito do EPC é proteger a saúde e a integridade física do trabalhador e das pessoas que venham estar presentes neste local, onde apresenta riscos. (AREASST, 2016) Figura 14: Equipamento de Proteção Coletiva (EPC). Fonte: Internet, domínio público. 5.10. DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Quando vários empregadores realizarem simultaneamente atividades no mesmo local de trabalho terão o dever de executar ações integradas para adequar as medidas previstas no PPRA intencionando aproteção dos trabalhadores expostos aos riscos ambientais gerados. O conhecimento e o entendimento que os trabalhadores tem mediante ao processo de trabalho e aos riscos ambientais presentes, incluindo os dados consignados no Mapa de Riscos, previsto na NR-5, deverão ser considerados para fins de planejamento e execução do PPRA em todas as suas fases. 30 6. ANEXO I - VIBRAÇÃO 6.1. OBJETIVOS Determinar critérios para a prevenção de doenças e distúrbios decorrentes da exposição ocupacional às Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e às Vibrações de Corpo Inteiro (VCI), por meio do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais. 6.2. DISPOSIÇÕES GERAIS Os empregadores devem aplicar medidas de prevenção e controle da exposição às vibrações mecânicas que possam prejudicar a segurança e a saúde dos trabalhadores, eliminando o risco ou reduzindo menores níveis possíveis. No processo de eliminação ou redução dos riscos pertencentes à exposição às vibrações mecânicas devem ser examinados os esforços físicos e os aspectos posturais. O empregador deve certificar, no contexto das ações de manutenção preventiva e corretiva de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas, a aplicação de medidas que visam o controle e a redução da exposição a vibrações. As ferramentas manuais vibratórias que produzem acelerações superiores a 2,5 m/s², devem informar junto das especificações técnicas a vibração emitida pelas mesmas, indicando as normas de ensaio que foram utilizadas para a medição. 6.3. AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA EXPOSIÇÃO Deve ser realizada as devidas avaliações preliminares das exposições às VMB e VCI, por meio do reconhecimento e da avaliação dos riscos, considerando-se os seguintes aspectos: a) ambientes de trabalho, processos, operações e condições de exposição; b) características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho; c) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas, veículos, máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição; d) quando disponíveis; 31 d) condições de uso e estado de conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas, incluindo componentes ou dispositivos de isolamento e amortecimento que influenciem na exposição de operadores ou condutores; e) características da superfície de circulação, cargas transportadas e velocidades de operação, no caso de VCI; f) estimativa de tempo efetivo de exposição diária; g) constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir para o agravamento dos efeitos decorrentes da exposição; h) esforços físicos e aspectos posturais; i) dados de exposição ocupacional existentes; j) informações ou registros relacionados a queixas e antecedentes médicos relacionados aos trabalhadores expostos. Os resultados da avaliação preliminar devem auxiliar a aceitação de medidas preventivas e corretivas, sem prejuízo de outras medidas previstas nas demais NR. Se a avaliação preliminar não for suficiente para permitir a tomada de decisão quanto à necessidade de implantação de medidas preventivas e corretivas, deve-se proceder à avaliação quantitativa. 6.4. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA EXPOSIÇÃO A avaliação quantitativa deve ser representativa na exposição, contendo aspectos organizacionais e ambientais que envolvam o trabalhador no exercício de suas funções. Os procedimentos de avaliação quantitativa para VCI e VMB, a serem adotados no contexto deste anexo, são aqueles estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional publicadas pela FUNDACENTRO. 6.5. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES ÀS VMB A avaliação da exposição ocupacional à vibração em mãos e braços deve empregar sistemas de medição que permitam o alcance da aceleração resultante de exposição 32 normalizada (aren), parâmetro representativo da exposição diária do trabalhador. Contendo: a) O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços, corresponde a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 2,5 m/s². b) O limite de exposição ocupacional diária à vibração em mãos e braços, corresponde a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s². As situações de exposição ocupacional superior ao nível de ação e ao limite de exposição, com independência do uso de equipamentos de proteção individual, acarretam obrigatória adoção de medidas de caráter preventivo. Figura 15: Equipamento com VMB. Fonte: Internet, domínio público. 6.6. AVALIAÇÃO QUANTITATIVA DA EXPOSIÇÃO DOS TRABALHADORES ÀS VCI A avaliação da exposição ocupacional à vibração de corpo inteiro deve empregar sistemas de medição que permitam o alcance da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) e do valor da dose de vibração resultante (VDVR), parâmetros representativos da exposição diária do trabalhador. Contendo: 33 a) O nível de ação para a avaliação da exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro, corresponde a um valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5m/s², ou ao valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 9,1m/s1,75. b) O limite de exposição ocupacional diária à vibração de corpo inteiro, corresponde ao: valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s²; ou valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75. Para fins de caracterização da exposição, o empregador deve confirmar a avaliação dos dois parâmetros acima descritos. As situações de exposição ocupacional superiores ao nível de ação, resultam obrigatoriamente a adoção de medidas de caráter preventivo e ao limite de exposição ocupacional, resultam obrigatoriamente a adoção de medidas de caráter corretivo. Figura 16: Equipamento com VCI. Fonte: Internet, domínio público. 6.7. MEDIDAS PREVENTIVAS E CORRETIVAS As medidas preventivas devem abranger: a) Avaliação periódica da exposição; b) Orientação dos trabalhadores quanto aos riscos resultantes da exposição à vibração e à utilização adequada dos equipamentos de trabalho, possuindo o direito de comunicar aos seus superiores sobre níveis anormais de vibração observados no momento de suas atividades; c) Vigilância da saúde dos trabalhadores focada nos efeitos da exposição à vibração; 34 d) Uso de procedimentos e métodos de trabalho alternativos que permitam aliviar a exposição a vibrações mecânicas. 6.8. AS MEDIDAS CORRETIVAS DEVEM ABRANGER, NO MÍNIMO, UMA DAS MEDIDAS ABAIXO, OBEDECIDA A HIERARQUIA PREVISTA NA NR9: a) No caso de exposição às VMB, modificação do processo ou da operação de trabalho, podendo envolver: a substituição de ferramentas e acessórios; a reformulação ou a reorganização de bancadas e postos de trabalho; a alteração das rotinas ou dos procedimentos de trabalho; a adequação do tipo de ferramenta, do acessório utilizado e das velocidades operacionais; b) No caso de exposição às VCI, modificação do processo ou da operação de trabalho, podendo envolver: o reprojeto de plataformas de trabalho; a reformulação, a reorganização ou a alteração das rotinas ou dos procedimentos e organização do trabalho; a adaptação de veículos utilizados, especialmente pela adoção de assentos antivibratórios; a melhoria das condições e das características dos pisos e pavimentos utilizados para circulação das máquinas e dos veículos; c) Redução do tempo e da intensidade de exposição diária à vibração; d) O revezamento deatividades ou operações que causam exposições a níveis mais elevados de vibração com outras que não apresentem exposições ou acarretam exposições a menores níveis. As medidas de caráter corretivo mencionadas, não excluem outras medidas que possam ser consideradas necessárias ou recomendáveis em função das particularidades de cada condição de trabalho. 35 7. ANEXO II - EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL AO BENZENO EM POSTOS REVENDEDORES DE COMBUSTÍVEIS 7.1. OBJETIVO E CAMPO DE APLICAÇÃO Este anexo determina as condições mínimas de segurança e saúde do trabalho para as atividades com exposição ocupacional ao benzeno em Postos Revendedores de Combustíveis - PRC que contem essa substância. Estas condições devem abranger as exigências e orientações já previstas na legislação de Segurança e Saúde no Trabalho - SST em vigor no Brasil. Para fins deste anexo, consideram-se Postos Revendedores de Combustíveis - PRC aqueles que contem benzeno no estabelecimento localizado em terra firme, que revende a varejo, combustíveis automotivos e abastece tanque de consumo dos veículos automotores terrestres ou em embalagens certificadas pelo INMETRO. 7.2. RESPONSABILIDADES Cabe ao empregador: a) Cumprir e fazer cumprir o presente anexo. b) Só permitir a contratação de serviços de outras empresas, desde que faça conter no contrato a obrigatoriedade do cumprimento das medidas de SST previstas neste anexo. c) Os PRC devem adaptar os contratos de prestação de serviços atualizando às disposições desta norma. d) Interromper todo e qualquer tipo de atividade que apresente aos trabalhadores condições de risco grave e imediato para a sua segurança ou saúde. e) Fornecer às empresas contratadas as informações sobre os riscos potenciais e às medidas preventivas de exposição ao benzeno, na área da instalação em que desenvolvem suas atividades. f) Fornecer as informações necessárias quando solicitadas formalmente pelos órgãos fiscalizadores competentes, com relação aos requisitos do objeto deste anexo. 36 g) Informar aos trabalhadores os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança e saúde, bem como as medidas preventivas necessárias. h) Manter as fichas com dados de segurança de produto químico dos combustíveis à disposição dos trabalhadores, em fácil local de acesso para consulta. i) Conceder aos trabalhadores os conhecimentos sobre os procedimentos operacionais, com o objetivo de informar os riscos da exposição ao benzeno e das medidas de prevenção necessárias. Cabe aos trabalhadores: a) Proteger sua segurança e saúde ou de terceiros que possam ser afetados pela exposição ao benzeno; b) Hierárquico, para que sejam tomadas todas as medidas de correção adequadas; c) Após avaliar a situação e constatar a presença de risco grave e imediato, o superior hierárquico manterá a suspensão da tarefa, até que venha a ser normalizada a situação. 7.3. DA COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES - CIPA Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-5, que através dessa norma é exibido o conteúdo do treinamento, dado aos membros da CIPA ou designado, os PRC que trabalham com combustíveis líquidos contendo benzeno, deve destacar informações sobre os riscos da exposição ocupacional a essa substância, assim como as medidas preventivas. 7.4. DOS DIREITOS DOS TRABALHADORES São direitos dos trabalhadores, além do previsto na legislação vigente, os seguintes itens: a) Serem notificados sobre os riscos potenciais de exposição ao benzeno que possam afetar sua segurança e saúde, como as medidas preventivas necessárias; b) Quando o trabalhador tiver convencido, por meio de sua capacitação e experiência, que exista risco grave e imediato para a sua segurança e saúde ou 37 para a de terceiros, deve suspender a tarefa e informar imediatamente ao seu superior; c) Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno, devem receber capacitação com carga horária mínima de 4 (quatro) horas; d) O conteúdo da capacitação a que se refere ao item anterior deve atentar os seguintes temas: Riscos de exposição ao benzeno e vias de absorção; Conceitos básicos sobre monitoramento ambiental, biológico e de saúde; Sinais e sintomas de intoxicação ocupacional por benzeno; Medidas de prevenção; Procedimentos de emergência; Caracterização básica das instalações, atividades de risco e pontos de possíveis emissões de benzeno; Dispositivos legais sobre o benzeno. e) A capacitação mencionada no item anterior deve destacar as situações de risco de exposição ao benzeno e as medidas de prevenção nas atividades de maior risco abaixo: Conferência do produto no caminhão-tanque no ato do descarregamento; Coleta de amostras no caminhão-tanque com amostrador específico; Medição volumétrica de tanque subterrâneo com régua; Estacionamento do caminhão, aterramento e conexão via mangotes aos tanques subterrâneos; Descarregamento de combustíveis para os tanques subterrâneos; Desconexão dos mangotes e retirada do conteúdo residual; Abastecimento de combustível para veículos; Abastecimento de combustíveis em recipientes certificados; Análises físico-químicas para o controle de qualidade dos produtos comercializados; Limpeza de válvulas, bombas e seus compartimentos de contenção de vazamentos; 38 Esgotamento e limpeza de caixas separadoras; Limpeza de caixas de passagem e canaletas; Aferição de bombas de abastecimento; Manutenção operacional de bombas; Manutenção e reforma do sistema de abastecimento subterrâneo de combustível (SASC); Outras operações e atividades passíveis de exposição ao benzeno. f) A capacitação mencionada no item anterior deve ser renovada com a periodicidade de 2 (dois) anos; g) A capacitação mencionada no item anterior poderá ser realizada na modalidade de ensino a distância, desde que haja previsão em acordo ou convenção coletiva. 7.5. DO PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL - PCMSO Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-7. Os trabalhadores que exerçam suas atividades com risco de exposição ocupacional ao benzeno devem realizar, com frequência mínima semestral, o hemograma completo com contagem de plaquetas e reticulócitos, independentemente de outros exames previstos no PCMSO. Nos casos de dispensa da realização dos exames, devem ser justificados tecnicamente nos PPRA e PCMSO dos PRC. Os resultados dos hemogramas devem ser organizados sob a forma de séries históricas, de fácil compreensão e com facilidade de identificação precoce de alterações hematológicas. As séries históricas dos hemogramas devem ficar em poder do Médico Coordenador do PCMSO. Ao término de seus serviços, o Médico Coordenador do PCMSO, responsável pela guarda das séries históricas, tem a obrigação de repassá-las ao médico que o assumirá a função. Os resultados dos hemogramas semestrais e a série histórica atualizada, devem ser entregues aos trabalhadores, com prazo de recebimento, em no máximo 30 dias após a emissão dos resultados. 39 Ao final do contrato de trabalho, a série histórica dos hemogramas deve ser entregue ao trabalhador. Aplicam-se aos trabalhadores dos PRC as disposições da Portaria nº 776, de 28.04.2004, do Ministério da Saúde, e suas eventuais atualizações, especialmente, no que se refere aos critérios de interpretação da série histórica dos hemogramas. Figura 17: PPRA e PCSMO. Fonte: Internet, domíniopúblico. 7.6. UNIFORME Aplicam-se aos PRC as disposições da NR-24, especialmente, no que se especifica à separação entre o uniforme e vestimentas de uso comum. Aos trabalhadores de PRC com atividades que resultem em exposição ocupacional ao benzeno, deve ser fornecido, gratuitamente, pelo empregador, uniforme e calçados de trabalho adequados aos riscos. A higienização desses uniformes deve ser feita pelo empregador com frequência mínima semanal. O empregador deverá manter à disposição, nos PRC, um conjunto extra de uniforme, para pelo menos 1/3 dos trabalhadores em atividade expostos a combustíveis líquidos contendo benzeno, a ser disposto em situações nas quais o uniforme venha a ser contaminado por tais produtos. 7.7. EPI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL Aplicam-se nos PRC as disposições da NR-6, da Instrução Normativa nº 1, de 11 de abril de 1994, e adicionalmente o que se segue: 40 Os trabalhadores que realizarem, diretamente ou indiretamente, as atividades de maiores riscos citadas no tema do "Direitos dos Trabalhadores", devem utilizar o equipamento de proteção respiratória de face inteira, com filtro para vapores orgânicos, assim como, equipamentos de proteção para a pele. Quando o sistema de exaustão estiver em manutenção, deve-se utilizar o equipamento de proteção respiratória de forma provisória. O empregador pode escolher outro equipamento de proteção respiratória, um mais apropriado às características do processo de trabalho do PRC, porém, a mudança deverá apresentar uma proteção maior ao trabalhador. A substituição periódica dos filtros das máscaras é obrigatória e deve obedecer às orientações do fabricante e da IN 01/1994 do MTE. Os trabalhadores que realizam a atividade de abastecimento de veículos, estão dispensados do uso de equipamento de proteção respiratória. Figura 18: Sem utilização de EPI. Fonte: Internet, domínio público. Figura 19: Com utilização de EPI. Fonte: Internet, domínio público. 41 7.8. SINALIZAÇÃO REFERENTE AO BENZENO Os PRC devem manter sinalização, em local visível, na altura das bombas de abastecimento de combustíveis líquidos contendo benzeno, indicando os riscos dessa substância, nas dimensões de 20 x 14 cm com os dizeres: "A GASOLINA CONTÉM BENZENO, SUBSTÂNCIA CANCERÍGENA. RISCO À SAÚDE." Figura 20: Placa de sinalização. Fonte: Internet, domínio público. 7.9. CONTROLE COLETIVO DE EXPOSIÇÃO DURANTE O ABASTECIMENTO Os PRC devem instalar sistema de recuperação de vapores. Para fins do presente anexo, considera-se como sistema de recuperação de vapores um sistema de captação de vapores, instalado nos bicos de abastecimento das bombas de combustíveis líquidos contendo benzeno, que conduzam esses vapores para o tanque de combustível do próprio PRC ou para um equipamento de tratamento de vapores. 42 8. REFERÊNCIAS BLOG SEGURANÇA DO TRABALHO. O QUE SÃO NORMAS REGULAMENTADORAS? Disponível em: <http://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2015/01/o-que-sao-normas- regulamentadoras.html>. Acesso em 25 de Agosto de 2017; CASA DO CONSTRUTOR. ALMANAQUE DA CONSTRUÇÃO. Disponivel em: <https://info.casadoconstrutor.com.br/almanaque/seguranca/norma-regulamentadora- 36-nrs/>. Acesso em 24 de Agosto de 2017; DIREITOS BRASIL. NR 6: EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. Disponível em: <http://direitosbrasil.com/nr-6/>. Acesso em 25 de Agosto de 2017; GUIA TRABALHISTA. NORMA REGULAMENTADORA 6 - NR 6. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr6.htm>. Acesso em 20 de Agosto de 2017; GUIA TRABALHISTA. NR 9 - NORMA REGULAMENTADORA 9. Disponível em: <http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr9.htm>. Acesso em 20 de Agosto de 2017; INBEP. NORMAS REGULAMENTADORAS. Disponível em: <http://blog.inbep.com.br/normas-regulamentadoras>. Acesso em 24 de Agosto de 2017; JUSBRASIL. ENTENDA O QUE SÃO AS NORMAS REGULAMENTADORAS DO MTE. Disponível em: <https://ffsfred.jusbrasil.com.br/noticias/184518209/entenda-o- que-sao-as-normas-regulamentadoras-do-mte>. Acesso em 24 de Agosto de 2017; PLANALTO. LEI Nº 6.514, DE 22 DE DEZEMBRO DE 1977. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6514.htm>. Acesso em 24 de Agosto de 2017; 43 QUALIDADE ONLINE. A NORMA REGULAMENTADORA N° 6. Disponível em: <https://qualidadeonline.wordpress.com/2013/04/25/a-norma-regulamentadora-n-6-nr- 6-equipamentos-de-protecao-individual-epi-e-as-normas-tecnicas/>. Acesso em 23 de Agosto de 2017; SEGURANÇA DO TRABALHO ACZ. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL. Disponível em: <http://www.segurancadotrabalhoacz.com.br/resumo-nr- 06/>. Acesso em 26 de Agosto de 2017; SEGURANÇA DO TRABALHO NWN. O QUE É NR. Disponível em: <http://segurancadotrabalhonwn.com/o-que-e-nr/>. Acesso em 25 de Agosto de 2017; SUPER GUIA NET. Saúde e Segurança do Trabalho. Disponível em: <http://www.superguianet.com.br/saude-e-seguranca-do-trabalho>. Acesso em 28 de Agosto de 2017; TUIUTI . O QUE É O CERTIFICADO DE APROVAÇÃO? Disponível em <http://www.epi-tuiuti.com.br/blog/o-que-e-o-certificado-de-aprovacao-ca-de-epi/>. Acesso em 25 de Agosto de 2017; UNIÃO GERAL DOS TRABALHADORES. COMISSÃO TRIPARTITE DE SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO. Disponível em: <http://www.ugt.org.br/post/1430- COMISSAO-TRIPARTITE-DE-SAUDE-E-SEGURANCA-NO-TRABALHO>. Acesso em 25 de Agosto de 2017;
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