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Aula 02 A industrialização e a cidade: o arranha céu como tipo e símbolo; A Escola de Chicago. A busca por novas formas e o problema do ornamento; Art Nouveau História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto A industrialização e a cidade: o arranha céu como tipo e símbolo; A Escola de Chicago. - Cidades industriais – palco das transformações e realizações das formas da arquitetura moderna - Década de 1890; - Valores sociais, filosóficos e estéticos: Paris, Viena, Glasgow, Bruxelas, Barcelona e Chicago - Pré-requisitos “modernidade”: mecanização da cidade, introdução de novos materiais como ferro, vidro e aço, clientes abertos a novas experiências e arquitetos criativos dispostos a expressar nos espaços e nas formas o novo estado das coisas História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto A industrialização e a cidade: o arranha céu como tipo e símbolo; A Escola de Chicago. - Viena: surgiu das fraturas de um sistema imperial em declínio; revolta contra as formas culturais anteriores; - Bruxelas: relaciona-se à nova riqueza industrial; - Glasgow e Barcelona: conscientização da diferença regional e na evocação de uma “identidade” através do vernacular e de analogias à natureza; - França: influenciada pela tradição do Iluminismo e pelos efeitos sufocantes de uma visão oficial do Beaux-Arts; EUA: tradições mais recentes, importadas e menos arraigadas; Contexto de desenvolvimento econômico laissez-faire, pragmatismo tecnológico e urbanização caótica História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Avenue del’Opéra, Paris Reforma de Paris, Georges Haussmann História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Vista aérea do bairro King’s Cross Estação de St. Pancras e Grande Hotel Midland King’s Cross Station A Industrialização mudou o tamanho, a forma e o relacionamento entre edificações da paisagem urbana História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto A concentração das novas funções industriais perturba a escala de valores: Depósitos/fábricas/arranha-céus x edificações públicas de importância cívica ou religiosa Máquina: Reações contrastantes no século XIX História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Gustave Doré, Over London by Rail (Por cima de Londres, de Trem), gravura, 1872 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Joseph Paxton, Palácio de Cristal, Londres, 1850-51 Variações dessa tipologia ocorreram em estações ferroviárias, mercados públicos, pavilhões para exibições, arcadas comerciais, galerias de arte, museus, jardins de inverno, etc. Estrutura metálica História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Joseph Paxton, Palácio de Cristal em construção em Londres, 1851 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Gustave Eiffel, Torre Eiffel, Paris, 1889 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Arquitetura x engenharia História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Henri Labrouste, Biblioteca Ste-Geneviève, Paris, 1834-50 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Thomas Deane e Benjamin Woodward, Oxford Museum, Oxford, 1855-60 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Escola de Chicago História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto William Le Baron Jenney, Edifício First Leiter, Chicago, 1879 Solução retangular radical desprovida de ornamentação; Baseava-se na noção de Viollet-le-Duc sobre uma nova arquitetura fundamentada na expressão direta da estrutura e do programa História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Louis Sullivan e Dankmar Adler, Edifício Auditorium, Chicago, 1886-9 Combinação de hotel com casa de ópera e conjunto de escritórios Transição de Sullivan para a composição tripartida, verticalização e ornamentos lineares História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Louis Sullivan e Dankmar Adler, Edifício Auditorium, Chicago, 1886-9 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto John Wellborn Root e Daniel Burnham, Edifício Monadnock, Chicago, 1884-9 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto John Wellborn Root e Daniel Burnham, Charles Altwood, Edifício Reliance, Chicago, 1890-94 Estrutura de aço se libera completamente das tradições da alvenaria – mundo novo de transparências delicadas e planos relativos Repetição ordenada, leveza, rede de tensões visuais História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Louis Sullivan: A função deveria ter uma identidade inerente e específica na luta por uma expressão direta e honesta “Andar subterrâneo contendo caldeiras, as instalações de força, de aquecimento e de iluminação; Térreo destinado ao comércio, bancos e outras lojas, sendo necessárias vastas áreas, luminosidade difusa e entrada fácil; Um número indefinido de andares em cima desses, constituído por escritórios sobrepostos, uma fila em cima da outra, cada escritório igual a todos os demais; Por último, em cima, um espaço ou um andar, de natureza simplesmente fisiológica em relação à vida e à utilidade da estrutura: o ático; nele, o sistema de circulação se conclui e completa seu importante giro ascensional e descensional – casa de elevadores.” História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Louis Sullivan e Dankmar Adler, Edifício Wainwright, Saint Louis, 1890-1 Para Sullivan, o arranha-céu era o produto inevitável de forças sociais e tecnológicas, um novo tipo na busca de uma morfologia apropriada História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Louis Sullivan e Dankmar Adler, Edifício Guaranty, Buffalo, 1894-5 Bauakademie, Schinkel, Berlim, 1831-6 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Escola de Chicago: • Preocupação com a forma do arranha-céu individual e pouca atenção com a forma da cidade; • A nova paisagem urbana geométrica = grelha da cidade americana – lembrança que a América do Norte era uma invenção do Iluminismo, uma projeção do racionalismo e do pragmatismo: um fenômeno de ousada abstração “Em determinado momento você está rodeado apenas por ‘edifícios’. Eles sobem pelos céus, com seus dezoitos, vinte pavimentos. O arquiteto que os construiu, ou melhor, que os planejou, renunciou à colunatas, molduras, ornamentos clássicos. Ele francamente aceitou as condições impostas pelo especulador: multiplicar tantas vezes quanto possível o valor do pedaço de solo da base ao multiplicar os supostos escritórios. É um problema que poderia interessar apenas a um engenheiro, poderíamos supor. De modo algum. A simples força da necessidade é tal princípio de beleza, e essas edificações manifestam tão claramente essa necessidade, que ao contemplá-las você experimenta uma emoção singular. Aqui aparece o esboço de uma nova forma de arte, uma arte da democracia, feita pela multidão e para a multidão, uma arte da ciência na qual as certezas das leis naturais dão às mais desenfreadas audácias já vistas a tranquilidade das figuras geométricas” Paul Bourget História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Feira Mundial de Chicago, 1893 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Louis Sullivan, loja Carson Pirie Scott, 1899-04 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Bibliografia: CURTIS, William J.R. Arquitetura moderna desde 1900. (p. 33-71) JONNES, Denna. Tudo sobre arquitetura. (p. 308-313; 320-329) FAZIO, Michael. MOFFET, Marian. A história da arquitetura mundial. (p. 433-445; 459-469) História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto A busca por novas formase o problema do ornamento; Art Nouveau História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Aubrey Beardsley, Toilet of Salome II, 1894 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Victor Horta, Hotel Tassel, Bruxelas, 1892-3 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Victor Horta, Hotel Tassel, Bruxelas, 1892-3 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Eugene Viollet-le-Duc, proposta para uma mísula em ferro batido, de Entretiens sur l’Architecture, 1863-72 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto - Grande expressividade dos elementos de metal e nos ornamentos em forma de cacho; - A ênfase no uso direto de um material moderno; - Inspiração nas formas naturais para os ornamentos em metal; - Síntese de inspiração formal do movimento inglês Artes e Ofícios com a ênfase na estrutura do Racionalismo francês e com elementos abstraídos da natureza; História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Victor Horta, Casa do Povo, 1869-9, auditório História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Mobília desenhada por Henry van de Velde “obra de arte total” História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Hector Guimard, estação de metrô de Paris, 1900 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Palau Guëll, Barcelona, 1885-9 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Palau Guëll, Barcelona, 1885-9 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Sagrada Família, Barcelona, 1889 - presente História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Sagrada Família, Barcelona, 1889 - presente História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Teoria e História da Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Parque Guëll, Barcelona, 1900-14 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Casa Batlló, Barcelona, 1904-7 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Antoni Gaudi, Casa Milá, Barcelona, 1905-10 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Charles Rennie Mackintosh, Escola de Arte de Glasgow, 1897-1909 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Escola de Arte de Glasgow, planta baixa do segundo pavimento História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Escola de Arte de Glasgow, secção norte-sul através do saguão de entrada e do museu História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Escola de Arte de Glasgow, interior da biblioteca, 1908 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Joseph Maria Olbrich, Edifício da Exibição da Sezession, Viena, 1897-8 Edifício foi um manifesto crítico contra os monumentos culturais oficiais e imperiais projetados na geração anterior de acordo com o clássico Linguagem expressiva com geometrias puras e maciças formas em pilone História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Otto Wagner, Caixa Econômica dos Correios de Viena, 1904-6, interior Racionalidade e ordem estável substituem os dinâmicos ornamentos em forma de cachos e os efeitos curvilíneos História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Otto Wagner, Caixa Econômica dos Correios de Viena, 1904-6, interior História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Otto Wagner, Caixa Econômica dos Correios de Viena, 1904-6 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Viena, Berlim e Paris – reação contra o Art Nouveau Em parte, pelos ideais de simplicidade e integridade do Artes e Ofícios; em parte por uma concepção abstrata do Classicismo – valores “essenciais” de simetria e clareza de proporções; e em parte pela ideia de que o arquiteto deve se esforçar para dar expressão aos valores do mundo moderno através de soluções francas e diretas para os problemas arquitetônicos, nos quais as disciplinas da função e estrutura devem desempenhar um papel crescente e o ornamento agregado, um papel decrescente. História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Joseff Hoffmann, Palais Stoclet, Bruxelas, 1905-11 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Charles Rennie Mackintosh, Casa Para um Amante das Artes, 1900, projeto para um concurso patrocinado pelo periódico alemão Zeitschrift für Innendekoration e publicado em 1902 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Adolf Loos, Casa Steiner, Viena, 1910 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Adolf Loos, Casa Steiner, Viena, 1910 História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto Bibliografia: CURTIS, William J.R. Arquitetura moderna desde 1900. (p. 33-71) JONNES, Denna. Tudo sobre arquitetura. (p. 308-313; 320-329) FAZIO, Michael. MOFFET, Marian. A história da arquitetura mundial. (p. 449-475) História da Arte e Arquitetura III Prof. Larissa Porto
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