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2009 1 AD2 Economia Brasileira Contemporanea prova+gab

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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro
Avaliação a Distância – AD2
Período - 2009/1º
Disciplina: Economia Brasileira Contemporânea
Coordenador da Disciplina: Maxwel Moreira
Data para entrega: 23/05/2009
Aluno (a): ..........................................................................................................................
Pólo: ................................................................................................................................... 
GABARITO
Questão 1: Explique a configuração da crise do milagre econômico brasileiro a partir das contribuições dos seguintes fatores internos: (a) arrocho salarial; (b) juros altos; (c) capitais externos; e (d) desequilíbrio da balança comercial.
(a) O arrocho salarial tirou poder aquisitivo da classe trabalhadora. A distribuição desigual da renda em favor dos lucros, em detrimento dos salários, também contribuiu para inibir o consumo dos trabalhadores. As taxas de juros praticadas no Brasil que já eram altas, com a crise aumentaram ainda mais. As taxas internas de juros tendem a ser naturalmente mais altas que as praticadas no mercado internacional. Isso acontece como uma forma de atrair capitais externos para o país e também para compensar o risco país maior no Brasil, quando comparado com o risco das economias mais desenvolvidas. 
(b) Durante o milagre, as famílias aceitavam pagar juros altos porque os prazos de financiamento eram longos e porque a renda familiar crescia. As prestações, mesmo com juros altos, “cabiam” no orçamento familiar. A partir de 1974 as taxas de juros aumentaram e as famílias tiveram a sua renda bastante comprometida com as prestações, já estando bastante endividadas. Como resultado, o consumo se retraiu. A estratégia de fazer crescer o consumo das famílias via financiamento e aumento da renda familiar esgotou a capacidade de estimular o consumo e a produção, particularmente de bens duráveis.
 
(c) os capitais externos que muito contribuíram para o milagre, motivados pela crise internacional, deixavam de vir para o Brasil. Havia ainda o agravante de que as empresas multinacionais que tinham se instalado no Brasil agora, no momento de crise, aumentavam a retirada de dinheiro do nosso país, sob a forma de remessa de lucros para a matriz.
Para tanto se dirigiam ao Banco Central, trocavam os seus cruzeiros por dólares e os enviavam para o exterior, promovendo uma verdadeira sangria em nossas reservas cambiais. Isso se constituiu em um outro agravante, na medida em que, naquele momento, o país precisava, e muito, de recursos em dólares para pagar os déficits da sua balança comercial.
(d) O vigoroso programa de exportação, implementado durante o milagre, fez com que as exportações brasileiras crescessem seguidamente, fazendo com que a balança comercial tivesse relativo equilíbrio apesar do crescimento das importações. Com a crise do petróleo, o Brasil, que importava aproximadamente 80% do petróleo que consumia, teve o valor das suas importações bastante aumentado, desequilibrando a balança comercial, apesar do crescimento das exportações.
Questão 2: No texto do II PND havia referência expressa com relação ao objetivo de se fazer o ajuste da economia brasileira como uma condição para superar os efeitos da crise externa que estava afetando a economia brasileira. Considerando esses aspectos, responda o seguinte:
Que diagnóstico era feito daquela crise a ponto de se justificar uma política de ajuste da economia brasileira?
O que significava uma política de ajuste?
Como seria feito esse ajuste?
(a) Essa proposta de ajuste traz consigo o diagnóstico de que a crise internacional deveria ser uma crise que perduraria por mais alguns anos, uma crise estrutural e que por isso requereria mudanças na estrutura produtiva do país. 
(b) Uma política de ajuste da economia brasileira aos novos condicionantes da economia internacional significava fazer os ajustes necessários na estrutura produtiva nacional, capacitando-a para conviver com uma nova realidade caracterizada por energia mais cara, matérias-primas mais caras, ou seja, insumos industriais mais caros.
(c) O governo indicava no II PND que, com o ajuste, seria dada uma guinada no rumo do desenvolvimento brasileiro, como uma condição para iniciar a chamada terceira fase do processo de substituição de importações iniciado na década de 1930. Essa guinada significava deixar de dar prioridade ao setor de bens de consumo duráveis (que vinha sendo priorizado desde a década de 1950) e passar a priorizar o setor de bens de produção (bens de capital e insumos básicos).

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