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* Aula 4 - Carboidratos Estudos em Fisiologia Humana Bioquímica Institucionais da Saúde Profa. MSc. Isis * * Alimentação Diária * Fonte Primária de Energia * * Carboidratos * Fotossíntese X Respiração Basicamente, a fotossíntese é uma reação com dois reagentes e dois produtos: Gás carbônico + água dão origem a glicose + oxigênio. Esta reação ocorre com consumo energético. É um processo aeróbio (fosforilação oxidativa). O processo básico é o contrário da fotossíntese, invertendo-se os produtos e os reagentes: oxigênio + glicose dão origem a gás carbônico + água (em forma de vapor). Ocorre consumo energético. * Fonte Primária de Carboidrato Pela ação da fotossíntese são produzidos carboidratos; Para cada molécula de glicose produzida na fotossíntese são gastos 6 moléculas de CO2, 18 de ATP e 12 de NADPH; * Carboidratos São as biomoléculas mais abundantes da Terra. A cada ano, a fotossíntese converte mais de 100 milhões de toneladas de CO2 e H2O em celulose e outros produtos vegetais. Fórmula geral Cn (H2O)n * Carboidratos * Carboidratos Os carboidratos são predominantemente, poliidroxialdeído ou poliidroxicetonas cíclicos. * Carboidratos Importância: Papel chave nas interações células-células e no reconhecimento imune. Reconhecimento celular; Adesão celular; Estrutura celular : Peptídeosglicanos, Proteoglicanos, quitina e celulose; Reserva energética: glicose, amido, glicogênio * Funções dos carboidratos: estrutural * Amido Funções dos carboidratos: reserva energética * Carboidratos Três classes principais: Monossacarídeos: unidade funcional dos carboidratos; Dissacarídeos: duas unidades de monossacarídeos; Oligossacarídeos: 3 a 12 unidades Polissacarídeos: Acima de 12 unidades * Estrutura dos carboidratos: Monossacarídeos São opticamente ativas Moléculas com N centros quirais Estereoisômeros são divididos em dois grupos que diferem na configuração do centro quiral mais distante do grupo carbonila: D isômeros e L isômeros. * Carboidratos Monossacarídeos Consiste de uma única unidade de poliidroxialdeído ou cetona. Grupo carbonila Grupo carbonila * Carboidratos Monossacarídeos Se o grupo carbonila está em uma das extremidades da cadeia carbônica (isto é, um aldeído), o monossacarídeo é uma aldose; Se o grupo carbonila está em qualquer outra posição ( uma cetona), é uma cetose. * Aldose Cetose * Carboidratos Monossacarídeos Os esqueletos de carbono variam de 3 a 7 átomos de carbono. 4C = Tetroses 5C = Pentoses 6C = Hexoses * * * Epímeros – dois açúcares que diferem apenas na configuração ao redor de um átomo de carbono * Carboidratos Monossacarídeos Os monossacarídeos comuns possuem estruturas cíclicas. Em soluções aquosas os açúcares que possuem 5 ou 6C ocorrem normalmente como moléculas cíclicas, em lugar das formas de cadeias abertas. * Formação de Hemiacetais * Formação das duas formas cíclicas da D-glicose: Aldeído do C-1 com OH do C-5 forma a ligação Hemiacetal e produz dois Estereoisômeros: anômero e Glicose: D-glicose e L-glicose * Monossacarídeos são agentes redutores * Carboidratos Oligossacarídeos São compostos por cadeias curtas de unidades monossacarídicas, unidas entre si por ligações glicosídicas. Os mais comuns são os dissacarídeos. Maltose D-glicose + D-glicose Lactose D-glicose + D-galactose Sacarose D-glicose + D-frutose * Carboidratos Oligossacarídeos Ligações Glicosídicas. Unem dois ou mais monossacarídeos. * Lactose: açúcar redutor presente no leite D-galactosidase ou lactase intestinal: comum a ausência em africanos e orientais: Intolerância à lactose Sacarose: açúcar não redutor Formado somente por plantas Trealose: açúcar não redutor Fonte de armazenamento de energia presente na hemolinfa de insetos Estrutura dos carboidratos: Dissacarídeos * Carboidratos Polissacarídeos Possuem mais de 20 unidades de monossacarídeos Homopolissacarídeos – contém apenas um único tipo de unidade monomérica. Amido e Glicogênio Celulose e Quitina Heteropolissacarídeos – contém 2 ou mais tipos diferentes de unidades monoméricas. Peptideoglicano * Homopolissacarídeos: forma de armazenamento de energia (amido e glicogênio) e componente estrutural de parede celular de vegetais e exoesqueleto (celulose e quitina) Heteropolissacarídeos: suporte extracelular em muitas formas de vida e componente estrutural de parede celular de bactérias Estrutura dos carboidratos: Polissacarídeos ou glicanos * Carboidratos Homopolissacarídeos Celulose - Glc (b14) É o principal componente das plantas. É o polissacarídeo mais abundante na natureza. Função: estrutural e de resistência mecânica. É um homopolissacarídeo linear e não ramificado. Os animais não possuem as enzimas chamadas celulases que hidrolisam a celulose em glicose. Essas enzimas são encontradas nas bactérias. * * Homopolissacarídeos: celulose e quitina Estrutura da celulose: polímero de -D-glicose 10.000 a 15.000 D-glicose cadeias lineares alinhadas lado a lado e estabilizadas por ligacões de H intra- e intercadeias Polissacarídeos estruturais: Celulose * Carboidratos Homopolissacarídeos Quitina - É o principal componente exoesqueleto dos artrópodes. É o segundo polissacarídeo mais abundante na natureza Função: estrutural e de resistência mecânica. É um homopolissacarídeo linear e não ramificado, constituído de resíduos de N-acetilglicosamina em ligações b. Não pode se digerido por vertebrados. * * Carboidratos Homopolissacarídeos Amido e Glicogênio - Glc (a14) ramificações (a16) Fontes de energia. Armazenamento nos vegetais e animais respectivamente. São Homopolissacarídeos com cadeias ramificadas Enzimas agem nas extremidades não redutoras liberando o monossacarídeo Digestão: -amilase (saliva e intestino) quebra as ligações glicosídicas. * Amilose: linear, ligações glicosídicas (14) Amilopectina: ramificado; ligações glicosídicas (14) e (16) a cada 24 a 30 resíduos Amido: dois tipos de polímeros de -D-glicose (amilose e amilopectina) * GLICOGÊNIO: Definição: polímero de -D-glicose ramificado. Encontrado: Fígado e músculos esqueléticos. Similar à amilopectina, porém mais densamente ramificado: cada ramo 8-12 resíduos Fígado: 7% do peso úmido 0,01 M (glicose livre = 0,4M) -amilases (saliva e secreção intestinal: degradam ligações 14 * Grânulos de amido Grânulos de glicogênio Amilose Amilopectina * Carboidratos Heteropolissacarídeos Peptideoglicano É o principal componente parede celular das bactérias. Composto de resíduos alternados de N-acetilglicosamina e ácido N-acetilmurâmico em ligação (b1 4). A enzima lisozima mata as bactérias porque ela hidroliza a ligação glicosídica (b1 4) entre o N-acetilglicosamina e o ácido N-acetilmurâmico * Heteropolissacarídeo: N-acetilglicosamina alternado com ác. N-acetilmurâmico (ligações (14). Componente do peptideoglicano da parede celular de Staphylococcus aureus (bactéria gram +) Forma um envelope que protege a bactéria de lise osmótica. Lisozima: rompe a Ligação 14. Penicilina (Fleming) inibe a enzima transpeptidase responsável pelas ligações cruzadas: bactéria é lisada Penicilinase (bactérias resistentes) desenvolvimento de penicilinas semi-sintéticas. Polissacarídeos estruturais: Peptídeoglicanos * Carboidratos Heteropolissacarídeos Glicosaminoglicanos Polímeros lineares compostos de repetições de dissacarídeos. Substância com aparência de gel presente na matrix extracelular (espaço extracelular em tecidos de animais multicelulares). Função: mantêm as células unidas e cria um ambiente para difusão dos nutrientes e oxigênio para as células. A matrix extracelular é composta por uma rede de heteropolissacarídeos e proteínas fibrosas como colágeno, elastina, fibronectina e laminina. * * * Grupos Sangüíneos: A, B, AB e O. As distinções dependem das porções oligossacarídicas nas superfícies das células sangüíneas. Tipo A: N-acetilgalactosamina Tipo B: -D-galactose Tipo AB: N-acetilgalactosamina + -D-galactose Tipo O: nenhum desses terminais estão presentes. * Glicoproteínas Oligossacarídeos ligados covalentemente a proteínas. São encontradas na face externa da membrana plasmática, na matriz extracelular e no sangue (anticorpos). A porção oligossacarídica é um importante sítio de reconhecimento e ligação entre proteínas. * * * Deficiência na digestão de Carboidratos Intolerância à Lactose Incapacidade de digerir a lactose. Falta da enzima intestinal (lactase) que quebra a ligação glicosídica da lactose (presente no leite e nos derivados de leite). Dessa maneira a lactose é degradada pelas bactérias intestinais que acabam por liberarem substâncias tóxicas (ácido lático, gases) levando a problemas intestinais. * Deficiência na digestão de Carboidratos Intolerância à Lactose * Problemas – Avaliação Formativa (2,0 pontos) 1) Em quais tecidos ocorrem as principais reservas de glicogênio? 2) Explique como é sintetizado o glicogênio. 3) Explique a síntese de amido. 4) Quais são os produtos da hidrólise da sacarose e lactose que ocorre por enzimas no intestino delgado? 5) Quais as reações que ocorrem com a frutose e galactose até chegar a produtos que possam ser consumidos pela via glicolítica? 6) Como se consegue energia química após bebermos leite? * * * * * * * * * * * * *
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