Exercicio 1

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Ciência jurídica e Segurança pública
Aula 1 | Direito, conceitos, noçoes gerais e aspectos relevantes 
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O Direito é considerado "fato social" por ser uma realidade observável na sociedade e por ser o maior instrumento institucional de controle e organização. Essa afirmativa é verdadeira porque:
O Direito não surge do fenômeno social, por isso é incapaz de regular a harmonia entre os indivíduos e esclarecer os conflitos que por acaso venham a existir.
O Direito é norma de conduta aplicável apenas aos casos mais complicados.
O Direito não pode ser entendido como fato relacionado à cultura.
O Direito é forma de ordenar as relações sociais e os conflitos de interesses variados dentro de cada grupo social.
O Direito é norma que se confunde com a Moral, pois ambos refletem sinônimo de justiça.
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Conforme já estudado, não há sociedade que possa prescindir de regras, de regulação social. E quando essas regras sociais adquirem certo grau de coação pública, elas se transformam em regras jurídicas, e a isso também podemos denominar Direito. Dessa afirmativa, entende-se que:
O Direito é norma que provém do Estado e se dirige apenas aos indivíduos injustos.
O Direito tem por finalidade solucionar quaisquer interesses, sejam eles de natureza patrimonial ou moral.
O Direito só toma forma quando suas regras ganham força, sendo capazes de coagir um determinado grupo social, dando origem às normas jurídicas.
O Direito advém de práticas bem antigas, sendo por isso mesmo imutável.
O Direito não se volta ao campo social, por isso mesmo há uma crença entre os indivíduos que a justiça só pune os miseráveis.
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Ao contrário das outras ciências sociais, o Direito se particulariza por exteriorizar uma visão de mundo que se traduz no dever-ser, impondo normas capazes de orientar a vida em sociedade. Isso significa que:
O Direito, diferentemente das outras ciências sociais, regula apenas as condutas reprováveis – e nisso se aproxima da Moral, é coercitivo.
O Direito apenas delimita as condutas irregulares e ilícitas, por isso é capaz de punir.
O fenômeno jurídico só produz efeitos em sociedades fragilizadas moralmente.
O fenômeno jurídico expressa os valores político-culturais predominantes socialmente.
O Direito é norma intransigente, por isso não deve mudar, o que valeu para ontem continua valendo para a contemporaneidade.
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“A interpretação da lei, feita pelos juízes e tribunais, nas suas decisões. Esse conceito é afirmado quando uma questão é julgada e decidida reiteradamente do mesmo modo.” Tal definição caracteriza:
A Doutrina
A Lei
A Moral
A Jurisprudência
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De acordo com as acepções do vocábulo “Direito”, assinale a alternativa incorreta.
A frase “o Direito assegura aos presos o respeito à integridade moral e física” corresponde ao “Direito” significando “norma”.
Quando dizemos “o Direito não permite o furto”, estamos empregando a palavra “Direito” com o significado de “norma”.
A frase “cabe ao direito estudar a criminalidade” corresponde ao “Direito” significando “ciência”.
Quando dizemos que o “Estado tem o Direito de cobrar impostos”, a palavra “Direito” designa “justiça”.
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Ayaan H. Ali, cineasta nascida na Somália, fez um filme sobre a vida das mulheres submetidas ao Alcorão. Em entrevista à Revista Veja, afirmou que o filme causou revolta entre líderes muçulmanos e concluiu afirmando que “abuso e mutilação sexual são crimes”. Ela estava se referindo a atos contrários ao Direito Positivo ou ao Direito Natural?
Ao Direito Natural, porque as regras do mundo natural são mutáveis, enquanto que as do Direito objetivo são imutáveis.
Ao Direito Positivo, porque as suas regras são tão somente determinadas pela razão e pelo bom senso.
Ao Direito Positivo, pois somente ele é capaz de determinar as regras de convívio social e impor suas condições aos membros de uma determinada sociedade.
Ao Direito Natural, já que ele determina a vontade individual dos homens de uma dada sociedade – não refletindo a vontade da maioria.
Ao Direito Positivo, pois abusos e mutilações são próprios aos homens do Oriente Médio, o que reflete, portanto, na sua maneira particular de avaliar os demais indivíduos.
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Mévio está recém-casado com Maria, ex-namorada de seu vizinho Tício, que, por essa razão, o detesta. Um belo dia, ao sair de casa para ir ao trabalho, Tício se depara com o veículo de seu desafeto estacionado na sua vaga de garagem e, movido por um ataque de fúria, dá um chute no automóvel, quebrando a lanterna dele. Ao saber do incidente, Mévio resolve ingressar junto ao Poder Judiciário em face de Tício a fim de obter o ressarcimento dos gastos decorrentes da compra de uma nova lanterna para seu automóvel. Ao ajuizar a ação em face de seu vizinho, Mévio faz uso de seu:
Direito penal
Direito natural
Direito objetivo
Direito privado
Direito processual
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O ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretendeu instituir no Brasil, assim como outros países já fizeram, um tributo, no valor de dois dólares, que seria cobrado de todo aquele que adquirir passagens aéreas com destino ao exterior. Os recursos arrecadados com tal tributo seriam destinados ao Fundo de Combate à Pobreza Mundial. Com base no fato narrado, podemos dizer que:
A preocupação dos países com a situação de pobreza em que se encontram muitas pessoas tem alguma relação com o Direito Positivo.
O Direito Positivo não tem interesse de defender as classes menos favorecidas socialmente.
O Direito Positivo determina as condições de resguardar os interesses dos homens, impondo sempre regras razoáveis para que os interesses coletivos possam ser defendidos socialmente.
O Direito Natural cogita somente os interesses coletivos.
Nesse caso, em particular, o Direito Positivo não tem nenhum interesse em resguardar os direitos alheios.
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Das alternativas mencionadas assinale a incorreta.
O Direito Natural prescreve ações cujo valor existe independentemente do fato de parecerem boas a alguns e má a outros.
O Direito Natural é também chamado de jusnaturalismo.
O Direito Natural é universal, ao contrário do Direito Positivo, que é algo particular e restrito ao local ou centro político em que foi editado.
O Direito Natural é intemporal (perpetua-se no tempo).
O Direito Natural se traduz como um conjunto de regras que se modificam em função do tempo e da cultura de uma dada sociedade.
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Costuma-se caracterizar o Direito Natural como algo universal e imutável, isso significa que é algo abrangente e atinge todos os homens, em todos os tempos e lugares, considerado imutável em consequência da própria imutabilidade da natureza humana, e pode ser conhecido naturalmente por todos os homens. Assim, podemos entender que:
O Direito Natural é o Direito que se funda em bens extrapatrimoniais, como a vida, moral, liberdade e igualdade.
O Direito Natural é imposto aos indivíduos de acordo com o ordenamento jurídico de uma determinada sociedade.
O Direito Natural também é chamado de juspositivismo.
Para o Direito Natural, a medida de legitimação se apoia na lei – e é, em primeiro lugar, a expressão do Direito positivado.
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Ayaan H. Ali, cineasta nascida na Somália, fez um filme sobre a vida das mulheres submetidas ao Alcorão. Em entrevista à Revista Veja, afirmou que o filme causou revolta entre os líderes muçulmanos. Perguntada como a plateia não religiosa (na Europa) recebeu o filme, respondeu: “De forma positiva, mas eu esperava uma dose maior de indignação dos liberais laicos (...). Em nome da convivência multicultural, do respeito às tradições de outrem, esses intelectuais do Ocidente hesitam em colocar em evidência a situação subjugada da mulher dentro do Islã” (Revista Veja, n. 25, ano38, 22 de junho de 2005). Assim, pode-se dizer que:
As regras do mundo cultural, assim como as do mundo natural, tendem à perpetuidade.
As regras do mundo natural são mutáveis, enquanto que as do mundo cultural são imutáveis.
As regras do mundo natural, assim como as do mundo cultural, obedecem à vontade humana.
As regras do mundo natural, assim como as do mundo cultural, podem variar dependendo do momento histórico em que se encontrarem.
As regras do mundo natural são expressas através do ser, enquanto que as do mundo cultural são expressas através do dever-ser.
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Y é garota de programa e costuma “fazer ponto” na rua Eliseu de Brito, em frente ao edifício de número 10. Um morador, residente nesse edifício, acredita ser imoral o que ali se passa, pois a moça, embora vestida normalmente, desempenha atividade contrária aos bons costumes da vizinhança. O delegado do bairro autorizou que a moça fosse retirada imediatamente do local, mantendo-a presa, em seguida, por 48 horas. Levando em conta o episódio, assinale a resposta correta.
É moralmente aceitável que uma autoridade prive alguém de sua liberdade sem motivo para tanto.
Há, no caso, identidade entre a regra jurídica e a regra moral.
Toda regra jurídica tem por base uma norma moral.
Os valores espirituais que o Direito apresenta são inventos do legislador, sendo, portanto, construídos juridicamente.
Dentro dos padrões médios de moralidade, a atividade desempenhada pela moça é reprovável.
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Mário, acometido de grave doença, foi internado num hospital público. Já inconsciente, necessitou de uma transfusão de sangue. Seus familiares, embora alertados sobre a gravidade da doença, proibiram terminantemente que o médico procedesse à transfusão, uma vez que tanto o paciente como seus familiares pertencem a uma religião que condena tal procedimento. Assinale resposta correta:
O Direito é norma de conduta baseada única e exclusivamente nos costumes.
Tanto o Direito quanto a Moral são criados por imposição do Estado.
A Moral é socialmente construída, enquanto o Direito expressa tão somente a vontade do legislador, não levando em conta os anseios da sociedade.
A Moral se sobrepõe ao Direito e se reflete como meio de controle social.
Moral e Direito são faces distintas da organização social; a Moral impõe regras internas, enquanto o Direito é norma de natureza externa, coercitiva.
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João foi multado por estar dirigindo seu veículo sem fazer uso do cinto de segurança. Para evitar “ganhar pontos na carteira”, interpõe recurso alegando que é costume da população a não utilização do cinto de segurança. Acredita, assim, que tal costume teria revogado a lei, uma vez que esta não conta com a aceitação da sociedade.
Levando em consideração o exemplo, assinale a resposta correta.
O Direito precisa refazer constantemente as suas normas, de acordo com as novas exigências sociais que se impõem no decorrer do tempo.
O costume pode se sobrepor ao Direito, sempre que for da conveniência dos membros de uma determinada sociedade.
O costume é norma de uso prático, por isso ele sempre deve ser levado em conta como instrumento de controle social.
O costume só pode ser considerado se não for de encontro aos ditames da lei.
O Direito é imutável porque reflete o ponto de vista dos legisladores, não precisando, portanto, de constante reformulação.
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A movimentação da sociedade por instalar filme de controle solar (mais conhecido pelo produto InsulfilmKmTM) nos veículos com o fim de apenas garantir sua segurança é um fato social de prática reiterada, de aceitação. É correto dizer que os costumes:
Podem revogar a lei, sempre que forem de conveniência da sociedade.
Não podem revogar a lei, uma vez que essa é proposta com base no perfil da sociedade como meio de controlar o comportamento dos indivíduos.
Podem revogar a lei sempre que essa não corresponder à vontade da maioria.
Não podem revogar a lei porque essa é entendida como norma de sobrevivência.
Podem revogar a lei sempre que o legislador assim determinar.