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PFL Aula 09

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PROJETO DE FÁBRICA E LAYOUT
Dimensionamento de Áreas
Profº Rogério Marques
Base Livro: Produtos Processos e Instalações Industriais – Eng. José Luiz Olivério
Introdução
O correto dimensionamento de áreas é um dos problemas mais 
trabalhosos com que se defronta o engenheiro do arranjo físico.
O dimensionamento de áreas estuda:
• Dimensionamento da área do centro de produção;
• Dimensionamento da área do conjunto de centros de produção;
• Dimensionamento da área do departamento;
• Dimensionamento da área da Fábrica.
Dimensionamento da área do centro de 
produção
• Se refere ao equipamento ou instalações, o operador, e todos os 
acessórios e espaço necessários ao seu perfeito desempenho.
• Deverão ser dimensionadas áreas para:
1. O equipamento;
2. O processo;
3. O operador na operação;
4. O acesso dos operadores;
5. O acesso dos meios de transporte e movimentação;
6. Os materiais não processados;
7. As peças processadas;
8. Os refugos e resíduos;
9. As ferramentas, dispositivos, instrumentos, etc.
10. Os serviços da fábrica: iluminação, ventilação, aquecimento, agua, ar 
comprimido, vapor, etc;
11. atendimento aos dispositivos legais.
Área para o equipamento
• É a projeção estática do equipamento sobre um plano horizontal, 
o espaço necessário para o seu simples posicionamento na 
fábrica.
• A área para o equipamento é obtida:
1. Medindo-se diretamente a máquina;
2. Utilizando-se catálogos dos fabricantes, que salientam as 
principais medidas do equipamento.
Área para o processo
• É toda área indispensável ao equipamento para que este possa 
executar perfeitamente e sem limitações as suas operações de 
processamento.
• Temos que considerar:
1. Espaço para alimentação da máquina;
2. Deslocamento de componentes da máquina;
3. Espaço para retirada de peças depois do processamento;
4. A colocação e retirada de dispositivos;
5. Áreas para preparação do setup.
Área para o processo
• A área para o processo é obtida a partir de:
1. Catálogos de fabricantes;
2. Especificações técnicas;
3. Análise do processo;
4. Análise da movimentação do material;
5. Análise da preparação da máquina.
• As duas áreas anteriores são registradas em arranjo fisico, a 
primeira em linha cheia e a segunda em pontilhado.
Área para o operador na operação
• Analisamos, neste caso, os deslocamentos e a movimentação que 
o operador terá que efetuar para que, em conjunto com o 
equipamento, possibilite a obtenção de operação industrial.
• Há 3 tipos de área para operador:
1. Deslocamento do operador relativo á máquina;
2. Movimentos que o operador faz para executar o trabalho;
3. Segurança, plena liberdade de movimentação sem riscos a sua 
integridade e do processo.
Área para o operador na operação
• Esta área é obtida através de :
1. Análise de micromovimentos;
2. Tabelas de engenharia humana;
3. Observação e bom senso.
As setas A, B, C, D, E 
indicam diferentes 
posições do operador.
A linha pontilhada indica 
o percurso. 
Área para o operador na operação
Área para acesso dos operadores
• Deve-se estudar como será feita a entrada e saída do operador no 
centro de produção. Esse acesso deverá ser de tal forma a 
permitir livre movimentação com segurança e rapidez.
• Auxiliam esta análise:
1. O estudo do deslocamento do operário;
2. Tabelas de engenharia humana.
As áreas assinaladas devem se 
comunicar com corredores ou 
passagens para os operadores.
Área para acesso e manutenção
• Deve-se considerar que a manutenção é imprescindível em quase 
todos os processos industriais, para que a mesma possa 
livremente efetuar as tarefas de sua responsabilidade.
• Devem ser levantadas:
1. Área para serviços de manutenção preventiva;
2. Área para manutenção corretiva;
3. Áreas para lubrificação, limpeza, inspeção, etc.
A área para manutenção está em 
linha interrompida dupla.
Área para acesso dos meios de transportes e 
movimentação
• Há necessidade constante de retirar e colocar peças para 
processamento e acabados.
• Deve-se então prever que:
1. Há necessidade do transporte atingir o centro de produção;
2. Deve-se dimensionar corredores de acesso, considerar uso de 
monovias ou pontes rolantes;
• Para o dimensionamento, deve-se:
1. Utilizar tabelas para dimensionamento de corredores adequados 
ao meio de transporte, utilizando-se manuais de movimentação 
de materiais.
2. Estudar o método de empilhamento, capacidade das caixas, 
demanda, métodos de carga e descarga e locais mais adequados.
Áreas para estoque de matérias primas em 
processo
• Para os casos em que a matéria prima é transportada em lotes, e 
fica ao lado da máquina a espera de processamento.
• Reservar área para esta espera e cuidar para que não haja 
interferência de áreas para não prejudicar o bom desempenho da 
operação.
• Este dimensionamento está estritamente relacionado com a 
programação.
• Se necessário deve-se prever almoxarifado de semi-acabados.
• Devemos prever no mínimo, área para duas caixas de material 
não processado: 
1. A que está sendo processada;
2. A que está a espera do término dessa primeira caixa, para que a 
operação não sofra interrupção.
Áreas para estoque de matérias primas em 
processo
• Para esse dimensionamento, deve-se conhecer:
1. Sistema de programação e entrega de materiais;
2. Quantidade de matéria prima a ser estocada;
3. Dimensão da matéria prima;
4. Método de armazenamento;
5. Método de transporte.
Área para refugos e resíduos
• Em geral operações industriais produzem sobras de matérias 
primas e resíduos, que muitas vezes são de volume significativo, o 
que conduz a necessidade da previsão de área para tal fim.
• Dessa forma é necessário conhecer:
1. Geração de sobras e resíduos por período de tempo;
2. A necessidade de processamento de um ou vários materiais 
diferentes e de sua separação;
3. Sua forma física;
4. Método de coleta;
5. Método e dimensão do depósito;
6. Frequência da coleta;
7. Caracteristicas especiais do material: temperatura, impergnação, 
arestas cortantes, toxidade, etc...
Área para Ferramentas, dispositivos e 
Instrumentos
• Em algumas industrias o ferramental é colocado ao lado da 
máquina, e o operário é o responsável pela sua guarda e 
manutenção.
• Outras vezes a programação libera as ferramentas de um dia de 
trabalho, e a área deve ser tal que, nas piores condições, 
possibilite a guarda do ferramental.
• É necessário conhecer:
1. O sistema de programação e entrega do ferramental;
2. Número de peças do ferramental;
3. Dimensões do ferramental;
4. Método do armazenamento;
5. Método do transporte.
Área para serviços de fábrica
• O centro de produção pode exigir alguns serviços de fábrica: 
água, iluminação, ventilação, aquecimento, ar comprimido, vapor, 
etc.
• Deve-se localizar estas áreas de forma a não prejudicar o seu bom 
desempenho.
• Esses serviços estão em posição fixa em relação aos 
equipamentos e não podem ocupar áreas vitais para o 
processamento e movimentação.
• Deve-se então:
1. Definir os serviços de fábrica que são necessários;
2. Verificar como esses serviços são conduzidos ao centro de 
produção;
3. Levantar as suas dimensões;
4. Verificar o seu relacionamento com o centro de produção, como 
e onde colocar.
Área para atendimento aos dispositivos legais
• A análise do trabalho e o dimensionamento correto de área 
conduzem a um projeto que, sem dúvida, possibilita o 
desempenho da operação industrial com conformto e segurança. 
Dessa forma, como decorrência, teremos satisfeitos os textos 
legais correlatos ou que, especificamente, determinam condições 
para os centros
de produção.
• A CLT estabelece uma série de determinações a serem obedecidas 
quanto ao dimensionamento.
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0)
• 12.1. Instalações e áreas de trabalho.
• 12.1.1. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam máquinas 
e equipamentos devem ser vistoriados e limpos, sempre que 
apresentarem riscos provenientes de graxas, óleos e outras 
substâncias que os tornem escorregadios. (112.001-8 / I1)
• 12.1.2. As áreas de circulação e os espaços em torno de máquinas 
e equipamentos devem ser dimensionados de forma que o 
material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados 
possam movimentar-se com segurança. (112.002-6 / I1)
• 12.1.3. Entre partes móveis de máquinas e/ou equipamentos 
deve haver uma faixa livre variável de 0,70m (setenta 
centímetros) a 1,30m (um metro e trinta centímetros), a critério 
da autoridade competente em segurança e medicina do trabalho. 
(112.003-4 / I1)
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• 12.1.4. A distância mínima entre máquinas e equipamentos deve 
ser de 0,60m (sessenta centímetros) a 0,80m (oitenta 
centímetros), a critério da autoridade competente em segurança 
e medicina do trabalho. (112.004-2 I1)
• 12.1.5. Além da distância mínima de separação das máquinas, 
deve haver áreas reservadas para corredores e armazenamento 
de materiais, devidamente demarcadas com faixa nas cores 
indicadas pela NR 26. (112.005-0 / I1)
• 12.1.6. Cada área de trabalho, situada em torno da máquina ou 
do equipamento, deve ser adequada ao tipo de operação e à 
classe da máquina ou do equipamento a que atende. (112.006-9 / 
I1)
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• 12.1.7. As vias principais de circulação, no interior dos locais de 
trabalho, e as que conduzem às saídas devem ter, no mínimo, 
1,20m (um metro e vinte centímetros) de largura e ser 
devidamente demarcadas e mantidas permanentemente 
desobstruídas. (112.007-7 / I1)
• 12.1.8. As máquinas e os equipamentos de grandes dimensões 
devem ter escadas e passadiços que permitam acesso fácil e 
seguro aos locais em que seja necessária a execução de tarefas. 
(112.008-5 / I1)
• 12.2. Normas de segurança para dispositivos de acionamento, 
partida e parada de máquinas e equipamentos.
• 12.2.1. As máquinas e os equipamentos devem ter dispositivos de 
acionamento e parada localizados de modo que:
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• a) seja acionado ou desligado pelo operador na sua posição de 
trabalho; (112.009-3 / I2)
• b) não se localize na zona perigosa de máquina ou do 
equipamento; (112.010-7 / I2)
• c) possa ser acionado ou desligado em caso de emergência, por 
outra pessoa que não seja o operador; (112.011-5 / I2)
• d) não possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo 
operador, ou de qualquer outra forma acidental; (112.012-3 / I2)
• e) não acarrete riscos adicionais. (112.013-1 / I2)
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• 12.2.2. As máquinas e os equipamentos com acionamento 
repetitivo, que não tenham proteção adequada, oferecendo risco 
ao operador, devem ter dispositivos apropriados de segurança 
para o seu acionamento. (112.014-0/ I2)
• 12.2.3. As máquinas e os equipamentos que utilizarem energia 
elétrica, fornecida por fonte externa, devem possuir chave geral, 
em local de fácil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu 
acionamento acidental e proteja as suas partes energizadas. 
(112.015-8 / I2)
• 12.2.4. O acionamento e o desligamento simultâneo, por um 
único comando, de um conjunto de máquinas ou de máquina de 
grande dimensão, devem ser precedido de sinal de alarme. 
(112.016-6 / I2
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• 12.3. Normas sobre proteção de máquinas e equipamentos.
• 12.3.1. As máquinas e os equipamentos devem ter suas 
transmissões de força enclausuradas dentro de sua estrutura ou 
devidamente isoladas pôr anteparos adequados. (112.017-4 / I2)
• 12.3.2. As transmissões de força, quando estiverem a uma altura 
superior a 2,50m (dois metros e cinqüenta centímetros), podem 
ficar expostas, exceto nos casos em que haja plataforma de 
trabalho ou áreas de circulação em diversos níveis. (112.018-2 / 
I2)
• 12.3.3. As máquinas e os equipamentos que ofereçam risco de 
ruptura de suas partes, projeção de peças ou partes destas, 
devem ter os seus movimentos, alternados ou rotativos, 
protegidos. (112.019-0 / I2)
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• 12.3.4. As máquinas e os equipamentos que, no seu processo de 
trabalho, lancem partículas de material, devem ter proteção, para 
que essas partículas não ofereçam riscos. (112.020-4 / I2)
• 12.3.5. As máquinas e os equipamentos que utilizarem ou 
gerarem energia elétrica devem ser aterrados eletricamente, 
conforme previsto na NR 10. (112.021-2 / I2)
• 12.3.6. Os materiais a serem empregados nos protetores devem 
ser suficientemente resistentes, de forma a oferecer proteção 
efetiva. (112.022-0 / I1)
• 12.3.7. Os protetores devem permanecer fixados, firmemente, à 
máquina, ao equipamento, piso ou a qualquer outra parte fixa, 
por meio de dispositivos que, em caso de necessidade, permitam 
sua retirada e recolocação imediatas. (112.023-9 / I1)
NR 12 - Máquinas e Equipamentos (112.000-0
• 12.3.8. Os protetores removíveis só podem ser retirados para 
execução de limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim das 
quais devem ser, obrigatoriamente, recolocados. (112.024-7 / I1)
• 12.3.9. Os fabricantes, importadores e usuários de motosserras 
devem atender ao disposto no Anexo I desta NR.
• 12.3.10. Os fabricantes, importadores e usuários de cilindros de 
massa devem atender ao disposto no Anexo II desta NR.
• 12.3.11 Os fabricantes e impotadores de máquinas injetoras de 
plástico, ao disposto na norma NBR 13536/95.
• 12.3.11.1 Os fabricantes e importadores devem afixar, em local 
visível, uma identificação com as seguintes características:

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