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CASOS CONCRETOS CIÊNCIAS POLÍTICAS 1 ao 12

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CASOS CONCRETOS DE CIENCIAS POLITICAS –
CASO CONCRETO – SEMANA 1
Diante do texto acima e, de acordo com o que você
aprendeu da leitura referente a aula 1, responda:
a) A verdadeira concepção de política se coaduna com o
desinteresse da coisa pública pela cidadania?
RESPOSTA: Não, pois se entende como a
verdadeira concepção de política aquilo tudo que
diz respeito a relação entre os cidadãos (como
membros de um corpo social) com seus governantes,
quando essa relação tem fundamentos o interesse
público. Assim, fica claro o contrassenso que há
entre o desinteresse pela coisa pública e a política,
uma vez que esta, a verdadeira concepção de
política, cuida dos interesses dos cidadãos.
 
b) Estaria correta a afirmação do filosofo Francis Wolff
quando afirma que “o desinteresse dos cidadãos pela
política ameaça à democracia”? Justifique sua
resposta. 
RESPOSTA: Sim, estaria correta, pois quando os
cidadãos se negam a participar da vida política de
sua Nação, eles estão na verdade renunciando a
uma das mais importantes garantias
Constitucionais que nos é assegurado que é o
direito ao voto. Consequentemente, políticos
corruptos podem assumir o poder e a
probabilidade de a população exausta colocar no
poder governantes que a pretexto de acabar com a
corrupção tomem medidas autoritárias e maior.
 
 
 
CASO CONCRETO – SEMANA 2
Sabe se que em um discurso político pode ser convincente
quando fundado em raciocínio claro, baseando-se sobre as
faculdades intelectuais e estando voltado para o
estabelecimento de verdade. Neste caso, obtém-se a
persuasão através de argumentos que levam o auditório a
acreditar que perspectiva do orador é correta. Neste
sentido, responda:
a) Em uma democracia, pode haver outros elementos
discursos que influenciem no processo de
convencimento do auditório?
RESPOSTA: Não, em uma democracia o discurso
político deve ser o único elemento a influenciar o
processo de convencimento do auditório.
 
b) Observando a charge abaixo, poderia a mesma
produzir algum sentido na discussão sobre os limites
do discurso político? Explique?
RESPOSTA: A charge
abaixo traz a discussão
um dos elementos do
discurso político que é a
emoção, ou pathos, o
orador deve ser capaz de
produzir um discurso
que empolgue,
impressione e mobilize os
sentimentos e emoções dos seus ouvintes. Assim como,
o orador, para obter plena capacidade persuasiva
precisa equilibrar seus argumentos com o logos
(convicção), pathos (emoção) e ethos (virtudes de seu
caráter). Os cidadãos, para fazer bom uso de seu
direito de eleger os representantes também devem
escolher seus candidatos não apenas com base na
emoção, ou em seu discurso e propostas, mas devem
analisar e pesquisar sobre a sua conduta.
 
 
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CASO CONCRETO – SEMANA 3
Como vimos, em Hobbes, o contrato social faz com que os
indivíduos abdiquem de sua infinita liberdade e a
entreguem a um soberano, que deve garantir suas vidas e
uma ordem social segura. Com este acordo, segundo
Hobbes, está criada a sociedade e também o Estado. Neste
sentido, pergunta-se:
a) Quais as finalidades do Estado em Hobbes?
RESPOSTA: Para Hobbes o Estado tem a função
de conter, de monitorar o homem, já que para o
autor a natureza do ser humano é perversa.
 
b) Analisando a situação expressa na charge abaixo –
corriqueira nas grandes cidades brasileiras-, o que
supostamente poderia ser dito por Hobbes a partir dos
termos pactuados no Contrato Social?
RESPOSTA: Para
Hobbes o Estado
deveria monitorar
constantemente os
seus cidadãos, pois “o
homem é o lobo do
homem”. O autor já
dizia que o Estado
deve ser como o Leviatã - forte, atemorizante,
para que os que estão sob sua égide adotem
determinados proceder impostos aquela
sociedade. Também defendia Hobbes que quando
o Estado se afasta, os indivíduos praticam atos
que normalmente não praticariam sob olhar
estatal.
Por isso, Hobbes defendia que o Estado deve ser
onipresente.
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CASO CONCRETO – SEMANA 4
Como foi dito, o contratualismo é um rotulo teórico que
guarda concepções bastante diferenciadas de organizações
do poder estatal. Nas várias visões contratualistas, embora
a soberania seja percebida como um conceito central para
justificar a forma de organização do Estado, os diversos
filósofos a enxugaram de forma diversa uns dos outros.
Então, tendo por pressuposto a questão da soberania nos
três filósofos contratualistas clássicos (Hobbes, Locke e
Rousseau), responda:
a) Na charge acima, a questão da soberania seria
possível dizer que a Graúna (o pássaro, personagem
do cartunista Henfil) está refenciando, aquela
pensada no contratualismo hobbesiano ou aquela
pensada no contratualismo Rousseau? Justifique.
RESPOSTA: A Graúna está referenciando o
contratualismo de Rousseau, já que o autor
defendia a democracia e o personagem da charge
brinca conjugando o verbo poder.
 
b) O exercício da soberania popular no contratualismo
lockeano se dá na mesma forma que no
contratualismo rousseaniano? Justifique.
RESPOSTA: Não, pois Rousseau entendia da
renúncia de cada um à sua vontade particular
nasce a vontade geral, que é nada mais nada
menos do que a vontade do corpo social unido por
um interesse comum, inalienável e indivisível. Já
Locke entendia como soberania popular o
conjunto de indivíduos que preferiram a vida civil
a condição natural, aceitando abrir mão do seu
direito a uma organização estatal. No entanto, o
indivíduo não aliena todos os seus direitos, pois, ao
confiar o cuidado da sua salvaguarda as leis, cede
tão somente o seu direito de punir.
 
CASO CONCRETO – SEMANA 5
Foi noticiado na imprensa a ocorrência de um assassinato
no interior de navio mercante com bandeira da Nauru
(pequena ilha no Pacífico Sul, com território inferior a 22
km quadrados) a 10 milhas marítimas de distância da linha
de base do território brasileiro. A fim de realizar uma
entrega de produtos extraídos na ilha e comercializados
para o exterior, o referido navio dirigia-se a uma
plataforma da Petrobras situada a 15 milhas marítimas de
distancias da costa brasileira, que explora petróleo a uma
profundidade de 6 mil metros (pré - sal). Na reportagem, o
jornalista afirmou que as autoridades brasileiras seriam
competentes para investigar e julgar o crime já que o
mesmo teria ocorrido dentro de seu território (o detentor
de soberania.
Analisando as informações acima, responda:
a) Procedem argumentos apresentados pelo jornalista
para sustentar a competência das autoridades
brasileiras no que se refere a investigação e
julgamento do crime?
Resposta: Sim, pois de acordo com o Código Penal
brasileiro compete as autoridades brasileiras as
investigações e julgamento aos crimes praticados a
bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras
de propriedade privada, achando-se aquelas em
pouso no território nacional ou em vôo no espaço
aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.
 
b) Estaria o Brasil autorizado a explorar atividade
econômica fora de seu mar territorial sem a
permissão da comunidade internacional?
Reposta: Não, o Brasil só está autorizado a
explorar atividade econômica dentro de território,
mar ou terra.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – SEMANA 6
Título Povo: traços característicos e distintivos
Descrição
No quadro acima, observamos que dentro do território do
Estado espanhol, surgem dois territórios cujos habitantes
se reconhecem como catalães e bascos. Neste sentido, de
acordo com os seus estudos, responda:
a) É possível existir mais de uma nação dentro de um
único Estado?
RESPOSTA: Não, já que um estado é formado de
três elementos – Soberania, território e nação.
Como visto em aula,
nação representa uma
coletividade real que se sente unida pela origem
comum, pelos laços linguísticos, culturais ou
espirituais, pelos interesses comuns, por ideais e
aspirações comuns. Assim, nação pode ser
entendida como grupos de pessoas que,
compartilham dos mesmos valores. Pessoas de
nacionalidades diversas podem fazer parte de uma
mesma nação e pessoas de uma mesma
nacionalidade podem ser membros de nações
diversas.
 
b) Todas as nações são necessariamente reconhecidas
como Estados nacionais?
RESPOSTA: Não, segundo Paulo Bonavides há
algumas teorias que explicam o surgimento da
natureza jurídica do estado: a) Teoria do território-
patrimônio – O território é considerado
propriedade do Estado. É uma concepção
medieval, cuja característica era exatamente essa
ideia de que os senhores feudais e os reis eram
considerados proprietários de seus respectivos
domínios, assim como dos servos hereditários da
gleba, considerados acessórios da terra e do solo.
Com isso, tal teoria não faz a distinção entre
direito público e privado, nem entre imperium e
dominium. B) Teoria do território-objeto – segundo
esta teoria, o Estado exerce um direito real de
caráter público, chamado domínio eminente sobre
o território. Esse direito estatal (dimensão
positiva), no entanto, coexistiria com o chamado
domínio útil, exercido pelo cidadão (dimensão
negativa). Observe, portanto, que há uma
incongruência nessa teoria, uma vez que não se
admitem dois direitos de propriedade sobre a
mesma coisa. C) Teoria do território-espaço – Esta
terceira teoria vislumbra que o poder que o
Estado exerce sobre o território é um poder
exercido sobre pessoas, ou seja, um poder de
imperium, de comandar pessoas. Diferentemente
da segunda teoria que se pauta no poder exercido
sobre coisas (dominium), a teoria do d) território-
espaço, na qualidade de direito pessoal do Estado,
tem dificuldade para explicar o direito do Estado
de praticar certos atos fora do seu território, como
por exemplo, no alto mar em navios sob sua
bandeira, ou, então, dificuldade para explicar o
exercício do poder em áreas anecumênicas (áreas
inabitadas pelo homem). E) Teoria do território-
competência – Finalmente, a teoria do território-
competência, concebida pela Escola de Viena,
vislumbra o território como elemento
determinante da validez da norma jurídica, isto é,
o território é o âmbito espacial de validade da
ordem jurídica estatal, com exclusão dos outros.
 
c) Neste momento da história, são os catalães e os basco
parte integrante do povo espanhol em seu sentido
jurídico-político?
RESPOSTA: Sim, O País Basco atualmente é uma
das regiões autônomas da Espanha, passaram a
ser parte do território da Espanha a partir do
século XV. Apesar dos movimentos separatistas
cientistas políticos consideram que a tendência é
que eles não consigam suas independências
durante os próximos anos, em face do forte apoio
que o Estado Espanhol possui por parte da União
Europeia e da ONU.
 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – SEMANA 7
Título A soberania como elemento essencial: traços
característicos e distintivos
O conceito de soberania é teoricamente bastante complexo
e tem variado no decorrer do tempo, suscitando uma
grande quantidade de acepções conceituais. Podemos, de
qualquer forma, extrair que se trata de um termo que
designa o poder político no Estado Moderno estando
expresso em praticamente todas as constituições
modernas. A Constituição brasileira tem alguns
dispositivos (no caso os art. 4º e 14) que fazem tal
referência, senão vejamos:
“Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas
relações internacionais pelos seguintes princípios: I -
independência nacional; (...) III - autodeterminação dos
povos; IV - não-intervenção; V - igualdade entre os
Estados; (...)”
“Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio
universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para
todos, e, nos termos da lei, mediante: I - plebiscito; II -
referendo; III - iniciativa popular. (...)” (grifo nosso)
Diante do acima exposto, pergunta-se:
a) Diante do que está expresso no Art. 4º da
Constituição Federal, é possível afirmar que o Brasil
deve considerar que a soberania sempre exterioriza a
supremacia estatal?
RESPOSTA: sim, a soberania consiste na
capacidade de subsistência por si da ordem
jurídica estadual, não dependente quanto a sua
validade, de qualquer outra ordem jurídica.
 
b) A qual dos contratualistas é possível relacionar a
soberania aludida no Art. 14 da Carta Magna?
Justifique.
RESPOSTA: Locke, pois este defendia que para o
contrato social ser firmado precisava ser por
sufrágio universal, isto é não necessariamente
precisaria ser unanime, mas precisa ser firmado
por maioria dos indivíduos.
 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 8
Título A separação dos poderes e as clássicas
formas de Estado
Vários pequenos Estados independentes, a fim de
obterem maior peso político e econômico, resolvem
se organizar sob a forma de confederação,
denominada Confederação “C”. Em razão do
sucesso da iniciativa, após cinco anos de
experiência, os Estados confederados resolvem
estreitar os laços e se organizar sob a forma de
federação. A exceção foi o Estado “Z”, que não
querendo fazer parte do novo pacto, resolve se
desvincular da Confederação “C”. O projeto vai
adiante com os demais Estados e estes promulgam
uma Constituição criando a República Federativa
“F”. Passados três anos de criação da República
Federativa “F”, alegando insatisfação ao tratamento
a ele dispensado, o Estado autônomo “X” informa
que retornará à condição de Estado soberano,
desvinculando-se de “F”.
Pergunta-se:
a) De acordo com a teorização que trata das
formas de Estado, são aceitáveis as
desvinculações de “Z” e “X”?
RESPOSTA: A desvinculação “Z” é aceitável,
mas a “X” não, visto que o pacto confederal
é dissolúvel, pois a Confederação é a União
de Estados Soberanos, enquanto que o
pacto federal é indissolúvel, visto que a
Federação é a União de Estados Autônomos.
 
b) Quando a Confederação “C” resolveu se
organizar na forma federativa, segundo as
teorias analisadas no livro didático, que tipo de
federalismo se produziu, centrípeto ou
centrífugo?
RESPOSTA: O modelo centrípeto, onde a
Confederação se forma a partir de Estados
independentes.
 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 9
Título: As formas clássicas de governo
Descrição
Após superar uma ditadura e iniciar um processo de
redemocratização determinado país “P” resolve
elaborar uma nova constituição. Embora estivesse
definido que se organizariam pela via federativa,
houve uma divisão política quanto à forma de
governo a ser assumida: por um lado, os mais
tradicionalistas requerendo o retorno à monarquia
que deu origem ao surgimento do país no Século
XVIII; e, por outro lado, os que defendem uma
república de viés democrático, evitando estabelecer
qualquer resquício personalista ao poder. A disputa
se acirra e o representante da Família Real, figura
carismática e bastante conhecido entre a população
local, percebendo que os constituintes estão
inclinados a estabelecer a forma de governo
republicana, passa a defender que a constituição
preveja uma forma monárquica com eleições para
rei, sendo que o eleito deve governar com mandato
fixo de seis anos, além de responder politicamente
pelos seus atos. 
Pergunta-se:
a) A proposta do representante da família real faz
algum sentido sob a perspectiva da teoria
política atualmente estudada?
Resposta: Não. Porque as características da
Monarquia são a hereditariedade,
vitaliciedade e irresponsabilidade política.
 
b) A Constituição brasileira de 1988 permitiria uma
modificação (emenda constitucional) com a
finalidade de alterar a forma de governo
republicana pela forma monárquica? Pesquise e
responda.
Resposta: Sim, segundo Paulo Bonavides “o
constituinte de 1988, inseriu no texto magno
uma
disposição transitória – a do artigo 2º
do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, a qual entrega ao leitor
soberano, mediante plebiscito, a decisão
definitiva sobre a forma de governo”.
Entende o autor que não poderá mais ser
abolida a República, pelo fato de que a
oportunidade para tal alteração fora o
plebiscito de 1993, previsto no referido
artigo.
 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 10
Título: Os clássicos sistemas de governo
Esta é uma aula que pode despertar grande
interesse em razão das atuais discussões que o
tema vem despertando. Neste sentido, para mostrar
a importância da temática, valeria a pena (e trata-se,
como sempre, de uma mera sugestão) iniciar a Aula
10 com a leitura da reportagem na “Articulação
teoria e prática”, a fim de situar o discente no
contexto do que será apresentado. Tendo em vista
que já foi tratada a questão da separação entre
poderes, esta será uma ótima oportunidade para
mostrar que pode haver, no processo de divisão de
funções do Estado, maneiras diversas de relação
entre os poderes (principalmente entre Executivo e
Legislativo), dependendo do sistema de governo
adotado.
Aliás, a ideia de configurar como se dá a relação de
poderes também estará presente no momento em
que se for tratar, mais adiante, das novas
perspectivas neoconstitucionais, quando a discussão
será em torno da delimitação entre os espaços
ocupados pelos Poderes Legislativo e Judiciário em
uma ordem democrática. De toda forma, vale a pena
ressaltar que os diversos modelos podem configurar
formas específicas de organizar a relação entre os
três Poderes, não havendo um modelo fixo “oficial”.
Nesta linha, mais uma oportunidade para que
mostremos que os modelos teóricos são meros
nortes e que a realidade específica de cada Estado,
mesmo que fundamentadas nestes parâmetros,
jamais se enquadrará no exatos limites propostos
pelas teorias.
Outra análise que nos parece importante enfocar
com maior cuidado é a da divisão de funções de
Chefe de Estado e Chefe de Governo que no
Presidencialismo é concentrada em uma única
pessoa (Presidente da República) e no
Parlamentarismo é exercido por pessoas diversas.
Esta é mais uma maneira de apontar para o papel
reforçado do Presidente em um sistema
presidencialista, esclarecendo, todavia, que a
divisão de atribuição entre o Chefe de Estado e o
Chefe de Governo no sistema parlamentarista
também não seguem uma regra fixa. Na verdade,
diferenciam-se de Estado para Estado,
configurando-se de acordo com o estabelecido por
cada uma de suas constituições.
Como sabemos, os nossos alunos possuem especial
dificuldade de entender os mecanismos de
funcionamento do sistema parlamentarista. Neste
sentido, a proposta é que se proceda a explicação
sempre de forma correlata e comparativa com o
sistema presidencialista, o que, entendemos, facilita
sobremaneira o processo de compreensão das
características e, principalmente, das diferenças
entre os dois sistemas.
Resposta: O governo Parlamentarista é um
sistema que possui as seguintes as
características: as relações entre os Poderes
Legislativo e Executivo se estabelecem em nível
mais flexível, sendo este último um órgão
colegiado liderado pelo Primeiro-Ministro, que
tem responsabilidade ministerial perante o
Parlamento (princípio da responsabilidade do
governo perante o parlamento); o Primeiro-
Ministro não possui tempo de mandato definido
expressamente pela Constituição, pois, sua
duração depende do apoio da maioria
parlamentar, sendo que se ausentando esta dá-
se a dissolução do parlamento com a
convocação de eleições gerais.
Já o governo Presidencialista Presidencialismo
tem as seguintes características: o Presidente da
República é, a um só tempo, Chefe de Estado
(função de representação e vínculo moral do
Estado) e Chefe de Governo (direção do poder
executivo); o Poder Executivo é unipessoal,
sendo que o poder presidencial deriva da própria
nação; o mandato presidencial tem prazo
determinado; o Presidente da República, com
seu poder de veto possui participação efetiva no
processo de elaboração das leis; é um sistema
típico das repúblicas; a separação entre os
poderes executivo, legislativo e judiciário é
rígida, embora estes poderes busquem manter a
harmonia entre si.
No sistema parlamentarista, as relações entre os
Poderes Legislativo e Executivo se estabelecem
em nível mais flexível, vez que não há uma
separação rígida dos poderes. Já no sistema
presidencialista, sendo o Poder Executivo
unipessoal, é observável uma demarcação mais
rígida entre os espaços de atuação dos Poderes
Executivo e Legislativo.
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 11
Título A democracia como regime de governo
Após inúmeras manifestações populares exigindo
ampliação de participação dos cidadãos no processo
político do País “P”, os governantes, assustados
com tais eventos, dão início a uma reforma política
que tem por objetivo alterar algumas regras
estabelecidas na Constituição de “P”. Nesta,
atualmente, há previsão para que apenas os
homens com idade igual ou superior a 21 anos
possam votar, sendo que a proposta é a de que o
voto seja passível de ser exercido por homens e
mulheres com idade igual ou superior a 18 anos.
Além desta alteração outras mais poderão ser
propostas pelos atuais parlamentares, que,
simbolicamente, representam a vontade do povo de
“P”. Diante do quadro apresentado, e considerando
a leitura de seu livro de Ciência Política, responda:
a) A alteração da idade mínima para exercício do
voto pode ser considerada uma medida que
amplia o grau de democracia de “P”?
Resposta: Sim, a alteração do voto universal
com idade mínima de 21 para 18 anos para
eleger seus representantes, pode ser
considerada uma medida que amplia o grau
de democracia, pois garante uma
participação efetiva igualdade de voto,
entendimento esclarecido, controle do
programa de planejamento e a inclusão do
maior número de participantes são hoje
considerados verdadeiros critérios de
verificação da adoção de regime
democrático pelos diversos Estados
nacionais.
 
b) A vontade popular manifestada por meio de
parlamentares é admitida dentro de um quadro
teórico democrático? Se sim, seguindo que
modelo de democracia, a dos antigos ou a dos
modernos? Justifique.
Resposta: Sim, pois os regimes
democráticos buscam entre muitas outras
vantagens, impedir o governo de autocratas
cruéis e perversos, garantindo aos cidadãos
uma série de direitos fundamentais
garantidos através do ordenamento jurídico
que os sistemas não democráticos recusam
proporcionar. Seguem a denominada
“democracia dos modernos” que se
fundamenta em sistema de controle e
limitação, com base na transmissão
representativa do poder do povo a seus
representantes, que passam a exercer
mandatos políticos, representando a vontade
da cidadania.
 
c) A manifestação nas ruas pode ser considerada
como exercício democrático ou a democracia
somente deve ser reconhecida pela
manifestação institucional do voto? Justifique
sua resposta.
Resposta: A manifestação nas ruas e a
manifestação nas urnas, mediante ao voto
são duas formas distintas participar
ativamente da vida política do país, as duas
são, portanto, reconhecidas como exercício
democrático de manifestação.
 
CIÊNCIA POLÍTICA - CCJ0107 – Semana 12
Título: Os regimes autocráticos de governo
Descrição
Recentemente em http://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2014/03/golpe-militar-de1964-
completa-50-anos-relembre.html foi publicada a
seguinte manchete em conhecido meio de
comunicação:
“Golpe militar de 1964 completa 50 anos; Foi o início
de uma ditadura militar de duas décadas no Brasil.
Especialistas contam como ocorreu a tomada do
poder do país pelos militares.”
Como tivemos a oportunidade de estudar na
disciplina História do Direito Brasileiro, o golpe militar
que deu início a uma ditadura que perdurou por 21
anos no Brasil ocorreu
em um contexto histórico de
Guerra Fria, com disputa entre americanos e
soviéticos por áreas de influência. Neste sentido
pergunta-se:
a) O regime militar implantado em 1964 pode ser
classificado como um regime autocrático?
Justifique
Resposta: Sim. A existência de um partido
único, a concentração de poder, desrespeito
aos direitos fundamentais, Estado
intervencionista, violação as liberdades,
restrições a direitos civis e políticos.
 
b) Em relação ao Golpe de 1964, ocorrido em um
quadro de disputas por áreas de influência e
lutas ideológicas entre Estados Unidos e União
Soviética, é-nos possível afirmar que os norte-
americanos representaram a defesa do regime
liberal-democrático, enquanto os soviéticos
representavam a defesa das posições
socialistas de cunho autoritário? Justifique.
Resposta: Não. Visto que é possível Estados
autocráticos com regime capitalista. E mais,
diante da ameaça de um Estado de ideologia
soviética, os EUA apoiaram as ditaduras da
América Latina.
 
c) Pode-se dizer que o Brasil vivenciou a
experiência totalitária no decorrer do regime
militar de 1964? Justifique.
Resposta: No caso brasileiro, estaríamos
diante de um governo autoritário, pois
apesar de violar direitos civis e políticos,
permitia uma pequena liberdade na esfera
privada.

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