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A Eutanásia

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De modo geral, a eutanásia implica numa morte suave e indolor, evitando o prolongamento do sofrimento do paciente. Mas, por outro lado, a eutanásia também pode ser interpretada como o ato de matar uma pessoa ou ajudá-la a cometer o seu suicídio. O motivo de polêmica consiste justamente no confronto entre essas duas constatações.
A eutanásia pode ocorrer por vários motivos: vontade do doente; porque os doentes representam uma ameaça para a sociedade (eutanásia eugênica); ou porque o tratamento da doença implica numa grande despesa financeira para a família, que por sua vez não tem condições de arca-la (eutanásia econômica).
Apesar de algumas culturas aceitarem a eutanásia, a maior parte não admite essa atividade. Alguns códigos penais consideram a eutanásia como uma forma de homicídio, mas em alguns países como a Bélgica, Holanda e Suíça, esta é tida como uma prática legal.
O que é Eutanásia:
Eutanásia consiste na conduta de abreviar a vida de um paciente em estado terminal ou que esteja sujeito a dores e intoleráveis sofrimentos físicos ou psíquicos.
A ideia base da prática da eutanásia é que todo o indivíduo tem o direito a pôr fim à sua vida, caso esteja enfrentando alguma das situações descritas anteriormente.
Etimologicamente, este termo se originou a partir do grego eu + thanatos, que pode ser traduzido como “boa morte” ou “morte sem dor”.
A eutanásia é um tema polêmico. Existem países com uma legislação definida especificamente sobre a sua prática, enquanto que outros a refutam categoricamente por diversos motivos, principalmente religiosos e culturais.
De modo geral, a eutanásia implica numa morte suave e indolor, evitando o prolongamento do sofrimento do paciente. Mas, por outro lado, a eutanásia também pode ser interpretada como o ato de matar uma pessoa ou ajuda-la a cometer o seu suicídio. O motivo de polêmica consiste justamente no confronto entre essas duas constatações.
A eutanásia pode ocorrer por vários motivos: vontade do doente; porque os doentes representam uma ameaça para a sociedade (eutanásia eugênica); ou porque o tratamento da doença implica numa grande despesa financeira para a família, que por sua vez não tem condições de arca-la (eutanásia econômica).
Apesar de algumas culturas aceitarem a eutanásia, a maior parte não admite essa atividade. Alguns códigos penais consideram a eutanásia como uma forma de homicídio, mas em alguns países como a Bélgica, Holanda e Suíça, esta é tida como uma prática legal.
Existem vários argumentos a favor e contra a eutanásia, sendo que os defensores alegam principalmente que cada indivíduo deve ter direito a escolha entre viver ou morrer com dignidade, quando se tem consciência de que o estado da sua enfermidade é de tal forma grave que não compensa permanecer em sofrimento até que a inevitável morte chegue.
Por outro lado, quem condena a eutanásia utiliza frequentemente o argumento religioso de que somente Deus (o “Criador do Universo”) teria o direito de dar ou tirar a vida de alguém e, portanto, o médico não deve interferir neste “processo sagrado”.
Tipos de Eutanásia
Eutanásia ativa e eutanásia passiva
Existem duas formas de prática da eutanásia: ativa e passiva. A eutanásia ativa acontece quando se apela a recursos que podem findar com a vida do doente (injeção letal, medicamentos em dose excessiva e etc.).
Na eutanásia passiva, a morte do doente ocorre por falta de recursos necessários para manutenção das suas funções vitais (falta de água, alimentos, fármacos ou cuidados médicos).
Ortotanásia e Distanásia
Ortotanásia consiste no ato de parar com atividades ou tratamentos que prolongam a vida de forma artificial. Isto acontece em casos que uma pessoa se encontra em coma ou estado vegetativo, não havendo tendência para que recupere. É uma forma de eutanásia passiva. A ortotanásia é contemplada por muitos como uma morte que ocorre de forma mais natural.
Saiba mais sobre o significado da Ortotanásia.
A distanásia é vista como o contrário da eutanásia, e remete para o ato de prolongar ao máximo a vida de uma pessoa que tem uma doença incurável. Frequentemente a distanásia implica numa morte lenta e sofrida.
Ver também o significado da Distanásia.
Eutanásia no Brasil
Atualmente, no código penal brasileiro, a prática da eutanásia não é estipulada. Assim sendo, o médico que termina a vida de um paciente por compaixão comete o chamado “homicídio simples”, indicado no artigo 121, e está sujeito a pena de 6 a 20 anos de reclusão.
Isto porque o direito à vida é considerado inviolável de acordo com a Constituição Federal. Apesar disso, este é um tema bastante complexo, e tem sido abordado pela comissão de juristas que trabalha em um novo Código Penal.
Mesmo sendo proibida no Brasil, existem algumas situações em que resquícios dessa prática são aplicados. Por exemplo, no estado de São Paulo, a lei 10.241 de 1999, confere o direito ao usuário de um serviço de saúde de rejeitar um tratamento que seja considerado doloroso e que sirva unicamente para o prolongamento da vida do paciente terminal.
Argumentos : 
Os que se manifestam a favor da eutanásia estabelecem que o indivíduo doente é inútil, e que entre ficar sofrendo e morrer ele escolheria o mal menor: morrer. (...) Outro argumento para a eutanásia é de ordem financeira na saúde. Um questionamento em moda: por que ficar gastando dinheiro em pessoas com doenças incuráveis e deixar de tratar pessoas com doenças curáveis? E, por último, o entendimento deturpado da reencarnação pode levar alguém a concluir o seguinte: 'Como vou reencarnar, eu vou me matar de uma vez. Vou ter outra chance'. Para o médico, o ato da eutanásia é proibido pelo código de ética médica (...). Podemos questionar: 'O que é um doente terminal?', 'Qual o grau de certeza que podemos ter de que ele é terminal?', 'O médico acertou o diagnóstico?'. Digo isso com propriedade, porque sou médico, e médico erra. 'Quando aplicar a injeção letal?', 'Em que momento está na hora de se aplicar a eutanásia?'. (...) Quando da impossibilidade de tratamento de certos casos, percebemos que os cursos de Medicina também não preparam o profissional para tratar a dor de um doente terminal. Tanto assim é, que se pesquisarmos os pacientes que pedem a eutanásia, no intuito de suicidar-se, se tivessem não apenas suas doenças físicas, mas também suas questões emocionais e espirituais tratadas, mudariam de opinião. Vejam, portanto, que a eutanásia é, muitas vezes, proposta por falha na abordagem médica".
Apresentamos a seguir algumas idéias que  poderão nos ajudar a refutar os principais argumentos a favor dos crimes da eutanásia e do suicídio assistido 
Nosso objetivo é lhe proporcionar ao leitor uma visão sintética da mentalidade anti vida da eutanásia e o suicídio assistido, seus principais argumentos, a refutação dos mesmos e a visão pró-vida que deve substituir a dita mentalidade antivida. 
1. Uma colocação equivocada 
Os argumentos em pró da eutanásia e o suicídio assistido exploram o medo normal que todos temos, nem tanto da morte em si, mas sim do sofrimento e  solidão diante dela. Este sofrimento é causado muitas vezes pelo uso exagerado de "meios desproporcionados" da medicina, quer dizer, meios que infligem cargas graves (dores agudas, etc.) ao doente e que são maiores que os benefícios que se supunham deviam lhe oferecer. Como ninguém quer estar nessa situação, nem deve estar, os promotores da eutanásia e do suicídio assistido se aproveitam desse temor normal expondo uma alternativa equivocada. 
No que consiste essa colocação equivocada dos promotores da eutanásia e o suicídio assistido? Consiste em propor duas alternativas extremas: 
1) ou aplicamos a eutanásia ao doente 
2) ou morrerá irremediavelmente cheio de dor e sofrimento. 
Logicamente, este argumento suscitará a aceitação de muitos que acreditam erroneamente que essas são as duas únicas opções. A razão disso é que muita gente crie, equivocadamente também, que o que ensina a religião ou a medicina é que devemos manter o doente com vida nãoimporta os meios que se utilizem e que o não fazê-lo constitui um ato de eutanásia. Então concluem que eles estão também a favor da eutanásia. 
Isto é um lamentável engano. Em primeiro lugar não é um ato de eutanásia o retirar ou o negar-se a proporcionar "meios desproporcionados", sempre e quando se respeitarem os legítimos desejos do doente. Por conseguinte não temos que manter  um doente sofrendo grave e indefinidamente por causa do uso de  "meios desproporcionados". Isto implica que a colocação dos promotores da eutanásia e o suicídio assistido está equivocado. Existe uma terceira via: que não é nem a de matar o doente por meio da eutanásia e o suicídio assistido, nem tampouco a de deixá-lo sofrer indefinidamente por causa de  "medidas desproporcionadas". 
Mas, o que acontece  quando o doente sofre dores intensas que não são produto de "médidas desproporcionados"? Nesses casos podemos utilizar, de forma adequada, os analgésicos ou calmantes que a autêntica medicina proporcione. Pode ser que esses analgésicos tenham como efeito colateral a aproximação da morte ou a perda da consciência, parcial ou completa. Entretanto, ainda o uso de tais calmantes pode ser lícito se se cumprirem as seguintes condições, as quais são muito razoáveis e de senso comum: 
1) não há outra alternativa melhor (não há disponíveis outros analgésicos que não tenham estes efeitos)
2) não há mais nada que se possa fazer
3) trata-se de uma dor grave que experimenta um paciente terminal, e
4) o doente já cumpriu ou pode razoavelmente cumprir com seus deveres graves: arrumar seus assuntos familiares, receber os sacramentos, etc. 
A intenção aqui não é matar o doente por meio de fármacos para então  aliviar seus sofrimentos, mas sim a de lhe aliviar os sofrimentos por meio de remédios adequados, ainda correndo o risco de que a morte se aproxime mais rapidamente por isso ou que perca a consciência, parcial ou completamente, sempre e quando houver graves motivos. 
Muitos dos que estão a favor da eutanásia e do suicídio assistido, alegam falsamente  que este argumento sobre os analgésicos é hipócrita porque, dizem eles, é o mesmo ato de dar um remédio que em definitiva pode matar o doente e que a única coisa que muda  é nossa intenção. A esses tais respondemos que não se trata só da boa intenção, mas sim de proporcionar ao doente uma dose adequada a sua dor. Muitas vezes a eutanásia ocorre quando os médicos partidários dela proporcionam dose que eles sabem matarão o doente. Mas quando um médico que respeita a vida proporciona um analgésico cuja dose está encaminhada a aliviar a dor, mas que ao mesmo tempo e infelizmente pode ter um efeito ulterior não desejado de acelerar o processo da morte e há motivos sérios de por meio para proporcionar tal remédio (os que mencionamos antes), então não há nenhuma razão para chamar  esse ato de "eutanásia" nem "suicídio assistido". Está claro que não é um ato de hipocrisia, mas sim se fez o melhor que se pôde em uma situação difícil. Está claro também que se o médico pró vida tivesse ao seu dispor um analgésico melhor, um que não tivesse os efeitos mencionados, utilizasse esse e não outro. O problema muitas vezes é que muitos médicos não foram treinados adequadamente no tratamento paliativo e por isso é que se acredita que não há alternativas. 
Aqui merece esclarecer um ponto muito importante: embora estamos obrigados moralmente a nunca matar diretamente a um inocente, mas sim a respeitar sua vida sempre; isto não implica que devamos manter sua vida a todo custo e com qualquer meio. Recordemos que a vida corporal é um bem muito elevado, inclusive é o mais fundamental, a base e condição de todos outros, mas não é o bem maior que existe, a vida espiritual é mais importante. Pode ser que a serenidade espiritual de um doente terminal perigue diante da experiência de uma dor muito intensa, então, com o uso adequado de analgésicos para acalmar a dor, e não para matar, tratamos de mitigar-lo embora se corra o risco (de novo, por graves motivos), de que se aproxime a morte ou a perda da consciência. 
Resumindo, frente à  dor de um doente terminal, não estamos obrigados a utilizar ou a manter o uso de "meios desproporcionados". Sim estamos obrigados a lhe proporcionar as curas necessárias ao doente, como a água, a alimentação (oral ou médica), os remédios, os calmantes, a ventilação adequada, a atenção higiênica e do conforto e, acima de tudo, o amor e a solidariedade. Não temos por que nem devemos matar o doente nem deixá-lo sofrer indefinidamente. A eutanásia e o suicídio assistido constituem uma hipocrisia e uma falsa "compaixão" que procuram a via fácil, egoísta e cômoda para resolver os problemas, em vez de sacrificar-se pelo doente e lhe dar nosso amor e compaixão

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